Economia Sem Makas, Ministra do Ensino Superior exonerada bateu recorde de menor permanência no Governo

Economia Sem Makas, Ministra do Ensino Superior exonerada bateu recorde de menor permanência no Governo.

 

O Presidente angolano justifica as exonerações “por conveniência de serviço” e já nomeou os substitutos. Saem o ministro da Agricultura e Florestas, António Assis, e a ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Paula Oliveira, sendo substituídos para os cargos, respetivamente, Isaac dos Anjos e Albano Ferreira.

Isaac Francisco Maria dos Anjos deixa, assim, o cargo de Secretário do Presidente da República para o Setor Produtivo.

Em comunicado, a Presidência angolana afirma que João Lourenço exonerou, ainda, Agostinho da Rocha Fernandes da Silva do cargo de vice-governador da província de Cabinda para os Serviços Técnicos e Infraestruturas, nomeando para estas funções Juliano Cuabi Niongue Capita.

As exonerações seguem-se a várias mexidas no Governo angolano num mês.

No passado dia 31 de outubro, João Lourenço exonerou o ministro do Interior, Eugénio Laborinho, nomeando para o seu lugar o até então governador de Luanda, Manuel Homem, que foi substituído pelo governador de Benguela, Luís Nunes, sendo indicado para este lugar o ex-ministro da Coordenação Económica e deputado, Manuel Nunes Júnior.

Com Eugénio Laborinho saíram também do Governo o seu secretário de Estado para o Interior, José Paulino Cunha da Silva, e o Secretário de Estado para o Asseguramento Técnico, Carlos Armando Albino.

Na semana anterior, João Lourenço havia exonerado os diretores nacionais do Serviço de Migração e Estrangeiros e do Serviço de Investigação Criminal, pouco depois de, no seu discurso sobre o Estado da Nação, a 15 de outubro, ter acusado políticos e parlamentares de estarem ligados a crimes de contrabando e vandalização de vens públicos.

Na altura, João Lourenço afirmou que “o aumento do contrabando de combustíveis, o dano ambiental resultante da exploração ilegal de minerais estratégicos e de madeira”, e o reinvestimento público necessário devido à vandalização de bens públicos, obriga a unir esforços numa “cruzada nacional contra estes tipos de crime”.

A 01 de novembro, o Presidente angolano exonerou, “por conveniência de serviço”, a secretária de Estado para os Direitos Humanos e Cidadania do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, Ana Celeste Januário, nomeando Antónia Cruz Yaba para o cargo.

Num outro decreto publicado no mesmo dia, João Lourenço exonerou o brigadeiro Daniel Raimundo Savihemba, do cargo de Chefe-Adjunto da Direção Principal de Operações do Estado Maior General das Forças Armadas Angolanas, nomeando-o para 2.º Comandante do Mecanismo de Verificação Ad-Hoc para a Pacificação da Região Leste da República Democrática do Congo, depois de ouvido o Conselho de Segurança Nacional.

A 08 de novembro, o Presidente angolano voltou a mexer nas estruturas dos órgãos de polícia, promovendo o comandante-geral da polícia nacional, Arnaldo Carlos, a secretário de Estado para o Interior do Ministério do Interior.

Foram também nomeados Cristino Mário Ndeitunga, até aí vice-governador de Luanda para os serviços técnicos e infraestruturas, para o cargo de Secretário de Estado para o Asseguramento Técnico do Ministério do Interior e Francisco Monteiro Ribas da Silva, até à data delegado provincial do Ministério do Interior, como Comandante-Geral da Polícia Nacional.

Data de Emissão: 21-11-2024 às 07:00
Género(s): Economia
 
Economia Sem Makas, Comité de política monetária do BNA mantém taxas de juro e revê inflação em alta

Economia Sem Makas, Comité de política monetária do BNA mantém taxas de juro e revê inflação em alta.

Data de Emissão: 20-11-2024 às 07:00
Género(s): Economia
 
Economia Sem Makas, Censo prorrogado até dia 20 de Dezembro

Economia Sem Makas, Censo prorrogado até dia 20 de Dezembro.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) angolano estendeu por mais um mês a recolha de dados do Censo Geral da População e Habitação 2024, devido aos constrangimentos registados nas duas primeiras semanas de arranque deste processo.

Data de Emissão: 19-11-2024 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia Sem Makas, Edição alargada de 18 de Novembro de 2024

Economia Sem Makas, edição de 18 de Novembro de 2024

Temas: 

Subsídios ao combustíveis, a custa a um novo aeroporto na Luanda a cada dois anos,

Turismo em Angola é uma miragem com os actuais, com o atual estado de estradas e hotéis.

 ENSA valoriza a 75%, a questão da bolsa de valores.

 Será que os Estados Unidos vão ser geridos como uma empresa?

Resumo

Estudo do Banco Mundial aponta que os subsídios aos combustíveis custam bilhões de dólares anuais a Angola, valor suficiente para construir um aeroporto de Luanda a cada dois anos. A eliminação gradual desses subsídios poderia gerar economias significativas para investir em saúde, educação e infraestrutura. No entanto, isso impactaria setores como pescas e transportes, devido ao aumento de custos.

O estudo sugere compensações diretas para os mais afetados e destaca a necessidade de transparência e planejamento do governo, que ainda não definiu um cronograma claro para a retirada dos subsídios. Apesar dos desafios, a mudança é vista como essencial para a eficiência econômica e equidade social.

 

Data de Emissão: 18-11-2024 às 07:15
Género(s): Noticiário
 
PARTICIPANTES
Economia 100 Makas, Censo está no fim. Será que os resultados serão aprovados?

Economia 100 Makas, Censo está no fim. Será que os resultados serão aprovados?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) prorrogou por quatro semanas do Recenseamento Geral da População e Habitação (Censo 2024), em curso desde 19 de Setembro último no país.

O anuncio foi feito em conferência de imprensa, em Luanda, pelo director-geral do INE, José Calengi.

Informou que a decisão resulta de uma análise cuidadosa das condições operacionais em diversas regiões do país, garantindo que este processo crucial para o desenvolvimento nacional se realize com a máxima abrangência possível.

A necessidade de ajuste no calendário de recolha, disse, não é um cenário exclusivo de Angola.

Data de Emissão: 15-11-2024 às 07:00
Género(s): Economia
 
Economia 100 Makas, Empresários reclamam perdão fiscal

Economia 100 Makas, Empresários reclamam perdão fiscal.

 A Associação Agropecuária Comercial e Industrial de Angola (AAPCIL) solicitou um perdão fiscal para evitar o fechamento de 90% das empresas da Huíla que estão endividadas perante a Administração Geral Tributária (AGT), ameaçadas de falência devido à elevada carga tributária. O presidente da associação, Paulo Gaspar, em um encontro promovido pelo governo provincial, afirmou que os juros elevados aplicados pela AGT estão a agravar a situação económica das empresas locais.

Gaspar destacou que muitas das dívidas têm origem em anos como 2012, 2013, 2014 e 2015, quando a economia estava em condições diferentes, e que atualmente a maioria dos empresários da Huíla, Namibe e Cunene está em falência técnica. Segundo ele, 99% dos empresários dessas províncias não têm capacidade financeira para liquidar essas dívidas e multas.

O presidente da AAPCIL ainda alertou que o fechamento dessas empresas pode prejudicar diversas iniciativas voltadas para o desenvolvimento económico da região, reforçando a necessidade urgente de um perdão fiscal para garantir a continuidade das atividades empresariais.

TAGS: OGE, AGT, 

Data de Emissão: 14-11-2024 às 07:00
Género(s): Economia
 
Economia 100 Makas, Inflação mensal voltou a descer em Outubro

Economia 100 Makas, Inflação mensal voltou a descer em Outubro.

 

Data de Emissão: 13-11-2024 às 07:00
Género(s): Economia
 
Economia 100 Makas, Contas publicas vão continuar no vermelho até 2030 de acordo com a estratégia fiscal de 2025/2030

Economia 100 Makas, Contas publicas vão continuar no vermelho até 2030 de acordo com a estratégia fiscal de 2025/2030.

Data de Emissão: 12-11-2024 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia 100 Makas, edição alargada de 11 de Novembro de 2024

Economia 100 Makas, edição de 11 de Novembro de 2024, com Carlos Rosado de Carvalho.

Na edição de hoje, será abordado o tema da “independência económica em Angola”, em celebração ao Dia da Independência do país. A discussão explorará os avanços e desafios que o país enfrenta para alcançar uma economia autossuficiente, especialmente no contexto de diversificação económica, desenvolvimento do setor privado e fortalecimento da produção nacional.

Data de Emissão: 11-11-2024 às 08:00
Género(s): Economia, Opinião
 
PARTICIPANTES
Economia 100 Makas, UNICEF saúda aumento nominal das verbas para o sector social no OGE

UNICEF saúda aumento nominal das verbas para o sector social no OGE com dois alertas
– Ainda estamos muito longe das recomendações internacionais;
– Uma coisa é o que o Governo propõe outra o que gasta.

Data de Emissão: 08-11-2024 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia 100 Makas, Governo anda a contratar uns empréstimos "estranhos" que precisa explicar. Afinal, já vão em 3 mil milhões de dólares

Economia 100 Makas, edição de 07 de Novembro de 2024, com o tema: Governo anda a contratar uns empréstimos “estranhos” que precisa explicar. Afinal, já vão em 3 mil milhões de dólares.


O Presidente da República de Angola autorizou recentemente a contratação de novas linhas de crédito para garantir recursos financeiros destinados a cobrir as necessidades de tesouraria do Estado. Com base em despachos presidenciais, foram confirmados empréstimos de 400 milhões de dólares com o Orlando Bank e o First Merchant Bank, além de uma linha de crédito adicional de 600 milhões de dólares junto do JP Morgan. A Ministra das Finanças foi delegada para assinar os contractos.

O orçamento do Estado inclui, ainda, um pedido de autorização para a emissão de títulos em moeda externa até ao limite de 2 mil milhões de dólares. Paralelamente, o jornal português Jornal de Negócios relatou que o Governo poderá estar a utilizar recursos do “Fundo de Abandono”, destinado originalmente ao desmantelamento futuro de campos petrolíferos, para enfrentar despesas de curto prazo, embora essa informação ainda não tenha sido oficialmente confirmada.

No contexto de atrasos salariais e com uma aparente dificuldade de liquidez, analistas sugerem que os cofres do Estado enfrentam dificuldades, o que tem gerado questionamentos sobre a transparência e a sustentabilidade das finanças públicas. De acordo com fontes, essa situação assemelha-se a um caso de 2018, quando o Estado recorreu a fundos do Banco de Desenvolvimento da China. Especialistas apontam ainda para potenciais impactos desses empréstimos na inflação, que pode ser agravada pelo financiamento monetário de despesas correntes.

A necessidade de mais clareza por parte das autoridades foi sublinhada por observadores, que consideram fundamental que o Governo forneça explicações detalhadas sobre a gestão financeira do país.

 

Data de Emissão: 07-11-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia 100 Makas, O que significa para a Economia mundial a provável vitoria de Trump

Economia 100 Makas, O que significa para a Economia mundial a provável vitoria de Trump

O 45.º presidente torna-se 47.º. Donald Trump bateu Kamala Harris e venceu a eleição presidencial dos Estados Unidos, desta feita conquistando também o voto popular. No discurso de vitória em Palm Beach, na Florida, já de madrugada e depois de carimbado o triunfo na decisiva Pensilvânia, o magnata republicano reclamou uma “vitória política nunca antes vista” e prometeu “uma era dourada”. Para a América.

Data de Emissão: 06-11-2024 às 07:00
Género(s): Economia
 
Economia 100 Makas, ENSA valoriza 20% mas transacciona apenas 12 acções em 2 negócios

Economia 100 Makas, Investidores angolanos querem guardar acções no banco e não transaccionam. ENSA valoriza 20% mas transacciona apenas 12 acções em 2 negócios.

Depois da liquidação física e financeira de 30% das suas acções alienadas por Oferta Pública de Venda (OPV), a ENSA tornou-se, na última Quarta-feira, 30 de Outubro, na terceira empresa a ser admitida no Mercado de Acções da Bolsa de Dívida e Valores de Angola (Bodiva), juntando-se ao Banco Angolano de Investimentos (BAI) e ao Banco Caixa Geral Angola (BCGA), sendo a primeira seguradora.

Intervindo no evento que oficializou a admissão da ENSA, conhecido historicamente como Ring The Bell, a entrada da seguradora no Mercado de Bolsa de Acções (MBA) reforça a dinâmica e a atratividade da Bodiva.

O responsável lembrou que a média de procura no mercado de todas as ofertas que foram colocadas em bolsas quer pelo BAI, BCGA, quer agora pela ENSA, Angola e ENSA, em termo de rasto de cobertura, esteve acima de 158%.

Para o próximo ano, perspectiva-se a admissão na Bolsa de acções de empresas como o Banco de Fomento Angola (BFA), Unitel e Standard Bank de Angola.

Data de Emissão: 05-11-2024 às 07:00
Género(s): Economia
 
Economia 100 Makas, Orçamento Geral do Estado (OGE) 2025 visto à lupa

Economia 100 Makas, Orçamento Geral do Estado (OGE) 2025 visto à lupa.

Data de Emissão: 04-11-2024 às 07:00
Género(s): Economia
 
PARTICIPANTES
Economia 100 Makas, Dança das cadeiras dos dirigentes continua com um civil a comandar a Polícia Nacional

Economia 100 Makas, Dança das cadeiras dos dirigentes continua com um civil a comandar a Polícia Nacional

  • Nomeação de Manuel Homem no Ministério do Interior – Discussão sobre a entrada de um civil numa posição de comando num ministério tradicionalmente militarizado, gerando expectativa de uma abordagem mais moderada e próxima das necessidades sociais, especialmente no tratamento de manifestações.

  • Falta de Estabilidade nas Nomeações – Crítica à constante rotatividade de dirigentes, considerada prejudicial à estabilidade das instituições e à continuidade de políticas eficazes.

  • Reestruturações Frequentes no Governo – Comparação das movimentações com um “jogo de cadeiras”, onde os mesmos nomes circulam entre cargos de destaque, sem renovação de lideranças.

  • Impacto na Economia e na Confiança Pública – Referência à instabilidade económica e ao questionamento sobre o impacto concreto dessas mudanças, com suspeitas de que a fidelidade política esteja a ser mais valorizada do que o mérito e o desempenho.

Data de Emissão: 01-11-2024 às 07:15
Género(s): Economia
 
PARTICIPANTES
Economia 100 makas, Despesas com educação e saúde disparam 55%

Economia 100 makas, Despesas com educação e saúde disparam 55%.

Data de Emissão: 31-10-2024 às 07:00
Género(s): Economia, Entrevista
 
PARTICIPANTES
Economia 100 makas, Orçamento Geral do Estado 2025: já são conhecidos os números. OGE dispara 37%, chegando a 39 bilhões de kwanzas; folha salarial aumenta 25%.

Economia 100 makas, edição de 30 de Outubro de 2024

Orçamento Geral do Estado 2025: já são conhecidos os números. OGE dispara 37%, chegando a 39 bilhões de kwanzas; folha salarial aumenta 25%.

O Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2025, avaliado em mais de 33 biliões de kwanzas, foi analisado esta terça-feira pelo Conselho de Ministros. Além do crescimento significativo em relação ao orçamento anterior, o documento prevê um aumento de 25% na massa salarial da Função Pública, reforçando o compromisso do Executivo com a valorização salarial e com as novas disposições sobre o Salário Mínimo Nacional.

O valor total do orçamento para 2025 é de 33,88 biliões de kwanzas, uma elevação substancial em relação aos 24,7 biliões de kwanzas do ano anterior. A proposta de OGE também inclui medidas para incentivar a segurança alimentar, com reestruturação do setor de cereais e grãos e fortalecimento da mecanização agrícola, especialmente voltada para a agricultura familiar.

Outras iniciativas incluem o apoio a startups e empresas, estímulo ao investimento público para promover crescimento econômico e geração de emprego, além do fortalecimento do Programa de Merenda Escolar.

A proposta de orçamento segue em breve para a Assembleia Nacional para discussão e aprovação segundo o Ministério das Finanças.

 

 
Data de Emissão: 30-10-2024 às 07:15
Género(s): Economia
 
PARTICIPANTES
Economia Sem Makas, Acções da ENSA registaram a maior procura até agora na bolsa de Luanda sendo vendidas ao preço maximo

Acções da ENSA registaram a maior procura até agora na bolsa de Luanda sendo vendidas ao preço maximo.

Data de Emissão: 29-10-2024 às 07:00
Género(s): Economia
 
PARTICIPANTES
Economia Sem Makas, Edição Alargada

– Lista cinzenta é um tiro no sistema financeiro nacional;

– Angola melhora no índice Mo Ibrahim mas continua entre os 20 piores de África;

– Vem aí novo acordo com o FMI?

– O arranque da venda de terrenos para autoconstrução em parceria público-privada

Data de Emissão: 28-10-2024 às 07:00
Género(s): Noticiário
 
PARTICIPANTES
Economia Sem Makas, Boas notícias de Washington: FMI corta sobretaxas sobre empréstimos reduzindo custo com serviço da dívida

Economia Sem Makas, Boas notícias de Washington: FMI corta sobretaxas sobre empréstimos reduzindo custo com serviço da dívida.

Data de Emissão: 25-10-2024 às 07:00
Género(s): Economia
 
PARTICIPANTES
Economia Sem Makas, Remessas enviadas para o exterior afundam. Remessas recebidas aumentam mas continuam muito baixas

Economia Sem Makas, Remessas enviadas para o exterior afundam. Remessas recebidas aumentam mas continuam muito baixas.

Data de Emissão: 24-10-2024 às 07:00
Género(s): Economia
 
PARTICIPANTES
Economia Sem Makas, FMI corta crescimento de 2024 em 0,2 pontos percentuais para 2,4% e aumenta inflação em 6,4 pontos para 28,4%

 FMI corta crescimento de 2024 em 0,2 pontos percentuais para 2,4% e aumenta inflação em 6,4 pontos para 28,4%

Data de Emissão: 23-10-2024 às 07:00
Género(s): Economia
 
PARTICIPANTES
Economia Sem Makas, Novo aeroporto internacional de Luanda descolar dia 10 de Novembro apenas com a TAAG

Novo aeroporto internacional de Luanda descola dia 10 de Novembro apenas com a TAAG. Companhias estrangeiras recusam mudar já por receio de turbulência.

 

O novo aeroporto de Luanda vai começar a operar voos de passageiros gradualmente, a partir de 10 de novembro, devendo concluir o processo de transferência de voos domésticos e internacionais até 31 de março de 2025.

Um decreto executivo, assinado pelo ministro dos Transportes, Ricardo Viegas De Abreu, estabelece as fases 2 e 3 da transferência de voos de passageiros do atual Aeroporto Internacional 4 de fevereiro para o novo Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto (AIAAN), sendo 10 de novembro, véspera do feriado que assinala a independência de Angola, a data oficial para o início do processo.

A transportadora aérea angolana TAAG deve iniciar os voos de passageiros nesta data, enquanto as restantes companhias poderão efetuar gradualmente a transferência até à data limite.

O AIAAN, que custou cerca de três mil milhões de dólares (cerca de 2,8 mil milhões de euros) e começou a ser construído em 2013, foi inaugurado no dia 10 de novembro de 2023 e tem capacidade para receber até 15 milhões de passageiros por ano, um volume de tráfego cinco vezes superior ao do atual aeroporto.

O antigo aeroporto, construído em 1954, sendo conhecido como Aeroporto Presidente Craveiro Lopes até à independência de Angola, quando passou a chamar-se Aeroporto Internacional 4 de fevereiro, deverá passar a receber voos `charter` e outro tipo de atividades como manutenção de aeronaves e formação de recursos humanos.

Data de Emissão: 22-10-2024 às 07:00
Género(s): Economia
 
PARTICIPANTES
Economia Sem Makas, edição alargada de 21 de Outubro de 2024

Temas

– Enquanto em Portugal decorre o julgamento do caso Banco Espírito Santo, em Angola não há sequer um arguido quanto mais um julgamento;
– Banco Mundial revê em alta crescimento em 2024;
– Dívida garantida por petróleo em queda livre;
– Governo ignora Feito em Angola;

 

Data de Emissão: 21-10-2024 às 08:00
Género(s): Economia
 
PARTICIPANTES
Economia Sem Makas: Será possível evitar a prorrogação do censo?

Economia Sem Makas: Será possível evitar a prorrogação do censo?

Sob o lema “Juntos contamos para Angola“, arrancou às 00:00 desta quinta-feira (19.09) o Recenseamento Geral da População e da Habitação 2024, o segundo censo pós-independência do país.

O estudo de abrangência nacional visa recolher dados socioeconómicos sobre a população do país. As informações formarão uma base de dados para o planeamento, gestão e tomada de decisões políticas.

Do coordenador da Comissão Multissetorial de Apoio à Realização do censo, Francisco Furtado, chega a garantia do fim dos constrangimentos financeiros e a criação das condições necessárias para o censo 2024.

“São questões que estão ultrapassadas, porque, inclusive, face a esta e outras situações que se registaram, houve a necessidade de se solicitar o reforço do orçamento do INE”, garante.

Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que mais de 90 técnicos foram recrutados para garantir o sucesso da campanha.

Dia 19 de setembro, marca o início oficial do Censo Geral da População e da Habitação de 2024 em todo o território angolano. Este é o segundo censo de Angola desde a independência em 1975 e o primeiro a empregar a colecta digital de dados, utilizando a tecnologia de Entrevista Pessoal Assistida por Computador (CAPI).

A utilização do CAPI visa optimizar os fluxos de colecta e processamento de dados, acelerar a disseminação de dados geoespaciais e, em última análise, contribuir para um planeamento sectorial aprimorado, melhorando os padrões de vida, fortalecendo a governança e a responsabilidade, além de promover a equidade entre os diversos grupos populacionais.

A cerimónia oficial de lançamento, realizada em Luanda, foi presidida pelo Ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Francisco Pereira Furtado, que também coordena a Comissão Multissectorial de Apoio à Realização do Censo.

Em seu discurso, o ministro Furtado destacou o papel fundamental do censo na contagem precisa da população e na recolha de dados essenciais sobre características como género, idade, educação, emprego e rendimento. Ele afirmou que “os censos têm a vantagem incomparável de cobrir todo o universo estatístico (até as menores unidades geográficas) do país, província ou município, e são uma ferramenta essencial para o planeamento e desenvolvimento de políticas públicas”. Estes dados abrangentes fornecem informações críticas sobre a distribuição geográfica e as condições socioeconómicas da população, permitindo uma tomada de decisões informada.

Ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Francisco Pereira Furtado, que também coordena a Comissão Multissectorial de Apoio à Realização do Censo.

Ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Francisco Pereira Furtado, que também coordena a Comissão Multissectorial de Apoio à Realização do Censo

O Instituto Nacional de Estatística de Angola (INE) está comprometido em garantir que todos os grupos demográficos, especialmente os mais vulneráveis — como mulheres, crianças e minorias—sejam representados com precisão nos dados do censo. O ministro Furtado apelou a todos os cidadãos para que participem ativamente neste processo, respondendo às perguntas dos recenseadores, reforçando a responsabilidade coletiva na construção do futuro do país.

Reconhecendo a complexidade da operação censitária e o papel vital da colaboração, o ministro agradeceu aos vários parceiros envolvidos, incluindo o Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA).

 

O UNFPA tem desempenhado um papel crucial no apoio ao INE na transição para a colecta digital de dados do censo. Prestou apoio técnico, logístico e financeiro nas áreas de cartografia, tecnologia da informação, processamento de dados, marketing e comunicação. Além disso, no âmbito de um acordo de empréstimo entre o INE e a Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA), forneceu apoio logístico no transporte de 8.621 tablets de Windhoek, na Namíbia, para Luanda.

Este censo representa uma oportunidade única para Angola mapear com precisão as suas realidades sociais e económicas, permitindo o desenvolvimento de políticas públicas informadas e direcionadas que promovam o bem-estar de toda a população, com particular atenção aos mais vulneráveis. Com o início da recolha de dados em todo o país, Angola dá um passo significativo em direção à tomada de decisões baseada em evidências e ao desenvolvimento inclusivo

Data de Emissão: 18-10-2024 às 07:00
Género(s): Economia, Entrevista
 
PARTICIPANTES
Economia Sem Makas: Banco Económico apresentou as contas e revela buraco de 628 mil milhões de kwanzas

O Banco Económico enfrenta uma crise financeira com um défice de 628 mil milhões de kwanzas, o que significa que, mesmo que venda todos os seus activos, não conseguirá cobrir as dívidas, sobretudo aos depositantes. Desde 2014, o banco precisa de um aporte financeiro significativo, estimado em 500 milhões de dólares, que não tem sido conseguido. Apesar de um plano de reestruturação implementado em 2020, que incluiu a redução de um terço dos trabalhadores e o encerramento de várias agências, o banco continua a perder dinheiro, principalmente devido à desvalorização do kwanza, já que a maior parte dos seus depósitos é em dólares.

O banco perdeu cerca de 600 mil milhões de kwanzas em depósitos desde 2020, e enfrenta dificuldades em transformar esses depósitos em crédito, com um rácio de transformação de apenas 7%. A recapitalização realizada foi meramente contabilística, sem entrada de dinheiro novo. A Sonangol, que anteriormente era accionista, já não faz parte da estrutura do banco após uma operação de redução de capital para cobrir prejuízos.

Há a possibilidade de dividir o banco em duas entidades: um “banco mau”, que absorveria os activos tóxicos, e um “banco bom”, que poderia reiniciar operações. A questão crítica é se o Estado deve intervir para salvar o Banco Económico, uma vez que a sua falência teria um impacto sistémico na economia, afectando empresas e instituições, incluindo a segurança social, que têm depósitos no banco.

Data de Emissão: 17-10-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia Sem Makas: Discurso do Estado da Nação muito longo e sem grandes novidades

Economia Sem Makas: Discurso do Estado da Nação muito longo e sem grandes novidades.

Data de Emissão: 16-10-2024 às 07:00
Género(s): Economia, Entrevista
 
PARTICIPANTES
Economia sem makas: Inflação anual abranda pelo segundo mês consecutivo mas mensal sobe ligeiramente

Inflação anual abranda pelo segundo mês consecutivo mas mensal sobe ligeiramente.

Data de Emissão: 15-10-2024 às 07:00
Género(s): Economia, Entrevista
 
PARTICIPANTES
Economia sem makas: Empresário considera que a AGT é maior inimigo dos empresários

[ ] Empresário considera que a AGT é maior inimigo dos empresários.
[ ] Vem aí o imposto único sobre o rendimento .
[ ] Levar Água ao Morro Bento Bento fica 15% mais caro.
[ ] China deixará de exigir recursos naturais como garantia nos próximos empréstimos a Angola.

Data de Emissão: 14-10-2024 às 07:00
Género(s): Economia, Entrevista
 
PARTICIPANTES
Economia sem makas: Dívidas dos consumidores ameaçam sobrevivência das empresas públicas

As empresas públicas, especialmente as de água e saneamento, enfrentam sérias dificuldades devido às dívidas acumuladas pelos seus clientes. Na Lunda Norte, por exemplo, o presidente do Conselho de Administração, Ídolo Chico, destacou que as dívidas dos clientes estão a prejudicar o funcionamento da empresa.

Este problema também afecta outras entidades públicas, como a Presidência da República, que acumula uma dívida de 36 mil milhões de kwanzas (aproximadamente 40 milhões de dólares). Nas centralidades, cerca de 80% das pessoas não pagam as rendas, mas os serviços não são cortados, o que agrava a situação.

O Ministério da Energia e Águas reconheceu que muitas empresas públicas precisam melhorar os seus sistemas de cobrança, pois actualmente não estão organizadas de forma eficiente para essa tarefa. A inadimplência não afecta apenas as famílias, que muitas vezes não têm recursos para pagar pelos serviços, mas também instituições como escolas e hospitais, que enfrentam dificuldades orçamentais.

Em 2023, a facturação de água atingiu aproximadamente 219,7 mil milhões de kwanzas, mas apenas 11,8 mil milhões foram efectivamente cobrados, evidenciando um grande déficit devido às falhas no sistema de cobrança e à incapacidade financeira dos clientes.

Nas centralidades, muitas famílias também enfrentam dificuldades financeiras para pagar as rendas das casas que lhes foram atribuídas, o que poderia ter sido evitado com uma análise prévia da capacidade financeira das famílias.

Data de Emissão: 11-10-2024 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
 
PARTICIPANTES
Economia sem makas: Aumento do salário mínimo foi um logro para muitos trabalhadores devido à alteração do conceito de salário mínimo

O salário mínimo nacional em Angola foi aumentado de mais ou menos 32 mil kwanzas para 70 mil kwanzas em setembro. Estamos a falar em euros de um aumento de 32 euros para 70 euros. Pelo menos foi isso que titulou a comunicação social, mas, na realidade, isso não aconteceu, a prática foi diferente.

Tomemos como exemplo um trabalhador que, em agosto, auferia um salário base de 45 mil kwanzas, subsídio de alimentação de 15 mil kwanzas, subsídio de transporte de 15 mil kwanzas e prémio de assiduidade de 10 mil kwanzas.

Portanto, o trabalhador tinha de salário base de 45 mil kwanzas, esse trabalhador tinha a expectativa de que, com o aumento do salário mínimo, o seu salário base passaria de 45 mil kwanzas para 70 mil kwanzas e que, no total, passaria a ganhar, em vez de 85 mil kwanzas, 110 mil kwanzas, mas, na realidade, isso não aconteceu, porque a empresa alega que, de acordo com o decreto-lei, o salário mínimo fixado em 70 mil kwanzas não é o salário base, mas sim a soma de todas as remunerações e, portanto, como o trabalhador auferia, antes do aumento, 85 mil kwanzas e como, agora, o salário mínimo é definido como a soma de todas as remunerações, ele já ganhava acima do salário mínimo.

Foi isso que aconteceu e daí a desilusão de, eu diria, milhares de trabalhadores que tinham a expectativa de ver o seu salário base aumentado para 70 mil kwanzas e depois foram confrontados com a realidade e a realidade é que o que conta não é o salário base, para efeito de salário mínimo, o que conta não é o salário base, mas a soma de todas as remunerações.

Houve aqui, claramente, um logro, porque em ocasião nenhuma, durante as discussões, conferências de imprensa, ou as sessões de esclarecimento, em todas as circunstâncias, nunca se disse que o que estava em causa e que havia uma alteração do conceito, porque nos decretos anteriores que fixavam o salário mínimo, o salário mínimo correspondia ao salário base e, portanto, houve aqui uma alteração do conceito, o salário mínimo, que era o salário base, passou a ser a soma de todas as remunerações.

Portanto, isto para um governo que prometeu trabalhar mais e comunicar melhor, isto é, no mínimo, estranho, porque se há alguma coisa que não houve aqui, foi comunicação e daí a desilusão certa, com razão dos trabalhadores angolanos relativamente à questão do salário mínimo nacional.

Data de Emissão: 10-10-2024 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
 
PARTICIPANTES
Economias Sem Makas: Corredor do Lobito ainda não recebeu um cêntimo dos Estados Unidos, das centenas de milhões de que se fala

A visita do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a Angola foi adiada sem data definida, gerando incertezas sobre se e quando acontecerá. Embora o adiamento tenha sido confirmado pela porta-voz da Casa Branca, Carine Jean-Pierre, não foram dados detalhes adicionais, deixando no ar a possibilidade de que a visita possa até não ocorrer. O adiamento foi descrito como “sine die” (sem data marcada), o que coloca a realização da visita em dúvida, especialmente devido ao calendário eleitoral de Angola, com as eleições previstas para Dezembro deste ano. O momento eleitoral pode ser um factor complicador para a visita, levando a questionamentos sobre a viabilidade de ela acontecer num futuro próximo.

Apesar disso, há uma expectativa de que a visita de Biden a Angola seria muito benéfica para o país. As relações entre Angola e os Estados Unidos têm melhorado nos últimos anos, e uma visita oficial de um presidente norte-americano seria vista como um sinal de confiança e apoio ao governo angolano. Essa visita poderia abrir portas para investimentos, fortalecer laços comerciais e ajudar Angola a atrair mais atenção da comunidade internacional, algo essencial num momento em que o país busca diversificar a sua economia e reduzir a dependência do petróleo.

Em paralelo a este contexto, um dos grandes projectos de infraestrutura em Angola, o corredor do Lobito, tem gerado grande expectativa, especialmente no que diz respeito ao seu financiamento. O projecto do corredor do Lobito, que inclui a modernização da linha ferroviária e outras infraestruturas de transporte, é considerado um dos mais importantes para o desenvolvimento económico do país, facilitando o escoamento de recursos minerais da região central de África até ao porto do Lobito, na costa atlântica angolana.

O financiamento do corredor do Lobito será realizado por um consórcio chamado Lobito Atlantic Railway, que venceu a concessão e se comprometeu a investir cerca de 800 milhões de dólares no projecto. No entanto, é importante esclarecer que este montante não será investido inteiramente de forma imediata ou directamente pelo consórcio. Como acontece em muitos grandes projectos de infraestrutura, o investimento será dividido entre capitais próprios e financiamentos externos.

Os accionistas do consórcio deverão investir directamente uma parte menor, algo em torno de 200 milhões de dólares, enquanto o restante do financiamento virá de empréstimos e capitais de terceiros. Esta prática é comum em grandes projectos de infraestrutura, onde o risco é partilhado entre o consórcio e instituições financeiras. Neste caso, os Estados Unidos desempenham um papel importante no apoio ao financiamento, através de uma organização de desenvolvimento chamada Development Finance Corporation (DFC), que tem como objetivo facilitar o acesso a capitais para projectos em mercados emergentes.

O envolvimento dos Estados Unidos no financiamento do corredor do Lobito demonstra o interesse estratégico do país na infraestrutura de transportes em África, especialmente em Angola, que tem uma localização geográfica privilegiada e vastos recursos naturais. A modernização do corredor ferroviário do Lobito irá permitir o escoamento de minerais, como o cobre e outros recursos extraídos da República Democrática do Congo e da Zâmbia, gerando uma nova rota comercial com grande potencial económico.

Contudo, a falta de clareza na comunicação sobre o financiamento tem gerado algumas confusões entre o público, levando a uma percepção exagerada de que “os dólares estão a caminho”. Na realidade, o processo de financiamento é mais complexo e envolve múltiplas fases, incluindo negociações e garantias por parte do consórcio e das instituições envolvidas. O corredor do Lobito é um projecto de longo prazo, e o impacto económico só será sentido gradualmente, à medida que as obras avancem e o transporte de mercadorias se torne mais eficiente.

Em resumo, tanto o adiamento da visita de Joe Biden quanto o desenvolvimento do corredor do Lobito ilustram a complexidade das relações internacionais e dos projectos de grande escala em Angola. Embora existam desafios, as oportunidades de crescimento económico e cooperação entre Angola e os Estados Unidos continuam a ser promissoras, e o sucesso do corredor do Lobito será um teste importante para a capacidade de Angola em atrair e gerir grandes investimentos internacionais.

Data de Emissão: 09-10-2024 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
 
PARTICIPANTES
Economia sem makas, Continua turbulência de voos para Cabinda

Os constantes atrasos e cancelamentos de voos entre Luanda e Cabinda continuam a frustrar e a enfurecer os passageiros contra a companhia aérea nacional TAAG.

Os passageiros deparam-se várias com esta situação e dizem que, por vezes, o cancelamento do vôo dura três a quatro dias, sem qualquer justificação da companhia, que mesmo aumentando o número de viagens semanais, continua a não resolver esta situação, apurou à imprensa, que soube que na sexta-feira centenas de pessoas que pretendiam viajar de Luanda para Cabinda tiveram que esperar três dias para conseguirem embarcar, e os de Cabinda tiveram que aguardar dois dias.

Somente esta segunda-feira,7, às 06:00, conforme apurou à imprensa, no aeroporto doméstico de Luanda, estes passageiros seguiram viagem.

Vários passageiros disseram que fazer a viagem Cabinda/Luanda, ou vice-versa, tem sido uma luta constante, “fruto dos maus serviços prestados pela TAAG”, pedindo o melhoramento dos seus serviços.

“Viajar com a TAAG de Luanda para Cabinda, e vice-versa, é uma autêntica dor de cabeça. Somos sempre abandonados, para não falar do desrespeito pelos passageiros, que perdem casamentos, noivados, baptizados e empregos por conta dos cancelamentos dos voos”, contou Isaías Tomé, comerciante que opera em Cabinda, e que tem que se deslocar a Luanda mensalmente.

Em Cabinda, dezenas de passageiros que deveriam embarcar para Luanda na manhã de sábado, viram adiados os voos, sem justificação, e somente esta manhã partem para a capital.

Alguns passageiros acusam a TAAG de não estar a comunicar aos clientes o ponto de situação dos atrasos ou o cancelamento dos voos.

Passageiros da TAAG disseram que não sabem quando é que este velho problema irá ser ultrapassado, atendendo ao facto de se aproximar o final do ano, altura em que problemas do género são ainda mais comuns.

Em função da situação verificada no fim-de-semana, a companhia nacional tem agendada para esta segunda-feira,7, a partida de cinco voos para Cabinda, como constatou à imprensa no aeroporto doméstico onde a situação já está calma, embora os passageiros temam mais atrasos ou cancelamento de voos.

Data de Emissão: 08-10-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
PARTICIPANTES
Economia sem makas, Unitel vence Isabel dos Santos em Londres

Economia Sem Makas, edição de 07 de Outubro de 2024, com Carlos Rosado de Carvalho.

Tópicos:

  • – BNA interveio para parar queda do Kwanza.

    – Unitel vence Isabel dos Santos em Londres.

    – Camiões angolanos já circulam no Baixo Congo.

    – Mudanças no comando da recuperação de activos.

Data de Emissão: 07-10-2024 às 00:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem macas: Economia angolana cresceu 4,1% no segundo trimestre deste ano

O Produto Interno Bruto (PIB) de Angola cresceu 4,1% no segundo trimestre de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023, conforme indicado no relatório das Contas Nacionais Trimestrais do Instituto Nacional de Estatística (INE). Esse crescimento foi impulsionado principalmente pela extracção de diamantes, minerais metálicos e de outros minerais não metálicos, pesca, electricidade e água, além dos sectores de transportes e armazenagem. A extracção de diamantes e minerais metálicos e não metálicos registou um aumento expressivo de 62,5% no segundo trimestre de 2024 em relação ao período homólogo, sendo a actividade económica que registou o maior crescimento em termos homólogos, contribuindo positivamente em 1,29 pontos percentuais (pp) na variação total do PIB. Segundo o INE, a baixa de preços e a situação climática favorável permitiram às empresas aumentar a produção para cumprir os compromissos de exploração.

Por outro lado, as actividades de Correios e Telecomunicações e os Serviços de Intermediação Financeira Indirectamente Medidos tiveram um impacto negativo no desempenho económico, registando quedas de 2,9% e 12,7%, respectivamente, no segundo trimestre de 2024. A redução nestes sectores contribuiu para atenuar o crescimento geral da economia.

Em termos acumulados, considerando o primeiro e o segundo trimestres de 2024, o PIB angolano cresceu 4,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse resultado foi sustentado, em grande parte, pelas actividades de agro-pecuária (4,0%), extracção e refinação de petróleo (4,6%), electricidade e água (8,7%), comércio (4,9%), transportes e armazenagem (15,0%), extracção de diamantes, minerais metálicos e outros (33,3%), outros serviços (4,7%) e pescas (5,7%).

A economia angolana manteve, assim, um ritmo de crescimento superior ao do mesmo período de 2023, quando o crescimento homólogo foi de apenas 1%. Contudo, há sinais de desaceleração entre o primeiro e o segundo trimestres de 2024, com o crescimento a passar de 4,6% no primeiro trimestre para 4,1% no segundo. A análise dos últimos quatro trimestres mostra um crescimento de 3% na economia angolana, superior aos 2,1% registados no primeiro trimestre de 2023. Isso reflete, em grande parte, a continuidade da dependência da economia angolana em recursos naturais, como petróleo e diamantes, o que torna o crescimento económico vulnerável às variações nos preços e nas condições de mercado desses produtos.

Data de Emissão: 04-10-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
PARTICIPANTES
Economia sem macas: Petróleo sobe pelo terceiro dia consecutivo devido ao recrudescimento do conflito no Médio Oriente

Quando o preço do petróleo sobe, a receita de Angola também aumenta, assim como as divisas. Contudo, é importante salientar que esses níveis de receita estão nos patamares de Dezembro do ano passado. O que é positivo para uns (os exportadores) pode ser negativo para outros (os consumidores), especialmente no que se refere à inflação. A energia tem um peso significativo na inflação dos países consumidores, como aconteceu com a invasão da Ucrânia pela Rússia, que levou a uma subida acentuada dos preços da energia, especialmente para a Europa, que dependia do gás russo.

O aumento dos preços da energia eleva a inflação, o que por sua vez leva os países a subirem as taxas de juro para tentar combatê-la. Isso pode ser prejudicial para países com um alto nível de endividamento, como Angola, que dependem das taxas de juro internacionais. Neste momento, há uma tendência de descida das taxas de juro, o que é positivo para o país.

Além disso, as guerras e tensões no Médio Oriente sempre levantam preocupações em torno da segurança energética. O preço do petróleo aumenta por receio de interrupções no abastecimento. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) também influencia este mercado, ao ajustar a sua produção. Recentemente, a OPEP adiou um aumento da produção por dois meses, mas ainda é possível que em Dezembro venha a aumentá-la, o que pode mitigar o impacto de uma eventual crise de abastecimento.

Angola, apesar de representar apenas 1% da produção mundial (com cerca de 1 milhão de barris por dia), é vista como um fornecedor estável, sem grandes conflitos internos, o que confere uma certa segurança energética aos seus clientes. Isso não se aplica apenas ao petróleo, mas também a outros recursos minerais do país.

Outro ponto a considerar é a questão dos subsídios aos combustíveis. Quando o preço do petróleo sobe, os subsídios também aumentam, uma vez que o preço de venda ao consumidor é fixo, gerando uma diferença que o Estado precisa cobrir. Inversamente, quando o preço do petróleo desce, a receita do Estado diminui. A eliminação ou diminuição dos subsídios aos combustíveis é mais fácil de implementar quando o preço do petróleo está baixo.

Portanto, Angola está numa posição delicada, onde a subida ou descida dos preços do petróleo traz implicações económicas e sociais significativas para o país.

Data de Emissão: 03-10-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem macas: Angola e RDC de novo em "bilos" desta vez por causa da proibição de camiões angolanos atravessarem o baixo congo a caminho de Cabinda

O Governo angolano convocou esta segunda-feira o embaixador da República Democrática do Congo (RDC) acreditado em Luanda, Kalala Constantn, para esclarecer a situação da detenção, há quinze dias, de vários camionistas angolanos na cidade de Kinshasa e também no Congo Central. 

Entretanto a RDC proibiu a circulação de transportadores angolanos no seu território com destino à província de Cabinda.  A Associação dos Camionistas de Angola desconhece as razões das autoridades congolesas, mas apela a uma intervenção urgente do governo. 

Em nota à comunicação social, o ministro das Relações Exteriores, Téte António, diz ter-se reunido esta segunda-feira, 30 de setembro, com o representante da RDC em Angola, manifestando o seu desagrado unilateral pela forma como estão a ser tratados os camionistas angolanos que operam naquele país. 

Em reacção, Miguel Domingos, responsável da Associação dos Camionistas de Angola, relata que a situação é muito grave, por se desconhecerem os motivos que levaram o governo da República Democrática do Congo a tomar tal medida. 

“Vamos juntos à ANTT [Agência Nacional de Transportes Terrestres] fazermos este pedido de maneira a que o nosso pessoal, aos nossos meios, carregados ou vazios sejam enviados de volta para a Angola, depois vamos partir para uma nova reacção, aguardando que a RDC se pronuncie e nos dê uma explicação sobre este tipo de atitude, quando existe outro tipo de mecanismo de resolução”, queixou-se.

Data de Emissão: 02-10-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: A TAAG recebeu ontem a primeira de 15 aeronaves do modelo Airbus A220-300

A aeronave, com capacidade de 137 passageiros e incorporada em regime de ‘leasing’ (Air Lease Corporation) para assegurar as ligações domésticas e conexões intra-África, foi recebida hoje no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, em Luanda, em ambiente de festa.

Segundo a administração da TAAG – Transportadora área de Angola –, o Airbus A220-300 é uma aeronave moderna e extremamente eficiente, com uma poupança de consumo de combustível na ordem dos 25%, baixa poluição sonora e reduzida emissão de gases nocivos ao ambiente.

O reforço da frota da TAAG “é uma evidência do caminho de modernização e crescimento da companhia, que passará a contar com uma frota mais versátil e maior disponibilidade de aeronaves para atender a demanda crescente de passageiros e clientes”, afirma a administração em comunicado.

Para o ministro dos Transportes de Angola, Ricardo de Abreu, que presidiu a cerimónia de apresentação da aeronave, a ocasião traduz-se na concretização de uma parceria no terreno que “levará a companhia mais longe” e que “traz consigo bons ventos de um proveitoso casamento com a Airbus”.

“Uma parceria que aproveito para, mais uma vez, agradecer em meu nome pessoal e no de Angola, porque trabalhar com os melhores obriga-nos a subir os nossos níveis de desempenho e de serviço em toda a linha deste tão complexo quanto admirável setor de atividade”, frisou.

Expressou “verdadeira satisfação e entusiasmo” ao receber e poder apresentar a aeronave A220-300, salientando que está é a primeira das quinze que Angola encomendou à esta gigante da aeronavegação e que a seu tempo chegarão para reforçar, ainda mais, a nossa capacidade operacional em toda a linha”.

Considerou que este avião chega ao país num tempo em que a TAAG solidifica um clima interno de coesão e de compromisso com o propósito que serve, num período em que o setor da aviação civil é desafiado a crescer em diversas direções e a contribuir para que o país desempene um papel cada vez mais catalisador ao nível do desenvolvimento de continente africano.

 
Data de Emissão: 01-10-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas, edição alargada de 30 de Setembro de 2024

Economia Sem Makas, edição de 30 de Setembro de 2024, com Carlos Rosado de Carvalho.

Tópicos:

  •  – Comunicação social pública passa mais de metade dos noticiários a falar bem do Governo, revela monitoria de imprensa do movimento MUDEI;
  •  – UNITEL aumenta preços da internet em 25%;
  •  – Tribunal suspende proibição de venda de bebidas em pacotinhos;
  •  – Dezenas de médicos cubanos das Forças Armas Angolanas sem salário há seis meses;
Data de Emissão: 30-09-2024 às 08:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem macas: Limite de levantamento diário nos Caixas Automáticos passa para 120 mil kwanzas

A partir desta quinta-feira, 26, o limite diário de levantamento de dinheiro nos Caixas Automáticos (CA), vulgo ATM, passa a ser de 120 mil kwanzas, anunciou, em comunicado de imprensa, a Empresa Interbancária de Serviços (EMIS).

A medida representa um acréscimo de 20 mil kwanzas ao limite antes estipulado, que era de 100 mil kwanzas, conforme ajustado pelo Instrutivo n.º 24/2021, de 7 de Dezembro.

No comunicado, a EMIS observa que os demais limites de levantamento na Rede Multicaixa vão permanecer inalterados. Deste modo, levantamento por operação continua a ter o limite de 60 mil kwanzas, os levantamentos diários cumulativos entre as operações feitas nos ATM e nos Terminais de Pagamento Automático (TPA) também continuam a ter o limite de 150 mil kwanzas.

A principal operadora do sistema de pagamentos angolano realça ainda que a Rede Multicaixa processa mais de 9,5 milhões de operações financeiras, contando com mais de 3 800 Caixas Automáticos, cerca de 190 mil TPA e mais de 1,5 milhão de utilizadores do Multicaixa Express.

Data de Emissão: 27-09-2024 às 07:10
Género(s): Comentário, Economia
 
Economia sem macas: Angola e Zâmbia assinam acordo de concessão em Nova Iorque para a construção de infraestruturas ferroviárias que irão conectar os dois países através do Corredor do Lobito

O acordo para a construção de uma nova linha ferroviária ligando Angola e Zâmbia, através do Corredor do Lobito, foi formalizado recentemente em Nova Iorque. Este projecto, que contempla uma extensão de aproximadamente 800 km, será financiado e operacionalizado com a colaboração da Africa Finance Corporation (AFC), uma organização multilateral com participação de 43 Estados, cujo objectivo é promover o desenvolvimento de infraestruturas em África.

A assinatura deste acordo é vista como um marco importante para a integração regional e o crescimento económico dos dois países envolvidos, bem como para o continente africano em geral. O consórcio vencedor da concessão inclui a participação de empresas europeias, como a Trafigura, e um consórcio com interesses portugueses e angolanos, nomeadamente a Mota-Engil. A escolha deste consórcio foi preferida em detrimento de um consórcio chinês que também participou no processo de licitação.

O projecto de expansão ferroviária tem como meta reforçar o comércio inter-regional e optimizar a logística de transporte, favorecendo as trocas comerciais entre os países da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC). Além disso, espera-se que esta nova infraestrutura contribua para a dinamização do Corredor do Lobito, facilitando a exportação de minérios e produtos agrícolas provenientes do interior de Angola e da Zâmbia.

As autoridades esperam que a construção desta linha ferroviária traga melhorias significativas às infraestruturas de transporte da região, bem como a criação de novos postos de trabalho e o fortalecimento das economias locais.

Data de Emissão: 26-09-2024 às 00:07
Género(s): Comentário, Economia
 
Economia sem macas: Kwanza entre as três piores moedas do mundo em 2024

Segundo um relatório da Business Insider Africa, baseado em dados da Bloomberg. Além do Kwanza, estão também o Kwacha da Zâmbia e a Naira da Nigéria. Esses países partilham um problema comum: a dependência excessiva das suas economias em commodities. Angola, por exemplo, é fortemente dependente do petróleo, enquanto a Zâmbia depende do cobre. Quando os preços dessas matérias-primas caem ou a produção diminui, os países veem as suas receitas em moeda estrangeira reduzidas, o que pressiona negativamente a sua moeda nacional.

Outro factor que agrava a situação é o peso da dívida externa. Em Angola, cerca de 60% das receitas em divisas são canalizadas para o pagamento da dívida, o que cria uma necessidade constante de moeda estrangeira, como o dólar. Esta pressão contribui para a contínua desvalorização do Kwanza. A gestão orçamental inadequada também é apontada como um factor importante para o mau desempenho da moeda. Projectos caros, como a construção de grandes infraestruturas e a manutenção dispendiosa, desviam fundos que poderiam ser utilizados de forma mais eficiente.

No que diz respeito às reformas, Angola e Nigéria enfrentam desafios semelhantes, sendo os subsídios aos combustíveis um ponto de destaque. A Nigéria, por exemplo, eliminou recentemente os subsídios aos combustíveis, enquanto Angola ainda não conseguiu implementar essa reforma. Além disso, a má gestão das políticas cambiais e orçamentais também tem contribuído para o fraco desempenho destas moedas.

A desvalorização do Kwanza segue um ciclo vicioso. À medida que a moeda desvaloriza, os preços das importações aumentam, o que gera mais inflação. Essa inflação, por sua vez, leva a uma maior desvalorização do Kwanza, alimentando o ciclo. Em 2024, o Kwanza já perdeu 11,2% do seu valor em relação ao dólar, com a maior parte dessa desvalorização a ocorrer entre Abril e Agosto.

A inflação em Angola tem mostrado sinais de redução em Agosto de 2024, mas o aumento de preços em sectores como as telecomunicações continua a ser uma preocupação. O Banco Nacional de Angola tem tentado controlar a taxa de câmbio, mas a pressão sobre a moeda é grande. Em última análise, a combinação de uma dependência de matérias-primas, má gestão orçamental, elevada dívida externa e falta de reformas estruturais está a manter o Kwanza numa posição frágil no cenário global.

Data de Emissão: 25-09-2024 às 07:10
Género(s): Comentário, Economia
 
Economia sem macas: A privatização da ENSA arranca hoje, com as ações a serem vendidas num intervalo de preços entre 6.499 e 12.499 kwanzas

Após muita expectativa, finalmente a privatização da ENSA começou. Mas, quem deve participar e a que preço? Para quem está interessado em investir, é importante buscar orientação junto aos bancos ou corretoras, que possuem especialistas em estudos sobre o valor das empresas em bolsa.

No caso da ENSA, é uma boa prática que as pessoas se aconselhem com especialistas antes de investir em ações, principalmente porque é a primeira vez que muitas estão envolvidas num processo de privatização como este. Não é necessário enfrentar grande burocracia, mas as ordens de compra devem ser feitas através dos intermediários financeiros e, uma vez colocado o pedido, é só aguardar. O preço final será apurado dentro de um intervalo estabelecido e, caso haja mais ordens de compra do que oferta de ações, as pessoas poderão saber quantas ações adquiriram. O prazo para liquidação é de um ou dois dias.

A ENSA, como a maior seguradora de Angola, tem um enorme potencial de crescimento, especialmente num setor que está na sua infância no país. Contudo, o crescimento da indústria seguradora depende diretamente do crescimento da economia. Se a economia não crescer ou se diversificar, o setor de seguros não vai prosperar, pois sem atividade económica, as pessoas não procuram seguros.

Quem investe em ações geralmente tem dois tipos de ganhos em mente: o recebimento de dividendos ou a valorização das ações. No caso da ENSA, no ano passado, a empresa distribuiu 2.110 milhões de kwanzas em dividendos, o que resultou num dividendo por ação de 879 kwanzas. Se compararmos esse valor com o preço máximo das ações, o rendimento de dividendos foi de 7%. Considerando o preço mínimo de 6.499,80 kwanzas por ação, o rendimento sobe para 13,5%.

Assim, os investidores precisam pesar os riscos e retornos. Se alguém colocar o dinheiro noutro tipo de investimento, qual seria o retorno? Essas são as contas que precisam ser feitas. Aqueles que investem pensando em manter as ações em carteira estão mais focados nos dividendos que a empresa distribui, enquanto outros podem procurar ganhar com a valorização das ações.

A privatização da ENSA também tem o potencial de dinamizar a Bolsa de Valores, que ainda tem poucas transações em Angola. Com 30% das ações da ENSA a serem colocadas no mercado, há uma oportunidade maior de participação do público em comparação com outras empresas, como a Caixa Geral de Angola.

Data de Emissão: 24-09-2024 às 07:10
Género(s): Comentário, Economia
 
Economia sem makas, edição alargada de 23 de Setembro de 2024

Economia Sem Makas, edição de 23 de Setembro de 2024, com Carlos Rosado de Carvalho.

Tópicos:

  • Lucros da UNITEL caem a pique;
  • Governo volta a apresentar Conta Geral do Estado dentro do prazo;
  • 1 ano depois da liberalização dos vistos desconhecemos os resultados;
  • Utilização de cartões de débito e crédito estrangeiro em Angola não é nada fácil;
Data de Emissão: 23-09-2024 às 08:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem macas: Banco Nacional de Angola mantém taxas de juro inalteradas justificando com perspectivas de descida da inflação

O Comité de Política Monetária (CPM) do Banco Nacional de Angola (BNA) decidiu, esta quinta-feira, não mexer nas taxas de juros, mantendo assim inalterado o curso da política monetária. Na base, está a desaceleração do ritmo de crescimento dos preços na economia, já que desde Maio a taxa de inflação mensal tem estado a reduzir.

“Essas decisões justificam-se pela necessidade de manutenção de condições monetárias adequadas à desaceleração do ritmo de crescimento dos preços na economia e de redução das pressões inflacionistas no curto prazo”, disse o governador do BNA, Manuel Tiago Dias, durante a conferência de imprensa realizada esta quinta-feira.

Assim, o banco central decidiu manter a taxa de juro directora (taxa BNA) em 19,5%, bem como a taxa de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez em 20,5% e a taxa de juro da facilidade permanente de absorção de liquidez em para 18,5%.

Igualmente o CPM decidiu manter a sua meta de inflação de 23,4% para o final do ano, justificado também pela trajectória descendente da taxa de inflação mensal e homóloga. “Começamos já a observar uma queda na inflação homóloga, saímos em termos de inflação de 31% em julho, agora (agosto) estamos em 30%, nós perspectivamos que esta tendência vai continuar nos próximos meses razão pela qual entendemos não ser oportuno fazermos uma revisão do nosso objectivo de inflação para este ano”, apontou Manuel Tiago Dias.

Data de Emissão: 20-09-2024 às 07:10
Género(s): Comentário, Economia
 
Economia sem macas: Arrancou hoje à meia-noite o Censo Geral 2024

Mais de 90 mil técnicos foram mobilizados para garantir o êxito do Recenseamento Geral da População e Habitação. Em algumas comunidades do interior de Angola, há um certo ceticismo, devido à crise socioeconómica.

Sob o lema “Juntos contamos para Angola”, arrancou às 00:00 desta quinta-feira (19.09) o Recenseamento Geral da População e da Habitação 2024, o segundo censo pós-independência do país. Este estudo de abrangência nacional visa recolher dados socioeconómicos detalhados sobre a população do país, formando uma base de dados essencial para o planeamento, gestão e tomada de decisões políticas.

O coordenador da Comissão Multissetorial de Apoio à Realização do Censo, Francisco Furtado, assegurou que foram criadas as condições necessárias para o sucesso desta operação, com a superação dos constrangimentos financeiros que haviam surgido: “São questões que estão ultrapassadas, porque, inclusive, face a esta e outras situações que se registaram, houve a necessidade de se solicitar o reforço do orçamento do INE”, afirmou.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), foram recrutados mais de 90 mil técnicos para assegurar o sucesso da campanha. No entanto, algumas preocupações permanecem entre líderes comunitários. Pedro Afonso, presidente da comissão de moradores do Distrito Urbano da Camama, destacou a necessidade de evitar os erros cometidos em 2014, quando alguns agregados ficaram de fora do censo devido ao desconhecimento dos recenseadores sobre as áreas onde deveriam atuar: “Muitas vezes, as pessoas que intervinham em algumas áreas não tinham o domínio das próprias áreas e, praticamente, isso fez com que se fizesse um censo aleatório”, recordou.

O primeiro Censo Geral da População e Habitação de Angola foi realizado em 2014, revelando uma população de 25.789.024 habitantes, dos quais 63% residiam em áreas urbanas e 37% em zonas rurais. A população angolana era, na sua maioria, constituída por mulheres, com 13.289.983 (52% do total), enquanto os homens representavam 48% (12.499.041). A província de Luanda foi identificada como a mais populosa, com 6.945.386 habitantes, correspondendo a mais de um quarto da população total do país.

Com o Censo 2024, espera-se uma atualização fundamental destes dados, fornecendo uma visão precisa e atualizada sobre a evolução demográfica e as condições de vida em Angola, essenciais para o desenvolvimento e planeamento nacional.

Data de Emissão: 19-09-2024 às 07:10
Género(s): Comentário, Economia
 
Economia sem macas: Governo injetou mais 148 milhões de dólares na TAAG em 2023, apesar da companhia continuar a perder dinheiro, só no ano passado prejuízos atingiram 132 milhões de dólares

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2023, com destaque para o prejuízo de 90 mil milhões de kwanzas (aproximadamente 132 milhões de dólares). Apesar do aumento de 44% no número de passageiros transportados, os custos operacionais da empresa continuam a exceder as receitas, levando a prejuízos contínuos. A TAAG transportou 1,004 milhões de passageiros em 2023, comparado a 918 mil em 2022, mas a empresa registrou receitas de 288 mil milhões de kwanzas, enquanto os custos operacionais atingiram 377 mil milhões de kwanzas, resultando num prejuízo operacional de 88,9 mil milhões de kwanzas.

O Estado angolano, na tentativa de manter a companhia em operação, injetou 121,4 mil milhões de kwanzas (cerca de 148 milhões de dólares) em 2023, somando-se a um investimento total de mais de 1,2 mil milhões de dólares desde 2017, e 2,2 mil milhões de dólares desde 2002. Mesmo com esse suporte financeiro, os prejuízos operacionais da TAAG duplicaram em relação ao ano anterior.

Os auditores independentes apontam que a sobrevivência da TAAG depende de injeções contínuas de capital do Estado. Eles reforçam que a empresa não apresentou um plano claro sobre quando atingirá o “break even” (ponto de equilíbrio), o que traz incerteza sobre o futuro da companhia.

Portanto, mesmo com um aumento na atividade e vários planos de recuperação, a TAAG continua a ser deficitária, e o Estado deverá continuar a injetar dinheiro público para garantir a operação da companhia. Este cenário cria uma dependência contínua do Estado e levanta preocupações sobre a sustentabilidade financeira da empresa a longo prazo.

Data de Emissão: 18-09-2024 às 07:10
Género(s): Comentário, Economia
 
Economia sem macas: Inflação anual abranda depois de 15 dias a subir

A inflação em Angola tem mostrado sinais de abrandamento nos últimos meses, mas ainda enfrenta desafios. Em agosto, a inflação homóloga desceu de 31,1% em julho para 30,5%, refletindo uma queda mensal nos preços de 1,61%, ligeiramente inferior aos 1,68% registados em julho. Este abrandamento foi visível em setores importantes como alimentação, vestuário e saúde, mas a educação continua a pressionar os preços devido ao início do ano letivo, com o aumento de material escolar e propinas a contribuir para o aumento da inflação nesse setor.

Apesar desta desaceleração, a previsão para o final do ano, de acordo com o Gabinete de Estudos do BFA, é de que a inflação anual atinja os 32%. A desvalorização do kwanza e a redução das importações também têm influenciado a alta de preços, agravando a situação para os consumidores. Em Luanda, os preços já subiram 22,5% este ano, refletindo o impacto da redução de subsídios aos combustíveis e outras medidas fiscais.

A médio prazo, a remoção completa dos subsídios aos combustíveis, prevista para 2025, representa uma preocupação adicional, pois pode agravar a inflação. O aumento de preços nas comunicações também poderá ser um fator a considerar, com impactos significativos na economia. Assim, a trajetória da inflação nos próximos meses dependerá do comportamento de setores como a educação e as comunicações, que continuam a gerar pressão sobre os preços.

Diferença entre inflação e deflação:

  • Inflação refere-se ao aumento generalizado e sustentado dos preços de bens e serviços ao longo do tempo, o que resulta numa perda de poder de compra. Em situações de inflação, os consumidores precisam de mais dinheiro para comprar os mesmos produtos, como é o caso atual em Angola, onde a subida dos preços está a dificultar a vida das famílias.

  • Deflação, por outro lado, ocorre quando há uma queda geral nos preços. Isso pode parecer vantajoso para os consumidores num primeiro momento, mas a deflação prolongada pode ser prejudicial à economia, levando a uma diminuição nos lucros das empresas, menos investimentos e, eventualmente, desemprego.

Data de Emissão: 17-09-2024 às 07:10
Género(s): Comentário, Economia
 
Economia sem makas, edição alargada de 16 de Setembro de 2024

Economia Sem Makas, edição de 16 de Setembro de 2024, com Carlos Rosado de Carvalho.

Tópicos:

  • Há agora mais empresas públicas do que havia antes das privatizações;
  • Consumo de combustíveis por habitantes no Zaire é o maior de Angola;
  • Visita de Biden e Cimeira de Negócios EUA-África são vitórias diplomáticas de Angola;
  • Ordem dos Advogados pela inconstitucionalidade de Lei do vandalismo;
Data de Emissão: 16-09-2024 às 08:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem macas: Pedro Castro Silva, Vice-Governador do Banco Nacional de Angola, deixa o cargo para ser administrador suplente do FMI (exclusivo "Economia Sem Macas")

Pedro Castro Silva, Vice-Governador do Banco Nacional de Angola (BNA), deixa o seu cargo para se tornar administrador suplente do Fundo Monetário Internacional (FMI). Esta mudança faz parte de uma alteração na governança do FMI, que agora contará com mais dois administradores para África.

A governança do FMI organiza-se em grupos de países, chamados “constituências”, que determinam a nomeação de administradores. Angola faz parte de uma dessas constituências, que inclui países da África Austral. O primeiro administrador desta constituência será de Moçambique, enquanto Pedro Castro Silva, de Angola, será o administrador suplente. Daqui a dois anos, ele deverá assumir como administrador principal.

O processo de nomeação para o FMI envolveu o governo angolano indicando três nomes, que foram depois entrevistados pelo FMI. Pedro Castro Silva foi o escolhido final entre os três indicados. Silva tem um currículo vasto, com passagens pela Sonangol, pelo Banco Nacional de Angola e pelo Ministério da Economia. Possui mestrado pela Escola de Paris e formação em gestão financeira pela Universidade de Indiana, nos Estados Unidos.

A saída de Pedro Castro Silva do Banco Nacional de Angola levanta questões sobre a estabilidade da instituição. O BNA tem enfrentado mudanças significativas nos seus quadros superiores nos últimos anos. O cargo de Vice-Governador é de grande importância e a sua substituição será indicada pelo Governador do Banco Nacional de Angola, com nomeação pelo Presidente da República.

Em termos de governança, o BNA é uma entidade independente que, de acordo com a lei, não pode ser diretamente controlada pelo Presidente da República. Recentemente, houve controvérsias sobre a interferência do Presidente em decisões de política monetária, o que pode ter gerado algum desconforto entre os dirigentes do Banco.

Enquanto isso, a saída de Pedro Castro Silva para o FMI é vista como uma oportunidade positiva tanto para ele, em termos de carreira, como para Angola, que mantém representação em importantes instituições financeiras internacionais.

Economistas e analistas discutem o impacto desta mudança na estabilidade da política monetária do país e aguardam para ver quem será o próximo nome indicado para a posição de Vice-Governador do Banco Nacional de Angola.

Data de Emissão: 13-09-2024 às 07:10
Género(s): Comentário, Economia
 
Economia sem macas, Kwanza reforça perdas depois da estabilidade dos primeiros 5 meses do ano

Desde o início de 2024, o Kwanza tem mostrado sinais de desvalorização contínua. Nos primeiros cinco meses, a moeda esteve relativamente estável, perdendo apenas 0,6%. No entanto, desde Maio, a desvalorização acelerou, acumulando uma perda de 9,9%. Em 2023, o Kwanza já havia experimentado uma desvalorização dramática de 40% em apenas um mês, o que sugere uma tendência persistente de perda de valor. Durante os primeiros meses de 2024, a desvalorização foi mínima: 0% em Janeiro e Fevereiro, 0,5% em Março, 0,2% em Abril. A partir de Maio, a desvalorização aumentou significativamente: 2,1% em Maio, 0,2% em Junho, 2,6% em Julho, 4% em Agosto, e 1,5% nos primeiros 12 dias de Setembro.

Muitos analistas questionam a política cambial do Banco Nacional de Angola (BNA), alegando falta de previsibilidade e transparência. Parece que o BNA intervém no mercado cambial de forma aleatória e não baseada numa estratégia clara. Desde Junho de 2023 até Maio de 2024, houve uma aparente estabilidade do Kwanza, mas, subitamente, a moeda começou a desvalorizar rapidamente sem uma explicação oficial.

Além disso, o contexto económico de Angola é agravado pela dependência do petróleo e por uma inflação elevada, que se encontra atualmente em cerca de 30%. A oscilação dos preços do petróleo no mercado global afeta diretamente a economia angolana, que depende fortemente das exportações de petróleo para receitas em divisas. A inflação elevada também pressiona os preços dos bens de consumo, tornando a situação económica mais desafiadora para os cidadãos.

O Presidente da República, João Lourenço, recentemente autorizou um montante de 80 milhões de dólares para a manutenção do novo Aeroporto Internacional de Luanda, uma medida que tem sido alvo de críticas, considerando a situação económica do país. Além disso, o governo angolano lançou o novo satélite, ANGEO-1, que representa um avanço significativo na área de comunicação e observação terrestre, mas que também gera debates sobre prioridades de investimento num momento de crise económica.

Outro ponto de preocupação é a dívida pública de Angola, que continua a ser uma carga pesada para a economia nacional. O país tem enfrentado desafios para gerir a sua dívida externa, que absorve grande parte das receitas fiscais, deixando pouco espaço para investimentos em infraestruturas e serviços essenciais.

Em resumo, o cenário económico de Angola é marcado pela desvalorização do Kwanza, uma inflação elevada, dependência das exportações de petróleo, investimentos controversos como a manutenção do novo aeroporto e o lançamento do ANGEO-1, e uma dívida pública que impõe desafios significativos ao desenvolvimento sustentável do país. A política cambial do BNA, vista como imprevisível, contribui para a incerteza económica e alimenta as críticas sobre a gestão económica do governo.

Data de Emissão: 12-09-2024 às 07:10
Género(s): Comentário, Economia
 
Economia sem makas, Taxa de desemprego global mantém-se mas desce entre os jovens, segundo a OIT

Economia Sem Makas, edição de 11 de Setembro de 2024, com Carlos Rosado de Carvalho.

Tópico:

  • Taxa de desemprego global mantém-se mas desce entre os jovens, segundo a OIT.
Data de Emissão: 11-09-2024 às 07:00
Género(s): Economia
 
Economia sem macas, Presidente da República aprova financiamento de 2.357 milhões de dólares para Metro de Superfície e empréstimo de 2 mil milhões da Gemcorp

Economia Sem Makas, edição de 10 de Setembro de 2024, com Carlos Rosado de Carvalho.

Temas:

  1. Presidente da República aprova financiamento de 2.357 milhões de dólares para Metro de Superfície e empréstimo de 2 mil milhões da Gemcorp.
  2. Orçamento da vice-Presidente da República foi aumentado em 60%.

 

O Presidente da República, João Lourenço, autorizou, em diário da República, um conjunto de despesas no valor de cerca de 2,5 mil milhões de dólares para a celebração de vários contratos, por ajuste directo, ligados ao arranque da primeira fase do Metro de Superfície de Luanda (MSL).

A decisão consta do Despacho Presidencial n.º 210/24, de 6 de Setembro, que canaliza o maior volume de despesas – 2,250 mil milhões de euros (cerca de 2,4 mil milhões USD) – para fornecimento de equipamentos, tecnologia e implementação da primeira fase do MSL com o troço Zona Económica Especial-Aeroporto António Agostinho Neto-Zona Verde-Sequele.

Já os serviços de assistência técnica para concepção do projecto de base de todas as especialidades da 1.ª fase do Metro de Superfície de Luanda estão orçados em 45,6 milhões de euros (cerca de 50,3 milhões de dólares).

No documento, assinado por João Lourenço e consultado pela revista Economia & Mercado, o Titular do Poder Executivo autoriza ainda, para atender à primeira fase do projecto, a despesa de 37,5 milhões de dólares para fiscalização da empreitada, além dos 15 milhões USD para coordenação e gestão do programa.

O Presidente da República delega competência, com faculdade de subdelegar, ao ministro dos Transportes para a aprovação de todas as peças do procedimento, verificação da validade e legalidade de todos os actos praticados no âmbito do processo.

Data de Emissão: 10-09-2024 às 07:10
Género(s): Comentário, Economia
 
Economia sem makas, edição alargada de 09 de Setembro de 2024

Economia Sem Makas, edição de 09 de Setembro de 2024, com Carlos Rosado de Carvalho.

Tópicos:

  • TAAG diz que tem plano, visão e estratégias até 2029, mas não apresenta publicamente;
  • Fundo Soberano de Angola está a perder 237 milhões desde a sua criação;
  • Privatizações têm malparado 10,4 mil milhões de Kz;
Data de Emissão: 09-09-2024 às 08:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Fórum de Cooperação China-África e a ausência de João Lourenço

As relações entre a China e Angola continuam a esfriar. Agora, João Lourenço trocou as voltas ao Governo chinês e enviou o ministro das Relações Exteriores, Téte António, ao Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), que se realiza entre 4 e 6 de setembro em Pequim.

As autoridades chinesas contavam com a presença de João Lourenço e foram surpreendidas com a decisão do chefe de Estado de delegar a presença institucional de Angola neste fórum no ministro das Relações Exteriores. “Não era isso que estava previsto e os chineses estão furiosos”, adianta ao Negócios fonte conhecedora do processo.

João Lourenço visitou a China em março deste ano e, nessa ocasião, encontrou-se com o seu homólogo Xi Jinping. Segundo o que o próprio Jornal de Angola noticiou na altura, aceitou o convite que lhe foi então endereçado para participar no FOCAC. Sete meses volvidos, deu o dito por não dito e enviou Téte António a Pequim.

Em contrapartida, marcam presença na FOCAC os presidentes da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e da República Democrática do Congo, Félix Tshisekedi, entre muitos outros

A dependência económica de Angola face à China, no plano teórico, justificaria uma participação ao mais alto nível, mas as relações bilaterais têm-se vindo a deteriorar, sobretudo depois da aproximação de João Lourenço aos Estados Unidos e de Pequim não ter suavizado os prazos e os montantes do pagamento da dívida de Angola à China.

Além disso, os chineses estão a incentivar a construção de infraestruturas concorrentes ao corredor do Lobito, uma opção que desagrada a Luanda.

Angola, segundo dados divulgados esta segunda-feira pela agência Lusa, é o maior parceiro económico da China na África subsariana, tendo recebido entre 2000 e 2002 mais de 45 mil milhões de dólares (40,2 mil milhões de euros) em empréstimos e financiamentos do país asiático para 258 projetos, principalmente na energia e transportes.

Já a dívida de Angola à China equivale a cerca de 40% de toda a dívida externa, num montante a rondar os 17 mil milhões de dólares, adiantou no início do verão a ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa.

Duas versões sobre a mesma dívida

No rescaldo da visita à China, em março passado, João Lourenço afirmou ter conseguido “desbloquear” em grande medida os “constrangimentos apresentados por Angola relativamente aos compromissos com bancos e instituições credoras chinesas” e anunciou que tinham sido negociadas “medidas de alívio que não prejudicam os interesses de nenhuma das partes”.

Todavia, os chineses acabaram por dizer o contrário, afastando qualquer renegociação da dívida. Para piorar as coisas, ao que consta, Xi Jinping terá mesmo um “puxão de orelhas” a Lourenço precisamente a propósito do dossiê da dívida.

Uma das interrogações que se coloca nas relações entre a China e os países africanos tem precisamente a ver com os contornos dos empréstimos realizados por Pequim.

Jacques Nell, diretor da consultora Oxford Economics, citado pela agência Lusa, lembra as críticas por causa da confidencialidade dos contratos financeiros.

Estes contratos, sublinha a agência, dão azo a especulações sobre as condições prejudiciais e fomentam a ideia de uma “armadilha da dívida”, em que os fluxos financeiros eram acompanhados de influência geopolítica e económica nesses países e de represálias duras em caso de incumprimento financeiro.

“As cláusulas de confidencialidade introduzem alguma incerteza sobre as modalidades do alívio da dívida, especialmente porque já há vários processos de reestruturação em curso, o que demonstra a dualidade do papel da China em África – por um lado, os chineses oferecem alívio da dívida e fazem investimentos, o que é muito necessário, mas por outro lado os termos da maior parte dos negócios estão envoltos em secretismo, o que só por si é criticável”, conclui Jacques Nell.

Esta edição do FOCAC, subordinada ao tema “Unir as Mãos para avançar a modernização e construir uma comunidade de alto nível sino-africana com um futuro partilhado”, apresenta-se como “uma plataforma para um diálogo coletivo, unindo a China com a Comissão da União Africana e com os 53 países africanos que mantêm relações diplomáticas com a China”, enfatiza o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi.

Data de Emissão: 05-09-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Receios sobre a procura fazem o petróleo Brent descer para perto dos 70 dólares por barril

Os contratos futuros de petróleo fecharam os negócios do dia praticamente estáveis, após chegarem a subir 2% pela manhã, com a confirmação de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) adiou para dezembro os planos de aumentar a produção, enquanto a procura continua fraca.

O petróleo Brent – referência mundial – para novembro teve uma ligeira variação negativa de 0,01%, a 72,69 dólares por barril, e o petróleo WTI – referência americana – para outubro esteve em terreno negativo, com uma queda de 0,07%, a 69,15 dólares.

A OPEP diz, em comunicado, que os seus membros concordaram em estender os cortes voluntários adicionais de produção de 2,2 milhões de barris por dia por dois meses. Os cortes serão gradualmente eliminados mensalmente a partir de dezembro, com a flexibilidade de pausar ou reverter os ajustes conforme necessário.

“No entanto, tal anúncio não é necessariamente favorável para os preços, pois o mercado pode apontar para a persistente e grande capacidade de produção excedente”, aponta o banco Julius Baer, em relatório.

Segundo o banco, o cenário geral não mudou. “A procura está parcialmente estagnada, a produção cresce nas Américas e o mercado de petróleo provavelmente entrará em excesso de oferta no próximo ano”, diz. O Julius Baer prevê que os preços permaneçam em cerca de 70 dólares por barril a longo prazo.

Além disso, houve uma redução significativamente maior do que a esperada nos stocks de petróleo dos Estados Unidos. O Departamento de Energia do país reportou uma queda de 6,9 milhões de barris na semana passada, face a uma projeção de descida de 700 mil, refletindo importações menores, enquanto os stocks de gasolina aumentaram em meio a um declínio na procura.

Data de Emissão: 05-09-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Alguém que diga ao Presidente da República que a única forma de acabar com contrabando de combustíveis é igualar os preços com os nossos vizinhos

Henrique Bitebe falava na abertura do seminário sobre as medidas plasmadas na Lei nº 5/24, de 23 Abril, Lei do Combate ao Contrabando de Produtos Petrolíferos, dirigido aos trabalhadores (frentistas), proprietários e gestores de bombas e postos de abastecimento de combustíveis.

De acordo com o responsável do sector mineiro-petrolífero na província, o número de postos de abastecimento de combustível existente em Cabinda é mais do que suficiente para dar resposta às necessidades dos automobilistas.

“Não há razões para se verificar longas filas de viaturas ou enchentes nas bombas de combustíveis que não estejam relacionadas a acções de contrabando”, salientou.

A província de Cabinda, disse, conta com 68 postos de abastecimento de combustíveis (operacionais e licenciados), dos quais 27 são convencionais e 41 contentorizados.

O secretário provincial dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás adiantou que, nos últimos seis meses, se levou a cabo um trabalho de averiguação e fiscalização das actividades desenvolvidas pelos agentes revendedores de derivados do petróleo, que culminou com a descoberta de três “modus operandi” utilizados pelos “muambeiros”, como o descaminho, contrabando e açambarcamento de combustível.

Henrique Bitebe esclareceu que, nas acções de “descaminho”, os contrabandistas utilizam as suas licenças de exploração numa determinada área, mas levam o combustível a outras regiões, enquanto no “açambarcamento”, os indivíduos fazem a compra ilegal de grandes quantidades de combustível e armazenam em tanques, a fim de monitorizarem o mercado.

“As acções de contrabando são desenvolvidas por cidadãos nacionais e estrangeiros, que adquirem ilegalmente a gasolina e o gasóleo, com auxílio dos frentistas”, disse.

Além dos postos de abastecimento de combustíveis, destacou o responsável, o sector dos Petróleos e Gás controla ainda 54 unidades de revenda de petróleo iluminante, 58 postos de revenda de gás butano e 67 meios de transporte dos derivados de petróleo.

Infracções previstas na Lei      

Durante o seminário, o jurista e docente universitário João Gabriel Conde falou aos participantes dos cinco tipos de infracções previstas na Lei do Combate ao Contrabando de Produtos Petrolíferos, bem como das suas punições.

O prelector João Conde, que dissertou sobre “O Posicionamento Normativo no Combate ao Contrabando de Produtos Petrolíferos à Lei nº5/24, de 23 de Abril, Lei do Combate ao Contrabando de Produtos Petrolíferos”, alertou os participantes para a moldura penal aplicável ao crime, bem como sobre o agravamento especial previsto na nova Lei.

O jurista preveniu os frentistas que, além das medidas penais existentes nos vários diplomas legais, a Lei actual agravou as medidas de punição e alastrou o seu raio de actuação em diversas esferas da sociedade no país, desde o tipo de contrabando praticado a nível terrestre, marítimo e aéreo.

Aclarou que a lei abrangeu também os vários estratos da sociedade, tais como as autoridades administrativas, civis, políticos e militares que, eventualmente, venham a cometer o crime de contrabando em alta escala, com dimensões transfronteiriças.

Associação valoriza formação

No final do seminário, o secretário-geral da Associação dos Revendedores de Derivados de Petróleo de Cabinda (ARDPC), António Binda, disse que a acção formativa é uma mais-valia para os associados, tendo em conta que vai capacitar e habilitar os gerentes e frentistas dos postos de abastecimento de combustível, no sentido de prestarem melhores serviços e estejam munidos de conhecimentos sobre a nova Lei de Combate ao Tráfico dos Derivados de Petróleo.

Segundo o responsável, a ARDPC trabalha com empresários do ramo, gerentes e frentistas no sentido de se evitar as práticas que facilitam e viabilizam o contrabando de combustível, como a venda de derivados em bidões, viaturas com depósitos adulterados e outros meios que concorrem para a efectivação da ilicitude.

Para o empresário Júlio Pambo, a acção formativa, além de proporcionar conhecimentos sobre a nova Lei de Combate ao Tráfico dos Derivados de Petróleo, vai, também, responsabilizar os proprietários de bombas e postos de abastecimento de combustíveis.

“Essa lei veio responsabilizar ainda mais, no sentido de educarmos e prepararmos melhor os nossos funcionários a conhecerem os riscos que poderão incorrer e, inclusive a própria empresa, se um deles eventualmente auxiliar ou praticar o contrabando”, reconheceu.  

Data de Emissão: 04-09-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: BNA cede às pressões do Presidente para baixar juros e já hoje vai emprestar dinheiro aos bancos a 20,5%

Esta alta de juros faz com que nem o Governo nem os agentes económicos se consigam financiar na banca. Inflação e nova queda do kwanza não dão descanso ao Executivo numa semana em que a Luibor Overnight atingiu o valor mais alto de sempre. Com juros tão altos até os bancos têm medo de emprestar.

Preocupado com as altas taxas de juro que tornam proibitivos os financiamentos ao Estado e à economia, o Presidente da República, João Lourenço, chamou de urgência os líderes das principais instituições bancárias angolanas à Presidência, numa semana em que a Luibor, a taxa de referência aos empréstimos interbancários e que influencia o crédito à economia, bateu níveis históricos.

O principal tema da reunião incidiu sobre a alta dos juros numa altura em que a taxa Luibor Overnight atingiu o valor mais elevado de sempre, acima dos 31% (próximo da inflação). “Os bancos foram chamados para falar sobre as taxas de juro altas, que têm impacto não só no financiamento à economia, mas também ao Estado”, disse uma fonte de um dos bancos, admitindo que o chefe de Estado “está preocupado com o custo do financiamento e a pressão sobre a dívida”.

Em termos práticos, com uma taxa interbancária a rondar os 31%, a inflação claramente acima dos 30%, a que se junta a depreciação constante do kwanza e o elevado percentual de malparado (19,7% em Março), torna-se muito difícil aos bancos concederem crédito à economia. Seja por via do Estado para compra de obrigações de tesouro, cujas taxas de juro andam perto dos 18%, seja por crédito directo aos operadores, que nestas condições implicam taxas finais (fora dos Avisos do BNA) perto dos 35% (Luibor+spread), conforme atesta um administrador de um banco sob anonimato.

Para o primeiro caso, os principais bancos, com mais capacidade financeira, já estão muito expostos com a dívida pública, e para esta remuneração (18%) apesar da segurança que significam, “não são atractivos, são mesmo um mau negócio”, admite. Já para o segundo, “não é possível com estes valores (35%) conceder crédito que seja depois reprodutivo e tenha garantias de reembolso. Para os investidores nacionais restam os Avisos, que apesar de porem a rodar parte da economia que está activa, representam também um custo e um risco para o Estado. Por isso, essa grande aposta no investimento estrangeiro, que é muito mais barato, mas que vai “atrofiando” o empresariado nacional”, remata a fonte.

Por isso a questão levantada pelo presidente sobre a forma como podem os juros baixar em Angola. Ao que o Expansão apurou, os bancos comprometeram- -se a apresentar em breve um conjunto de medidas ao Banco Nacional de Angola (BNA) que podem contribuir para a queda dos juros. Entre as medidas que os bancos pretendem ver concretizadas está o fim do imposto sobre empréstimos interbancários acima de cinco dias – já que consideram que pode desafogar a Luibor de curto prazo – mas também uma melhor e mais efectiva gestão do mecanismo de facilidade de liquidez do banco central, no qual este pode emprestar dinheiro aos bancos em “apuros” de liquidez. “A facilidade de liquidez deve ser mais efectiva, não está sempre disponível e os bancos nunca sabem quando vai funcionar ou não”, admite uma fonte bancária, que defende que estas duas medidas permitiriam só por si agilizar em parte a pressão sobre as taxas de juro.

Data de Emissão: 03-09-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas, edição alargada de 02 de Setembro de 2024

Economia Sem Makas, edição de 02 de Setembro de 2024, com Carlos Rosado de Carvalho.

Tópicos:

  • Euro ultrapassa barreira psicológica dos mil kwanzas;
  • MINFIN reafirma pagamentos atrasados com títulos por falta de liquidez;
  • Empresas fogem dos preços dos fretes do Corredor do Lobito;
  • Venda de ações aos órgãos sociais nas privatizações é ilegal;
Data de Emissão: 02-09-2024 às 08:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Que consequências o caso de corrupção envolvendo a consultora norte-americana, BCG, o Banco Nacional de Angola e o Ministério da Economia trará em Angola?

A gigante norte-americana de consultoria Boston Consulting Group (BCG) foi obrigada, pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos de América (EUA), a devolver cerca de 13 milhões USD de lucro, após admitir o pagamento de subornos a dirigentes angolanos em contratos com o Banco Nacional de Angola (BNA) e o Ministério da Economia.

Segundo uma nota da BCG, publicada nesta quarta-feira, 28, no seu site, entre 2011 e 2017, alguns dos seus funcionários em Lisboa subornaram responsáveis angolanos e membros do MPLA, com o objectivo de a consultora sair vencedora dos contratos a que concorria em Angola.

O suborno era feito através do envio de dinheiro para contas offshore controladas por ‘homens fortes’ ligados aos responsáveis políticos angolanos. Numa das situações, a BCG acordou o pagamento a um agente ligado a oficiais angolanos entre 20% e 35% do valor do contrato, com o montante a rodar entre três entidades offshore diferentes — entretanto, não reveladas na nota divulgada.

“Ao descobrir o esquema, a BCG prontamente auto-denunciou o assunto ao Departamento de Justiça dos EUA (DoJ, na sigla inglesa)”, lê-se na nota da consultora norte-americana, que se viu ‘obrigada’ a retirar da empresa as pessoas envolvidas no referido esquema de suborno e, desde então, igualmente forçada a encerrar o escritório em Luanda.

De acordo com investigações do Departamento de Justiça norte-americana, os subornos em causa foram pagos através do escritório em Lisboa.

“Certos funcionários da BCG em Portugal tomaram medidas para ocultar a natureza do trabalho do agente para a BCG, quando surgiam questões internas, incluindo através da actualização da data de contratos para um período anterior e da falsificação do alegado propósito do trabalho do agente”, revela a investigação do Departamento de Justiça norte-americano.

O facto de ter tomado a iniciativa de denunciar o caso, seguido de um acordo com as autoridades norte-americanos fez com que a Justiça dos EUA não accionasse o ‘Foreign Corrupt Practices Act’ (Lei dos EUA sobre Práticas de Corrupção no Exterior), que daria lugar a um processo no qual a BCG seria arrolada e julgada por conduta relacionada com certas actividades de funcionários angolanos durante o referido período.

“Esta decisão foi justificada com a auto-divulgação voluntária, a cooperação total e as melhorias de conformidade da BCG”, explica o departamento executivo federal dos EUA, responsável pela aplicação da lei e pela administração da justiça.

Fruto do acordo, a BCG vai desembolsar 14,4 milhões de dólares norte-americanos, que o Departamento de Justiça calculou para reflectir os lucros dos trabalhos impactados em Angola.

Os contratos

Entre 2011 e 2017, a BCG ganhou 11 contratos com o Ministério da Economia e um com o Banco Nacional de Angola (BNA), que geraram uma facturação de 22,5 milhões de dólares e lucros de 14,4 milhões de dólares. Como parte do processo com o Departamento de Justiça, a consultora norte-americana não aceitou o referido valor.

À data dos factos, o Ministério da Economia era liderado por Abrahão Gourgel, ao passo que pelo Banco Nacional de Angola passaram três governadores: José Lima Massano (2010-2015), José Pedro de Morais (2015-2016) e Walter Filipe (2016-2017).

Data de Emissão: 30-08-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Presidente João Lourenço reuniu-se esta semana no Palácio Presidencial, com a direcção da banca comercial que opera no país

A banca angolana é constituída pelo Banco Angolano de Investimentos (BAI), Banco de Fomento de Angola, Banco BIC, Banco de Poupança e Crédito (BPC), Banco Millennium Atlântico, Banco Económico, Banco Sol, Standard Bank Angola, Banco Keve, Banco de Negócios Internacional e Banco de Comércio e Indústria (BCI).

O ano passado (2023), o Banco Nacional de Angola (BNA) aumentou para 11 o número de bancos obrigados a constituir uma reserva para evitar riscos sistémicos.

A criação desta reserva de capital adicional para bancos de importância sistémica (conhecida pela sigla inglesa DSIB) foi aplicada no ano passado a oito instituições bancárias, com montantes de reserva entre 1 e 2 por cento, conforme publicou o Jornal de Angola.

Entretanto, o governador do BNA afirmou, recentemente, no Lubango, que os bancos comerciais devem estar disponíveis para prestar apoios com serviços e financiamentos.

Manuel Dias sublinhou, na altura, que a banca comercial tem a missão de apoiar projectos de investimentos, visando o aumento da produção, diversificação da economia, redução das importações e aumento das exportações.

O governador do BNA destacou, ainda, o papel dos bancos comerciais como catalisadores do desenvolvimento das actividades económicas das diferentes regiões do país.

O encontro ocorre uma semana depois de o Chefe de Estado ter convocado o Conselho da República, seu órgão de consulta, para avaliar a segurança alimentar, assim como o trabalho do Executivo, empresários do ramo da agropecuária, pescas e das comunidades, no âmbito da agricultura familiar.

Na ocasião, foi informado que, para a campanha agrícola prestes a arrancar, está disponível, via banca comercial, o Crédito Agrícola de Campanha e foi já regulamentado o mecanismo de garantias soberanas para apoio à produção.

 O objectivo é garantir à população o acesso regular e permanente a alimentos de qualidade e em quantidade suficiente.

Apesar de não ter atingido, ainda, o limite desejado, o Presidente João Lourenço deu a conhecer que o país já está a produzir bastantes alimentos, tendo assegurado que uma das metas do Executivo passa por criar as condições para que os produtos da cesta básica e da Reserva Estratégica Alimentar sejam constituídos, essencialmente, com bens produzidos, transformados e embalados no país.

“Se estivermos determinados, com objectivos e metas bem definidas, e o Executivo, empresários, famílias camponesas organizadas e apoiadas, transportadores e comerciantes juntarem as mãos para esta causa comum do combate à fome e à pobreza e do aumento da produção interna de bens alimentares, sairemos vitoriosos”, vaticinou o Titular do Poder Executivo.

O Presidente da República destacou o papel das famílias camponesas neste processo e adiantou que o Executivo vai continuar a apoiar a agricultura familiar, com os diferentes programas concebidos e em plena execução, por acreditar na capacidade já demonstrada pelo sector.

“O Executivo, os partidos políticos, as igrejas e a sociedade civil devem repudiar o discurso negativista e tomar a dianteira no encorajamento às famílias camponesas pelos bons resultados do trabalho que a agricultura familiar apresenta em todas as províncias do nosso país”, exortou o Estadista angolano.

Data de Emissão: 29-08-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: As Parcerias Público-Privadas voltam a actualidade com as autoestrada Soyo-Santa Clara, será uma estrada que vai ligar o norte ao sul do país

O Presidente da República de Angola, João Lourenço, autorizou o Ministério das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação (MINOPUH) a celebrar um Memorando de Entendimento com a empresa China Road and Bridge Corporation. A medida, formalizada através do Despacho Presidencial n.º 198/24, datado de 26 de Agosto de 2024, visa a elaboração dos estudos e projectos necessários para sustentar o concurso público de construção de uma auto-estrada que ligará a cidade do Soyo, na província do Zaire, no Norte de Angola, à zona de Santa Clara, no Cunene, Sul do país. O Despacho, citado pelo Portal do Governo, delega ao ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação a competência para a prática de todos os atos decisórios e de aprovação tutelar, incluindo a celebração e assinatura do memorando, com a possibilidade de subdelegar essas funções. Além disso, determina que o concurso público deve ser realizado na modalidade de Parceria Público-Privada (PPP), visando a colaboração entre o sector público e privado para a concretização do projecto.

O principal objectivo do Memorando de Entendimento é a elaboração dos estudos e projectos que servirão de base para o lançamento do concurso público de construção da autoestrada, reforçando o compromisso do governo angolano com o desenvolvimento da infraestrutura rodoviária e a melhoria da conectividade entre o Norte e o Sul do país. Com esta medida, o governo pretende avançar com os preparativos necessários para o desenvolvimento de uma importante via de transporte, que será um marco significativo para a infraestrutura nacional, facilitando o fluxo de bens e pessoas ao longo do território angolano.

Data de Emissão: 28-08-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Lucros da banca recuaram 19% no primeiro semestre deste ano

O resultado foi influenciado pela queda dos lucros dos bancos BIC, BAI e BPC, que viram os resultados líquidos recuarem 92%, 45% e 44%, respectivamente. A isto associa-se também a queda das aplicações em títulos de dívida pública, uma vez que concentram grande parte dos investimentos da banca.

Os 21 bancos comerciais com os balancetes publicados contabilizaram, no primeiro semestre deste ano, um lucro conjunto de 357,2 mil milhões Kz (cerca de 427,1 milhões USD), o que representa um crescimento de 19% face aos 443, mil milhões Kz registados no mesmo período de 2023, de acordo com cálculos do Expansão com base os balancetes do II trimestre.

Os resultados da banca foram influenciados não só pela redução do volume de operações cambiais, mas sobretudo pela queda de 6% das aplicações em títulos de dívida pública, uma vez que concentram grande parte dos investimentos dos bancos, cerca de 32% do total dos activos da banca comercial. Quase todas as instituições bancárias registaram uma diminuição na carteira de títulos, sobretudo os grandes bancos.

“Se formos comparar a dívida detida pelos bancos no primeiro semestre, e comparado com o período homólogo, consegue-se ver uma redução na maior parte dos bancos. Aliado a isso, as taxas de juros mais baixas também contribuíram significativamente. Também as operações cambiais em volume caíram um pouco”, apontou o economista Mateus Maquiadi.

O mesmo pensamento tem o presidente da Associação Angolana de Bancos (ABANC), Mário Nascimento: “na base está a diminuição da margem financeira, devido à maior estabilidade cambial, associado à diminuição do ritmo de depreciação do Kwanza, que gerou menos resultados cambiais aos bancos, bem como a diminuição da aplicação em título de dívida pública em 6%, que proporcionam taxas de juros aos bancos relativamente altas, que não foram compensados pelas taxas de juros do crédito concedido, apesar do stock de crédito ter crescido 23%”.

Associado a isto está também o facto de os custos dos bancos terem estado a aumentar devido à carga regulatória e da adequação das suas estruturas à regulamentação do BNA.

Assim, Mário Nascimento argumenta que é necessário analisar a queda da carteira de títulos públicos em duas vertentes. Uma primeira é no facto de os bancos na gestão da sua liquidez, nomeadamente na gestão das suas aplicações e na decisão do aumento da carteira de crédito, podem não renovar a aplicação em títulos públicos, e associado a este facto, de o Tesouro Nacional do primeiro semestre não emitir títulos ao mesmo ritmo que fez no período homólogo.

O outro aspecto, segundo o presidente da ABANC é que os bancos, decorrente das restrições da regulamentação do BNA, começaram também a ter alguns limites na aplicação dos seus recursos em títulos públicos.

Além da queda da carteira de títulos de dívida pública, os números também foram influenciados pela queda dos lucros dos bancos BIC, BAI e BPC que empurraram os resultados agregados da banca nacional para baixo. O BIC, liderado por Hugo Teles, foi o que registou a maior queda no lucro. O banco liderado registou um afundanço de 92%, ao passar de 52,5 mil milhões Kz para 4,4 mil milhões, ou seja, menos 48,2 mil milhões Kz face ao período homólogo. Segue-se o BAI, liderado por Luís Lélis, que viu o lucro recuar 45% para 50 mil milhões Kz (menos 40,5 mil milhões Kz). Já o banco público BPC, liderado por Luzolo de Carvalho (CEO) perdeu 32,6 mil milhões Kz no primeiro semestre, ao contabilizar um lucro de 42,1 mil milhões quando no período homólogo contabilizou um resultado líquido de 74,7 mil milhões Kz, o que representa uma queda de 44%.

BFA volta a liderar lucros

O BFA, que durante muitos anos ficou conhecido como campeão dos lucros, voltou ao pódio no primeiro semestre, depois de perder a posição para o BAI…

Data de Emissão: 27-08-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas, edição alargada de 26 de Agosto de 2024

Economia Sem Makas, edição de 26 de Agosto de 2024, com Carlos Rosado de Carvalho.

Tópicos:

  • Sonangol investe na aviação comercial de passageiros;
  • Empresários queixam-se das inspeções no Porto de Luanda;
  • UNITEL e BFA vão para a bolsa com privatização de 15%;
Data de Emissão: 26-08-2024 às 08:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Standard & Poor's mantém classificação do risco de crédito em Angola

Segundo os analistas da consultora Oxford Economics, citados pela Lusa, a manutenção do “rating” de Angola “é uma prova dos esforços do Governo para estabilizar a produção petrolífera, controlar a despesa pública e reduzir a dependência do país dos empréstimos chineses garantidos pelo petróleo,

“Apesar da recente quebra dos preços do petróleo, que contribuiu para uma renovada desvalorização da moeda e fraca diversificação económica, as agências de ‘rating’ não pioraram a opinião sobre a qualidade do crédito soberano de Angola”, acrescentam os analistas.

No entanto, apontam, o facto de não terem melhorado o nível, o que mostra a elevada dimensão dos desafios económicos do segundo maior produtor de petróleo na África subsaariana.

“As elevadas necessidades de financiamento externo e a contínua vulnerabilidade do preço do petróleo e os choques cambiais impedem que Angola melhore o rating”, concluem.

No início desta semana, a agência de notação financeira Standard & Poor’s (S&P) manteve o ‘rating’ de Angola em B-, com perspectiva de evolução estável, salientando que apesar de a dívida descer este ano, o país está muito dependente do câmbio e do petróleo, refere a mesma fonte.

Data de Emissão: 23-08-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Tribunal dá razão a candidatos que chumbaram no exame de acesso ao estágio de advocacia e suspende a sua eficácia

Segundo Sílvia Adriana, porta-voz dos requerentes da providência cautelar, com aquela decisão, a OAA está impedida de praticar quaisquer actos relativos ao referido exame.

“Confirmamos a recepção da notificação proveniente do Tribunal da Relação de Luanda, que dá nota de que a Ordem (dos Advogados de Angola) foi instada a cessar de praticar qualquer acto que vise concretizar e executar o objecto da providência cautelar”, disse Sílvia Adriana, em declarações transmitidas, ontem, pela Rádio Nacional de Angola (RNA).

De acordo ainda com a fonte, a decisão tem como implicações directas a proibição de publicações dos resultados definitivos do Exame Nacional da Ordem dos Advogados (ENOA) e a proibição de práticas de qualquer actos atinentes à concretização da execução do ENOA e dos seus actos conexos.

Sílvia Adriana adiantou que os requerentes vão avançar com uma acção principal para extinção do ENOA que, supostamente, é inconstitucional. “Os requerentes pretendem que deixe de existir o limite inconstitucional que a Ordem dos Advogados coloca a todos os licenciados em Direito que pretendem ser advogados de terem que passar por um exame que não está previsto na Lei da Advocacia”, esclareceu.

A porta-voz dos requerentes da providência cautelar afirmou que estes se demarcam de uma manifestação sobre o assunto convocada para os próximos dias.

“Chegou ao nosso conhecimento que um grupo de indivíduos pretende fazer uma manifestação nos próximos dias. Queremos expressar, publicamente, que nos demarcamos de qualquer actividade desse grupo tendente à realização da manifestação, porque nós estudamos e conhecemos quais são os meios apropriados para a impugnação de actos e regulamentos administrativos, e é por essa via que os requerentes da providência a cautelar decidiram caminhar”, disse a jurista.

A providência cautelar foi entreposta por 150 candidatos ao Exame Nacional da Ordem dos Advogados, com fundamentos na violação do Direito e criação de barreiras ao exercício da profissão.

Data de Emissão: 22-08-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Sonangol volta a investir fora do sector de petróleo e gás

O anúncio passou quase despercebido, mas na segunda-feira, 12 de Agosto, o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (MIREMPET) anunciou, com alguma pompa, que a Sonangol vai integrar a nova estrutura societária da empresa de origem turca Tosyali Iron & Steel Angola S. A., com o objectivo de reactivar a produção de ferro na mina de Kassinga, na província da Huíla. Os termos da joint-venture, que segue os passos anteriores ao nível dos fertilizantes e do quartzo, não foram explicados, mas o histórico recente dos investimentos fora do petróleo liderados pela petrolífera é penoso para a empresa e para o País.

A ideia de falhanço quase total desta estratégia, que supostamente iria colocar a Sonangol ao serviço da diversificação da economia mas que a tornou numa espécie de fundo soberano, deu origem à decisão de retirar a empresa dos negócios secundários, incluindo indústria, banca e habitação, entre outros. Esta iniciativa acabou por servir de base para o Programa de Privatizações (PROPRIV), lançado em 2019, onde a maioria dos activos alienados saiu do grupo Sonangol.

Cinco anos depois do início do PROPRIV, os factos mostram uma reversão deste processo, que também foi assumido como uma forma de salvar a Sonangol e de retirar do seu balanço financeiro as participações em sociedades falidas ou em investimentos sem retorno que ameaçavam a viabilidade da maior empresa do País.

A nova estratégia passava por focar todas as atenções na sua especialidade, a pesquisa e a produção de petróleo, e foi também no seguimento desta decisão que lhe foi retirada a função de concessionária, que deu origem à criação da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG).

“Algumas decisões indicam que se abandonou a intenção de afastar a Sonangol dos negócios fora do petróleo, que era uma ideia correcta”, sublinha José Oliveira, académico e especialista no sector petrolífero.

“O anúncio desta semana sobre a entrada da Sonangol na exploração de ferro não se compreende. Antes disso, já tinha sido divulgada outra intenção de investimento no quartzo, o que ainda se aceitava por estar relacionado com a transição energética. Mas já não entendo a entrada nos fertilizantes, por exemplo. São práticas que recentemente deram mau resultado e que atrasam e dificultam a recuperação da Sonangol”, considera Oliveira.

O presidente da Tosyali Iron & Steel Angola, Fuat Tosyali, considerou que a parceria é uma “demonstração real do empenho e compromisso do Estado angolano na concretização do projecto”.

“Com a entrada da Sonangol na nova estrutura societária, o projecto de ferro e aço de Kassinga vai ganhar uma nova dinâmica”, garantiu Fuat Tosyali, que parece colocar a Sonangol como uma espécie de garantia pública para o seu investimento.

Em Junho, antes da divulgação do acordo entre a Sonangol e Fuat Tosyali com o patrocínio do governo via MIREMPET, o mesmo ministério anunciou “a elaboração de um projecto de elevado espectro com vista à exploração e produção de quartzo”, que deverá constar da carteira de investimentos da Sonangol no quadro do programa de reestruturação da empresa. Não foram divulgados mais pormenores.

Outro exemplo do regresso da Sonangol ao sector não-petrolífero aconteceu há cerca de dois anos, em Junho de 2022, quando foi assinado um termo de financiamento entre o Afreximbank e a Amufert, empresa do grupo empresarial Opaia e proprietária do futuro empreendimento, localizado no Soyo (província do Zaire), que visa promover a produção de fertilizantes em Angola.

“Para entusiasmar e dar confiança a este projecto motivámos a Sonangol e o grupo Opaia a unirem-se na Amufert. Foi aprovado o contrato do fornecimento de gás a um preço próprio para este projecto”, disse na altura Diamantino Azevedo, que terá aceite garantir 20% do financiamento necessário para concretizar o empreendimento avaliado em 2.000 milhões USD. O arranque da produção está previsto para 2027.

Estas iniciativas retiram capacidade à petrolífera e não resolvem os seus principais problemas. Pelo contrário. “A dívida do estado à Sonangol continua a aumentar e isto tem causado danos no dia-a-dia e na sua capacidade de investimento”, defende José Oliveira.

Data de Emissão: 21-08-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Preço de electricidade em Angola é o segundo mais baixo do mundo

Os dados apontam que, até Dezembro de 2023, as famílias angolanas pagaram 11,83 kwanzas em energia, o equivalente a 0,013 dólares por kWh, quando comparado com o resto do mundo, com um preço médio de 0,157 dólares por kWh (13,7 kwanzas).

Apesar dos investimentos que o país tem feito nos últimos anos no sector de energia e dos avanços significativos que algumas províncias têm registado, os números ainda não são os desejados por falta de retorno.

Na verdade, os preços da electricidade variam em cada região e, às vezes, até mesmo dentro de um país, dependendo de vários factores, como  infra-estruturas, localização geográfica e impostos.

Por exemplo, em 2023 a Irlanda, Itália e a Bélgica tiveram alguns dos maiores preços de electricidade do mundo. Naquele ano, as famílias pagavam em torno de 0,47 dólares americanos (412,1 kwanzas) por quilowatt-hora, enquanto na Itália o preço era de 0,45 dólares americanos (394,6 kwanzas) por quilowatt-hora. Nos Estados Unidos, os moradores pagavam quase três vezes menos.

Na SADC, Angola aparece como o primeiro país com a tarifa de electricidade mais baixa, com preços a rondar em média nos 11,1 kwanzas por quilowatt-hora, muito aquém da média de 89,1 kwanzas por Kw/h praticado na região.

Cabo Verde com o preço mais caro em África 

Em 2023, Cabo Verde registou o maior preço de electricidade para residências em África. Neste país, um quilowatt-hora custava cerca de 0,31 dólares (cerca de 271,8 kwanzas). O mesmo aconteceu com o Quénia, Mali, Burkina Faso, Gabão e Rwanda, onde os consumidores pagam 0,22 dólares por quilowatt-hora (192,9 kwanzas).

Apesar destes números, os dados indicam que uma parte significativa da população africana ainda vive sem acesso à electricidade.

Embora quase toda a população do Norte de África tenha acesso à electricidade, as outras regiões tiveram menor acesso  em 2021.

A África Ocidental, Meridional e Oriental, segundo as estatísticas, tinham pouco mais de 50 por cento de seus cidadãos a viver em áreas electrificadas, enquanto na África Central esse número era de 31 por cento.y

De acordo com uma pesquisa, dois países da África Oriental, designadamente as Ilhas Mauricias e as Seycchelles, ficaram em primeiro lugar com o fornecimento de eletricidade mais confiável do continente.

Data de Emissão: 20-08-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas, edição alargada de 19 de Agosto de 2024

Economia Sem Makas, edição de 19 de Agosto de 2024, com Carlos Rosado de Carvalho.

Tópicos:

  • Quase 50 anos depois da primeira alteração à divisão política administrativa herdada do colonialismo, os resultados estão longe de se fazer sentir;
  • Comissão ministerial vai implementar e acompanhar estratégia nacional de prevenção e repressão da corrupção;
  • AGT prepara lista negra de contabilistas;
  • Diligências junto do governo para baixar juros sugerem desconhecimento do INH sobre funcionamento dos juros;
Data de Emissão: 19-08-2024 às 08:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Em metade do ano, Governo só conseguiu 7% dos financiamentos externos previstos no Orçamento Geral do Estado de 2024 para a totalidade do ano

O Governo surpreendeu ao apresentar e aprovar a execução orçamental na Comissão Económica no dia 14, e divulgou as informações conforme o previsto. Isto foi inesperado, pois havia a expectativa de atrasos na divulgação, dado que estavam em cima da hora e não tinham o documento completo. No entanto, o Governo conseguiu cumprir o prazo.

A Ministra das Finanças também mencionou que poderiam ocorrer mais atrasos no pagamento dos salários e justificou estes atrasos devido à falta de recursos. Além disso, há questões relacionadas com a dívida externa e o endividamento, tanto interno quanto externo. A justificação para a situação é que os financiamentos esperados não estão a chegar ao ritmo previsto. Normalmente, espera-se que, nos primeiros seis meses de um ano, o Governo receba 50% dos financiamentos previstos para o ano. No entanto, em 2024, o Governo arrecadou apenas 18,6% dos financiamentos esperados, totalizando 1,9 bilhões de kwanzas em vez dos 10 bilhões previstos.

O Governo está a receber menos dinheiro, especialmente em termos de financiamento. No entanto, as receitas ordinárias, como impostos, estão a correr relativamente bem. Nos primeiros seis meses, o Governo obteve 48,8% das receitas previstas para o ano. O problema está no financiamento, principalmente no financiamento externo. Nos primeiros seis meses, o Governo conseguiu apenas 7,2% dos financiamentos externos esperados, o que explica a dificuldade da tesouraria.

Relativamente às receitas petrolíferas, o Governo obteve 57,7% do que se propunha obter para o ano inteiro, o que representa uma pequena almofada financeira. Isto demonstra que, apesar das dificuldades em obter financiamentos externos, as receitas petrolíferas estão acima do esperado.

Quanto às despesas, o Governo gastou apenas 40% do previsto para o primeiro semestre. Isto indica um “freio” na despesa devido à falta de recursos. Quando analisadas as despesas por função, nota-se que a execução está baixa em áreas como educação e saúde. O Governo gastou apenas 33% do orçamento previsto para a educação e 40% para a saúde. Em contraste, a defesa e segurança receberam 65% do orçamento previsto já no primeiro semestre, o que é uma situação recorrente e preocupante.

O que se observa é que o Governo continua a gastar mais em defesa e segurança do que em áreas prioritárias como educação e saúde. Apesar das declarações de inauguração de hospitais e outras iniciativas, a verdade é que o investimento em educação e saúde está abaixo do previsto no orçamento geral do Estado.

Data de Emissão: 16-08-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Se as empresas privadas funcionassem como Estado, quase ninguém receberia salários a horas

A ministra das Finanças de Angola disse hoje, em Luanda, que existe o risco de os salários da função pública voltarem a atrasar, à semelhança do que se registou no mês passado, devido ao serviço da dívida.

“Existe este risco, sendo totalmente honesta. Existe esse risco porque está relacionado com a pressão do serviço de dívida e com os ‘timings’ da entrada da receita, mas tudo estamos a fazer para que o risco seja sempre minimizado e mitigado, porque temos consciência dos constrangimentos que isso causa às famílias”, referiu Vera Daves de Sousa, em declarações aos jornalistas, no final da reunião da Comissão Económica do Conselho de Ministros.

Vera Daves de Sousa sublinhou que se o Governo tivesse já conseguido constituir “uma boa almofada para minimizar este ‘timing’, os cidadãos quase que não sentiriam isso”.

“Mas por causa da pressão do serviço de dívida, que nalguns meses é maior que noutros, não nos tem sido possível constituir essa almofada”, frisou.

A titular da pasta das Finanças de Angola sublinhou que sempre que entra receita é automaticamente consumida pelo serviço da dívida e como a maior parte dela é titulada, o sistema automaticamente debita na conta do Estado.

“À medida que a receita vai entrando nós vamos seguindo com o processo de pagamento”, disse Vera Daves de Sousa, referindo-se à folha salarial.

Segundo a ministra, o Governo está cauteloso quanto a novas admissões para a função pública, bem como criterioso em relação à nova dívida que venha a ser contratada.

“Não só no que diz respeito ao custo associado a ela, mas também no que diz respeito ao projeto que vai se financiar, para assegurarmos que se tenha o melhor impacto possível e contribua efetivamente para que o PIB aumente e com isso tenhamos mais receitas fiscais”, disse.

A governante angolana declarou que foram realizadas emissões de bilhetes de tesouro, que totalizaram cerca de 805 mil milhões de kwanzas (849,8 milhões de euros) e o serviço da dívida, ou seja, prestações de capital e juros às instituições financeiras credoras, foi de 1,66 biliões de kwanzas (1,7 mil milhões de euros).

No que diz respeito à dívida externa, prosseguiu a ministra, Angola desembolsou financiamentos de cerca de 475,2 mil milhões de kwanzas (501,6 milhões de euros) e pagou 2,04 biliões de kwanzas (2,1 mil milhões de euros) de prestações de capital, juros e comissões.

“Estamos assim com um ‘stock’ da dívida de 54,4 biliões de kwanzas (57,4 mil milhões de euros). Em termos de rácio dívida/PIB estamos perto dos 74% do ‘stock’ dívida/PIB”, indicou.

Relativamente ao balanço orçamental, Vera Daves de Sousa salientou que a execução orçamental registou um excedente orçamental, na ordem dos 823,51 mil milhões de kwanzas (86,9 milhões de euros).

A ministra das Finanças destacou que os encargos financeiros continuam a ser a rubrica que consome mais daquilo que é a execução orçamental, frisando que a execução no primeiro trimestre foi de 16% em relação ao orçamento aprovado.

A Comissão Económica do Conselho de Ministros reuniu hoje e aprovou o relatório de execução do Orçamento Geral do Estado referente ao segundo trimestre deste ano.

O OGE 2024 apresentou uma estimativa de receita e despesa autorizada no valor de 24,72 biliões de kwanzas (26 mil milhões de euros), sendo que no segundo trimestre do ano arrecadou receitas no valor de 5,45 biliões de kwanzas (5,7 mil milhões de euros) e realizou despesas de 4,63 biliões de kwanzas (4,8 mil milhões de euros).

“A receita arrecada no período representa uma execução de cerca de 22%, em relação à receita anual aprovada, sendo que foram arrecadas receitas correntes correspondentes a uma execução de 26% e uma participação sobre a receita total de 70% e, por sua vez, as receitas capital tiveram uma execução de 16% do valor anual previsto e uma participação sobre a receita total de 30%”, refere-se em comunicado.
 
Data de Emissão: 15-08-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Assembleia Nacional aprovou a Conta Geral do Estado de 2022, fê-lo tarde e a más horas

Os deputados da 1ª, 4ª e 5ª Comissões da Assembleia Nacional aprovaram, quarta-feira, na especialidade, o Relatório Parecer Conjunto da Conta Geral do Estado (CGE) do exercício fiscal de 2022, e o Projecto Resolução da mesma.

Segundo o Relatório, lido pelo deputado João Muhembo, a CGE, referente ao exercício fiscal de 2022, remetido à Assembleia Nacional, no prazo previsto, apresenta melhorias metodológicas e de qualidade técnica na apresentação das demonstrações financeiras, para além das notas explicativas às contas e demonstrações financeiras.

O documento refere, ainda, que o Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2022 foi executado num contexto da desaceleração do crescimento da economia global e do conflito militar existente entre a Rússia e a Ucrânia, que propiciou o aumento do preço do petróleo, colocando-o, assim, em níveis superiores ao observado em 2021.

Como conclusões, lê-se ainda no documento, a CGE de 2022 foi elaborada com base no princípio da transparência e da boa governação, tal como determinado na Constituição da República de Angola, cuja informação contida nela foi sustentada pelos dados constantes no Sistema Integrado de Gestão Financeira do Estado (SIGFE).

Os dados são provenientes, ainda, das diversas prestações de contas dos vários organismos do Estado e nas normas vigentes sobre a matéria e, adicionalmente, às recomendações da Assembleia Nacional e do Tribunal de Contas, feitas em sede da aprovação do OGE e da conta do exercício fiscal passado.

Crescimento da economia

Ainda segundo o Relatório Parecer Conjunto, no ano de 2022, a economia nacional cresceu em 3,00 por cento, como resultado do crescimento simultâneo do sector Petrolífero e não petrolífero, avaliados em 0,5 e 3,90 por cento, respectivamente, sendo que o rácio da Dívida Pública se posicionou em 65 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), representando, assim, uma redução face ao valor do ano de 2021, que se fixou em 83% do PIB.

O outro facto marcante da execução do OGE de 2022, segundo o mesmo documento, foi o registo das receitas correntes arrecadadas, superiores às despesas correntes executadas, depreendendo-se que, parte das despesas de capital foram executadas com recurso às receitas correntes.

Considerando o desempenho dos indicadores macroeconómicos em 2022, conclui-se no Relatório, que a execução do OGE do Exercício Fiscal de 2022 foi equilibrada e positiva, apesar da desaceleração da actividade económica global e os efeitos gerados pelo conflito militar existente entre a Rússia e a Ucrânia.

Projecto de Resolução

As comissões de Economia e Finanças, de Assuntos Constitucionais e Jurídicos e de Administração do Estado e Poder Local, da Assembleia Nacional recomendam que se continue com o processo de aperfeiçoamento e melhoramento da apresentação da Conta Geral do Estado (CGE).

De igual modo, sugerem uma atenção especial à implementação das políticas públicas, que visam à diversificação da economia, com vista a reduzir a dependência das importações dos produtos essenciais, à diversificar as fontes de receitas internas para a redução do rácio da Dívida Pública, em relação ao PIB, para um valor igual ou inferior a 60 por cento, com o objectivo de garantir a sustentabilidade das finanças públicas.

Data de Emissão: 14-08-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Inflação mensal desacelerou em Julho pelo terceiro mês consecutivo

O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou esta segunda-feira que a inflação abrandou, em termos homólogos, para 2,5% em julho. Este foi o segundo mês consecutivo de desaceleração na subida dos preços no consumidor, depois de vários avanços e recuos no processo de desinflação desde o início do ano. 

“A variação homóloga do IPC [índice de preços no consumidor] foi 2,5% em julho de 2024, taxa inferior em 0,3 pontos percentuais à registada no mês anterior. Com arredondamento a uma casa decimal, esta taxa coincide com o valor da estimativa rápida divulgada a 31 de julho”, indica o INE, no boletim estatístico divulgado.

Os dados do INE revelam que a inflação subjacente, que exclui os produtos que estão mais sujeitos a grandes variações em termos de preço (produtos alimentares não transformados e energéticos), registou em julho uma variação homóloga de 2,4%. Essa variação é “idêntica à observada em junho”, o que significa que a chamada “inflação crítica”, a que o Banco Central Europeu está particularmente atento, estabilizou.

A inflação na energia aliviou em julho, depois de vários meses a acelerar. No último mês, o IPC dos produtos energéticos diminuiu de 9,4% para 4,2%, com a autoridade estatística a explicar que esse abrandamento deu-se “essencialmente devido ao menor aumento mensal registado nos preços da eletricidade (0,3%) quando comparado com o que se tinha verificado em julho de 2023 (15,4%)”.

Já no que diz respeito aos produtos alimentares não transformados (alimentos frescos), verificou-se uma nova aceleração em julho, de 1,8% para 2,8%. “Esta aceleração provém da conjugação do aumento mensal de preços verificado em julho de 2024 (0,4%) com o efeito de base associado à redução registada um ano antes (-0,5%)”, explica o INE.

Em termos mensais, a variação do IPC foi -0,6%, quando, no mês anterior, tinha sido nula. A variação média dos últimos doze meses foi 2,5%, um “valor idêntico” ao registado em junho.

O índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) português, que permite comparar a variação da inflação entre Estados-membros, abrandou 0,4 pontos percentuais, para 2,7% em julho. O valor é, no entanto, superior em uma décima ao valor estimado pelo Eurostat para a Zona Euro. Em junho, o IHPC em Portugal tinha sido superior ao da Zona Euro em 0,6 pontos percentuais.

Sem contar com os produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal teve uma variação homóloga de 2,6% em julho, menos uma décima do que em junho. O valor é inferior à taxa correspondente para na Zona Euro (estimada em 2,8%).

Data de Emissão: 13-08-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Sonangol quer esquivar ordem da Autoridade da Concorrência para vender participação nos postos de combustíveis que tem com a Total

A Sonangol distribui combustíveis com marca própria e é sócia das suas maiores concorrentes, detendo uma posição dominante no mercado. A petrolífera admite estar a “jogar” nos corredores do Governo para tentar alterar decisão sobre o prazo para saída da sociedade com a TotalEnergies.

A Autoridade Reguladora da Concorrência (ARC) obriga a Sonangol a vender, até Outubro deste ano, a sua participação na sociedade que criou em 2019 com a TotalEnergies para a exploração de postos de abastecimento, avança o relatório e contas da petrolífera nacional. A Sonangol também já tinha assumido com a ARC a alienação das suas participações nos postos de abastecimento onde é sócia das outras concorrentes, nomeadamente a Sonangalp e Pumangol.

Em 2019, a Sonangol e a petrolífera francesa constituíram a sociedade TotalEnergies, Marketing Angola (TEMA), detida em 50,02% por subsidiárias da petrolífera nacional. Em cumprimento dos requisitos legais sobre o controlo e concentração de empresas, previamente à constituição da TEMA foi solicitado um parecer à ARC, tendo esta autorizado a constituição da sociedade, mas impondo um conjunto de condicionalismos que constam numa deliberação publicada no site da autoridade. Entre estas, estava a “obrigação de a Sonangol dar início ao processo de desinvestimento na TEMA, alienando 5% das suas acções a partir do terceiro ano da constituição da sociedade” e os restantes até ao quinto ano. Isto porque, no entender da ARC, a Sonangol reforçou o poder de mercado e consolidou a sua posição dominante.

Só que, passado este tempo, a Sonangol não deu início à alienação, alegando questões como o ambiente internacional em 2020 e 2021, marcado pela Covid-19 e um segundo aumento de capital, inicialmente previsto para 2020 mas concretizado em Outubro de 2021, tendo endereçado à ARC a solicitação da extensão do prazo de permanência das suas subsidiárias no capital da TEMA, empresa que detém os postos de abastecimento da TotalEnergies. “Após análise da solicitação, a ARC indeferiu a solicitação da Sonangol, por considerar não estarem reunidos fundamentos bastantes que justifiquem a extensão do prazo de permanência desta na TEMA. E, em sequência, orientou que a Sonangol assegure a alienação total das participações sociais no período de Novembro de 2023 a Outubro de 2024”, refere o relatório e contas da Sonangol.

Ainda assim, por “considerar ser uma decisão que prejudica os interesses do Grupo Sonangol e os do seu principal accionista” (o Estado), a Sonangol encontra-se “em negociações com os Organismos Ministeriais de Tutela no sentido de obter-se a reversão da referida decisão e prorrogar-se a permanência das empresas do grupo accionistas na TEMA, até final do exercício de 2025 e que o processo de alienação seja realizado faseadamente, com início em 2024, período em que se prevê a melhoria das condições de mercado, aumento da quota de mercado, diversificação dos serviços e produtos comercializados pela TEMA e a subsequente valorização do preço das acções”.

Entretanto, ao que o Expansão apurou junto de fonte da ARC, a decisão mantém-se e só num cenário semelhante ao que aconteceu em 2020, com a pandemia, é que se admite o adiamento desta decisão.

Por outro lado, a saída da Sonangol, que explora a distribuição de combustíveis em Angola com marca própria, ou das suas subsidiárias das outras empresas concorrentes como a Pumangol ou a Sonangalp até já foi acordada entre a petrolífera nacional e a Autoridade da Concorrência.

De acordo com uma deliberação da ARC em 2021, sobre o processo de controlo e concentração de empresas que resulta do negócio de aquisição (troca de activos – Sonangol deu em troca a sua participação na Puma Energy à Trafigura) da Pumangol por parte da Sonangol, a ARC deliberou “não se opor à referida operação de concentração (…) impondo condições e obrigações que permitam mitigar as preocupações concorrenciais”. Entre essas obrigações constam o desinvestimento da Sonangol “nas concorrentes” Sonangalp e na joint venture com a TotalEnergies. Consta até como compromissos estruturais assumidos pela Sonangol com a ARC a “alienação total de sociedades e activos pertencentes ao segmento de distribuição e comercialização de derivados”, num prazo que não foi revelado.

Em causa estava o facto de a Sonangol desenvolver actividades ao longo da cadeia de valor da indústria petrolífera, onde, além de distribuidor de combustíveis, é também “fornecedor do mercado grossista de combustíveis e operador logístico do sistema de derivados de petróleo, o que lhe permite efectuar as actividades de recepção, armazenagem, expedição e transporte primário de produtos refinados”.

A ARC diz nessa deliberação que a operação de aquisição da Pumangol “apresenta elevado potencial de criar significativos entraves à concorrência efectiva e potencial, no mercado nacional, bem como reforça a posição dominante” da Sonangol “potenciando a geração de efeitos unilaterais e coordenados”. E acrescenta que pode “desincentivar a entrada de novos operadores no mercado”.

No documento consta a posição do Instituto Regulador dos Derivados de Petróleo (IRDP), que considerava que esta operação não levantava “preocupações sobre a susceptibilidade de abuso de posição dominante”, uma vez que era expectável que a Sonangol vendesse dentro de alguns anos (não revelado o número) esses activos.

Data de Emissão: 09-08-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Guerra na banca sobre taxas dos levantamentos nos multicaixas

Recentemente, surgiu uma discussão entre os bancos em relação às taxas cobradas nos levantamentos realizados em centros de multicaixa. A controvérsia começou quando um documento circulou nas redes sociais informando que a taxa para levantamentos seria elevada para 700 kwanzas. No entanto, rapidamente se esclareceu que essa taxa não era destinada aos clientes finais, mas sim uma cobrança entre os bancos.

Os grandes bancos, como o Banco Keve e o Banco Sol, investiram significativamente em centros de multicaixa, aumentando a acessibilidade para os clientes. Contudo, a alta taxa de 700 kwanzas foi considerada exagerada por esses grandes players do setor. Eles argumentam que a taxa é muito alta e, por isso, realizaram um lobby junto à EMIS (Empresa Interbancária de Serviços) para que a cobrança fosse reduzida.

Como resultado, a taxa será ajustada para 478 kwanzas. No entanto, os grandes bancos pressionaram ainda mais para que o valor fosse reduzido a 350 kwanzas. Em resposta, será realizado um estudo ao longo do próximo ano para determinar a taxa final a ser aplicada.

Durante esse período de disputa, os grandes bancos enfrentaram prejuízos financeiros, enquanto os pequenos bancos se beneficiaram com o aumento do volume de transações realizadas nos seus centros de multicaixa.

Data de Emissão: 08-08-2024 às 07:10
Género(s): Economia
 
Economia sem makas: Mercados acalmam depois de uma segunda-feira negra

Segunda-feira dramática no Japão, com o pior resultado em bolsa desde 1987. Em linha com a forte queda das bolsas asiáticas, seguiram também com perdas as praças europeias e os índices norte-americanos.

Uma queda histórica em Tóquio e uma sangria de perdas em Wall Street — esta segunda-feira foi marcada pelo vermelho em diversas bolsas, um pouco por todo o mundo, devido ao medo de uma recessão nos Estados Unidos. A Fed, Reserva Federal dos EUA, tentou acalmar os mercados, dizendo que irá resolver o que for preciso resolver.

Assim, os índices norte-americanos abriram a semana no vermelho, em linha com as perdas sofridas nas praças europeias e depois de um arranque trágico das negociações na Ásia. O Dow Jones fechou com perdas de 2,6%, o Nasdaq perdeu 3,43% e o S&P 500 caiu 3%, para 5.186,33 pontos.

Em Lisboa, o índice de referência nacional, o PSI, desceu quase 2%, em linha com as principais praças europeias. Fechou a cair 1,87%, com 14 das 16 cotadas em perda.

Segundo a Reuters, várias plataformas de negociação online ficaram inacessíveis para milhares de utilizadores.

Já o Japão registou a maior queda desde a “segunda-feira negra” de 1987: o Nikkei 225 desvalorizou 12,4%, o que obrigou a recorrer a um mecanismo travão que suspende as negociações. No entanto, o mote já tinha sido dado, e as perdas em Tóquio alastraram-se rapidamente a todas as praças asiáticas e determinaram a abertura no vermelho na Europa.

As criptomoedas desvalorizaram cerca de 250 mil milhões, e a bitcoin atingiu o valor mais baixo dos últimos 5 meses.

As empresas do setor tecnológico também registam fortes perdas: Microsoft (-4,6%), Alphabet (-6%), Tesla (-12%), Meta Platforms (-6,8%), Amazon (-8,3%), Nvídia (-10%). Quedas que chegam a outros grandes grupos, como a Goldman Sachs (-6,6%) ou o Citigroup (-7,3%).

O principal índice do México abriu a cair 1%.

Nos Estados Unidos, os futuros norte-americanos abriram a perder mais de 4%.

Data de Emissão: 07-08-2024 às 07:10
Género(s): Economia
 
Economia sem makas: O Balanço da 1ª Edição Conversas Economia Sem Makas

A primeira edição das “Conversas Economia 100 Makas”, realizada no dia 05 de Agosto no hotel Epic Sana, em Luanda, reuniu cerca de 300 pessoas, incluindo representantes de diversas instituições de destaque. O evento teve como keynote speaker o Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, e foi organizado pelo jornalista e professor de Economia Carlos Rosado de Carvalho, em parceria com a Rádio MFM. O tema central foi “O que o Petróleo e o Gás (Ainda) Têm para Dar a Angola e o que o País Pode Esperar dos Minerais Críticos?”.

O evento contou com a presença de representantes das principais instituições do Estado, incluindo a Agência Nacional de Petróleo e Gás, a Agência Nacional de Recursos Minerais, o Instituto Regulador de Derivados do Petróleo, o Processo Kimberley, a Sonangol e a Endiama. Além disso, estiveram presentes os presidentes dos principais bancos e das principais seguradoras do país, o que destacou a importância do evento para o sector económico e financeiro angolano.

Diamantino Azevedo apresentou uma visão detalhada sobre o futuro dos sectores de petróleo e gás em Angola. Destacou que os investimentos nas concessões petrolíferas activas, excluindo novos blocos, somaram 47 bilhões de dólares entre 2018 e 2022, e devem crescer para mais de 72 bilhões de dólares entre 2023 e 2027. O governo angolano planeja licitar pelo menos 55 concessões até 2027, tendo já concluído 32 e mantendo 15 blocos em oferta permanente. A meta é estabilizar a produção de petróleo em um milhão de barris diários e incrementar a produção com o desenvolvimento de campos marginais e maduros, além da expansão das sondas de 11 para 16 e a perfuração de 98 poços entre 2022 e 2024.

O ministro também abordou a transição energética, assegurando que Angola buscará produzir petróleo com as melhores práticas de descarbonização, sem seguir agendas externas. Ele enfatizou a perspectiva de um futuro onde o petróleo angolano terá melhor valor comercial.

No sector mineiro, Azevedo destacou projectos significativos, incluindo a construção da refinaria de ouro de Luanda (2025), o Polo de Desenvolvimento do Dundo (2026), a Bolsa de Diamantes (2026), e o projecto de terras raras (2026). O sector petrolífero continua a ser dominante, representando 94% das exportações angolanas, enquanto o sector mineiro representa 4,26%.

Sobre o gás, o ministro mencionou que a primeira produção do novo consórcio de gás está prevista para o final de 2025, antecipando-se em seis meses em relação à previsão inicial. O Plano Director do Gás está em fase de elaboração, com a meta de garantir fornecimento de gás natural para indústrias-chave e para a produção de energia eléctrica.

 

 

Data de Emissão: 06-08-2024 às 07:10
Género(s): Economia
 
Economia sem makas: O que petróleo e o gás (ainda) têm para dar a Angola: Diamantino Azevedo

1ª Edição Conversas, Economia Sem Makas:

O que petróleo e o gás (ainda) têm para dar a Angola.

O que o país pode esperar dos minerais críticos.

 

Comentários de Flávio Inocêncio – Especialista em energia e recursos minerais.

Convidado Diamantino de Azevedo – Ministro dos Recursos Minerais petróleo e gás.

Moderação de Carlos Rosado de Carvalho.

Data de Emissão: 05-08-2024 às 09:00
Género(s): Economia
 
Economia sem makas: O que petróleo e o gás (ainda) têm para dar a Angola: Perguntas e respostas

1ª Edição Conversas, Economia Sem Makas:

O que petróleo e o gás (ainda) têm para dar a Angola.

O que o país pode esperar dos minerais críticos.

 

Comentários de Flávio Inocêncio – Especialista em energia e recursos minerais.

Convidado Diamantino de Azevedo – Ministro dos Recursos Minerais petróleo e gás.

Moderação de Carlos Rosado de Carvalho.

Data de Emissão: 05-08-2024 às 09:00
Género(s): Economia
 
Economia sem makas: O que petróleo e o gás (ainda) têm para dar a Angola: Flávio Inocêncio

1ª Edição Conversas, Economia Sem Makas:

O que petróleo e o gás (ainda) têm para dar a Angola.

O que o país pode esperar dos minerais críticos.

 

Comentários de Flávio Inocêncio – Especialista em energia e recursos minerais.

Convidado Diamantino de Azevedo – Ministro dos Recursos Minerais petróleo e gás.

Moderação de Carlos Rosado de Carvalho.

Data de Emissão: 05-08-2024 às 09:00
Género(s): Economia
 
Economia sem makas: Governo autorizou o aumento de 25% no preço dos pacotes de televisão por subscrição

O Governo autorizou o aumento de 25% no preço dos pacotes de televisão por subscrição. A partir de agora, a TV Capo, DSTV e Zap têm “carta aberta” para subir o valor dos pacotes.

Este aumento, decidido pelo Instituto Angolano das Comunicações (INACOM), responde aos pedidos das operadoras. No ano passado, por exemplo, a DSTV, e a TV Cabo pretendiam aumentar os preços dos serviços, justificando com a necessidade de cobrir a desvalorização cambial.

O Governo justifica a decisão com o “impacto negativo da inflação e da variação cambial nos custos operacionais e na manutenção das redes dos operadores prestadores dos serviços de televisão por subscrição”. De acordo com o INACOM, a falta de um aumento do preço dos pactos pode “colocar a sustentabilidade financeira das operadoras em risco e comprometer o fornecimento dos serviços com a qualidade desejada dos consumidores”.

Caso as operadoras decidam aumentar o preço dos pacotes, o INACOM indica que devem submeter um mapa dos pacotes contendo o preço actual, o preço ajustado e o percentual aplicado e a composição dos pacotes. Em caso de ajuste gradual dos pacotes, as operadoras também estão sujeitas a solicitar a homologação sempre que se verificar um ajuste.

Data de Emissão: 02-08-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Banco Central dos EUA mantém taxa de juros, mas sinaliza corte na já próxima reunião de Setembro

O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, manteve a taxa básica de juros inalterada nesta quarta-feira, 31, que segue na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano. A decisão, unânime entre os membros, vem em linha com o esperado pelo mercado, que agora prevê um corte na próxima reunião, em Setembro.

 

Em comunicado, o Fomc (comité de política monetária do Fed) aponta que a “houve um progresso em direcção à meta de 2% [de inflação]”. O PCE, índice oficial para a inflação no país, subiu 2,5% em Junho, após ultrapassar 7% em 2022.

Segundo o Fed, a inflação agora está apenas “um pouco elevada”, um importante rebaixamento em relação à avaliação que o banco central utilizou durante grande parte de sua batalha contra o aumento dos preços de que a inflação estava “elevada”.

 

Além disso, o Fed removeu a linguagem permanente de que estava “altamente atento aos riscos de inflação” e a substituiu por um reconhecimento de que os formuladores de política monetária estão agora “atentos aos riscos a ambos os lados de seu mandato duplo”, que inclui uma cobrança do Congresso norte-americano para manter o pleno emprego consistente com preços estáveis.

“Ambas alterações mostram um tom mais dovish [brando] do Fed”, avalia José Maria Silva – Coordenador de Alocação e Inteligência da Avenue.

 

Autoridades do Fed já afirmaram que será apropriado reduzir os custos dos empréstimos antes que a inflação realmente retorne à sua meta, para levar em conta a desfasagem com que a política monetária afecta a economia.

O comunicado diz ainda que a avaliação é de que a economia “continuou a se expandir em um ritmo sólido“, embora os “ganhos de emprego tenham moderado”, a taxa de desemprego “permanece baixa”.

 

No entanto, a taxa de desemprego tem aumentado e, ultimamente, os formuladores de política monetária têm se concentrado mais em evitar o tipo de aumento acentuado do desemprego, geralmente associado a juros elevados e à desaceleração da inflação.

O Fed não se comprometeu com um corte nos custos de empréstimos em Setembro e repetiu que os formuladores de política monetária ainda precisam de “maior confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direcção a 2%” antes de reduzir os custos dos empréstimos.

Mas as mudanças na declaração parecem consistentes com a ideia de que essa confiança será alcançada em breve, algo que os investidores estavam esperando.

O Fed aumentou os juros de forma agressiva de Março de 2022 a Julho de 2023, elevando a taxa básica em 5,25 pontos percentuais para combater o pior surto de inflação dos últimos 40 anos.

Data de Emissão: 01-08-2024 às 08:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: O não pagamento das rendas para cidadãos aos quais foram atribuídas moradias nas várias centralidades do país

De acordo com as estatísticas, uma alta percentagem de moradores não está a cumprir com as suas obrigações de pagamento. Entre os jovens residentes nas centralidades de Luanda, cerca de 80% não estão a pagar as rendas. Esse problema não se limita apenas aos jovens; ele é amplamente presente entre todas as faixas etárias. No Sequele e no Kilamba, por exemplo, a taxa de não pagamento é de aproximadamente 65%, enquanto em outras áreas do país, a média é de 40%.

A falta de pagamento das rendas reflete uma deficiência significativa na administração e fiscalização dos contractos de arrendamento. A ausência de um controle eficiente tem contribuído para essa elevada taxa de falta de pagamento, indicando uma necessidade urgente de revisão e reforço dos mecanismos de gestão.

Recentemente, houve uma mudança no processo de pagamento, com as rendas a serem agora depositadas na conta única do Tesouro. Essa medida visa centralizar e controlar melhor os recursos, mas ainda não se sabe se essa abordagem está a gerar os resultados esperados. O governo também implementou um novo decreto para regulamentar o sistema de pagamento, mas a eficácia das novas medidas ainda está a ser avaliada.

Data de Emissão: 31-07-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Gastos e levantamentos com cartões pré-pagos no estrangeiro aumentam, transferências para o estrangeiro estão a diminuir

Os gastos dos angolanos com cartões pré-pagos no estrangeiro mais que duplicaram em relação ao mesmo período do ano passado quando foram transacionados 182,3 mil milhões Kz contra os 491,5 mil milhões deste ano.

Os levantamentos e pagamentos com cartões pré-pagos de marca internacional no primeiro semestre deste ano cifraram-se em 491,5 mil milhões Kz e já equivalem a 89,5% do total gasto no ano passado quando se registou cerca de 549,4 mil milhões Kz. Estes gastos foram realizados em 8,8 milhões de operações que equivale a 74,5% dos 11,8 milhões do ano passado, apurou o Expansão com base nas Estatísticas do Sistema de Pagamentos divulgados pelo Banco Nacional de Angola (BNA).

O volume de transacções com cartões pré-pagos de marca internacional emitidos em Angola (VISA e Mastercard) continua a crescer substancialmente. O número de operações também continua a registar crescimentos consideráveis mas a um ritmo menor, o que pressupõe movimentos com quantias mais avultadas, ou seja, gasta-se mais em menos operações. Esta disparidade entre o crescimento do volume e do número de transacções efectuadas estará ligada à desvalorização cambial, já que são hoje necessários mais kwanzas para realizar as mesmas operações de pagamentos em dólares ou em euros que se realizavam no ano passado.

Já em termos homólogos, o volume de pagamentos com pré- -pagos nos primeiros seis meses deste ano cresceu 170% em relação aos 182,3 mil milhões Kz de igual período de 2023, enquanto o número de operações aumentou 74% em relação as 5,1 milhões do ano anterior. É caso para dizer que estava dado o mote para que o valor gasto com cartões pré-pagos no estrangeiro no ano passado (549 mil milhões Kz em 12 milhões de operações) tenha sido o mais alto dos últimos 10 anos, e com o segundo maior número de operações realizadas, o que indica um contínuo crescimento no número de usuários dos cartões pré-pagos no exterior do País, bem como o aumento do volume de negócios em torno do uso destes cartões.

Para se ter uma ideia, só no último ano, 2023, foram gastos 30% do valor global gasto na última década. De acordo com cálculos do Expansão, desde 2014 os angolanos já gastaram no estrangeiro com cartões pré-pagos cerca de 1,8 biliões Kz. Deste total, 71% foram gastos nos últimos dois anos e meio (2022, 2023 e primeiro semestre de 2024), ou seja, mais de metade do total foi gasto em apenas dois anos e meio. São, porventura, também os efeitos da desvalorização.

Gastos no estrangeiro cresceram 76% em dólares

Apesar da desvalorização cambial de quase 40% registada entre Maio e Junho do ano passado, o valor gasto no estrangeiro em dólares norte-americanos também registou um crescimento considerável. No primeiro semestre deste ano os angolanos efectuaram no estrangeiro gastos com cartões pré-pagos avaliados em 587,6 milhões USD, ao câmbio médio semestral do BNA de 836,3 Kz por USD, o que representa um crescimento de 76% se comparado com os 333,0 milhões USD de igual período de 2023. Já se for convertido em moeda europeia (euro), verifica-se um aumento de 77% ao passar de 307,9 milhões em 2023 para 543,4 milhões em 2024.

Data de Emissão: 30-07-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Edição alargada de 29 de Julho de 2024

Economia Sem Makas, edição de 29 de Julho de 2024, com Carlos Rosado de Carvalho.

Tópicos:

  • Falta uma semana para primeira edição das Conversas Economia 100 Makas
  • Sonangol aumenta lucros em kz, mas baixa em dólares
  • Balanço da visita de Luiz Montenegro 
  • Pensão máxima fixada em 729 mil kz
  • Angola cai no ranking da transparência orçamental 
Data de Emissão: 29-07-2024 às 08:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Edição alargada de 12 de Agosto de 2024

Economia Sem Makas, edição de 12 de Agosto de 2024, com Carlos Rosado de Carvalho.

Tópicos:

  • Estudo sobre intenções de voto em Angola do Afrobarómetro dá empate técnico entre MPLA e UNITA.
  • Crédito à habitação não descola.
  • Um ano de subsídios aos quase dava para financiar 7 anos de plano de mobilidade em Luanda.
  • Zimbo assinala aniversário de Savimbi.
Data de Emissão: 29-07-2024 às 08:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: João Lourenço nomeia sexto presidente do Conselho de Administração do Banco de Desenvolvimento de Angola em 7 anos

O Conselho de Administração do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) foi desfeito por deliberação unânime e substituído por uma nova equipa, com as nomeações feitas pelo presidente João Lourenço. A nova liderança será liderada por Leonel Felisberto da Silva, que até então era administrador não-executivo e antigo Secretário de Estado das Finanças, agora assume o cargo de PCA. 

João Salvador Quintas, o actual Presidente do Conselho de Administração (PCA), assumirá a Comissão Executiva, substituindo Patrícia Bernarda Paiva Vaz D’Almeida da Cunha.

É importante destacar que o BDA tem como accionista único o Estado Angolano, representado por Vera Tangue Escórcio, Presidente do Conselho de Administração do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE).

Data de Emissão: 27-07-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Sonangol publicou relatório e contas de 2023 no seu site, onde é que estão as contas de outras empresas públicas?

A Sonangol registou um resultado líquido consolidado acima de 930 mil milhões de kwanzas no exercício económico de 2023, anunciou, esta quarta-feira, a concessionária estatal.

Dados do relatório e contas da Sonangol referente a 2023 já publicado e citado pela Rádio Nacional, indicam que que petrolífera nacional encerrou o ano com um volume de negócios de mais de sete bilhões de kwanzas.

No documento, a Sonangol destaca, igualmente, a eliminação integral das reservas de auditoria nas subsidiárias pertencentes ao segmento nuclear, assim como a contínua redução da materialidade das reservas de auditoria que ainda existem, aspecto também destacado no Relatório do Auditor Independente.  

 

Data de Emissão: 25-07-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): FMI, IGAPE, Taag, Unitel
Economia sem makas: Aliko Dangote em rota de colisão com o seu governo por causa da maior refinaria de África

O candidato presidencial do Partido Trabalhista de 2023, Peter Obi, expressou seu apoio à Refinaria de Dangote, instando o governo nigeriano a resolver os conflitos em andamento e fornecer a assistência necessária para o sucesso do projecto.

Num comunicado na terça-feira via X, Obi realçou a importância da refinaria para a economia da Nigéria.

“Os recentes conflitos entre a Dangote Industries e algumas agências governamentais são preocupantes”, afirmou Obi.

Ele enfatizou que a questão transcende as afiliações políticas e queixas pessoais e é fundamentalmente sobre a economia da Nigéria e o bem-estar dos cidadãos.

Destacando o impacto potencial da refinaria, Obi disse que a refinaria tem o potencial de gerar aproximadamente 12 milhões USD  em receita anual e criar mais de 100 mil empregos, com  impactos positivos adicionais na economia”.

Ele ressaltou a importância estratégica para enfrentar a crise de combustível da Nigéria e aumentar os ganhos cambiais.

“A refinaria é vital demais para falir e não deve ser prejudicada, considerando seu papel crucial em nosso bem-estar nacional”, disse.

Obi elogiou as contribuições de Aliko Dangote para a paisagem industrial da Nigéria, descrevendo-o como uma marca nacional e africana que simboliza patriotismo, compromisso e empreendedorismo de impacto.

Ele destacou o portfólio industrial diversificado da Dangote, que abrange mais de 15 sectores, incluindo cimento, açúcar, fertilizantes e petroquímica.

“A dedicação inabalável de Alhaji Dangote à industrialização, criação de empregos e crescimento económico da Nigéria, apesar das adversidades, merece total apoio e protecção”, disse Obi.

Dados os desafios económicos actuais da Nigéria, avançou, empresas como a Dangote Industries devem ser consideradas tesouros nacionais, merecendo apoio e protecção robustos.

O ex-governador do Estado de Anambra pediu ao governo federal da Nigéria que reconheça a importância das contribuições de Dangote e forneça todo o apoio necessário, especialmente para a refinaria.

“O sucesso de Dangote está intrinsecamente ligado ao sucesso da Nigéria e de África”, disse Obi, alertando que o fracasso seria um revés significativo tanto para o país quanto para o continente.

 
Data de Emissão: 24-07-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: A Assembleia Nacional aprovou em definitivo, a Proposta de Lei da Actividade de Jogos, com 169 votos, nenhum contra e duas abstenções, durante a 7.ª Sessão Plenária Ordinária

A proposta para a nova Lei da Actividade de Jogos foi aprovada no dia 18, pela Assembleia Nacional, com um total de 169 votos a favor, nenhum contra e duas abstenções.

O diploma, de iniciativa do Titular do Poder Executivo, o presidente João Lourenço, que define os princípios do exercício da actividade de jogos e regula a exploração dos jogos de fortuna ou de azar, praticados em casinos, salas de jogos, bem como os jogos sociais e na forma virtual, foi idealizado no âmbito dos objectivos de reforma económica e carrega consigo uma série de mudanças, visando gerar maior atracção para o mercado.

Por exemplo, o diploma anterior de regulação do sector dos jogos (Lei 5/16, de 17 de Maio), determinava uma taxa de 45% de imposto sobre a receita bruta das entidades exploradoras de jogos, 20% sobre o valor bruto das apostas mútuas desportivas, bem como 25% sobre o valor global dos prémios.

A lei agora aprovada reduz para 20% a taxa do imposto sobre a receita bruta dos jogos sociais, que são as “lotarias, lotos, totobola e demais jogos explorados pela concessionária de jogos sociais”, bem como as “apostas desportivas à cota e hípicas”, este último tem a ver com modalidade de montar a cavalo que compreende todas as práticas desportivas envolvendo o referido animal, desde os saltos, o adestramento, as corridas, e a atrelagem. Já os jogos on-line têm uma taxa fixada de 25% sobre a receita bruta.

No seu relatório de fundamentação, João Lourenço salienta “que a proposta não procura aligeirar a carga fiscal do sector, mas torná-la mais justa e sustentável. Outrossim, é necessário não se perder de vista que a economia angolana necessita ser atractiva e competitiva para os investimentos no sector dos jogos, pois, quando explorado em bons ambientes de negócio, contribui para a atracção de turistas e, concomitantemente, garante robustez às receitas cambiais”.

Em relação aos jogos online, o Presidente Lourenço, na qualidade de titular do Poder Executivo, optou por uma taxa de 25% sobre a receita bruta, pelo facto de os inquéritos indicarem que este segmento tem um impacto reduzido sobre a economia, sobretudo em termos de volume de investimento, geração de empregos e crescimento económico nas áreas de implantação.

No exercício económico 2023, de acordo com os dados apresentados pelo Instituto de Supervisão de Jogos, 10,6 mil milhões de kwanzas (12, 8 milhões de dólares) em impostos, sendo que a receita média fiscal esteve a volta dos 845 milhões de kwanzas (pouco mais de um milhão de dólares).

Data de Emissão: 23-07-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Edição alargada de 22 de Julho de 2024

Economia Sem Makas, edição de 22 de Julho de 2024, com Carlos Rosado de Carvalho.

Tópicos:

  • Standard Bank, Banco Crédito do Sul e BFA, são os bancos mais beneficiados com as divisas pelo Estado.
  • BNA mantém política monetária.
  • FILDA arranca com vários expositores.
  • IVA de 1% prejudica empresas angolanas.
  •  
Data de Emissão: 22-07-2024 às 08:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Visita do Primeiro-Ministro português revela a importância que Angola tem na agenda económica externa portuguesa

O Primeiro-Ministro de Portugal, Luís Montenegro, é esperado, em Luanda, na próxima semana, para participar na Feira Internacional de Luanda (FILDA), que vai decorrer de 23 a 28 de Julho, na Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo. São esperados expositores de mais de dez países.

A informação sobre a vinda a Angola do Primeiro-Ministro português foi avançada ontem, em Luanda, pela secretária de Estado do Comércio e Serviços, Augusta Fortes, durante a conferência de imprensa de lançamento da 39.ª edição da FILDA, na qual participaram, também, o ministro angolano do Comércio e Indústria, Rui Miguêns, e o presidente do Conselho de Administração da Eventos Arena, Bruno Albernaz.  

O Primeiro-Ministro português vai estar presente num fórum, denominado “Angola-Portugal”, que vai decorrer no segundo dia da 39.ª edição da Feira Internacional de Luanda, que, para este ano, foi escolhido o lema “Segurança alimentar e parceria internacional: o binómio da diversificação económica”.

Augusta Fortes referiu que, no dia 26, vai ser realizado o fórum “Macau e os países de língua portuguesa”, assim como vai ser assinado um memorando entre a Associação Industrial de Angola (AIA) e a Confederação Empresarial de Portugal.

“Haverá temáticas voltadas para o licenciamento das actividades comercial e industrial”, acentuou a secretária de Estado do Comércio e Serviços, anunciando que vai ser, também, discutida a importância do turismo na diversificação da economia e os desafios da segurança alimentar.

Augusta Fortes disse que vão ser, igualmente, abordados temas relacionados com os sectores da Agricultura e Florestas, Pescas e Recursos Marinhos.

“Em suma, teremos nesta feira muitas novidades”, garantiu a secretária de Estado do Comércio e Serviços.

Plataforma de união

O presidente do Conselho de Administração da Eventos Arena declarou que a FILDA é “uma plataforma de união entre os empresários que queiram investir no país e que tenham a vontade de estar em Angola, acreditando e investindo, como nós, para que, dos investimentos, haja uma melhoria das condições sociais de todos os angolanos e, também, melhoria do parque empresarial” do país.

O gestor da empresa organizadora da FILDA, numa parceria com o Estado, declarou que, para esta edição, “as nossas expectativas são altas” e confirmou que “as inscrições ainda decorrem”, admitindo que “o número final de expositores vai surpreender-nos”. O primeiro dos seis dias de duração da 39.ª edição da Feira Internacional de Luanda vai ser destinado a cerimónias oficiais, informou Bruno Albernaz. 

O gestor da Eventos Arena revelou que, para este ano, a FILDA vai ter duas praças de alimentação, sendo que numa vão estar disponíveis ao público pratos quentes e noutra fast-food, expressão usada para denominar refeição preparada e servida com rapidez.

“Queremos também oferecer a melhor qualidade de Internet e qualidade do serviço de voz durante os dias da Feira Internacional de Luanda”, garantiu Bruno Albernaz.  

O responsável confirmou que foram feitos contactos com operadoras de Transportes Colectivos Urbanos de Luanda para a criação de rotas especiais para o transporte de pessoas que queiram visitar a Feira Internacional de Luanda. As rotas já foram planeadas com as operadoras e estão em locais de maior concentração da população, informou Bruno Albernaz.

As linhas são directas para a FILDA, com ponto de desembarque à entrada principal da Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo, onde o evento é realizado desde 2011.

No ponto de desembarque, segundo Bruno Albernaz, vai ter um ponto de embarque, de onde vão sair os autocarros para o transporte de visitantes até ao local da Feira.

Antigo espaço vai ser reaproveitado

O ministro o Comércio e Indústria, Rui Miguêns, revelou que o Departamento Ministerial está a trabalhar para encontrar uma melhor utilização do espaço onde se realizava a Feira Internacional de Luanda, no município do Cazenga.

“Queremos que o espaço seja utilizado para actividades económicas, como a nível da indústria, quer seja a nível de distribuição ou de formação dos nossos empresários”, adiantou o ministro do Comércio e Indústria.

Sobre a edição deste ano, o ministro Rui Miguêns disse esperar que a Feira Internacional de Luanda seja um espaço de negócios e que venha a atrair um número considerável de visitantes.

“A Feira Internacional de Luanda é festa dos cidadãos angolanos”, acentuou o ministro do Comércio e Indústria, garantindo que “o espaço está a ser criado para que todos se possam sentir confortados e usufruir do serviço que vai oferecer”.

Rui Miguêns disse estar confiante no êxito da 39ª edição da Feira Internacional de Luanda.

Uma fonte ligada à organização disse, ontem, ao Jornal de Angola, que, entre os mais de dez países que vão estar presentes, estão Portugal, Brasil, Alemanha, Estados Unidos da América, Japão e Coreia do Sul.

Data de Emissão: 19-07-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Uma em cada três operações no Multicaixa são para consultar saldo, especialmente no fim do mês

Economia Sem Makas, edição de 18 de Julho de 2024, com Carlos Rosado de Carvalho.

Tema: Uma em cada três operações no Multicaixa são para consultar saldo, especialmente no fim do mês

Dados apresentados pela a EMIS, empresa interbancária de serviços, indicam que no primeiro semestre de 2024, uma em cada três operações no Multicaixa são para consultar saldo, especialmente no fim do mês.

A estatística revela que foram realizadas mil milhões de operações no Multicaixa nos primeiros seis meses de 2024. Destas, 447,5 milhões foram operações de consultas.

A EMIS é o operador da infra-estrutura neutra que garante a interoperabilidade dos vários instrumentos de pagamento, entre os respectivos Prestadores de Serviços de Pagamentos.

A EMIS – Empresa Interbancária de Serviços, é a empresa que gere a Rede MULTICAIXA e a Câmara de Compensação Automatizada de Angola (CCAA), compreendendo o Sistema de Gestão de Cartões de pagamento (MULTICAIXA), o Sistema de Transferências a Crédito (STC), o Sistema de Compensação de Cheques (SCC) o Sistema de Débitos Directos (SDD) e o Sistema de Transferências Instantâneas (STI).

Data de Emissão: 18-07-2024 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Governo e empresários encontraram - se na segunda feira e concluíram afinal que a economia está no bom caminho

A Equipa Económica do Governo manteve, segunda-feira, em Luanda, um encontro com o Grupo Técnico Empresarial, para avaliar a evolução do mercado nacional, no primeiro semestre deste ano.

O encontro, presidido pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, serviu também para alinhar o caminho a seguir em relação ao desafio do crescimento da economia.

De acordo com o ministro da Indústria e Comercio, Rui Miguêns, que falou à imprensa em nome do Governo, a reunião serviu para analisar, de forma conjunta, como têm sido cumpridos os objectivos da governação. Também foi abordado no encontro como o Governo pode continuar a trabalhar para que o processo de diversificação económica, de aumento da capacidade produtiva e de satisfação das necessidades da população possa consolidar-se e aumentar.

“É um fórum de diálogo entre o Governo e o sector empresarial e que resulta da necessidade de estarmos todos com o mesmo entendimento sobre quais os caminhos a seguir relativamente à nossa evolução económica”, considerou.

Rui Miguêns avançou que o encontro deverá voltar a acontecer, provavelmente, ainda antes de finalizar o ano, “com o objectivo de voltarmos a apreciar como temos conduzido a nossa inter-relação, entre o sector público e empresarial, como temos trabalhado para a melhoria do ambiente de negócios, bem como os empresários sentem que a actividade do Governo está a facilitar o seu trabalho”.

Por sua vez, o coordenador do Grupo Técnico Empresarial (GTE), Carlos Cunha, mostrou-se satisfeito com os dados apresentados.

O empresário disse ser animador o indicador de 4,1 por cento do crescimento da economia, com contribuição dos sectores Agro, Aquicultura e outros.

Carlos Cunha disse não haver muitas razões de queixa em relação ao Executivo.

“Temos cerca de 35 associações empresariais e, desde a nossa criação, temos tido um bom relacionamento com o Executivo. Os empresários estão satisfeitos”, afirmou o líder do GTE.

Data de Emissão: 17-07-2024 às 20:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Álvaro Sobrinho vai a julgamento em Portugal por causa do Banco Espírito Santo Angola

O Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa decidiu esta segunda-feira que o ex-presidente do Banco Espírito Santo Angola (BESA) Álvaro Sobrinho, o banqueiro Ricardo Salgado e mais três arguidos irão a julgamento, validando na íntegra a acusação do Ministério Público.

A leitura da decisão instrutória sobre o processo do BESA foi proferida pela juíza de instrução Gabriela Lacerda Assunção no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa.

No debate instrutório, realizado no passado dia 03 de junho, o Ministério Público (MP), pelas vozes das procuradoras Rita Madeira e Sandra Oliveira, pediu que os cinco arguidos fossem levados a julgamento “nos exatos termos da acusação”.

O ex-banqueiro angolano Álvaro Sobrinho é acusado de 18 crimes de abuso de confiança e cinco de branqueamento, e o ex-presidente do GES, Ricardo Salgado, a quem foram imputados cinco crimes de abuso de confiança e um de burla.

O ex-banqueiro angolano é suspeito de se ter apropriado indevidamente de centenas de milhões de euros, num caso cujos factos terão ocorrido entre 2007 e julho de 2014.

A acusação do processo BESA foi conhecida em julho de 2022 e respeita à concessão de financiamento pelo BES ao BESA, em linhas de crédito de Mercado Monetário Interbancário (MMI) e em descoberto bancário. Por força desta atividade criminosa, a 31 de julho de 2014, o BES encontrava-se exposto ao BESA no montante de perto de 4,8 mil milhões de euros.

As vantagens decorrentes da prática dos crimes indiciados, neste inquérito, contabilizam-se nos montantes globais de 5.048.178.856,09 euros e de 210.263.978,84 dólares norte-americanos, de acordo com a acusação.

Segundo o DCIAP, além “das quantias movimentadas indevidamente a débito das contas do BESA domiciliadas no BES, em Lisboa, para crédito de contas de estruturas societárias que funcionaram em seu benefício pessoal, também em diversas ocasiões Álvaro Sobrinho utilizou a liquidez disponibilizada naquelas duas contas bancárias para fazer face ao pagamento de despesas na aquisição de bens e no financiamento direto da atividade de outras sociedades por si detidas”.

Data de Emissão: 16-07-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Edição alargada de 15 de Julho de 2024

Economia Sem Makas, edição de 15 de Julho de 2024, com Carlos Rosado de Carvalho.

Tópicos:

  • Inflação em Luanda em máximos de 20 anos.
  • AGT reconhece excessos na suspensão dos números de contribuinte. 
  • Privatizações ENSA, Standard Bank e BODIVA este ano.
  • Caso do julgamento dos 500 milhões pode afectar investimentos.
Data de Emissão: 15-07-2024 às 08:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: AIPEX assina cinco contratos de projectos avaliados em mais de 330 milhões de dólares

Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX) assinou, quarta-feira, em Luanda, cinco contratos de projectos, avaliados em 330,8 milhões de dólares, para o sector produtivo, que prevê garantir 3.496 postos de trabalhos, dos quais 94 por cento direccionados para nacionais.

Os projectos rubricados pelo presidente do Conselho de Administração da AIPEX, Arlindo Ngueva Narciso Chagas Rangel, e pelos representantes das empresas mentoras dos projectos, estão direccionados nos domínios da Construção Civil e Obras públicas, Agricultura, Indústria e da Prestação de Serviço, bem como Manutenção e Exploração comercial do terminal polivalente do Porto do Lobito.

O primeiro projecto é do terminal polivalente do Porto do Lobito, na província de Benguela, que consiste na gestão, manutenção e exploração comercial do terminal de contentores e carga geral, um valor de 188.311 milhões de dólares, num investimento francês, prevê a criação de 726 postos de trabalho.

Consta ainda dos projectos, o “Esplendor florestal”, avaliado em 47.182 milhões de dólares, que contempla o plantio, exploração e transformação de toros em madeira, a ser implementado nas províncias de Benguela e Huambo, com garantia de 200 postos de trabalhos, num investimento directo estrangeiro das Ilhas Maurícias.

Foi, igualmente, assinado o contrato de investimento do projecto “Casais Angola Engenharia e Construção, S.A”, avaliado em 45.349 milhões de kwanzas, oriundos de Portugal. O projecto ligado à construção civil e obras públicas vai ser implementado em Luanda e Lobito (Benguela), com uma garantia de 1.440 postos de trabalho.

Dos acordos assinados ontem, consta igualmente o projecto denominado “Koll Mob Angola”, especialista em produção de mobiliário, com um investimento nacional de 30 milhões de dólares, que prevê a criação de 500 postos de trabalho.

Por último, foi rubricado o projecto “Fuanda International CO”, de origem chinesa, orçado em 30 milhões de dólares. A iniciativa de produção de silício visa garantir um total de 420 postos de trabalho.

Investimento estrangeiro

O PCA da AIPEX, Arlindo Ngueva Narciso Chagas Rangel, realçou, depois da assinatura dos projectos, que dos 58 acordos assinados no corrente ano, grande parte encontra-se em curso, incluindo, os rubricados ontem.

Um dos acordos já em curso, informou Arlindo Ngueva Narciso Chagas Rangel, é o projecto da África Global Logística (AGL), responsável pelo desenvolvimento do Terminal Polivalente do Porto do Lobito, onde os investidores efectuaram o pagamento da concessão.

Com essas acções, segundo o responsável, as expectativas são enormes, porque alguns dos projectos, embora tenham sido assinados ontem, já se encontram em execução.

Quanto a atracção de mais potenciais investidores, Arlindo Ngueva Narciso Chagas Rangel afirmou que, os projectos assinados pela AIPEX são todos relacionados ao sector produtivo, uma área abrangente, já que para o país possa ter produtos agrícolas com qualidade, “é necessário grandes apostas sobretudo, no processo de escoamento”.

Parceria vantajosa

O director-geral da África Global Logística (AGL), Jean Yves Lunot, que assinou em conjunto com o PCA da AIPEX, o contrato de investimento privado do Projecto Terminal Polivalente do Porto do Lobito, realçou que sente-se satisfeito com a parceria com o Governo angolano, porque o contrato irá permitir enquadrar a concessão de portos, num período de 20 anos.

O projecto incorporado no Corredor do Lobito, teve início em Março do corrente ano, e o contrato de concessão foi assinado em Dezembro de 2023. O investidor reforçou que a empresa dedicada à logística é parceira de 49 países de África.

Por sua vez, o representante do grupo “Casais Angola Engenharia e Construção, S.A”, Luís Miguel Faria, frisou que o acordo assinado representa uma aposta no mercado angolano, e um aumento de investimento que o grupo tem feito ao longo dos anos para o desenvolvimento económico de Angola. Trata-se de um reinvestimento no mercado angolano, já que o grupo tem várias empresas que têm apostado em vários segmentos de negócios.

Executivo satisfeito com empenho do sector privado

O ministro dos Transportes, Ricardo Viegas d’Abreu, que testemunhou o acto de assinatura dos contratos rubricados ontem, em Luanda, sublinhou que, no âmbito do programa de concessões desenvolvido pelo Executivo, resultou um valor acumulado de 380 milhões de dólares de prémios de concessão, e obrigações de investimento na ordem do 1,3 mil milhões.

Falando à imprensa, o governante frisou o investimento de mais de 180 milhões de dólares que visa a melhoria do terminal polivalente do Porto do Lobito.

“Este investimento vai melhorar a capacidade do Porto do Lobito, em particular deste terminal, no âmbito do extenso programa que o Executivo tem desenvolvido, que é o Corredor do Lobito”, frisou realçando que, são obrigações de investimentos que fazem parte daquilo que são Cadernos de Encargo e os Contratos de Concessões em curso.

“Sentimo-nos satisfeitos de ver a AIPEX, que de forma célere, tem conseguido garantir aos investidores todos os direitos que lhes é merecido a nível da Lei de Investimento Privado, o que permite maior confiança a mais investidores que queiram fazer parte do esforço do Executivo, no engajamento do sector privado”, sublinhou.

Exploração sustentável

Por sua vez, o secretário de Estado para as Florestas, João da Cunha, que também presenciou os acordos assinados, considerou importante o projecto ligado ao sector Florestal, porque permitirá a exploração da madeireira, fundamentalmente dos eucaliptos.

“Para além da exploração tem, também, uma componente de reflorestação. Haverá o plantio de novas áreas que vai garantir uma exploração sustentável deste recurso, que é importante para o país”, frisou reforçando que, o país testemunhará a produção de mais madeiras disponíveis para o mercado nacional e internacional.

No evento esteve também presente o secretário de Estado para a Indústria, Carlos Rodrigues, que mostrou-se satisfeito com os dois projectos direccionados ao sector.

Carlos Rodrigues garantiu que da parte do Executivo está garantido o apoio necessário para que as cinco intenções se concretizem de facto, já que serão um valor agregado para a economia nacional.

Data de Emissão: 12-07-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Dois consórcios, um argentino, português, angolano e outro chinês candidatam-se a exploração do novo Aeroporto Internacional de Luanda

Foram abertas as propostas para a exploração do Aeroporto Internacional Agostinho Neto e há dois consórcios. O consórcio argentino, português, angolano os angolanos é composto pelo Corporación América Airports, que é uma empresa argentina, pela Mota-Engil portuguesa e pela Best Fly angolana. A Best Fly é identificada como interesse dos herdeiros do general João de Matos e também de Mário Palhares do BNI, Banco de Negócios Internacional.

E, portanto, e depois tens um consórcio de duas empresas chinesas, a China National Aero-Technology International Engineering Corporation e a outra é a Yunnan Airport Group.

O grupo argentino, português e angolano é o seguinte, os argentinos é que são os especialistas na gestão de aeroportos gerem 52 aeroportos a nível mundial que movimentaram de 80 milhões de passageiros e o caderno de encargos dizia que se os candidatos fossem consórcios, tinha que haver um especialista na gestão de aeroportos que tivesse pelo menos 45% do consórcio, tinha que ter pelo menos 10 milhões de passageiros, tinha que gerir pelo menos um aeroporto Internacional, tinha que ter pelo menos 3 anos de actividade, portanto, o argentino, português, angolano, são os argentinos, que lideram o consórcio e que são os especialistas na gestão de aviação.

No caso dos chineses, primeira empresa é uma empresa que de construção, também de projecto de engenharia e construção e o especialista na gestão dos aeroportos é a Yunnan Airport Group, que explora aeroportos na província de Yunnan. É uma empresa de 2019, portanto, tenho mais 3 anos de actividade, tem mais de 10 milhões de passageiros. Foram abertas as propostas agora, o júri vai ter que decidir sobre as propostas e vai classificá-las e haverá uma fase de negociação entre os diferentes grupos. 

Data de Emissão: 11-07-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Depois de visitar o Ministério do Interior, o ministro do Turismo, Márcio Daniel, visita colega dos Transportes para dinamizar o turismo

Os ministros dos Transportes, Ricardo Viegas D’Abreu, e do Turismo, Márcio de Jesus Lopes Daniel, realizaram uma reunião de trabalho nesta terça-feira, 9 de julho, na sala de reuniões do Porto de Luanda.

No final da sessão, os ministérios definiram um Plano de Ação com foco em várias áreas:

  • Criação de uma equipa conjunta para desenvolver o programa de Stop Over Angola, entre a TAAG e o INFOTUR.
  • Realização, em 2025, da II Reunião dos Ministros do Turismo e dos Transportes de África.
  • Celebração de um Memorando de Entendimento para a partilha de informação estatística entre os setores.
  • Certificação dos aeroportos prioritários: Catumbela (até novembro de 2024), Mukanka (até o final de 2024) e Welwitschia em 2025.
  • Dinamização dos corredores ferroviários para rotas turísticas, como Lobito-Luau e Moçâmedes-Lubango.
  • Aceleração da retoma do Hub Aéreo do Sul de Angola, permitindo o trânsito de aeronaves para destinos regionais a partir do Lubango.

Dados Adicionais:

  • Criação de Equipa Conjunta: Desenvolver o programa Stop Over Angola entre TAAG e INFOTUR.
  • II Reunião dos Ministros: Agendada para 2025, promovendo colaboração entre os setores.
  • Memorando de Entendimento: Para partilha conjunta de dados estatísticos.
  • Certificação de Aeroportos: Catumbela, Mukanka, e Welwitschia com cronogramas definidos.
  • Corredores Ferroviários: Melhoria das rotas Lobito-Luau e Moçâmedes-Lubango.
  • Hub Aéreo do Sul: Acelerar a operação de voos regionais a partir do Lubango.
Data de Emissão: 10-07-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Roubos prejudicam negócios agropecuários

212 cabeças de gado de várias espécies foram recuperadas pela Polícia Nacional (PN) na província do Cunene, durante a operação “Okwamena Eliko no Cunene”, realizada de 25 de Junho a 05 de Julho.

Entre os animais recuperados constam 128 bovinos, 67 caprinos, 13 suínos, 4 galinhas e 1600 quilogramas de carne do gado abatido, entregues aos proprietários em acto realizado este domingo, na comuna de Nehone, município do Cuanhama.

A acção operativa, que envolveu 300 efectivos de todos órgãos da delegação do interior no Cunene, permitiu também a detenção de 53 cidadãos envolvidos, dos quais um namibiano e abertura de 23 processos-crime.

As forças da ordem apreenderam ainda 395 mil e 500, bem como dois mil 700 dólares namibianos, três motorizadas e um par de uniforme das Forças Armadas Angolanas (FAA).

No balanço da operação, o delegado do Interior no Cunene, comissário Alberto Paulo, destacou a entrega das forças nesta primeira fase da operação que no período de 11 dias alcançou resultados satisfatórios.

Data de Emissão: 09-07-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Edição alargada do dia 08 de Julho de 2024

Economia Sem Makas, edição de 08 de Julho de 2024, com Carlos Rosado de Carvalho.

Tópicos:

  • Depois da Conferência Economia Sem Makas, vem aí as Conversas Economia Sem Makas.
  • Assembleia Nacional não discutiu Conta Geral do Estado de 2022, em Junho, violando a sua própria a lei.
  • Privatização dos hotéis de Carlos São Vicente é um flop, sugerindo que alguns dos meios do Estado não são realidade são passivos para o erário.
Data de Emissão: 08-07-2024 às 08:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: FMI corta previsões de crescimento para Angola em 2024 e 2025

“A economia angolana manteve-se resiliente no ano passado; depois da recuperação em 2021 e 2022, em 2023 foi fortemente atingido por um declínio na produção e nos preços do petróleo, coincidindo com o fim da moratória” sobre os pagamentos da dívida, na sequência da suspensão dos pagamentos devido à pandemia de covid-19, disse Thibault Lemaire em declarações à Lusa no final dos Encontros Anuais do FMI e do Banco Mundial, que decorreram até sábado em Washington.

O FMI prevê um crescimento de 2,6% e 3,1% neste e no próximo ano em Angola, abaixo dos 3,8% e 4% estimados para a região da África subsaariana, e acima dos 0,5% em 2023, de acordo com a atualização das previsões apresentadas na semana passada.

Ainda assim, o Fundo prevê uma “recuperação gradual da atividade económica em 2024, sustentada pelo desempenho da economia petrolífera e não petrolífera, com a inflação a permanecer elevada este ano e a desacelerar gradualmente”.

Nos relatórios divulgados na semana passada, o Fundo previa que, depois de um aumento de 13,6% no ano passado, os preços subissem 22% este ano e 12,8% em 2025.

Em termos de recomendações, o economista responsável pela coordenação do relatório sobre a África subsaariana, divulgado na sexta-feira, diz que “a curto e médio prazo a consolidação orçamental e as reformas neste domínio são essenciais para reforçar a sustentabilidade orçamental e da dívida pública” e conclui que “a aceleração da implementação de reformas estruturais é fundamental para garantir a estabilidade macroeconómica e promover um crescimento diversificado, resiliente e inclusivo”.

Na África subsaariana, o crescimento deverá aumentar de uns 3,4% previstos em 2023 para 3,8% em 2024 e 4% em 2025, “com os efeitos negativos dos choques climáticos a manterem-se e os problemas nas cadeias de fornecimento a melhorarem gradualmente”, diz o Fundo.

A nível mundial, o FMI melhorou em uma décima a previsão do crescimento global para 3,2% este ano, taxa que também espera para o próximo ano.

A instituição liderada por Kristalina Georgieva prevê que o crescimento global, estimado em 3,2% em 2023, continue ao mesmo ritmo em 2024 e 2025.

A previsão para 2024 foi revista em alta em 0,1 ponto percentual (pp) face ao relatório de janeiro e em 0,3 (pp) face a outubro do ano passado.

Data de Emissão: 05-07-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Economia em angolana cresce 4,6% no primeiro trimestre de 2024, o maior crescimento desde 2015

O Produto Interno Bruto (PIB) de Angola cresceu 4,6 por cento no primeiro trimestre de 2024, marcando a maior taxa de crescimento trimestral desde 2015.

O resultado reflecte um desempenho positivo e generalizado em todos os sectores da economia, destacando o impacto de políticas económicas eficazes e investimentos estratégicos.

Uma análise dos indicadores revela que todos os principais sectores da economia angolana registaram crescimento durante o período, demonstrando uma recuperação robusta e uniforme.

O sector petrolífero, tradicionalmente um dos pilares da economia do país, mostrou uma recuperação, com um aumento de 3,5 por cento, impulsionado pela estabilidade dos preços internacionais do petróleo e pelo aumento da produção.

Já o sector agrícola, com uma expansão de 6,2 por cento, contribuiu significativamente para o crescimento do PIB. O desempenho é atribuído a várias iniciativas governamentais para apoiar a agricultura familiar e à implementação de novas tecnologias agrícolas que melhoraram a produtividade.

Apresentando um crescimento de 4,8 por cento, o sector industrial reflectiu um aumento na produção manufactureira e na construção civil. Projectos de infra-estruturas em andamento, financiados tanto pelo Governo como por investidores privados, foram cruciais para este crescimento.

Por outro lado, o sector de serviços, incluindo Comércio, Transportes e Telecomunicações, cresceu 5,1 por cento. A digitalização crescente e a melhoria nos serviços de Telecomunicações contribuíram significativamente para este aumento, além de uma recuperação nos sectores do Turismo e hospitalidade.

Os dados constam na Folha de Informação Rápida (FIR) do INE, referente às Contas Nacionais do primeiro trimestre de 2024, que fornece uma análise detalhada do crescimento trimestral com ajuste sazonal, variação homóloga, e taxas de crescimento acumuladas ao longo do ano.

A Folha inclui uma nota metodológica, os principais resultados apurados e suas fundamentações, além de quadros gerais e um conjunto de conceitos para facilitar o entendimento do conteúdo. A publicação oferece uma visão abrangente sobre o desempenho económico de Angola, permitindo uma melhor compreensão das dinâmicas económicas actuais e auxiliando na formulação de políticas futuras.

Data de Emissão: 04-07-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: As empresas angolanas prestadoras de serviços às petrolíferas insistem que querem receber em dólares

As empresas já lidam com as dificuldades em obter divisas, os atrasos nos pagamentos a fornecedores no exterior que já chegam a 120 dias e a depreciação cambial. O cenário foi agora agravado, já que as operadoras dos petróleos já não querem continuar com os acordos tripartidos, que permitem que as empresas prestadoras de serviços recebam pagamentos lá fora em moeda estrangeira.

As empresas angolanas prestadoras de serviços à indústria petrolífera voltaram a dar um “grito de socorro”, isto porque nos últimos quatro meses as operadoras desistiram dos acordos tripartidos e só estão a aceitar fazer os pagamentos em kwanzas, quando anteriormente faziam em moeda estrangeira no exterior, o que põe em causa a sobrevivência das empresas de conteúdo local. A ANPG reconhece que este tema representa um risco operacional elevado para as empresas.

Tudo começou em 2012 com a publicação da Lei do Regime Cambial do Sector Petrolífero, que obrigou as operadoras dos sector oil & gas a passarem a pagar os bens e serviços às empresas nacionais, em moeda nacional, através de bancos angolanos. Por sua vez, as empresas estrangeiras de prestação de serviços do sector dos petróleos recebem os pagamentos em dólares no exterior pelos serviços prestados localmente, o que lhes coloca em vantagem face às nacionais.

Entretanto, as prestadoras de serviços nacionais contornaram a exigência da lei cambial para evitarem receber a totalidade dos pagamentos em kwanzas, conforme o estabelecido, fazendo recurso a acordos tripartidos na relação com as operadoras, que lhes permitem ser representadas, simultaneamente, pela empresa residente no País e por uma outra no estrangeiro, o que é permitido. Mas durante os últimos quatro meses todas as operadoras decidiram parar com este tipo de acordo.

Desta forma as empresas angolanas ficam sem receber os pagamentos em moeda estrangeira o que, associado à desvalorização do kwanza e às dificuldades de acesso a divisas, causa instabilidade. Muitas já falam no encerramento dos seus negócios e exigem uma intervenção urgente do Executivo.

De acordo com a ANPG, todas as sociedades comerciais angolanas e de direito angolano que forneçam bens e serviços que constem da lista aprovada pela Concessionária Nacional, estão sob regime de exclusividade e de preferência, desde que tenham sido previamente certificadas.

De acordo com o Decreto Presidencial n.º 271/20 (Regime Jurídico do Conteúdo Local no Sector dos Petróleos), a alínea q) indica que não é permitido, no regime de exclusividade, que as empresas angolanas assinem contratos com os operadores em consórcio, com empresas com sócios angolanos ou capital angolano, ainda que sejam as mesmas pessoas, impedindo as empresas angolanas no regime de exclusividade de receberem em divisas fora do País.

“Esta alínea faria todo o sentido, caso fosse permitido às sociedades comerciais angolanas receberem parte do valor dos serviços prestados às operadoras petrolíferas nas suas contas em Angola, em dólares, havendo o controlo do BNA sobre os pagamentos efectuados no estrangeiro”, defende um gestor que não quis ser identificado.

“Se as empresas estrangeiras prestadoras de serviços às operadoras petrolíferas podem receber no estrangeiro em dólares os serviços prestados em território nacional, que sentido faz este tratamento diferenciado, prejudicando as sociedades comerciais angolanas?”, questiona o gestor.

Já Noa Paulo, director-geral da TECSEP, uma empresa prestadora de serviços no sector dos petróleos, argumenta que estas normas colocam as empresas angolanas numa situação de perda de competitividade. “Depois somos acusados de ser incapazes e incompetentes, e somos a parte mais fraca da corda”, afirmou.

“O artigo 4º do decreto 271/20 diz o seguinte: constituem objectivos do regime jurídico do Conteúdo Local do sector dos petróleos: protecção e promoção da competitividade da indústria nacional. Cadê a protecção?”, questiona o gestor.

Ao contrário do sector dos petróleos, em que as prestadoras de serviços recebem em kwanzas e as estrangeiras recebem em dólares, no sector dos diamantes todos os prestadores recebem em moeda estrangeira, o que deixa os empresários nacionais indignados dada a dinâmica do sector petrolífero e a sua importância para a economia.

A coluna vertebral da economia deste País é o petróleo, os diamantes contribuem com 2 mil milhões USD por ano, enquanto o petróleo já chegou a contribuir com 120 mil milhões USD. Então qualquer decisão mal tomada que leve à exportação destes cambiais para outras latitudes, quem sofre é o desenvolvimento de Angola, que se vai atrasando dia após dia”, afirmou o empresário Pedro Godinho.

Para o gestor angolano, esta é uma situação que pode ser resolvida com uma decisão simples, uma vez que não acarreta sacrifícios e desestruturação do sistema em si. “Só falta vontade!”, assume.

Data de Emissão: 03-07-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: O pesadelo dos kilapes do Estado, ordens de saque não estão a ser pagas no prazo de 90 dias

Na nota a que o Jornal de Angola teve acesso, o Gabinete de Comunicação Institucional da AGT, esclarece-se que a existência de uma dívida tributária ou a não entrega de uma declaração, por si só, não dá lugar nem a cessação, nem a suspensão do Número de Identificação Fiscal (NIF).

“Os contribuintes que não cumprem com as obrigações declarativas e contributivas, dentro dos prazos legalmente definidos, ficam em situação de incumprimento e, por isso, sujeitos à aplicação de multa e demais penalizações pelo não cumprimento das obrigações tributárias. Ficam ainda impedidos de extrair a Certidão de Conformidade Tributária (CCT) no Portal do Contribuinte”, lê-se.

Relativamente à cessação do Número de Identificação Fiscal (NIF), a autoridade tributária angolana fez saber que as pessoas colectivas têm os NIF cessados apenas nos casos de extinção destas (dissolução da sociedade), enquanto que para as pessoas singulares a cessação ocorre apenas por morte.

Diferente da cessação é o tema da suspensão do Número de Identificação Fiscal (NIF).

Nesse particular a AGT comunicou que a suspensão do NIF, para as pessoas colectivas, ocorre apenas quando se verificam situações de incumprimento reiterado das obrigações tributárias, ou seja, quando decorridos mais de 12 meses, não tenha na conta corrente qualquer imposto pago ou declaração apresentada. Já as pessoas singulares podem ter o seu NIF suspenso apenas no caso de estarem cadastradas como profissionais liberais ou comerciantes em nome individual e incorrerem na mesma irregularidade.

Reforçou que a suspensão do NIF é precedida de uma notificação ao contribuinte para a regularização da situação, efectivando-se a suspensão caso não responda dentro dos prazos (30 dias posteriores à notificação).

É por essa razão também que a AGT recomenda aos contribuintes que mantenham os elementos de contacto (endereço físico e virtual devidamente actualizados).

Data de Emissão: 02-07-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Edição alargada do dia 01 de Julho de 2024

Economia Sem Makas, edição de 01 de Julho de 2024, com Carlos Rosado de Carvalho.

Tópicos:

  • Lições para Angola dos protestos no Quênia
  • Fim dos controlos revela que o Governo continua a ir bem na circulação de pessoas.
  • Governo prepara estratégia para biocombustíveis.
  • TAAG pede mais dinheiro, mas não apresenta plano de voo.
Data de Emissão: 01-07-2024 às 08:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Ainda não será na presidência angolana na SADC que Angola entra na Zona de Comércio Livre da organização

Ao intervir no segundo Fórum do Comércio Internacional “Angola-2024”, realizado esta quinta-feira, Carlos Rodrigues defendeu a criação de um quadro estável para a integração regional comercial, apoiando as empresas angolanas a tirarem proveito dos acordos comerciais.

Salientou que o Governo angolano continua a trabalhar de forma redobrada para a sua entrada na Zona de Comércio Livre da SADC, com a estratégia de alargar os horizontes da diversificação económica, e também porque Angola é parte do sistema de comércio internacional.

Recordou que, a 21 Março de 2018, Angola assinou o acordo que cria a Zona do Comércio Livre Continental Africana, na décima Cimeira de Chefes de Estado e Governo da União Africana, proporcionando acesso ao maior mercado livre do mundo, com 1,4 milhões de consumidores e 2,6 triliões de dólares de consumo.

Por seu lado, a secretária de Estado para o Comércio e Serviço, Augusta Fortes, apontou o excesso de documentos solicitados para a exportação, como uma das principais preocupações do mercado angolano, tendo revelado que o Governo tem tomado medidas de simplificação e desburocratização dos processos, como a implementação, para breve, da plataforma Janela Única do Comércio Externo, que vai diminuir a intervenção humana, passando para a digitalização.

Adiantou que a medida foi tomada em sede do Comité de Facilitação, com apresentação e aprovação de um modelo, faltando ser apreciada pelo Conselho de Ministros.

O representante da Organização Mundial do Comércio (OMC), Dalâ Martim, disse que a facilitação do comércio é essencial para atingir vários objectivos a que Angola se propôs, sobretudo o da diversificação das exportações e de mercados. 

Recordou que todos os países, independentemente do seu desenvolvimento, têm a possibilidade de simplificar os seus procedimentos relativos ao comércio exterior.

Sob o lema “Os desafios para a facilitação do comércio em Angola”, os participantes ao segundo Fórum do Comércio Internacional “Angola-2024” reflectiram sobre o actual contexto do comércio externo do país e a eliminação de barreiras ao comércio externo.

Organizado pelo Ministério da Indústria e Comércio, em parceria com a Academia Nova Aduaneira e Tributária (ANAT), o fórum contou com a participação de um perito da Organização Mundial do Comércio, membros do Governo e representantes dos mais variados sectores ligados ao comércio.

Data de Emissão: 27-06-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas:  Pensão mínima aumenta para 70 mil Kwanzas enquanto que a máxima passa para 750 mil Kwanzas

O Conselho do Ministro aprovou o Decreto Presidencial que fixa o salário mínimo em 70 mil Kwanzas, o mesmo valor definido para os montantes mínimos das pensões.

No entanto, a pensão máxima em Angola passa agora para 750 mil Kwanzas.

Carlos Rosado de Carvalho indica que grande parte dos pensionista a nível mundial veem perdendo o seu poder reivindicativo diante dos órgãos de tutela.

Segundo o economista, o aumento de 25 por cento ainda é muito pouco, uma vez que a medida não se adequa com a realidade económica do país.

Data de Emissão: 27-06-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Depois dos autocarros, do metro de superfície e da autoestrada norte sul, chega o teleférico de Luanda
 
 
O estudo apresentado, em Luanda, concluiu que é possível a implementação do sistema de teleférico na capital do país, com vista a oferecer uma nova solução na mobilidade urbana desta província, que conta com mais de dez milhões de habitantes.

O estudo, desenvolvido há mais de seis meses pelo Governo Provincial de Luanda (GPL), em parceria com as empresas Casais Angola e a austríaca Doppelmayr, perspectiva o funcionamento efectivo do teleférico no primeiro trimestre de 2027, caso seja aprovado dentro do tempo desejado.

Em declarações à imprensa, o consultor do projecto, Pedro Carvalho, avançou que o teleférico contempla, inicialmente, duas rotas, sendo a primeira Bungo/Largo das Escolas, com passagem pelo São Paulo e a Cidadela, enquanto a segunda obedecerá o trajecto Largo das Escolas/Prenda.

Avançou que se prevê transportar, nos dois sentidos, oito mil passageiros por hora, levando 20 pessoas por cabine, num sistema de teleférico equivalente a 150 autocarros.

Em relação as vantagens, destacou que vai conferir maior rapidez no trajecto e traz uma solução a favor do ambiente, por fazer recurso à energia eléctrica, além de impulsionar o desenvolvimento e promover a inclusão social.

A propósito, o governador provincial de Luanda, Manuel Homem, considerou que mais do que um alinhamento de infra-estrutura moderna, inovadora a nível do ambiente, será um reforço na mobilidade urbana da cidade.

Fez saber que a proposta inicial era a criação de uma linha de teleférico turístico apenas, mas com o aprofundamento dos estudos, identificou-se a possibilidade de se fazer uma solução de transporte para contribuir na melhoria na mobilidade de Luanda.

Nos estudos iniciais, referiu, chama a atenção a mudança drástica na transportação e na mobilidade de passageiros no interior do perímetro em que se vai instalar a infra-estrutura.

A apresentação do estudo para a implementação do teleférico enquadra-se nas acções para a garantia de melhores condições de transporte e mobilidade urbana na província de Luanda.

Por via disso, o GPL realizou um encontro com os representantes das empresas Casais Angola e Doppelmayr, para apresentar os primeiros resultados dos estudos para implementação de um sistema de teleférico na capital do país.

Um teleférico é uma cabine que, suspensa por cabos, carrega pessoas ou mercadorias de um local para outro.

Data de Emissão: 26-06-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Nvidea empresa norte-americana fabricante de chips foi a empresa mais valiosa do mundo por uma semana

Nvidia tornou-se na cotada mais valiosa do mundo, ultrapassando a Microsoft e a Apple. As acções da empresa norte-americana tocaram 135,18 dólares, valorizando 3,2%, o que conferiu à fabricante de placas gráficas uma capitalização bolsista na ordem dos 3,332 biliões de dólares, segundo o Financial Times.

Este feito acontece menos de um mês depois de, no final de Maio, a empresa ter entrado pela primeira vez no clube das cotadas avaliadas em mais de um bilião de dólares. A subida está intimamente ligada ao entusiasmo com a nova vaga da inteligência artificial (IA) generativa

Para o CEO da Nvidia, Jensen Huang, a empresa está no centro de uma nova “revolução industrial”. A cotada produz componentes necessários para o treino e funcionamento de programas como o ChatGPT, que desencadeou em 2023 um braço-de-ferro entre as maiores tecnológicas mundiais.

Graças à tecnologia da IA generativa, o ChatGPT, lançado em Novembro de 2022, é capaz de responder em linguagem natural aos pedidos dos utilizadores. Este tipo de ferramentas têm aplicações práticas em muitos sectores da economia, e não só. Com este pano de fundo, as acções da Nvidia já acumulam um ganho superior a 180% desde o começo do ano.

Data de Emissão: 25-06-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Edição alargada do dia 24 de Junho de 2024

Economia Sem Makas, edição de 24 de Junho de 2024, com Carlos Rosado de Carvalho.

Tópicos:

  • A banca não está assim tão bem como os lucros fazem crer 
  • Empresas e famílias com sentimentos diferentes sobre a perspectiva da economia angolana
  • Para quando o fim dos controlos policiais nas estradas de Angola?
  • Congresso extraordinário é oportunidade de ouro para o MPLA se democratizar
Data de Emissão: 24-06-2024 às 08:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Presidente reforça orçamento da Assembleia Nacional, da sua Secretaria-Geral e da sua Casa Militar em cerca de 120 mil milhões de kwanzas

O Presidente da República aprovou, através do decreto 129/24, um crédito adicional de 43 mil milhões kz (50,1 milhões USD) para a sua Casa Militar, que tinha prevista uma dotação de 202,4 mil milhões de kwanzas no Orçamento Geral do Estado para 2024.

Num outro decreto, o PR autorizou um crédito adicional de 45 mil milhões de kwanzas (52,4 milhões USD) para o pagamento das despesas de funcionamento da Secretaria Geral do Presidente da República, cuja dotação era de 25,3 mil milhões de kwanzas no OGE2024.

O OGE2024, principal instrumento da política económica e financeira do Estado angolano, que, expresso em termos de valores, para um período de tempo definido, demonstra o plano de acções a realizar e determina as fontes de financiamento, comporta receitas estimadas em 24,7 biliões de Kwanzas e despesas fixadas em igual montante para o mesmo período.

O documento contempla os orçamentos dos órgãos de soberania, da Administração Central e Local do Estado, da Administração Independente, dos Institutos Públicos, dos Serviços e Fundos Autónomos, da Segurança Social e dos subsídios e transferências a realizar para as Empresas Públicas e para as Instituições de Utilidade Pública.

Mas quase metade do Orçamento Geral do Estado (OGE) vai ser suportado por empréstimos. O Plano Anual de Endividamento (PAE) para 2024 prevê o recurso à emissão de dívida no valor de 10 biliões de kwanzas, ou seja, 12,1 mil milhões de dólares norte-americanos.

Fora do País Angola terá de ir buscar o equivalente a 6,1 biliões de kwanzas (7,5 mil milhões USD), e, no mercado interno, o Governo terá de captar 3,8 biliões kz (4,6 mil milhões USD).

Data de Emissão: 21-06-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Cada angolano vai "produzir" dez barris de petróleo por ano, em 2027

Em 2011, a produção de petróleo por habitante era de 27,5 barris por ano. No entanto, dados avançados revelam que cada angolano vai “produzir” dez barris de petróleo por ano, em 2027.

Carlos Rosado de Carvalho acredita que os últimos balanços apresentados sobre a produção petrolífera no país são positivos, tendo em vista a previsão feita pelo Estado.

Data de Emissão: 20-06-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Uniformizar as propinas não é boa ideia, defende Carlos Rosado de Carvalho

Os deputados a Assembleia Nacional instaram esta segunda-feira, 17, a ministra do Ensino Superior Ciência e Tecnologia, Maria do Rosário Bragança, a trabalhar para a uniformização do preço nas universidades privadas no país.

O deputado Victor Kagibanga, Presidente da Comissão de Ciência, Educação, Saúde e Ensino Superior no parlamento angolano, justificou a orientação como sendo uma medida para que os gestores das instituições de ensino superior deixem de olhar para o sector com perspectiva mercantilista.

“…Para deixarmos de olhar de forma mercantilista para o ensino superior”, disse.

Já a ministra do Ensino Superior Ciência e Tecnologia, Maria do Rosário Bragança, defendeu o financiamento do Ensino Superior como uma medida.

Maria do Rosário Bragança apontou a criação e aprovação de um diploma legal como uma das melhores vias de financiar o ensino superior, tendo lembrado, na ocasião, que, actualmente, as universidades praticam uma tabela de acordo com o estabelecido no regime de preços vigiados.

Data de Emissão: 19-06-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Imóveis vão ter "bilhete de identidade", que é o número de identificação predial

Em edições passadas do Economia Sem Makas, já foi abordado sobre o lançamento de uma campanha de registo de imóveis. É um processo importante, que funciona como o bilhete de identidade para um cidadão, ou seja, se um imóvel não tiver identificação ou registo não é considerado legal, não podendo por isso ser comercializado. Nessa condição há muitos casos que se registam actualmente em Angola, causando insegurança à sociedade.

A medida abrange prédios rústicos ou prédios urbanos, apartamentos. Estes e outros imóveis não sendo registados, não se consegue provar a titularidade. Isso dá azo a fraude.

Data de Emissão: 18-06-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Edição alargada do dia 17 de Junho de 2024

Economia Sem Makas, edição de 17 de Junho de 2024, com Carlos Rosado de Carvalho.

Tópicos:

Presidente e MPLA querem, podem e mandam na Mídia Pública;

Ordem dos advogados quer por AGT na ordem;

BNA diz que o risco de branqueamento de capitais nos Bancos Comerciais é médio.

Data de Emissão: 17-06-2024 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): IRT
Economia sem makas: Governo angolano, associações empresariais e centrais sindicais chegaram a acordo para o estabelecimento do salário mínimo nacional na ordem dos 100 mil kz

Após meses de negociações, o Governo angolano e os parceiros sociais alcançaram o consenso sobre o valor do salário mínimo nacional, durante uma reunião extraordinária do Conselho Nacional de Concertação Social, orientada pelo Ministro de Estado para Coordenação Económica, José de Lima Massano

O acordo estabelece que as empresas privadas e públicas que pagam  70 mil kwanzas de Salário Mínimo Nacional têm 12 meses para evoluir para os 100 mil kwanzas, cerca de 100 euros. O acordo prevê ainda que as associações empresariais, as micro-empresas têm de pagar, no mínimo até 24 de Agosto, 50 mil kwanzas.

O acordo agora formalizado no Conselho Nacional de Concertação Social foi conseguido entre o Governo e as centrais sindicais depois de duas greves gerais da função pública.

As partes acordaram também a implementação “imediata” de subsídios de isolamento (30%), instalação (50%) e renda de casa (30%) para funcionários que trabalham em zonas recônditas.

Um aumento do subsídio de aleitamento materno para 300%, do subsídio de funeral em 300% e do abono de família em 150% constam igualmente do compromisso entre sindicatos e Governo.

Data de Emissão: 14-06-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): IRT
Economia sem makas: Inflação em Luanda em máximos de 20 anos. Custo de vida da capital subiu 41,6% em Maio de 2024 face a Maio de 2023

O aumento do custo de vida está a obrigar as famílias a adoptarem várias formas de “sobrevivência” que também vão afectando a qualidade de vida que algumas famílias foram adquirindo. A culpa é do aumento dos preço dos bens alimentares e não só, que não param de subir.

Só no mês passado o custo de vida a nível nacional aumentou 2,6% face a Março, tratando-se do valor mais alto desde Agosto de 2016, de acordo com o índice de Preços no Consumidor de Abril do Instituto Nacional de Estatística (INE). Se olharmos para o ritmo anual de aumento do custo de vida, este tem subido há 13 meses e, no mês passado, cresceu 2,1 pontos percentuais para 28,2%, tratando- -se da taxa de inflação homóloga mais alta desde Junho de 2017.

“Está a ficar cada vez mais difícil. E, mesmo cortando algumas coisas, nem sempre se consegue aguentar”, disse ao Expansão Neusa Santos quando analisava o que comprar num dos hipermercados da capital.

Para esta escriturária, os preços dos produtos têm aumentado constantemente, muitas das vezes sem qualquer aviso prévio. “Produtos que ontem custavam um preço, no dia seguinte já estão mais caros. A pessoa vem com a ideia de comprar determinadas coisas e tem de alterar devido a esta situação”, disse.

“A solução é mesmo só comprar o essencial. Se antes ainda podíamos comprar alguns mimos, agora não. Perdemos alguma qualidade, que até gostávamos. Agora é mesmo apertar e rezar para que as coisas melhorem”, concluiu.

Se os preços não param de subir a nível nacional, em Luanda a situação é ainda mais drástica, uma vez que face a Abril do ano passado os preços subiram 38,9% e, em termos mensais, cresceram 3,3% face a Março, segundo o INE. Trata-se da inflação homóloga mais alta na capital desde Fevereiro de 2017, quando atingiu os 39,5%.

Quanto à inflação acumulada nos primeiros quatro meses do ano, de 10,62%, trata-se do pior arranque de um ano desde 2016, quando entre Janeiro e Abril atingiu os 13,61%. No final de 2016, a inflação era de 41,1%, tendo sido das inflações mais altas desde o final da guerra civil. Pior só mesmo em 2002 (105,5%) e 2003 (76,6%), de acordo com a base de dados do Fundo Monetário Internacional (FMI).

“O aumento dos preços dos produtos vai matar-nos. As famílias estão a alterar a dieta alimentar por causa deste encarecimento. Em alguns casos até prejudicando a própria saúde”, refere a funcionária de uma empresa do sector empresarial público, Isabel Manuel.

Data de Emissão: 13-06-2024 às 07:10
Economia sem makas: RDC proíbe pagamentos em dólares nos terminais de pagamento automático para desdolarizar a economia

O Banco Central do Congo (BCC) determinou que os Terminais de Pagamento Electrónico (EPT), na República Democrática do Congo (RDC), aceitem apenas o franco congolês.

Esta medida visa impulsionar a utilização da moeda nacional e reduzir a dependência do dólar americano, que enfraquece o franco congolês.

Segundo o BCC, esta medida visa reforçar a utilização da moeda nacional e incentivar a população a utilizá-la nas transacções quotidianas de bens e serviços.

A iniciativa faz parte das grandes reformas lançadas pelo Ministério das Finanças da RDC destinadas a combater a “dolarização” da economia e  promover a inclusão financeira.

Data de Emissão: 12-06-2024 às 07:10
Economia sem makas: Parecer do Tribunal de Contas sobre a Conta Geral do Estado de 2022 e as contas das empresas públicas de 2023 continuam no segredo dos deuses

Relativamente aos prazos de entrega às entidades competentes, aparentemente, não há nenhum atraso. Mas no que se refere a Conta Geral do Estado, os prazos são os seguintes, o governo tem que apresentar a Conta Geral do Estado à Assembleia Nacional até Setembro do ano seguinte. Portanto, estamos a falar de 2022 e o governo entregou a Conta Geral do Estado à Assembleia Nacional em Setembro de 2023. Depois, a Assembleia Nacional o pede parecer ao Tribunal de Contas e foi entregue no dia 31 de Maio, depois a Assembleia Nacional deve discutir o parecer do Tribunal de Contas, durante o mês de Junho.

Junho de 2 anos depois. Portanto, à Assembleia Nacional vai discutir este mês a conta geral do Estado de 2022, portanto, 1 ano e meio depois de encerrado o exercício. 

O documento contém 21 recomendações ao contrário do parecer anterior, (2021) que continha 74 recomendações.

O Executivo, não está obrigado por Lei, a seguir as recomendações do Tribunal de Contas, mas houve melhorias na acção governativa, sobretudo em relação à coerência e articulação na execução orçamental, aperfeiçoamento dos procedimentos e recolha de dados dos órgãos da Administração do Estado, segundo o Juiz Conselheiro Fausto de Carvalho Simões.

O Juiz, informou que desde 2020, mais de 70 por cento das recomendações do Tribunal ao Executivo foram acatadas.

As recomendações ao Executivo, são feitas por via de auditorias aos órgãos do Estado, por processos de prestação de contas, inquéritos e dos dados obtidos através do Sistema Integrado de Gestão Financeira do Estado.

Esta é a 12ª vez que o Tribunal de Contas elabora o Parecer Sobre a Conta Geral do Estado. 

Data de Emissão: 11-06-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): FMI, IGAPE, OGE, Sonangol, Taag
Economia sem makas: Edição Alargada de 10 de Junho de 2024

Nesta edição do Economia sem Makas foram abordados os seguintes temas:

  • – A propósito do combate à corrupção: por que a Assembleia Nacional não ressuscita a Alta Autoridade Contra a Corrupção;
    – Em 2022, TCUL recebeu 15 autocarros do Governo a mais de 500 mil dólares cada um;
    – Por que é necessária a contratação emergencial para o comboio do novo aeroporto, tratando-se de um problema tão antigo?;
    – Atrasos na emissão de licenças de importação ameaça inflação;
Data de Emissão: 10-06-2024 às 08:00
Economia sem makas: Boas notícias para turistas e investidores que visitam ou invistam em Angola

Angola está entre cinco países da África Austral que se comprometeram, na sexta-feira, 31, a expandir a utilização de um visto comum especial para permitir uma circulação mais fácil de turistas.

Representantes de Angola, Botswana, Namíbia, Zâmbia e Zimbabwe, países que compõem a Área de Conservação Transfronteiriça Kavango-Zambeze (KAZA), comprometeram-se, em princípio, a alargar a utilização do visto especial, denominado univisa, que permite a entrada em vários países.

O univisa é, actualmente, utilizado na Zâmbia e no Zimbabwe e cobre viagens de um dia ao Botswana através de Kazungula.

Os líderes regionais que participaram numa cimeira de chefes de estado do KAZA em Livingstone, Zâmbia, disseram que querem que o visto especial seja alargado a outros estados na área de conservação, bem como ao bloco económico da África Austral.

“Devemos simplesmente dizer que isto irá acontecer”, disse o Presidente da Zâmbia, Hakainde Hichilema, no seu discurso. “Estou grato que meus colegas tenham chegado a um consenso sobre o univisto”, acrescentou.

O vice-presidente do Botswana, Slumber Tsogwane, disse que o seu país adoptaria integralmente o univisa.

Os estados membros do KAZA também resolveram instar a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES) a levantar a proibição do comércio de elefantes e de marfim.

A CITES intergovernamental, composta por 184 membros, regula o comércio de vida selvagem para proteger certas espécies da sobre-exploração e proibiu o comércio de marfim de elefante africano em 1989, depois de a população do animal ter diminuído, drasticamente, na década anterior.

Os estados do KAZA dizem que possuem reservas de marfim no valor de 1.000 milhões de dólares, que pretendem comercializar para financiar programas de conservação.

Durante sua participação na 11ª Cimeira Anual do Africa CEO Forum, Dangote, de 67 anos, relatou que precisa de 35 vistos diferentes em seu passaporte para circular pela África, algo que cidadãos com passaportes europeus não precisam.

“Como investidor, como alguém que quer tornar a África grande, tenho de solicitar 35 vistos diferentes no meu passaporte,” disse Dangote, gerando risadas da plateia ao mencionar que “não tem tempo de deixar seu passaporte nas embaixadas para obter um visto”. A declaração foi feita durante o evento realizado em Kigali, Ruanda, que reuniu 2.000 líderes empresariais, CEOs, investidores e decisores políticos.

Data de Emissão: 07-06-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Canal do Cafu não está a dar ganhos para o qual foi criado

Esta sugestão visa garantir melhor resposta local no tocante à carência alimentar das populações, causada pela insuficiência de chuvas nos últimos anos, defendeu segunda-feira, no Cunene, o secretário do Presidente da República para a Área Produtiva, Isaac dos Anjos.

O secretário, que falava durante um encontro entre membros do Governo local e o Grupo Técnico do Plano de Desenvolvimento da Zona de Abrangência do Canal do Cafu, referiu que a visita ao Cunene visou traçar acções práticas e concretas para o fomento da produção agrícola em grande escala ao longo dos 165 quilômetros do Canal do Cafu.

  Segundo o secretário do Presidente da República, com a conclusão dos trabalhos de gabinete, segue-se o processo de ordenamento, definição dos lotes e sua numeração, para que de forma organizada os produtores trabalhem a terra e aumentem o cultivo de bens alimentares na região.

Para Isaac dos Anjos, não se pode ficar com um gigante hídrico sem produzir nada, porque, depois de todo o trabalho feito, o máximo aproveitamento dos terrenos à volta do Canal deve ser um facto.

        O governante recordou que o mesmo dispõe de água em abundância, um potencial que deve ser aproveitado para a prática agrícola, de modo a que a província do Cunene ganhe a sua autossustentabilidade em termos alimentares e reverter a situação da fome, que afecta de forma consecutiva a região, nos últimos anos, devido às irregularidades das chuvas.

     Disse que a infra-estrutura foi concebida para abastecer a população e o gado, mas tem outra componente que é a de irrigar terras produtivas à volta, ajudando as comunidades a deixarem de depender das chuvas para produzirem e diversificarem o cultivo.

Governo Provincial

A governadora do Cunene, Gerdina Didalelwa, reiterou a necessidade de prestar   apoio às iniciativas dos   produtores locais, com sementes, sobretudo para o cultivo de tomate, de modo a alargar espaços para a produção em grande escala.

      Gerdina Didalelwa afirmou que o projecto, além de disponibilizar água para o consumo da população e do seu gado, está também a permitir o fomento da actividade produtiva em vários espaços do seu curso, onde pequenas iniciativas estão a transformar zonas antes fechadas em espaços verdejantes e com culturas alimentares.

    A governante lembrou que depois da inauguração do Canal do Cafu, em Abril de 2022, volvidos dois anos, pouco foi feito em termos de produção nas terras ribeirinhas, não obstante a abundância de água.

    Gerdina Didalelwa, na ocasião, apresentou também o estado de execução de outros projectos estruturantes de combate à seca no Sul de Angola, com realce para a construção das barragens do Ndue e Calucuve, em curso no município do Cuvelai, cuja execução física ronda os 60 e 35 por cento, respectivamente.

   Além do secretário do Presidente da República para a Área Produtiva, integraram a delegação  os secretários de Estado do Planeamento, Luís Epalanga, da Agricultura, Castro Camarada, e do Urbanismo, Manuel Canguezeze, que durante três dias vai realizar, igualmente, visitas aos projectos em curso das barragens do Ndue e de  Calucuve,  com o mesmo propósito.

Data de Emissão: 06-06-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Taxas de juro do microcrédito são leoninas

As sociedades de microcrédito em Angola desvirtuam o espírito com que foi criada a concessão destes pequenos créditos para pessoas mais vulneráveis da sociedade. Chegam a rivalizar com a banca tradicional na concessão de créditos para consumo a trabalhadores do Estado ou até da Sonangol.

Os empréstimos através de sociedades de microcrédito em Angola podem custar até 180% do capital emprestado ao fim de dois anos, com taxas de juro mensais que variam até aos 7,50%, um sinal de que em Angola este é um negócio bastante vantajoso para quem empresta, mas que mete o microcrédito praticado no País muito longe dos propósitos mais sociais com que foi criado nos anos 70 do século passado.

O microcrédito foi idealizado pelo professor de economia Muhammad Yunus no Bangladesh, através de uma experiência onde concedeu pequenos empréstimos, com seus próprios recursos, a famílias muito pobres de produtores rurais, principalmente a mulheres, experiência que anos mais tarde lhe valeu o prémio Nobel da Paz, por ter conseguido retirar muitas pessoas da situação de pobreza, mas em Angola apenas partilha o nome já que de social pouco tem.

Isto porque foi concebido para ser um crédito especializado para determinado segmento da economia: o pequeno empreendimento informal e a microempresa, estando voltado para apoiar pequenos negócios, geridos por pessoas de baixa renda. Supostamente não se destina a financiar o consumo, mas em Angola essa prática é comum, já que há quem chegue a solicitar estes créditos para, por exemplo, poder casar, segundo apurou o Expansão.

Numa ronda feita pelo Expansão às principais sociedades de microcrédito em Luanda, foi possível detectar que em Angola este é um negócio que pode gerar grandes rendimentos a quem empresta. O levantamento foi feito com base em informações recolhidas nas sociedades de microcrédito Avança na vida, Facilcred, Kixicrédito, Microcapital, Multicrédito, Nespecred, Somicre e Wiliete crédito.

Estas sociedades de microcrédito normalmente apresentam taxas de juros mensais que variam entre 1,67% a 7,50%. Quanto mais tempo passa até ao fim do reembolso, mais caros vão ficando estes empréstimos que podem chegar a custar até 180% do valor inicialmente solicitado, caso tenha um período de dois anos.

Para se ter uma ideia, ao solicitar um montante de 500 mil Kz a uma taxa mensal de 7,5% ao mês, com um prazo de reembolso de um ano (12 meses), paga-se uma prestação mensal que ronda os 79 mil Kz totalizando no final do período o equivalente a 950 mil Kz (capital inicial mais os juros). No final do período, o cliente reembolsa a instituição financeira além do valor do empréstimo mais 450 mil Kz, que equivale a 90% do valor inicial.

Já com um prazo de reembolso de 24 meses, o mesmo valor (500 mil Kz) e à mesma taxa de juros mensal (7,5%), as prestações ficam a 58 mil Kz por mês, o que totaliza no final do período 1,4 milhões Kz (capital inicial mais os juros). Neste caso, além do montante de crédito cedido, o cliente paga mais 900 mil Kz à sociedade de microcrédito, que obtém um lucro de 180% com este crédito.

Os créditos com períodos de reembolso mais curtos acarretam menos custos mas exigem prestações mensais mais avultadas, o que para indivíduos com poucos recursos (que supostamente é o público alvo desta modalidade de crédito) acaba por não ser viável muitas vezes. Com excepção dos casos em que são solicitados valores mais baixos.

O valor do crédito disponibilizado pelas instituições vai de um mínimo de 3 mil Kz a 7 milhões Kz no máximo, com prazos de reembolso entre 3 a 24 meses.

De acordo com o economista Maximiano Muende, os custos do microcrédito no País são altos porque os custos de contexto são elevados e o ambiente de negócios é hostil. “Não existe ambiente propício para se fazer negócios em Angola, isso faz com que o custo do capital seja bastante elevado e os mercados, incluindo o sector financeiro, sejam altamente especulativos”, sublinha.

Apesar de defender que o microcrédito é no País um produto comercial e, por isso, procura atingir fins lucrativos para a entidade que o comercializa, o especialista admite que do ponto de vista do alcance das camadas sociais para o qual foi desenhado, o microcrédito no País está distante de ser satisfatório mas é necessário perceber que até o microcrédito acarreta riscos, ainda mais quando direccionado a empreendedores que operam num mercado onde mais 80% vão à falência em menos de 3 anos.

Data de Emissão: 05-06-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): BNA, Emis
Economia sem makas: Greve geral por melhores salários lança caos na Nigéria

Principais sindicatos apelaram aos trabalhadores para não irem trabalhar depois de o Governo ter recusado aumentar o salário mínimo para mais de 60 mil nairas, cerca de 41 euros.

Uma greve por tempo indeterminado que começou, esta segunda-feira, na Nigéria, após um apelo dos sindicatos na sequência do fracasso das negociações com o Governo para um novo salário mínimo, fechou escolas, cancelou voos e provocou cortes na eletricidade.

Os principais sindicatos, o Nigerian Labour Congress (NLC) e o Trades Union Congress (TUC), apelaram aos trabalhadores para não irem trabalhar depois de o Governo ter recusado aumentar o salário mínimo para mais de 60 mil nairas (cerca de 41 euros) por mês, segundo os meios de comunicação social locais.

 

“Os trabalhadores nigerianos estão a ficar em casa. Sim a um salário decente. Não a uma ninharia”, afirmaram os sindicatos numa declaração conjunta.

Desde que chegou ao poder há um ano, o Presidente Bola Ahmed Tinubu acabou com os subsídios aos combustíveis e com o controlo cambial, o que levou a uma triplicação dos preços da gasolina e a um aumento do custo de vida, uma vez que a naira caiu em relação ao dólar.

Tinubu apelou à paciência para permitir que as suas reformas deem frutos, afirmando que estas ajudariam a atrair o investimento estrangeiro.

Na capital, Abuja, as repartições públicas, as estações de serviço e os tribunais estavam esta segunda-feira encerrados de manhã, enquanto longas filas se formavam do lado de fora dos portões fechados do aeroporto da cidade, segundo a agência AFP.

Os voos domésticos foram cancelados e o aeroporto será novamente encerrado na terça-feira, disse uma fonte próxima da Autoridade Federal dos Aeroportos da Nigéria (FAAN).

Os sindicatos também protestam contra o aumento dos preços da eletricidade.

O sindicato que representa a empresa de transmissão de eletricidade da Nigéria disse que tinha cortado a rede elétrica nacional no domingo à noite e hoje, causando apagões em todo o país.

Em Abuja, a presença de soldados e pessoal de segurança foi reforçada nas ruas e, em Lagos, o tribunal do trabalho estava fechado e as crianças iam a pé para casa após saberem que as suas escolas estavam encerradas.

“Os trabalhadores nigerianos, que são a espinha dorsal da economia do nosso país, merecem salários justos e decentes que reflitam a realidade económica atual”, afirmam os sindicatos num comunicado divulgado na sexta-feira.

Em fevereiro passado, milhares de nigerianos mobilizaram-se contra o aumento do custo de vida, em resposta a um apelo dos sindicatos.

Data de Emissão: 04-06-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Edição Alargada de 03 de Junho de 2024

Nesta edição do Economia sem Makas foram abordados os seguintes temas:

– BNA precisa ter atenção sobre as exigências e cobranças que nos bancos estão a fazer nas operações sobre o estrangeiro;
– Revisão do PIB pelo INE torna angolanos mais ricos;
– Operadores nao pagam autocarros que receberam do Estado
– Taxas de juro do microcrédito são leoninas

Data de Emissão: 03-06-2024 às 08:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Angola tem a segunda electricidade mais barata do mundo

Angola não actualiza os preços da energia desde 2019, mesmo com a desvalorização cambial que tem se verificado no País. “Temos a tarifa 5 vezes mais barata do que a Namíbia”, disse Gonçalo Anacoreta , realçando que sem tarifa actualizada será difícil ter um sector dinâmico e sustentável.

O director das Energias Renováveis da Total Energies Angola, Gonçalo Anacoreta, defendeu hoje uma actualização dos preços da energia para que haja maior interesse dos privados em investir no sector, já que Angola tem os preços de energia eléctrica mais baixos praticados na SADC.

“Se o Estado não actualizar as tarifas da energia tal como fez nos combustíveis, não haverá investimento privado no sector”, afirmou Gonçalo Anacoreta durante a mesa-redonda do fórum que debateu o tema “A Futura Matriz Energética em Angola”.

Segundo o especialista, Angola não actualiza os preços desde 2019, mesmo com a desvalorização cambial que tem se verificado no País. “Temos a tarifa 5 vezes mais barata do que a Namíbia”, disse, afirmando que sem tarifa atualizado será difícil ter um sector dinâmico e sustentável, com grande presença do sector privado.

Data de Emissão: 31-05-2024 às 20:00
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): Banco Mundial, FMI, Joe Biden, OGE
Economia sem makas: Está suspensa 3ª fase da greve geral da função pública, que estava prevista para a próxima segunda-feira, fruto de um entendimento entre o governo e as centrais sindicais

No encontro, realizado no auditório do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, foram discutidos, entre outros pontos, o Salário Mínimo Nacional (SMN) e o Imposto sobre o Rendimento de Trabalho.

As partes definiram o valor de 70 mil kwanzas como tecto para o SMN, contra os 32 mil actuais. O valor é apenas para as grandes empresas. Nas pequenas e médias empresas, o SMN ficou fixado em 40 e 50 mil kwanzas, respectivamente.

De acordo com o secretário de Estado para o Trabalho e Segurança Social, Pedro Filipe, ficou igualmente acordado que as partes voltassem à mesa para a regularização, até 2027, de 25 por cento do salário mínimo nacional. O processo começa a partir do próximo ano. “Com diálogo, felizmente, acabamos de testemunhar um exercício de muita paciência, mas também de muita responsabilidade, que permitiu assinar um memorando de entendimento com as centrais sindicais, depois de uma série de reivindicações”, referiu.

O acordo composto, assente em cinco questões estruturantes, acabou por respeitar o ajuste do salário da função pública na ordem dos 25 por cento. O acordo, avançou, surge pontualmente e em vésperas de preparação do Orçamento Geral do Estado (OGE). “As partes vão voltar a avaliar o formato do ajustamento para os anos subsequentes, sem prejuízo do exercício que se fez em Janeiro e Abril deste ano”.

Para o porta-voz das centrais sindicais, Teixeira Cândido, o desfecho da reunião é o resultado de um entendimento. “Por isso, a greve está suspensa”, declarou.

Data de Emissão: 30-05-2024 às 20:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Fundo Monetário Internacional prevê recuperação tímida e dispendiosa para África

Ao participar na cerimónia de apresentação do Relatório sobre as “Perspectivas económicas regionais da África Subsariana: Uma recuperação tímida e dispendiosa”, feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), o especialista reconheceu os esforços do Executivo angolano para a melhoria do ambiente de negócio, sublinhando a importância do investimento privado para o crescimento económico.

Segundo o economista, os avanços verificados na economia angolana demonstram que é possível implementar políticas económicas para melhorar a vida das populações.

Por outro lado, Fáusio Mussá apontou também a necessidade de se apostar na educação e melhoria do ensino, para o aumento de técnicos capacitados em vários sectores da economia do país.

“Angola não pode ficar atrasada em relação ao resto do mundo, há necessidade de se melhorar os aspectos da educação com aposta nas tecnologias e outros sectores”, acrescentou.

Por sua vez, a embaixadora da União Europeia em Angola, Rosário Bento, considerou fundamental que o país comece a desenvolver produtos que possam ser exportados, com vista o aumento de divisas que tragam crescimento económico local.

De acordo com a diplomata, o país está no bom caminho, em termos de reformas económicas, um processo estrutural que leva algum tempo para colher os seus frutos.

Sublinhou ainda a necessidade de se desenvolver a economia através da diversificação económica, que é uma das prioridades do Executivo angolano.

Rosário Bento assegurou que esse desafio também faz parte das prioridades do programa da UE para Angola, com um orçamento de 275 milhões de euros para 2021/2024.

Para além da diversificação económica, esse valor abrange, igualmente, o Corredor do Lobito, com 43 milhões de euros, energia eléctrica e agricultura, que prevê formar perto de 60 mil cidadãos a nível nacional, além da criação de emprego para jovens e mulheres, bem como a governança.

Por outro lado, a embaixadora apontou a apresentação do Relatório sobre as “Perspectivas económicas regionais da África Subsariana: Uma recuperação tímida e dispendiosa” como um instrumento com uma visão muito clara do que é necessário para estabilidade económica e a necessidade de se investir nas finanças públicas.

Data de Emissão: 29-05-2024 às 20:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Ministro dos Recursos minerais, Petróleo e Gás quer valorizar os recursos em Angola antes de exportar

Angola ainda importa, actualmente, 20% dos derivados de petróleo, segundo avançou nesta Sexta-feira, 24, no Cuito, província do Bié, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Pedro Azevedo, na abertura da IXª Reunião do Conselho Consultivo Alargado do seu pelouro, que decorre naquela cidade.

Para o governante, “o grande problema dos países africanos, e de Angola também,” é serem essencialmente produtores de matéria-prima e exportarem os seus recursos em bruto, não fazendo aos mesmos adição de valor, acabando depois, em muitos casos, por importar os produtos finais da matéria-prima que exportaram.

“No caso concreto de Angola é o petróleo. Exportamos o crude e importamos os seus derivados. Actualmente ainda cerca de 20% de derivados de petróleo nós importamos”, assinalou Diamantino Azevedo no evento que decorre sob o lema “Fomentar as Cadeias de Valor dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás para a Diversificação Económica e Desenvolvimento Sustentável”.

De acordo com o ministro, o que se pretende com o lema escolhido é reflectir em como se pode acrescentar mais valor aos recursos do país, seja a nível de produtos intermediários, bem como de produtos finais. Porém, disse, antes disso, existem pela frente outras tarefas, sendo que a nível do petróleo o desafio principal com que se deparam é o declínio que estava na ordem dos 15%, tudo “porque o petróleo e os outros recursos minerais são, do ponto de vista humano, não renováveis”.

Foi por isso que, explicou, foram traçados alguns instrumentos, com realce para a Estratégia de Exploração e Produção – que esta a ser executada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) -, e também a Estratégia de Licitação de Blocos Petrolíferos.

“Neste momento está-se a trabalhar num outro instrumento para fomentar a produção de petróleo, que é a produção incremental, um instrumento que já passou pelo Conselho de Ministros, e estamos agora à espera para ser caucionado pela Assembleia Nacional, que será também objecto de discussão nesta reunião”, avançou o governante.

Depois de várias apresentações sobre as realizações e os desafios do sector, o Conselho Consultivo Alargado do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (MIREMPET) prossegue com dois grupos de trabalho, sendo que o primeiro, sob coordenação do secretário de Estado dos Recursos Minerais, José Alexandre Barroso, tratará de analisar e debater a “Implementação dos Objectivos, Metas e Acções Previstos no PDN 2023-2027 / PDS dos Recursos Minerais”.

Já o segundo grupo se focará na “Implementação dos Objectivos, Metas e Acções Previstos no PDN 2023-2027 / PDS do Sector do Petróleo e Gás”.

Participam do evento todos os líderes dos órgãos tutelados pelo MIREMPET, empresas e quadros do sector, bem como convidados, entre os quais altas figuras da Presidência da República, deputados à Assembleia Nacional, autoridades tradicionais e membros da sociedades civil.

Data de Emissão: 28-05-2024 às 20:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Edição Alargada de 27 de Maio de 2024

Nesta edição do Economia sem Makas foram abordados os seguintes temas:

    1. Banco Económico perde o segundo CEO em 1 ano.
    2. Fábrica de montagem de autocarros Volvo é investimento privado do Grupo Opaia.
    3. Dívida à China diminuiu 20% em 3 anos e meio.
Economia sem makas: No final do III trimestre de 2024 havia mais de 5 milhões angolanos desempregados, o maior número desde que há estatísticas de emprego em Angola

O Índice de Desemprego em todo o território nacional voltou a aumentar no primeiro trimestre de 2024, desta vez 1,8 ponto percentual para 32,4%, com 79,8% dos empregados a trabalhar no sector informal, avançou o Instituto Nacional de Estatística (INE).

O ‘Relatório sobre os Indicadores de Emprego e Desemprego ‒ Inquérito ao Emprego em Angola’, elaborado pelo INE, aponta que, a nível nacional, embora se tenha registado uma ligeira redução de 0,9 ponto percentual, quando comparada ao período anterior, a maioria das pessoas empregadas (11 milhões) ainda se encontra no emprego informal (nove milhões), sendo 70,7% entre homens e 88,5% entre mulheres.

Uma vez mais, os dados estatísticos mostram que a taxa de emprego informal é maior na área rural do que na urbana, com 80,0% e 74,6%, respectivamente.

Existem no país 5,6 milhões de pessoas desempregadas, divididas entre 2,6 milhões de homens e 2,9 milhões de mulheres, segundo os dados do INE, que dá conta que o desemprego nas mulheres é ligeiramente mais elevado do que nos homens.

“A taxa de desemprego na população com 15 ou mais anos foi estimada em 32,4%, sendo mais elevada para as mulheres, 33,4%, comparando com os homens 31,4%, o que revela uma diferença de dois pontos percentuais”, lê-se no relatório.

Comparando os dados sobre a taxa de desemprego do primeiro trimestre deste ano com os do primeiro trimestre de 2023 conclui-se que “a população desempregada aumentou 33% em relação ao trimestre homólogo, com “a taxa de desemprego a aumentar 0,6 ponto percentual, correspondendo a uma variação de 1,8% em relação ao período homólogo.

Segundo o INE, a diferença entre a população desempregada e a taxa de desemprego explica-se pela utilização de conceitos diferentes, já que, explica a nota, “a taxa de desemprego é uma percentagem estimada baseada na declaração de pessoas que não têm emprego formal ou informal, mas estão disponíveis para trabalhar, ou seja, expressa uma estimativa da capacidade do mercado de trabalho formal e informal de satisfazerem a demanda explícita por empregos”.

Já o conceito de emprego informal abrange pessoas com 15 ou mais anos de idade empregada no sector privado, em cooperativas, associações, igrejas, organizações não-governamentais (ONG) ou por conta própria.

Para tal, estas pessoas devem encontrar-se numa das seguintes situações: trabalha em qualquer unidade de produção de bens ou serviços, não registada junto dos órgãos públicos; não beneficia de qualquer apoio social, e não está inscrito na segurança social.

Um dos maiores problemas na questão do emprego em Angola, tem que ver com o elevado emprego informal, que conforme os dados, representa 79,8% do total dos empregos, como mostram os dados relativos ao primeiro trimestre do ano em curso.

Ainda assim, o nível do informal já é inferior ao registado no quarto trimestre do ano de 2023, quando se posicionava nos 80,5% do total dos empregos em Angola.

Data de Emissão: 23-05-2024 às 07:10
Economia sem makas: Possibilidade da reserva federal manter juros altos durante mais tempo condiciona mercados

 Os preços do petróleo caíram mais de 1% nesta quarta-feira, 22, recuando pelo terceiro dia consecutivo, com dirigentes do Fed reacendendo preocupações sobre a demanda por petróleo ao indicarem que os cortes nas taxas de juros nos Estados Unidos podem ser adiados devido à inflação sustentada.

Os futuros do petróleo Brent fecharam em queda de US$ 0,98, ou 1,18%, a US$ 81,90 por barril, enquanto o petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) dos EUA caiu US$ 1,09, ou 1,39%, para US$ 77,57. Ambos os contratos de referência encerraram com recuo de cerca de 1% na terça-feira.

As autoridades do Federal Reserve, em sua reunião mais recente de política monetária, indicaram que a inflação pode levar mais tempo para diminuir do que se pensava anteriormente, mostraram as atas da reunião de maio do banco central norte-americano, divulgadas nesta quarta-feira.

Taxas de juros mais baixas reduzem os custos de empréstimos, liberando fundos que podem impulsionar o crescimento econômico e a demanda por petróleo. “Não esperaria cortes nos juros antes de uma das reuniões de outono (no hemisfério norte)”, disse John Kilduff, da Again Capital.

Data de Emissão: 23-05-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia Sem Makas: Indústria angolana de doces pede protecção contra concorrência amarga do estrangeiro

A empresa dedica-se a produção de rebuçados, sambapitos e pastilhas elásticas, de variados sabores e pretende chegar ao coração dos seus consumidores através de marcas diferenciadas, que comunicam para targets de idades e gostos diferentes.

Em Angola temos 8 fábricas de confeitaria com um investimento da ordem dos 85 milhões de dólares e que empregam 492 pessoas. Têm um capacidade de produção de 30 mil toneladas de doces, o mercado angolano vale 15 mil toneladas e a indústria só fornece 4.500 toneladas, o resto é preenchido com produção estrangeira.

Em 2023 o preço médio de importação 81 cêntimos de dólares, há 4 anos (em 2019) o preço era 50% superior e os nossos industriais dizem que conseguem produzir a 1 dólar e meio, que é practicamente o dobro do preço de importação.

Data de Emissão: 22-05-2024 às 07:10
Género(s): Comentário, Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Crédito salário ganha popularidade em Angola

Em declarações à imprensa, após o acto da apresentação oficial da nova marca e imagem corporativa do BCI, o responsável adiantou também que, a partir do próximo mês, o banco vai lançar novos produtos direccionados, essencialmente, aos funcionários públicos.

“A partir do dia 1 de Junho deste ano, vamos retomar o adiantamento salarial e lançar outras iniciativas associadas ao adiantamento de salário, prevendo-se ainda o lançamento de produtos inovadores que resolvam as reais necessidades da população, em geral”, garantiu.

Na ocasião, o administrador recordou que, em 2023, o valor do crédito concedido à economia teve um aumento de cerca de 60 mil milhões de kwanzas, dos quais 30 mil milhões foram dedicados ao adiantamento salarial.

Para este ano, avançou, a empresa prevê crescer na ordem de 30% quanto à concessão sustentável e rigorosa de crédito aos seus clientes.

Recordou também que, nos últimos dois anos, o BCI registou uma redução de cerca de 35% do crédito malparado, contra uma taxa de incumprimento de 47% verificado em 2021, quando o banco foi privatizado.

Actualmente, referiu, a instituição bancária regista uma taxa de incumprimento de 13 por cento, prevendo baixar para menos de 10%, em 2024.

Em relação ao produto criado, recentemente, para apoiar financeiramente as mulheres zungueiras, Jardel Duarte disse que o processo decorre com normalidade, tendo já beneficiado mais de 100 comerciantes ambulantes.

Por sua vez, o presidente da Comissão Executiva do BCI, Renato Borges, sublinhou que, em 2023, o banco teve um resultado líquido de 33 mil milhões kwanzas, um valor que em 2021 era negativo.

Em três anos, desde que foi privatizado o banco, disse que o valor dos fundos próprios atingiu Kz 62 mil milhões, contra 19 mil milhões registados em 2021.

Segundo a fonte, esses resultados são satisfatórios para o banco, com destaque para o melhoramento na concessão e qualidade do crédito, cuja recuperação continua a ser o eixo que a empresa actua com maior eficácia.

 

Data de Emissão: 21-05-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): BPC, Taxa de Juros
Economia sem makas: Edição Alargada de 20 de Maio de 2024

Nesta edição do Economia sem Makas foram abordados os seguintes temas:

    1. BNA tem de fazer previsões de inflação alcançáveis.
    2. Novas taxas de táxi são irrealistas, diz Carlos Rosado de Carvalho.
    3. Homem mais rico de África defende aposta em mercados regionais antes de avançar para a zona de comércio livre continental.
    4. Presidente defende ferias no país na sua visita efectuada ao Namibe.
Data de Emissão: 20-05-2024 às 08:00
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): Aliko Dangote, INE, Inflação, SADC, Turismo
Economia sem makas: Kwanza desvalorizou 1,6%, a maior perda diária desde Junho de 2023

País importou menos 686 milhões USD em mercadorias entre Janeiro e Abril deste ano face ao mesmo período do ano passado, o que fez disparar os preços. Importadores compram menos lá fora mas querem manter a mesma rentabilidade. Subida do preço do gasóleo ainda mal se fez sentir. Poder de compra vai continuar a cair.

O custo de vida a nível nacional aumentou 2,6% em Abril face a Março, tratando-se do valor mais alto desde Agosto de 2016, de acordo com o índice de Preços no Consumidor de Abril do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgado esta segunda- -feira. Já o ritmo anual de aumento do custo de vida está a subir há 13 meses e no mês passado cresceu 2,1 pontos percentuais para 28,2%, tratando-se da taxa de inflação homóloga mais alta desde Junho de 2017.

E se os preços não param de subir a nível nacional, em Luanda a situação é ainda mais drástica, uma vez que face a Abril do ano passado os preços subiram 38,9% e, em termos mensais, cresceram 3,3% face a Março. Trata-se da inflação homóloga mais alta na capital desde Fevereiro de 2017, quando atingiu os 39,5%.

Apesar de o preço do gasóleo ter subido de 135 Kz para 200 Kz a 23 de Abril, esse aumento praticamente não teve impacto no índice de preços medido pelo INE, já que a nível nacional a subida dos preços na classe de despesa Habitação, água, electricidade e combustíveis passou de 1,51% para “apenas” 1,61%. Ou seja, o efeito directo da subida do preço do combustível na classe foi apenas residual, pelo que se espera que em Maio venha a ter um impacto maior. Isto apesar de o INE não divulgar qual é o peso das sub classes (neste caso combustíveis) dentro das classes. Quanto aos efeitos indirectos da subida dos preços do gasóleo nas outras classes de despesas deverá ter maior impacto a partir deste mês, pelo que está dado o sinal de que a inflação em Luanda caminha a passos largos para ultrapassar a barreira psicológica dos 40%, um sinal de que a inflação na capital do País está hoje descontrolada. “Ter os preços 39% acima daquilo que eram em um ano, é desafiante. Esta é uma inflação que em economias estáveis é acumulada em 15 a 20 anos. E estarem a ser registadas em um ano, provam que há um claro descontrolo da inflação”, admite o economista Wilson Chimoco.

Quanto à inflação acumulada nos primeiros quatro meses do ano, de 10,62%, trata-se do pior arranque de um ano desde 2016, quando entre Janeiro e Abril atingiu os 13,61%. No final de 2016, a inflação era de 41,1%, tendo sido das inflações mais altas desde o final da guerra civil. Pior só mesmo em 2002 (105,5%) e 2003 (76,6%), de acordo com a base de dados do Fundo Monetário Internacional (FMI).

As razões para a inflação em Angola estar quase sempre em alta, em que só por três ocasiões foi inferior a dois dígitos (2012, 2013 e 2014, com 9,0%, 7,7% e 7,5%, respectivamente) são já bastante conhecidas. O País é demasiado dependente das importações, o processo de diversificação económica tarda em dar “frutos” e o País está sempre ao “sabor” do preço do barril de petróleo para estabilizar a moeda nacional. “É essencialmente reflexo do fraco desempenho da economia nacional, do aumento da taxa de crescimento demográfico e da taxa crescente de urbanização do País. Em Angola temos todos os anos mais 1,5 milhões de pessoas a precisar de saúde, alimentação, serviços de transporte, habitação, água, electricidade e outros. E infelizmente a oferta dos bens e serviços não tem acompanhado a procura. E isso tem-se reflectido na pressão sobre os preços”, refere Chimoco.

Assim, mais de duas décadas após o fim da guerra, a pressão da (falta de) oferta continua a empurrar os preços para cima. De acordo com cálculos do Expansão com base em dados da AGT, nos primeiros quatro meses deste ano o País gastou 4.479 milhões USD em importação de mercadorias, o que compara com os 5.165 milhões registados entre Janeiro e Abril de 2023. Trata-se de uma queda de 13%, equivalente a menos 686 milhões USD. Menos oferta e procura em alta (a população cresce a 3,1% ao ano) empurra os preços para cima. E a tudo isto junta-se a especulação.

Data de Emissão: 17-05-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Governo falha divulgação do documento sobre gestão de dinheiros públicos

Economia Sem Makas: Governo falha divulgação do documento sobre gestão de dinheiros públicos

A Lei da Sustentabilidade Fiscal obriga o Governo apresentar um conjunto de documentos anualmente, com prazos estabelecidos.

O documento da estratégia fiscal, por exemplo, que é o documento em que o governo estabelece sua estratégia em matéria de despesas pública e dívida, deve ser entregue até o dia 30 de Abril, caso que não ocorreu.

Além disso, o documento de estratégia de endividamento de médio prazo, que deveria ser entregue a 15 de Maio, também não ocorreu.

O comentarista costumeiro, Carlos Rosado, faz uma análise a estes assuntos no programa de hoje.

Data de Emissão: 16-05-2024 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): BFA, Sonangol, Total Energies
Economia sem makas: Mais de 120 startup estão inscritas para a 3ª edição do “Angola Startup Summit by Unitel 2024”

Economia sem makas: Mais de 120 startup estão inscritas para a 3ª edição da cimeira de inovação e empreendedorismo denominada “Angola Startup Summit by Unitel 2024”

 

O evento é uma organização do Instituto Nacional de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas (INAPEM) em parceria com a operadora de telefonia móvel “Unitel”.

Segunda uma nota a que o Jornal de Angola teve acesso, a conferência de imprensa apresenta o estado de preparação da 3ª edição do evento “Angola Startup Summit by Unitel”.

O Angola Startup Summit 2024 by Unitel é um evento dedicado a negócios tecnológicos, empreendedores, investidores, líderes de negócios, estudantes, instituições públicas e privadas interessadas na promoção da inovação, uso de novas tecnologias e transformação digital do país. Este evento é realizado há três anos pelo Governo angolano, operacionalizado pelo INAPEM e pela Unitel.

Este ano, adoptou a designação Angola Startup Summit 2024 by Unitel, fruto de uma parceria estratégica firmada, recentemente, entre o Governo e a maior operadora de telefonia móvel do país.

A edição de 2024 decorre de 16 a 18 de Maio, no Centro de Convenções de Talatona, província de Luanda, e são esperadas a participação de mais de 150 startups, entre nacionais e internacionais, além de mais de 5.000 visitantes. Projecta-se acima de 300 expositores e mais de 100 marcas presentes.

Data de Emissão: 15-05-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): BFA, Sonangol, Total Energies
Economia sem makas: Inflação em Angola voltou a aumentar em abril, pelo 12.º mês consecutivo, registando uma variação homóloga de 28,02%

A inflação em Angola voltou a aumentar em abril, pelo 12.º mês consecutivo, registando uma variação homóloga de 28,02%, um máximo de quase sete anos, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

A Folha de Informação Rápida (FIR) do Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) indica que esta variação representa um acréscimo de 17,61 pontos percentuais em relação à observada em igual período do ano anterior.

Em março, a inflação tinha atingido 26,09% em termos homólogos.

É preciso recuar a junho de 2017, altura em que a inflação se situou em 30,51% para encontrar um valor mais elevado, segundo as estatísticas do site Trading Economics consultadas pela Lusa.

Em termos mensais, o IPCN registou uma variação de 2,61% entre março e abril de 2024 (2,54% em março), o aumento mais elevado desde setembro de 2018, sendo as provincias de Luanda, Huíla e Cabinda, as que registaram maior variação (3,26%, 2,48% e 2,34%, respetivamente)

A classe “Saúde” foi a que registou o maior aumento de preços, com uma variação de 3,25%, destacando-se igualmente as subidas nas classes “Alimentação e bebidas não alcoólicas” (3,13%), “Vestuário e calçado” (2,84%) e “Hotéis, cafés e restaurantes” (2,59%).

Em Luanda, capital do país, os preços dispararam 38,87%, um acréscimo de 28,77 pontos percentuais em relação ao período homólogo.

 
Data de Emissão: 14-05-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Edição Alargada de 13 de Maio de 2024

Nesta edição do Economia sem Makas foram abordados os seguintes temas:

  1. Sector eléctrico nacional precisa de mais economia e menos política
  2. Porquê que o BNA gosta tanto da Gemcorp?
  3. A TAAG reassume os comandos de voos para Lisboa
  4. Revisão da taxa de alcoolemia 
Data de Emissão: 13-05-2024 às 08:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: BNA alerta fraudes relacionadas com produtos e serviços financeiros

Tentativas de fraude relacionadas com alegadas ofertas de emprego, oportunidade de aplicações financeiras e de concessão de crédito de forma fácil, iniciadas por mensagens instantâneas nas redes sociais e chamadas telefónicas, estão em alta no país, alerta o Banco Nacional de Angola (BNA).

Em comunicado disponível na sua página electrónica, o BNA avisa que propostas apresentadas dessa forma devem ser ignoradas, não devendo o público “trocar quaisquer informações, seja qual for a natureza, visando evitar riscos de burlas”.

Em caso de suspeita quanto à recepção de chamadas telefónicas ou mensagens electrónicas fraudulentas, prossegue o documento, o Banco Nacional de Angola sugere que o utente desligue imediatamente o telemóvel, bloqueie os referidos contactos e denuncie os infractores aos órgãos competentes.

O comunicado reafirma que as instituições financeiras habilitadas a captar depósitos e conceder crédito estão registadas no Banco Nacional de Angola, havendo disponível uma lista na página electrónica acessível a todos quantos a queiram consultar.

Para o caso das propostas de oferta de emprego, as mensagens têm geralmente um conteúdo em que a área responsável pelos Recursos Humanos de determinada instituição financeira tem disponíveis vagas de emprego para enquadramento imediato, com propostas remuneratórias bastante competitivas, indicando um número de telefone para os interessados em mais esclarecimento ou a aceder a uma dada ligação online.

“Nas mensagens sobre supostas aplicações financeiras vantajosas ou o acesso a produtos de crédito de forma imediata, as vítimas são convidadas a proceder ao pagamento de uma comissão inicial e, tão logo efectuem o referido pagamento, o alegado proponente desaparece sem deixar rasto, deixando de atender às chamadas telefónicas ou responder às mensagens”, adverte o documento.

O BNA convida a que, em casos do género, além de medidas para impedir o prosseguimento dos contactos, o público contacte directamente o Banco Nacional de Angola através do endereço electrónico reclamacoes@bna.ao ou a que se dirija à área de Provedoria ao Consumidor do banco comercial de que é cliente.

Data de Emissão: 10-05-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: 200 milhões de dólares colocados pelo BNA no mercado cambial desapareceram em pouco tempo

O Banco Nacional de Angola (BNA) informou hoje que vendeu 200 milhões USD no mercado cambial, montantes que foram adquiridos na totalidade por 17 bancos comerciais. A medida visa contornar a falta de moeda estrangeira que tem se verificado desde o ano passado, já que os bancos passaram a ter acesso a menos divisas.

Segundo um comunicado do banco central, as operações foram efectivadas na segunda-feira, 06, através da Plataforma Bloomberg FXGO, à taxa de câmbio média em vigor no momento da transacção de 843,5300 USD/AOA.

Na base da compra rápida dos dólares que foram totalmente adquiridos pelos bancos está a queda da oferta de divisas, já que os bancos comerciais passaram a ter acesso apenas a cerca de 600 milhões USD por mês, equivalente a metade do valor mensal transacionado em 2022.

Em Fevereiro, o Tesouro disponibilizou 300 milhões USD que foram adquiridos na totalidade por 19 bancos comerciais em apenas duas horas, revelando, assim, que continua a haver muito mais procura por divisas do que oferta. Entretanto, com uma procura tão elevada, a pressão sobre o mercado cambial deve continuar.

Data de Emissão: 09-05-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Bolsa de turismo revelou que mais do que discursos, precisamos de acções concretas para o sector

A promoção de incentivos fiscais, actualização do quadro jurídico legal no sentido do Estado de remover as barreiras que minam o bom ambiente de negócios e atrasam o desenvolvimento da actividade turística, consta das recomendações apresentadas no encerramento do Fórum do Turismo, realizada, sábado, na cidade do Lubango (Huíla).

“A criação de mecanismos de financiamento ao sector é fundamental para impulsionar iniciativas inovadoras de micro, pequenas e médias empresas, como demonstrado pelas experiências dos países convidados”, frisa o comunicado do evento realizado durante a Bolsa Internacional de Turismo (BITUR 2024).

Os participantes recomendaram a criação de uma taxa turística como um mecanismo importante para garantir o financiamento da promoção da imagem do país, assim como de outras acções estruturantes para o desenvolvimento do sector.

O comunicado enaltece a iniciativa do Executivo de isenção de vistos para 98 países de todo o mundo, considerando um passo significativo para atrair visitantes.

 

Promoção da imagem do país
Os participantes consideram crucial o papel da TAAG na promoção da imagem do país, por isso defendem o ajustamento dos preços das tarifas praticadas pela companhia de bandeira nacional.

“Os preços dos bilhetes de passagem praticados e a qualidade de serviço prestado pela companhia de bandeira são considerados pelos turistas como inibidores ao fomento do turismo interno e à competitividade da companhia no mercado global”, afirmaram, defendendo a definição de estratégias conjuntas para melhor promover o destino e a Marca Angola.

Aposta nos privados

Os operadores do sector sublinharam que a cooperação e a coordenação entre o Estado e o sector privado, particularmente, por via das Associações do Turismo, é vital no desenvolvimento de acções concretas para a dinamização da actividade turística enquanto segmento do sector produtivo.

“Acreditamos que, ao abraçar estas directrizes, Angola está no caminho certo para se tornar um destino turístico de excelência, contribuindo significativamente para a diversificação económica”, auguraram os participantes.

O Fórum do Turismo, que reservou painéis temáticos aflorados por prelectores nacionais e estrangeiros, serviu para a partilha de ideias e experiências para fazer face aos desafios e oportunidades do sector do turismo em Angola.

Turismo pode contribuir com mais de 20% no PIB

O sector do Turismo pode contribuir com mais de 20 por cento de receitas para o Produto Interno Produto (PIB), se for explorado o máximo do seu potencial, disse, ontem, no Lubango, capital da província da Huíla, o secretário de Estado do Turismo.
Hélder Marcelino anunciou a estimativa em entrevista ao Jornal de Angola, à margem do Fórum de Turismo, inserido no Bolsa Internacional do Sector (BITUR 2024), realizado pela primeira vez fora de Luanda, de 2 a 4 de Maio, com participação de operadores nacionais e estrangeiros, oriundos de Cabo Verde, Marrocos e Portugal.

“O Turismo tem um potencial muito grande e pode ser como o de Cabo Verde, que contribui com mais de 20 por cento para o Orçamento do Estado. Se este sector funcionar em pleno e mantiver todos os outros factores constantes, o sector do turismo pode contribuir com mais de 20 cento”, disse.

O secretário de Estado do Turismo informou que o país possui cerca de 3.300 empreendimentos com condições de alojamento, espalhados nas diferentes províncias do país, com destaque para hotéis de diferentes categorias, pensões, aparthotéis, aldeamentos turísticos, resorts e simulares.

Os dados preliminares do projecto de inventário e catalogação de recursos turísticos apontam para a existência de 2.500 recursos naturais considerados como activos turísticos, numa altura em que o processo de inventariação contínua.

Hélder Marcelino disse que a recolha e registo de todos o património turístico do país vai permitir a criação da base de dados do sector e que a sua compilação vai ajudar na criação de uma plataforma digital para acomodar a riqueza existente a nível nacional.

Remoção de barreiras

O governante garantiu que o compromisso assumido pelo Ministério para a remoção dos constrangimentos neste momento é real, para que os fluxos turísticos possam ocorrer de forma mais célere e com toda a tranquilidade, assegurando a rentabilidade e sustentabilidade financeira para os operadores.

O secretário de Estado do Turismo considerou relevante o papel das instituições financeiras para potenciar os projectos dos operadores do sector, devendo para o efeito apresentarem iniciativas de investimento viáveis dentro do rigor e organização requeridos para acederem aos fundos existentes.

Disse que o sector privado deve ser mais dinâmico e apresentar projectos com as condições mínimas para terem acesso ao financiamento.

“Deve apresentar projectos bem estruturados e de forma rigorosa, sobretudo que haja garantia de uma viabilidade técnica e financeira, para que o capital seja reembolsado. Isso exige do sector privado uma organização e seriedade”, alertou.

Os projectos de investimento do sector privado submetidos à luz do Plano Nacional de Fomento ao Turismo precisam do apadrinhamento do Ministério de tutela para que ganhe confiança da banca, considerando a viabilidade técnica e financeira.

“É necessário desenvolver outras acções complementares para divulgação da imagem do país no exterior e melhoria das condições de acolhimento localmente”, exortam.

As condições das vias de acesso, sobretudo boas estradas, e o ambiente de segurança nos locais considerados como activistas turísticos são factores determinantes nos fluxos de turistas nacionais e estrangeiros ao país, concluíram os participantes na BITUR. Os Planos de Desenvolvimento Estratégicos, assim como os demais instrumentos de ordenamento turístico são fundamentais para acautelar o desenvolvimento estruturado da oferta turística, com vista a desenvolver um destino competitivo de classe mundial.

A aposta na formação técnico-profissional e capacitação abrangente a todos os agentes da cadeia de acolhimento deve ser encarada pelo Estado como sua principal missão, sem prejuízo da intervenção do sector privado ou da sua implementação por via da parceria público-privada.

Inclusão dos ministérios na Estratégia Nacional

Os participantes na Bolsa Internacional do Turismo (BITUR) recomendaram a inclusão de todos os ministérios na Estratégia Nacional de Desenvolvimento do Turismo.

“Pela característica transversal que o sector do turismo apresenta, o seu desenvolvimento carece da inclusão de todos os departamentos ministeriais, assim como dos diferentes actores, incluindo o sector privado, os académicos, e o cidadão comum, a fim de desenvolver acções de maneira concertada”, defenderam.

Os operadores do sector presentes no evento concluíram que os destinos turísticos com óptimas condições de acesso e seguros tendem a ser muito visitados, “sendo estes elementos fundamentais para geração de mais ou menos fluxos turísticos”.

“A melhoria das condições das estradas, assim como o aumento da rede ferroviária é importante, uma vez que constituem factores decisivos para o aumento dos fluxos de turistas para locais atractivos”, afirmam.

Para o caso de Angola, além da criação de condições de acesso e de segurança, é necessário desenvolver campanhas de marketing para a mudança da percepção relativamente à imagem do país, para mostrar o potencial existente e os avanços registados em vários domínios.

Data de Emissão: 08-05-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Ministro da Indústria e Comércio pede desindexação da economia angolana

O ministro da Indústria e Comércio, Rui Miguêns de Oliveira, afirmou hoje, durante o IV fórum, que o País precisa “desindexar a economia” para que tenha um rumo diferente na produção nacional.

“Temos que desindexar a nossa economia”, afirmou Rui Miguêns durante o discurso de abertura do fórum que decorre, neste momento, no hotel Intercontinental, em Luanda, com o tema ” Competitividade e crescimento da indústria em Angola”.

Data de Emissão: 07-05-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): BNA, Inflação
Economia sem makas: Edição Alargada de 06 de Maio de 2024

Nesta edição do Economia sem Makas foram abordados os seguintes temas:

  1. Trump põe em causa a independência dos bancos centrais.
  2. BNA com dois pesos e duas medidas relativamente aos bancos com problemas.
  3. Estará em curso uma revolução nos pagamentos móveis em Angola.
  4. Taxas de rendimento dos eurobonds angolanos em baixa.
Data de Emissão: 06-05-2024 às 08:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: A produção e preço do petróleo acima do previsto no Orçamento Geral do Estado

No primeiro trimestre do ano, a produção petrolífera aumentou e ficou acima da média diária de 2023, numa altura que o País procura atrair mais investimentos para o sector de forma a travar o declínio que se tem registado ao longo dos anos na produção daquela que é a principal fonte de receitas do País.

Angola produziu nos primeiros três meses do ano cerca de 102,44 milhões de barris de petróleo, o equivalente a uma média diária de 1,13 milhões de barris, o que representa um crescimento de 4% face aos 1,08 registados no mesmo período do ano passado, de acordo com cálculos do Expansão com base nos relatórios mensais da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG).

A produção média de 1,13 milhões de barris por dia registados no I trimestre está acima da média anual de 1,06 milhões de barris/dia que o Governo inscreveu no Orçamento Geral de Estado (OGE) 2024, bem como dos 1,10 milhões de barris/dia apontados no Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2023-2027 para este ano.

Ainda assim, este valor que está 65 mil barris acima do que está previsto no OGE 2024 pode sofrer variações já que se trata apenas da produção média diária verificada num só trimestre.

Apesar do aumento da produção verificada nos primeiros três meses do ano, o declínio da produção petrolífera é uma realidade no País, não só pela redução dos investimentos, mas também pelo desgaste dos campos.

De acordo com o CEO da consultora PetroAngola, Patrício Quingongo, depois de em 2022 não se ter verificado um declínio da produção pela primeira vez em seis anos, Angola está hoje a produzir ao máximo da sua capacidade e, a continuar assim, arrisca-se a reduzir ainda mais os níveis de arrecadação de receita por via da exportação desta commodity.

“A taxa de declínio de Angola rondava os 7% e o facto de em 2023 registarmos um declínio de apenas 3,4% significa que os campos marginais colocados em produção no ano passado não foram suficientes para travar o declínio, mas sim para atenuar esse declínio”, disse o especialista.

Data de Emissão: 03-05-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Embaixador chinês diz que a China investiu 2 mil milhões de dólares em Angola, mas as estatísticas do BNA dão metade deste valor

O embaixador da China em Angola, Zhang Bin, disse, ontem, à saída de uma audiência com a Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, que o seu país está a promover novos grandes projectos estratégicos com Angola, assim como a aceleração das relações económicas com a implementação, o mais rápido possível, dos projectos do aproveitamento hidroeléctrico de Caculo-Cabaça e do novo Porto de Águas Profundas de Caio, na província de Cabinda.

Zhang Bin, acreditado no país em Fevereiro deste ano, ressaltou que os grandes projectos em curso, que considera bem sucedidos, representam os frutos do reforço das relações entre a China e Angola.

“No encontro, a Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, disse que valoriza muito as boas relações entre os nossos dois países, e deu as opiniões e orientações para a futura cooperação em áreas importantes como de Intercâmbio Cultural, Formação Profissional e Protecção Ambiental”, contou o diplomata.

Num segundo passo, Zhang Bin, que deu a conhecer à Vice-Presidente da República o plano para a materialização e concretização da visita de Estado do Presidente da República, João Lourenço, à China, garantiu que a Embaixada vai trabalhar com dinamismo de modo a efectivar os consensos alcançados entre os dois países.

“Acreditamos que a visita de Estado do Presidente da República, João Lourenço, à China foi um marco importante para as relações bilaterais, o que significa que estas relações entraram numa nova etapa, no melhor período da nossa história”, sublinhou, acrescentando que as relações económicas e comerciais são áreas importantes, que constituem a base fundamental entre a China e Angola.

No geral, o embaixador Zhang Bin acredita que a cooperação entre os dois países caminha muito bem, indicando que só no ano passado o volume de trocas comerciais entre a China e Angola atingiu 23 mil milhões de dólares e o investimento chinês no país chegou aos dois mil milhões de dólares.

Segundo o embaixador, estes números revelam os passos importantes dados na cooperação económica e comercial entre os dois países. Ainda de acordo com Zhang Bin, existem muitas empresas chinesas com grande interesse em investir em Angola, prometendo que a Embaixada vai ajudar para a concretização destes investimentos.

Data de Emissão: 02-05-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: O governo está a preparar - se para a curto prazo aprovar o salário mínimo nacional

Ministério reafirma o seu empenho “em melhorar as condições laborais e sociais”, destacando algumas medidas já implementadas para a melhoria das condições sociais dos funcionários públicos.

O governo angolano está a preparar-se para, a curto prazo, aprovar o Salário Mínimo Nacional, “em conformidade com as deliberações que vierem a ser tomadas” no Conselho Nacional de Concertação Social, sem apontar uma data concreta.

O anúncio consta do comunicado do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social alusivo ao Dia Internacional do Trabalhador, que se celebra quarta-feira, no qual se afirma que o Salário Mínimo Nacional é “um dos objetivos do executivo angolano” e que acontecerá a curto prazo.

O governo angolano e três centrais sindicais travam um braço de ferro por ajustes salariais desde dezembro último, altura em que foi apresentado ao Presidente angolano, João Lourenço, um caderno reivindicativo a exigir o aumento do salário mínimo nacional.

No comunicado, o Ministério reafirma o seu empenho “em melhorar as condições laborais e sociais”, destacando algumas medidas já implementadas para a melhoria das condições sociais dos funcionários públicos.

Entre estas, o governo destaca a promoção e atualização das carreiras de cerca de 30.000 funcionários do regime geral, a institucionalização dos subsídios das zonas recônditas para cerca de 100.000 funcionários, a atualização dos estatutos remuneratórios dos professores dos ensinos primário e secundário, que abrangeu pelo menos 207.000 funcionários, a duplicação dos rendimentos dos docentes do ensino superior e dos investigadores científicos.

Outras medidas são a institucionalização das horas acrescidas para as carreiras médica, de enfermagem, de técnicos terapeutas, diagnósticos e apoio hospitalar e a implementação da remuneração suplementar que permitirá a 115.000 funcionários da administração pública que ganham menos de 100.000 kwanzas (112 euros) passarem a ganhar uma renumeração acima deste valor, a partir de junho.

“O executivo vai dar continuidade à implementação do Roteiro para Nova Arquitetura Remuneratória na Administração Pública (RINAR), numa perspetiva de instrumento apto para a melhoria da prestação dos serviços públicos aos cidadãos, através da valorização dos funcionários públicos”, refere.

Na nota, o governo angolano reafirmou o seu compromisso em assegurar contactos entre os representantes do governo, dos empregadores e dos trabalhadores, com vista a encontrar soluções equilibradas quanto às condições, relações e rendimentos de trabalho.

Para o governo, “não há dúvidas que o comprometimento e o desempenho excecional dos trabalhadores angolanos” são a base para “a construção de entidades e instituições fortes, o que resultará consequentemente em desenvolvimento socioeconómico sustentável para todos os angolanos”.

À margem do balanço da segunda fase da greve geral interpolada, que decorreu do passado dia 22 até hoje, as centrais sindicais apelaram aos trabalhadores para não festejarem o 1.º de Maio, “como sinal de protesto pelas condições sociais difíceis a que estão sujeitos”.

As três centrais sindicais angolanas exigem o aumento do salário mínimo nacional, dos atuais 32.000 kwanzas (35 euros) para 245.000 kwanzas (268 euros), proposta “flexibilizada”, entretanto, para 100.000 kwanzas (109 euros), um reajuste do salário da Função Pública, na ordem de 250 por cento, e a redução em 10% do Imposto sobre o Rendimento do Trabalho (IRT).

O executivo angolano decidiu propor um salário mínimo em função da dimensão da empresa, nomeadamente 48.000 kwanzas (52 euros) para as pequenas empresas, 70.000 kwanzas (76 euros) para médias empresas e 96.000 kwanzas (104 euros) para as grandes empresas, o que foi rejeitado pelos sindicatos.

A Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA), a União Nacional dos Trabalhadores Angolanos – Confederação Sindical (UNTA-CS) e a Força Sindical – Central Sindical (FS-CS) exigem também a atualização dos subsídios previstos no sistema das prestações sociais do Instituto Nacional de Segurança Nacional (INSS), bem como a gestão partilhada dos fundos do INSS, conferindo “transparência necessária”.

Data de Emissão: 01-05-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Balanço da I Conferência do Economia 100 Makas sobre a Competitividade em Angola

Balanço da I Conferência do Economia 100 Makas sobre a Competitividade em Angola” é o tema desta edição do programa. A conferência realizada ontem, por ocasião do 5º aniversário do programa, reuniu mais de 500 participantes, entre entidades oficiais, diplomatas, líderes patronais e sindicais, empresários, gestores, quadros médios e superiores, profissionais liberais, académicos e outros.

 

Para falar sobre o tema, temos:

Carlos Rosado, economista e anfitrião da I Conferência do Economia 100 Makas;

 

Durante o programa foi divulgado a previsão de mais uma edição da Conferência realizada, a fim de se tratar assuntos ligados à Saúde e Educação em Angola.

Além disso, Carlos Rosado procedeu a um breve agradecimento à todas entidades presentes no evento, desde entidades governamentais e particulares. 

O projecto visa tratar de assuntos estruturantes da Economia angolana, como a competitividade, Educação e Saúde, tendo este sido resultado das abordagens apresentadas pelo jornalista e comentador de temas económicos, Carlos Rosado de Carvalho, faz todas às manhãs, de segunda a sexta-feira, no canal MFM.

Data de Emissão: 16-04-2024 às 08:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Competitividade - A chave para uma Angola mais desenvolvida e inclusiva

“Competitividade – A chave para uma Angola mais Desenvolvida e Inclusiva”, é o tema da 1ª Conferência Economia 100 Makas, realizada hoje por ocasião do 5º aniversário do programa Economia sem Makas. Uma conferência que vai reunir mais 500 participantes, entre entidades oficiais, diplomatas, líderes patronais e sindicais, empresários, gestores, quadros médios e superiores, profissionais liberais, académicos e outros.

 

Para falar sobre o tema, temos:

  • Alves da Rocha, director do Centro de Estudos e Investigação Científica da Universidade Católica de Angola.
  •  
  • Fernandes Wanda, coordenador do Centro de Investigação Social e Económica  da Faculdade de Economia da Universidade Agostinho Neto.
  •  
  • Heitor Carvalho, director do Centro de Investigação Económica da Universidade Lusíada.

Que vão fazer o diagnóstico da Competitividade em Angola, apresentar os campeões da Competitividade em África e apresentar medidas e soluções para aumentar a Competitividade de Angola.

O programa prevê uma mesa-redonda em que devem estar presentes o presidente da Comissão Executiva do Banco Angolano de Investimentos (PCE/BAI), Luís Lélis, as académicas Conceição Vaz e Djamila Pinto de Andrade; o produtor Wanderley Ribeiro (presidente da Associação dos Agro-pecuários de Angola), José Laurindo (da UNTA-CS) e Filomena Oliveira, directora do IDIIA (Instituto de Desenvolvimento Industrial e Inovação Tecnológica de Angola), além do anfitrião Carlos Rosado de Carvalho.

A conferência evolui das abordagens que o jornalista e comentador de temas económicos Carlos Rosado de Carvalho faz todas às manhãs, de segunda à sexta-feira, no canal MFM.

Economia sem makas: Preparativos para a Iª Conferência de Imprensa do Economia 100 Makas

A conferência marca o 5.º aniversário do programa “Economia 100 Makas” do também jornalista e professor de Economia, Carlos Rosado de Carvalho, que tem sido emitido diariamente na “Rádio MFM”. A Iª Conferência Economia 100 Makas vai reunir mais de 500 participantes entre entidades oficiais, diplomatas, líderes patronais e sindicais.

Os promotores preveem contar igualmente com a participação de empresários, gestores, quadros médios e superiores, profissionais liberais, académicos e outros stakeholders com o objectivo de identificar desafios, analisar casos de estudo e recomendar medidas e acções para aumentar a competitividade da economia angolana.

Entendem que a “falta” de competitividade constitui um dos principais desafios económico de Angola.

A nota de imprensa ressalta que o petróleo tem assegurado consistentemente mais de 95% das exportações, cerca de 60% das receitas fiscais e, directa e indirectamente, cerca de metade da riqueza gerada anualmente no País.

Para a organização da conferência, a “petrodependência” angolana não é mais do que um sintoma da falta de competitividade da sua economia, incapaz de produzir bens e serviços, em grande escala, para além do petróleo, com um preço e uma qualidade capazes de concorrer internacionalmente.

No anúncio feito, o director do Centro de Estudos e Investigação Científica da Universidade Católica de Angola (CEIC), economista Alves da Rocha, fará o diagnóstico da competitividade do país.

Por sua vez, o coordenador do Centro de Investigação Social e Económica (CISE), da Faculdade de Economia (FE) da Universidade Agostinho Neto (UAN), Fernandes Wanda, vai apresentar os campeões africanos da competitividade e as lições a retirar para Angola.

Enquanto isso, o director do Centro de Investigação Económica da Universidade Lusíada, (CINVESTEC), Heitor Carvalho, poderá apontar caminhos para construir uma economia mais competitiva.

No painel política económica, o secretário do Presidente da República para os Assuntos Económicos, Milton Reis, vai debruçar-se sobre a estratégia de diversificação da economia do Executivo.

As apresentações dos responsáveis pelos três principais centros de investigação económica da academia angolana e do secretário do Presidente da República servirão, segundo os organizadores, de “gatilho” para a mesa-redonda, moderada por Carlos Rosado de Carvalho, que vai encerrar a conferência.

Salienta-se que o “Economia 100 Makas” é um programa de orientação económica da autoria de Carlos Rosado de Carvalho emitido diariamente na Rádio MFM desde 15 de Abril de 2019 dirigido a empresários e gestores de topo, quadros médios e superiores, profissionais liberais e estudantes.

De segunda a Sexta-feira, numa linguagem simples e directa, mas rigorosa, o jornalista e professor de Economia analisa e comenta com exemplos, factos e números, os principais assuntos da actualidade económica.

Economia sem makas: BNA e CMC assinaram um Memorando de supervisão das instituições financeiras bancárias

Economia sem makas: BNA e CMC assinaram um Memorando de Entendimento no domínio da supervisão das instituições financeiras bancárias que actuam no mercado de valores mobiliários e instrumentos derivados

 

 

O Banco Nacional de Angola (BNA) e a Comissão do Mercado de Capitais (CMC) assinaram esta terça-feira um Memorando de Entendimento no domínio da supervisão das instituições financeiras bancárias que actuam no mercado de valores mobiliários e instrumentos derivados, visando assim, mitigar eventuais conflitos de dupla supervisão.

“As partes definiram formalmente as directrizes para as acções de supervisão directa e indirecta, de transferência dos serviços e actividades de investimento em valores mobiliários e instrumentos derivados das Instituições Financeiras Bancárias, com objectivo de mitigar eventuais conflitos de dupla supervisão”, lê-se num comunicado divulgado pelo banco central.

O governador do BNA, Manuel Tiago Dias, e a presidente do conselho de administração da CMC, Andreia Vanessa Simões, foram os signatários do memorando.

Manuel Tiago Dias, citado na nota, considerou que o protocolo celebrado reforça a cooperação entre ambas instituições e assinala a evolução do sistema financeiro angolano, “na medida em que se observa maior protagonismo” da Bolsa de Dívida e Valores de Angola e das Sociedades Distribuidoras de Valores Mobiliários, e augura que, com o desenvolvimento do mercado secundário de títulos, estas instituições sirvam de fontes alternativas ao financiamento bancário.

Já a presidente da CMC enalteceu a celebração do acordo, salientando a relevância de uma supervisão eficiente, “que garanta a proteção dos investidores, a integridade dos mercados e a eficiência do sistema financeiro”.

Recordar que o BNA, CMC e ARSEG fazem parte da Conselho de Supervisores do Sistema Financeiro (CSSF), um órgão que exerce funções de coordenação entre os organismos de supervisão do sistema financeiro nacional no exercício das respectivas competências de regulação e supervisão das entidades e actividades financeiras sob sua jurisdição.

Data de Emissão: 11-04-2024 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): BAI, BODIVA
Economia sem makas: África subsaariana acelera, mas crescimento permanece baixo

O Banco Mundial prevê que as economias da África subsaariana recuperem para 3,4 % este ano e 3,8 porcento em 2025, impulsionadas pelo consumo privado, num contexto de falta de liquidez e recuperação “muito frágil” da região.

“Depois de bater no fundo em 2023, com um crescimento de 2,6%, o crescimento económico na África subsaariana deve chegar aos 3,4% este ano e 3,8% em 2025, com a recuperação assente principalmente no aumento do consumo privado, que beneficia da queda da inflação, impulsionando o poder de compra das famílias”, lê-se no relatório Pulsar de África.

No relatório hoje divulgado em Washington, com o título ‘Combater a desigualdade para revitalizar o crescimento e reduzir a pobreza em África’, o gabinete do economista-chefe para África, Andrew Dabalen, escreve que “o crescimento do investimento vai continuar limitado porque as taxas de juro vão manter-se elevadas, com a consolidação orçamental a dificultar o crescimento do consumo”.

A inflação irá reduzir-se em média, de 7,1% em 2023 para 5,1% este ano e 5% em 2025 e 2026, devido “à normalização das cadeias globais de abastecimento, ao declínio sustentado dos preços das matérias-primas e aos impactos dos apertos monetários e da consolidação orçamental”, apontam os analistas, notando, ainda assim, que o panorama varia muito de país para país.

Ainda que a inflação esteja a descer na maioria dos países este ano, “continua elevada quando comparada com os níveis anteriores à época da pandemia em 32 dos 37 países, havendo 14, entre os quais Angola, que continuam com níveis persistentemente elevados, nos quais a inflação caiu apenas de 25,9%, em 2023, para 24,8% em 2024”.

No relatório, o gabinete do economista-chefe para África no Banco Mundial mostra-se ainda preocupado com os níveis de elevada dívida pública nos países da região, que dificulta o investimento em sectores essenciais para relançar o desenvolvimento económico.

Apesar de o rácio da dívida sobre o PIB dever cair de 61% em 2023 para 57% este ano, o mais preocupante é que mesmo esta redução não chega para aliviar as contas públicas das economias da região, com metade dos países africanos “a terem problemas de liquidez externa, a enfrentarem fardos insustentáveis de dívida ou estando activamente à procura de reestruturar as suas dívidas”.

Os pagamentos de dívida pública dispararam na região devido à exposição ao financiamento comercial a empréstimos de governos que não pertencem ao Clube de Paris, o credor tradicional dos países africanos, mas que perdeu importância face à predominância da China no financiamento de África.

“O financiamento externo está mais caro do que estava antes da pandemia, apesar de as taxas de juro terem caído gradualmente face ao pico atingido em Maio de 2023”, lê-se no relatório, que exemplifica que os novos ‘Eurobonds’ (dívida comercial em moeda estrangeira) emitidos pelo Quénia em Fevereiro comportam uma taxa de juro anual de 9,75%, face aos 6,87% exigidos anualmente pelos investidores num financiamento que termina este ano.

Na conferência de imprensa de apresentação do relatório, Andrew Dabalen vincou que “muitos países enfrentam uma dívida elevada, com problemas de liquidez e estão a pensar em reestrutura a dívida”, num contexto em que 47%, em média, das receitas fiscais são canalizadas para os pagamentos da dívida.

“Isto é extremamente difícil, porque significa que estes países deixam de ter recursos para uma governação de qualidade e para os investimentos que são cruciais para o crescimento”, acrescentou.

Para responder a este panorama, o Banco Mundial defende um aumento da mobilização fiscal interna e mais envolvimento da comunidade internacional, nomeadamente através do financiamento concepcional, isto é, com juros mais baixos e maturidades mais longas.

O relatório é divulgado nas vésperas dos Encontros da Primavera do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional, que decorrem em Washington de 15 a 20 de Abril.

O crescimento do Produto Interno Bruto de Angola foi em 2023  de 0,8%, com previsões de obter 2,8% em 2024 e 2,7% em 2025.

Cabo Verde teve 4,8% em 2023, prevê 4,7% em 2024 e 4,7% em 2025, Guiné-Bissau (4,2%/2023, 4,7%/2024 e 4,8/2025), Guiné Equatorial (-5,8%/2023, -4,3/2024 e -3,3%/2025), Moçambique (5,0%/2023, 5,0%/2024 e 5,0%/2025) e São Tomé e Príncipe (-0,5%/2023, 2,5%/2024 e 3,1%/2025).

Economia sem makas: Banco BAI suspende empréstimos a zungueiras, justificando com alta taxa de incumprimento

Luís Lélis, CEO do Banco Angolano de Investimentos (BAl), anunciou nesta sexta-feira, 05 de Abril, o cancelamento do programa de crédito dirigido às mulheres zungueiras, que tinha por objectivo responder as necessidades de inclusão e literacia financeira.

Por meio de uma publicação nos story’s do seu perfil do Instagram, Luís Lélis, lamentou o facto dos resultados de avaliação comportamental do segmento alvo, baseados em dois pilotos realizados nos mercados da Huíla e Huambo, apresentarem indicadores que indiciam o potencial de perda significativa.

“Com imensa dor comunico que o BAI, cancelou o programa de crédito para zungueiras.
Em Dezembro de 2023 comuniquei o objectivo de desenvolvermos uma solução de micro crédito dirigida à mulher zungueira que tinha por objectivo responder às necessidades de inclusão e literacia financeira. Desenvolvida a solução tecnológica
(BAlDirecto USSD) avançamos com os testes em tempo recorde de dois meses. Infelizmente, os resultados de avaliação comportamental do segmento alvo baseados em dois pilotos realizados em dois mercados na Huíla e Huambo apresentaram indicadores que indiciam o potencial de perda significativa. Por outras palavras, no final dos pilotos observamos um índice de incumprimento significativamente superior à média do banco o que determinou o cancelamento imediato do programa”, partilhou o CEO do Banco Angolano de Investimentos (BAI).

Economia sem makas: Edição Alargada de 08 de Abril de 2024

Nesta edição do Economia sem Makas foram abordados os seguintes temas:

  1. A economia cresceu 0% ao ano nos últimos 10 anos
  2. Execução do OGE 2023 revela que o Estado só conseguiu 40% dos financiamentos previstos
  3. Fim dos subsídios aos combustíveis mais longe
  4. Qual o futuro do navio “Baía Farta” que custou 80 milhões?
Economia sem makas: Tribunal Constitucional declara inconstitucional o acórdão do Tribunal Supremo que condenou Valter Filipe e José Filomeno dos Santos

Segundo o Tribunal Constitucional (TC) angolano, foram igualmente violados os princípios do julgamento justo e conforme e do direito à defesa.

Para o plenário dos juízes do TC, em acórdão datado de 03 de Abril de 2024 e hoje tornado público, o arresto os bens dos arguidos violou os princípios constitucionais referindo, no entanto, que o recurso procede, devendo os autos baixar às instâncias devidas “para que sejam expurgadas as inconstitucionalidades verificadas”.

A posição do TC vem em resposta ao recurso extraordinário de inconstitucionalidade remetido ao órgão por Valter Filipe da Silva, Jorge Guadens Pontes Sebastião, José Filomeno dos Santos “Zenu” e António Samalia Bule Manuel condenados pelo Tribunal Supremo, em 2020, pela prática dos crimes de peculato, burla por defraudação e tráfico de influência, com penas fixadas entre cinco e oito anos de prisão, no conhecido caso “500 milhões”.

Entendem os requerentes que o acórdão do Supremo não observou o princípio da legalidade, pois, “fez tábua rasa a questões prévias essenciais para a descoberta da verdade material”, tais como, “ter desvalorizado” as respostas dadas pelo então Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, que morreu em Julho de 2022 em Espanha.

Violação dos princípios da legalidade, do acesso ao direito e tutela jurisdicional efectiva, da ampla defesa, da presunção de inocência, do processo justo e equitativo, do dever de fundamentação das decisões judiciais e do contraditório estão entre as queixas dos recorrentes.

De acordo com o plenário do TC, houve uma “desconsideração” do Tribunal Supremo em relação à carta constante dos autos, assinada pelo declarante José Eduardo dos Santos, em que autoriza Valter Filipe da Silva, ex-governador do Banco Nacional de Angola (BNA), a movimentar somas de dinheiro.

Referem que o julgamento foi conduzido sem a valoração da carta de José Eduardo dos Santos, considerada “essencial para a descoberta da verdade material” colocando assim em causa a salvaguarda de garantias constitucionalmente consagradas, o direito à defesa e o princípio do contraditório.

Perante o conteúdo das respostas, assinala o Constitucional, o Supremo desvalorizou a carta-resposta de José Eduardo dos Santos por considerar não terem sido cumpridos os requisitos de autenticação da assinatura do declarante, nem mesmo o procedimento legal de envio.

“Em face ao exposto, esta corte entende que, por não ser admitida da carta-resposta do antigo Presidente da República, nos termos em que ocorreu, o acórdão objecto do presente recurso violou os princípios da presunção de inocência e do contraditório, bem como o direito à defesa”, lê-se na decisão, de 22 páginas.

Conclui igualmente o Constitucional angolano que foi violado o direito a um julgamento justo e conforme, à luz das normas da Constituição angolana, da Declaração Universal dos Direitos Humanos, do Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos e da Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos.

O plenário entendeu também afastar da moldura penal concreta o crime de burla por defraudação, imputados os requerentes, “por não estarem reunidos os elementos do tipo” e nesta condição o TC infere que não foi posta em causa a alegada violação do princípio da imutabilidade da acusação.

Quanto à queixa sobre violação do direito a um julgamento justo, consideram os juízes que foram verificadas desconformidades constitucionais de certos procedimentos tomados no decurso do processo, como é o caso da não admissibilidade de prova documental relevante (carta do antigo Presidente da República), concluindo existir violação desse direito.

Economia sem makas: Barril de petróleo perto dos 90 USD, impulsionado pela degradação da situação geopolítica mundial

Não se prevendo que a Rússia queira alargar a guerra para fora do território ucraniano e que os países árabes tomem medidas mais duras face à invasão de Israel na faixa de Gaza, os especialistas consideram que o mercado está estável e que o preço médio por barril deve oscilar entre os 83 e os 85 USD.

Nos primeiros três meses do ano. o preço do barril de petróleo (índice Brent) que é referência para as ramas angolanas aumentou 10 dólares, passando de 75 para 85 USD, o que na prática resulta num aumento de 13,3%. Não foi uma subida regular mas de forma oscilante (ver gráfico), sendo que a média para 2024 se está a posicionar acima dos 80 USD. A 7 de Fevereiro foi a última vez que esteve abaixo deste valor, e desde 14 de Março que o preço está acima dos 85 USD.

“Não é de prever que suba mais. Hoje a indústria está a trabalhar de forma estável, não há excesso de oferta nem se prevê que o consumo aumente de forma significativa, pelo que entendo que durante este ano deverá manter-se nesta faixa entre os 82 e os 85 USD. Isto, se não acontecer um facto extraordinário” – refere Patrício Quingongo, CEO da PetrAngola.

Quando se fala em factos extraordinários, as atenções centram-se nas duas guerras que estão a acontecer – Palestina e Ucrânia – sendo que a lógica mantém- -se, ou seja, se os conflitos se agudizarem os preços sobem, se houver cessar-fogo, os preços podem baixar.

Para muitos dos especialistas o impacto dos conflitos no preço do barril já se fez sentir, e numa lógica de que a Rússia não quer alargar o conflito para fora do território ucraniano e que os países árabes não vão tomar outras medidas mais duras face à invasão israelita da faixa de Gaza, estes não serão factores desestabilizadores do preço do barril de petróleo a curto e médio prazo.

Sobre a Rússia cabe acrescentar que continua a exportar toda a produção que não necessita, tendo encontrado outros canais para o crude que era encaminhado para os países ocidentais. O governo russo anunciou um corte na produção, mas que tem a ver com as necessidades de manutenção das estruturas e não com qualquer dano colateral da sua guerra com a Ucrânia. Já sobre o gás é diferente. Na verdade não foi possível até agora “arranjar” mercado para os volumes que eram canalizados para a Europa.

Existe um grupo de analistas que defende que a meio do ano o preço pode chegar aos 90 USD, fundamentalmente porque existem diferenças importantes naquilo que são as previsões de consumo da OPEP e da Agência Mundial de Energia, sendo que os mais optimistas acreditam numa pressão da procura para fazer aumentar os preços. “Quando falamos dos barris físicos, não há óleo a mais no mercado e o facto de os carregamentos que vêm do Médio Oriente terem que passar por Cape Town faz aumentar os custos, e consequentemente os preços. Mas não acredito nessa meta dos 90 USD para os próximos três meses. Acho que prever uma média anual de 85 USD por barril para este ano será mais acertado”, explica José Oliveira, especialista do sector.

Também não existem previsões para que o preço possa cair para baixo dos 80 USD por barril por excesso de oferta. Não houve nenhuma grande descoberta que possa a curto e médio prazo influenciar o mercado, a última foi na Namíbia que se vai tornar produtor daqui a uns anos, nas Guianas a produção tem vindo a aumentar mas de forma paulatina, deve atingir um milhão de barris/ano dentro de dois anos, fundamentalmente pelo desenvolvimento do projecto da Exxon Mobil, mas tudo isto não terá impacto durante este ano. Em outras zona do globo, como na Venezuela e no Irão por exemplo, também não se prevêem aumentos da oferta capazes de influenciar os preços.

Economia sem makas: Em 2023, Governo gastou mais em defesa e segurança do que o agregado dos investimentos feitos na educação e saúde

Segundo Carlos Rosado, governo gastou, no ano passado, no sector da e saúde aproximadamente 1,8 e em defesa e segurança 2,1 bilhões, sendo que no princípio do ano, o executivo afirmou que gastaria 2,9 bilhões de Kwanzas. O que indica apenas um gasto de 60 por cento do ordenado público. 

Além disso, dados do Jornal Expansão indicam que em 2023 o Executivo esteve com dificuldades em obter financiamentos e está obrigado a cortar despesas para evitar uma derrapagem de 7,4 biliões Kz até ao final do ano. Mas no I semestre os cortes foram sobretudo nas áreas sociais e nos assuntos económicos, enquanto a Defesa e Segurança já ultrapassou os 56%.

Os cortes que o Governo fez no I semestre na execução orçamental incidiram sobretudo no sector social, que teve apenas 31% da sua despesa executada, enquanto no sector da Defesa e Segurança a execução foi de 56% do valor para todo o ano de 2023, de acordo com cálculos do Expansão com base nos relatórios de Execução Orçamental do I e II trimestre deste ano publicado no site do Ministério das Finanças.

O orçamento Geral do Estado para 2023 prevê despesas de 4,8 biliões Kz para o sector social (onde se inclui a educação e a saúde), mas até ao final do I semestre apenas foram executados 31% desse valor. Ao todo, foram executados quase 1,5 biliões Kz, ou seja, menos 924,5 mil milhões Kz do que é suposto nesta altura (50% do valor para todo o ano). E os mais prejudicados foram mesmo a educação, que apenas viu executados 451,5 mil milhões Kz dos quase 1,6 biliões Kz para todo o ano, bem como a saúde, cuja execução foi de quase 373,0 mil milhões Kz, equivalente a 28% do total de 1,3 biliões Kz cabimentados para todo o ano (ver tabela). Para que as despesas com a função educação e saúde atingissem os 50% do orçamentado para 2023 seriam precisos gastar mais 339,3 mil milhões Kz e 297,8 mil milhões, respectivamente, entre Janeiro e Junho.

O Expansão avançou ainda que era expectável que o Governo cativasse despesas depois de o secretário de Estado para as Finanças e Tesouro, Ottoniel dos Santos, ter anunciado em Julho que caso nada fosse feito o orçamento enfrentaria uma derrapagem orçamental na ordem dos 7,4 biliões Kz até final do ano. Apesar de o governante não ter revelado as razões, é fácil de perceber que o problema estava no lado do financiamento ao OGE e não da despesa. E isto aconteceu num cenário em que Angola teve de retomar os pagamentos da dívida à China, em que teve de abdicar de uma nova emissão de Eurobonds ( juros lá fora estão proibitivos) quando registou uma queda acentuada da produção diária de petróleo, o que afectou as receitas fiscais.

Como não estava a conseguir financiar o OGE, o Governo avançou então com cativação de despesa. De acordo com um comunicado da Comissão Económica do Conselho de Ministros de 9 de Agosto, foi apreciado na ocasião “um diploma que contém as Medidas de Cativação das Despesas do Orçamento Geral do Estado 2023”, que visa “adequar a trajectória de realização de despesas públicas ao actual contexto de arrecadação de receitas, para assegurar a sustentabilidade da dívida pública e reverter os défices orçamentais”. No final da reunião, a ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa adiantou que “na defesa da sustentabilidade das finanças públicas, propusemos e foi aprovada a cativação de despesas de determinada natureza. Ou seja, nos próximos meses até o final do ano, há um conjunto de despesas que estarão suspensas de execução”. A ministra adiantou que serão protegidas um conjunto de despesas fundamentais para assegurar os compromissos elementares do Estado, o funcionamento dos órgãos da administração central e local e um conjunto de programas de natureza económica e social.

Mas se os relatórios de execução orçamental do I e II trimestres demonstram que houve cortes significativos nas áreas sociais como educação, saúde e protecção social, mas também nos assuntos económicos como a agricultura, silvicultura, pesca e caça (que teve uma execução de apenas 6% nos seis meses), o mesmo não se pode dizer em relação ao sector da defesa e segurança, que recorrentemente, ano após ano, ultrapassa sempre as verbas orçamentadas. Em sentido contrário, a Defesa e Segurança gastaram quase 971,2 mil milhões Kz, equivalente a 56% do valor total de 1,7 biliões Kz cabimentados para todo o ano. Desta forma, é esperada uma nova derrapagem na despesa para este sector, o que só não aconteceu em 2021 (ver gráficos). Aliás, desde 2019 que Educação e Saúde juntas têm orçamentadas nos sucessivos OGE verbas superiores às previstas para Defesa e Segurança, mas uma coisa é a orçamentação e outra é a prática, já que “quartéis e polícias” acabam por gastar mais que “escolas e hospitais”.

Data de Emissão: 03-04-2024 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Africa Global Logistics toma conta do Terminal Polivalente do Porto do Lobito

Duzentos milhões de Euros serão investidos em equipamentos e tecnologia de ponta, no Terminal Polivalente (carga geral e contentorizada) do Porto do Lobito, anunciou, esta quarta-feira, o Presidente do Conselho de Administração da Africa Global Logistics, Philippe Zabonne.

Segundo o responsável da AGL, que discursava durante a inauguração do terminal, este investimento vai cobrir o tempo de concessão que é de vinte (20) anos.

“Vamos também investir quatro milhões de Euros para formar o nosso pessoal, que será equivalente a cem horas de trabalho por ano”, afirmou.

Philippe Zabonne mostrou-se orgulhoso com o facto de o consórcio ter recebido 720 trabalhadores nacionais. 

O responsável referiu que os trabalhadores juntaram-se à “grande família da MCS (Mediterranean Shipping Company), uma das principais companhias de transporte do mundo”.

Considerou o Lobito uma porta estratégica para a entrada e saída de mercadorias e, por isso, desejam atingir um movimento de 40 contentores por hora.

“Estamos a planificar, com a ajuda da MCS, abrir serviços directamente da China para o Porto do Lobito”, afirmou.

A estratégia da AGL é reduzir, o máximo possível, o tempo de manuseamento de carga e para isso conta com o apoio do Governo angolano.

Por sua vez, o Presidente do Conselho de Administração do Porto do Lobito, Celso Rosas, afirmou que este evento representa o culminar de uma parceria que vinha sendo estabelecida desde o procedimento do concurso do Terminal Polivalente.

“É com muita felicidade e com o sentimento de dever cumprido que queremos agradecer ao Ministério dos Transportes e aos parceiros da AGL, que tornaram possível o esperado sonho de Porto Senhorio, assinado no dia 11 de Dezembro de 2023”, sublinhou.

“Reiteramos a nossa total disponibilidade e apoio para o sucesso desta iniciativa e auguramos muitos êxitos”, desejou o PCA.

 

Terminal Polivalente transferido oficialmente para AGL

A gestão do Terminal Polivalente (carga geral e contentorizada) do Porto do Lobito foi oficialmente transferida, esta quarta-feira, para o consórcio Africa Global Logistics.

O terminal tem uma área total de 241 milhões, 450 mil e 94 metros quadrados e um cais acostavel de mil e 199 metros.

Tem 14.7 metros de profundidade,  capacidade para 600 mil toneladas de carga geral e 250 mil contentores ano.

O corte da fita esteve a cargo do Ministro angolano dos Transportes, Ricardo D’Abreu e do Presidente do Conselho de Administração da Africa Global Logistics, Philippe Zabonne.

Durante o acto inaugural foi exibido um video institucional do Porto do Lobito com as suas infra-estruturas, equipamentos e potencialidades no manuseamento de carga e descarga.

Parceiros operacionais, como agentes de navegação, transitários, despachantes, Policia Fiscal, importadores, exportadores, bem como entidades eclesiásticas e políticos, testemunharam a cerimónia.

A Africa Global Logistics tem como missão ser porta estratégica do mercado marítimo nacional e internacional, actuando como elo de intermodalidade logística, através do Corredor do Lobito.

Data de Emissão: 02-04-2024 às 07:10
Economia sem makas: Edição Alargada de 01 de Abril de 2024

Nesta edição do Economia sem Makas foram abordados os seguintes temas:

  1. Remodelação do governo cria mais um ministério
  2. Preços dos combustíveis com novas referências de cálculo
  3. BFA não acredita na previsão de inflação do BNA de 19% para 2024
  4. 1ª Conferência Economia Sem Makas
Economia sem makas: Governo muda modelo de privatização da ENSA, desistindo de vender a maioria do capital e mantendo o controlo numa primeira fase

Em 2021, “após a conclusão das várias fases previstas no procedimento, e com base nos critérios de adjudicação previstos, no cumprimento da sua missão de execução do Programa de Privatizações (PROPRIV)”, o IGAPE afirmava, em comunicado, que pretendia promover um novo processo de privatização da seguradora, no sentido de maximizar o seu valor e reforçar a sua estratégia de crescimento, enquanto empresa de referência para a dinamização do mercado de capitais angolano”.

O IGAPE prometia avançar para a alienação de um bloco de acções, preferencialmente por via de um procedimento em bolsa de valores, cujo processo permitisse abarcar parceiros da indústria, capazes de agregar valor e know-how à ENSA e pequenos subscritores, em particular os colaboradores.

O despacho agora assinado pelo Presidente da República salvaguarda uma reserva de 2% das acções para a aquisição, “em condições especiais”, pelos trabalhadores.

Segundo o IGAPE, as alterações do contexto macroeconómico de Angola para um novo ciclo de crescimento animam as perspectivas futuras, associadas à abertura do mercado de acções na BODIVA, para quem existe a convicção de que estes factores contribuirão sobremaneira para a valorização da ENSA e maximização dos resultados económicos e financeiros da privatização.

Economia sem makas: Governo revê em alta ligeira o crescimento em 2024 de 2,5% para 3%

As novas previsões do Governo apontam para um crescimento do sector não petrolífero na ordem dos 5,31%, contra os 4,62% previstos no OGE 2024. Para o sector petrolífero, prevê-se uma queda de 3,22%, face à contracção de 2,47%, previstos anteriormente.

A Comissão Económica do Conselho de Ministros aprovou esta terça-feira a Programação Macroeconómica Executiva (PME) para 2024, prevendo um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) na ordem dos 3,01%, acima da previsão inicial de 2,84%, apesar da queda de 3,22% do sector petrolífero. A reunião foi presidida pelo chefe do executivo, João Lourenço.

O Governo perspetiva um crescimento do sector não petrolífero na ordem dos 5,31%, contra os 4, 62% previstos no Orçamento Geral do Estado ( OGE ) deste ano. Entretanto, as previsões para o sector petrolífero, incluindo o gás, são piores do que as iniciais, já que o Governo prevê uma contracção de 3,22%, quando as previsões iniciais apontavam para queda de 2,47%.

A Programação Macroeconómica Executiva indica, ainda, que para o exercício económico em curso, o sector fiscal apresentará um saldo fiscal superavitário de 1,82% do PIB, contrariamente à perspectiva inicial de saldo fiscal de 0,02% do PIB no OGE 2024. No sector monetário espera-se um crescimento homólogo da base monetária na ordem dos 4,08% e, no sector externo, o saldo superavitário da balança de pagamentos na ordem de 198,50 milhões USD, resultará num aumento das reservas internacionais, cujo stock deverá fixar-se no final do período, em 14,93 mil milhões USD.

A Comissão Económica do Conselho de Ministros aprovou também o Plano Estratégico do Fundo Soberano de Angola 2024-2028, documento com os pressupostos para a abordagem ao investimento e à sua gestão, o Plano Anual de Atividades da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (concessionária nacional) com as ações a desenvolver no decurso deste ano, assim como respetivo orçamento.

Economia sem makas: Ministro da Construção volta a colocar introdução de portagens na ordem do dia

O Plano Nacional de Portagens e Pesagem de Veículos (PNPPV) numa primeira fase, contempla a implementação de forma selectiva nas fronteiras em 5 províncias, nomeadamente: Cabinda-Massabi e Iema; Zaire-Nóqui e Luvo; Moxico-Luau; Cunene-Santa Clara, sendo que em Luanda, já existe a portagem da Barra do Kwanza.

O objectivo será a arrecadação de receitas oriundas do tráfego rodoviário nacional e internacional, com a finalidade das verbas a garantir o financiamento das actividades de manutenção e conservação das infra-estruturas rodoviárias da rede fundamental.

De acordo com o director-geral adjunto do Instituto de Estradas de Angola (INEA), Henriques Vitorino, o prazo para a implementação destes projectos vai de Outubro/2020 a Março/2021. A execução está dividida em duas fases, a primeira diz respeito à macro-actividade de implantação das praças de portagem e a concessão à gestão ao Fundo Rodoviário Obras de Emergência (FROE). A segunda fase será a de fornecimento de equipamentos, softwares e sistemas operacionais.

Sem revelar o valor global a ser desembolsado pelo Governo para a construção das infra-estruturas, o responsável explicou que os projectos encontram-se na fase da execução dos termos de referência para contratação da empresa consultora para execução do projecto executivo e, para posterior concurso público para aferir as empresas de construção e de fiscalização.

Economia sem makas: Lista negra de incumpridores de contractos públicos está practicamente vazia, exibindo apenas uma empresa

Trata-se de empresas que lhes foram consignadas obras e encontram-se  paralisadas e fora do prazo, com a execução física até 30 %, mas a financeira entre 80 e 100 %.

“Estas situações de incumprimentos contratuais, a nível nacional, em grande maioria, estão ligadas ao PIIM e os visados ficam impedidos de celebrar novos contratos de prestação com o Estado angolano, integrando a “lista negra”, asseverou, o director adjunto do SNPCP.

Esclareceu que o processo de averiguação é de carácter contínuo e o número de empresas a entrar na lista negra poderá aumentar de acordo com os resultados dos 30 inquéritos de 45 processos instaurados.

O responsável explicou que, depois da conclusão do processo pelo  MINFIN, as empresas infractoras verão o seu processo transferido para os órgãos competentes (PGR, AGT e Tribunal de Contas), onde caberá a estes órgãos aplicar o devido procedimento judicial, administrativo, disciplinar e financeiro.

Aldemiro Matoso justificou que, durante a instrução dos processos, foram auscultadas às empreiteiras, mas não apresentaram razões plausíveis, por este facto desencadeou-se o competente processo, culminando com a inclusão delas na lista de empresas com o NIF bloqueado e impedidas de celebrar com o Estado.

Na lista negra, diz o director adjunto, as 15 empresas vão se juntar a  companhia “Luige Marque”, inserida em 2023.

Data de Emissão: 26-03-2024 às 07:10
Economia sem makas: Edição Alargada de 25 de Março de 2024

Nesta edição do Economia sem Makas foram abordados os seguintes temas:

  1. Investimento directo no mínimo em 2 anos
  2. Novas notas entram circulação
  3. Universidades apresentam ilegalidades
  4. Presidente da Nigéria suspende viagens do governo ao estrangeiro
Economia sem makas: Mercados baralhados com previsões divergentes sobre procura mundial de petróleo AIE e da OPEP

São os dois maiores organismos mundiais de análise do mercado petrolífero. Mas as suas posições antagonistas perante a transição energética (uma representa os países desenvolvidos que apostam nas renováveis, a outra representa países em desenvolvimento que estão dependentes das receitas do petróleo) levam-nos a terem previsões muito díspares sobre a evolução do consumo do ‘ouro negro’ nas próximas décadas.

São duas das autoridades mundiais mais respeitadas nas suas previsões sobre o mercado de petróleo. Mas os seus outlooks são cada vez mais díspares e refletem diferentes visões do mundo nas próximas décadas.

A Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) andam numa guerra de números sobre o futuro do petróleo.

Pior. Estão a enviar diferentes sinais aos mercados sobre o curto, médio e longo prazo do sector petrolífero. Nos últimos 16 anos, nunca os seus dados estiveram em polos tão opostos como agora, segundo contas da “Reuters”.

A IEA prevê que o consumo mundial vai subir em 1,3 milhões de barris diários em 2024, com a OPEP a esperar um aumento de 2,25 milhões de barris, com a diferença entre previsões a corresponder a 1% do consumo mundial.

A IEA aponta que o recuo nas taxas de juro este ano são boas notícias para a economia global, mas que o abrandamento económico na China continua a ser um problema. O crescimento do consumo só terá lugar nos países fora da OCDE.

Entre os membros da OPEP encontram-se a Arábia Saudita, Irão, Iraque, Emirados Árabes Unidos, a Nigéria ou a Venezuela. Já a IEA conta com Portugal entre os seus membros, mas também os Estados Unidos, Japão, Espanha, Turquia, Canadá, Reino Unido, Itália, França ou Alemanha.

Mas no médio e longo prazo as previsões também não batem certo. A IEA espera que o consumo de petróleo atinja um pico em 2030 e depois comece a recuar. A OPEP, por seu turno, não vislumbra nenhum pico até 2045, o limite do seu outlook, esperando que o consumo continue a aumentar fora dos países da OCDE e com o recuo de algumas políticas de descarbonização.

“A IEA está mais vocacionada para a transição energética: não é exatamente uma identidade idónea, já publicou dados de consumo errados…”, tendo sido obrigada a corrigir posteriormente. “É normal que as previsões de consumo da IEA sejam inferiores porque estão muito envolvidos na transição energética, todos os seus membros são subscritores do tratado de Paris e estão comprometidos com carbono zero até 2050”.

“Existe uma falta de isenção clara por parte de ambas as partes. Se forem tomadas decisões de investimento, sem saber que interesses subjacentes das duas partes, pode dar asneira”, alerta o analista, considerando que a maior problemática deste tema são as decisões de investimento com base em dados “de partes que não são completamente isentas”, acrescentou.

“Faz parte da política da Agência dar números de consumo cada vez menores senão chegam a 2050 sem net zero. Já a OPEP quer mais consumo porque vão vender mais… são sempre otimistas. E se não forem, vão ter que refletir nos livros internos e vão ter que pedir dinheiro emprestado”,  afirma Mário Martins.

O consenso de 26 analistas aponta para um aumento de 1,3 milhões de barris diários este ano, segundo a “Reuters”, mais próximo da previsão da IEA. Questionados se o pico de consumo vai ter lugar em 2030, 20 dos analistas consideram que não, sendo mais favoráveis à visão da OPEP.

“A IEA tem uma percepção muito forte de que a transição energética vai ter lugar a um ritmo mais acelerado. Mas penso que é prematuro pensar que para um pico da procura em 2030 devido ao crescimento nos países em desenvolvimento”, disse à “Reuters” Neil Atkinson, antigo responsável da IEA, considerando que ambos os organismos posicionaram-se em campos diferentes, daí a “enorme diferença nas previsões da procura”.

O maior produtor da OPEP já criticou publicamente as previsões da IEA. “Eles deixaram de ser analistas do mercado para passarem a praticar política”, disse o ministro saudita da Energia em setembro, príncipe Abdulaziz bin Salman.

Entretanto, a IEA divulgou um comentário recentemente onde reconhece que a segurança do abastecimento de petróleo é crítica para os países em todo o mundo.

“A segurança do abastecimento de petróleo continua a ser uma preocupação para governos em todo o mundo”, segundo os comentários dos analistas da IEA Ronan Graham e Ilias Atigui.

“Um foco na segurança de petróleo é uma consequência da necessidade contínua de petróleo para abastecer automóveis, camiões, navios e aviões, assim como para produzir petroquímicos necessários para produzir inúmeros itens diários”, acrescentam.

“Apesar de a dependência do mundo estar a recuar, permanece enraizada, e as disrupções ao abastecimento iriam causar danos económicos significativos e terem um impacto negativo substancial na vida das pessoas”, segundo a organização sediada em Paris, apontando que o consumo mundial atingiu um máximo em 2023, mas que irá enfraquecer em muitas partes do mundo nos próximos anos, com a mudança para energias mais limpas, o aumento das vendas de carros elétricos, e a melhoria da eficiência energética. “Consequentemente, um pico na procura mundial de petróleo está no horizonte antes do fim desta década, com base nas atuais políticas”.

A IEA deitou, aparentemente, água na fervura sobre este tema, com o seu reconhecimento a ser elogiado pela OPEP. “Estamos encorajados por esta referência e a importância contínua do petróleo para o mundo”, segundo a organização sediada em Viena, Áustria.

Economia sem makas: A entrada em bolsa da petrolífera nacional ACREP suscitou pouco interesse dos investidores

A ACREP, Exploração Petrolífera, S.A, prorrogou, com a anuência da Comissão do Mercado de Capitais (CMC), o prazo de vigência da Oferta Pública de Venda (OPV)  e Oferta Pública de Subscrição (OPS), que representa um total de 900.890 acções, sendo 300.000 indirectamente detidas pelo Estado, por via do Banco de Poupança e Crédito (BPC).

O processo de alienação que havia iniciado a 19 de Fevereiro, com a apresentação do Prospecto, e tinha como data limite o primeiro dia do presente mês, foi prorrogado, com o prazo de subscrição para o dia 15 de Março, até às 15h00.

Em conferência de imprensa, a petrolífera revelou que a razão da prorrogação do prazo da Oferta funda-se na “imprevisível e inesperada escassez de liquidez no mercado, resultante de emissões de dívida pública recentemente levadas a cabo e, também, nas dificuldades verificadas na apresentação de declarações de aceitação que conduziu à concentração de pedidos de abertura de conta na parte final do período de Oferta”.

“Recorde-se que, mediante subscrição de acções, (os investidores) poderão transmitir a sua declaração de aceitação a qualquer dos agentes de intermediação contratados pela ACREP para o Banco efeito (Áurea – Sociedade Distribuidora de Valores Mobiliários, S.A. e Poupança e Crédito – BPC)”, sublinhou a ACREP.

Nos termos descritos no Prospecto, a companhia petrolífera vai alienar, através da Oferta Pública de Venda (OPV), 16,63% das acções indirectamente detidas pelo Estado, por via do Banco de Poupança e Crédito, estimada no valor unitário de 3.250 kwanzas. E, também, lançou uma Oferta Pública de Subscrição (OPS) referente à venda de 600.890 novas acções, representativas de 24,99% (em caso de subscrição completa), para aumentar o seu capital social.

Data de Emissão: 21-03-2024 às 07:10
Economia sem makas: Ressurreição do Conselho Nacional de Concertação Social foi o primeiro efeito da greve geral que hoje começa

Em conferência de imprensa, as três centrais sindicais angolanas lamentaram a falta de propostas concretas do Governo e reafirmaram que vão manter a greve geral para quarta-feira.

As centrais sindicais angolanas reafirmaram  que vão manter a greve geral, com início previsto para quarta-feira, lamentando a falta de propostas concretas do Governo sobre as suas reivindicações, em seis rondas negociais já realizadas.

Esta posição foi apresentada em conferência de imprensa, em Luanda, pelas três centrais sindicais angolanas que “exigem” aumento do salário mínimo nacional e redução do Imposto sobre o Rendimento de Trabalho (IRT).

“Reiteramos a greve e explicamos, acima de tudo, à opinião pública nacional e internacional as motivações que nos levaram a fazer a greve, uma vez que o governo durante seis rondas negociais, desde dezembro passado, não apresentou respostas plausíveis”, disse o porta-voz dos sindicatos, Adriano Manuel.

A Força Sindical, União Nacional dos Trabalhadores de Angola — Confederação Sindical (UNTA-CS) e a Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA) são as três centrais sindicais que convocaram greve geral.

A greve deve decorrer em três fases, com um primeiro período de três dias entre 20 e 22 de março, um segundo entre 22 e 30 de abril e um terceiro período de 03 a 14 de junho de 2024.

As centrais sindicais começaram por exigir o aumento do salário mínimo dos atuais 32.000 kwanzas (35 euros), para 245.000 kwanzas (268 euros), proposta “flexibilizada”, entretanto, para 100.000 kwanzas (109 euros).

Adriano Manuel referiu ainda que os sindicatos exigem também a presença de seus representantes no conselho de administração do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) angolano, recusada pelas autoridades.

“Da proposta inicial (do salário mínimo nacional) nós também flexibilizámos para 100 mil kwanzas e isso é que o governo não está a dizer”, salientou, acrescentando que os sindicatos querem também participar na gestão do INSS.

“O dinheiro do INSS é nosso e era bom que os trabalhadores também fossem aí representados”, argumentou.

Economia sem makas: BNA aumenta taxa de juro de 18% para 19% para controlar pressões inflacionistas

O Banco Nacional de Angola (BNA) anunciou o aumento das suas principais taxas de juro, decisão justificada pela “persistência de pressões inflacionistas na economia” e que visa contribuir para o controlo da liquidez em circulação.

As medidas foram anunciadas pelo governador do BNA, Manuel Tiago Dias, em conferência de imprensa, após a reunião do Comité de Política Monetária.

Assim, a taxa directora (conhecida como taxa BNA) vai subir de 18% para 19%, a taxa de juro de facilidade permanente de cedência de liquidez de 18,5% para 19,5% e a taxa de juro da facilidade permanente de absorção de liquidez em 17,5% para 18,5%.

Manuel Dias destacou que a inflação mensal foi de 2,58% em Dezembro, devido essencialmente à subida da classe “alimentação e bebida não alcoólicas”, correspondente a cerca de 70% da inflação observada no período.

Em termos homólogos, a inflação atingiu 24% em Fevereiro.

Segundo o responsável do BNA, o comportamento dos preços dos alimentos resulta essencialmente da redução da oferta dos produtos de amplo consumo, tendo em conta redução das importações (-18,6% em Fevereiro) e a insuficiência da produção interna.

“A nossas expectativas é que rapidamente se corrija o desequilibro entre oferta e procura”, disse, sublinhando que a produção interna de bens está muito abaixo da taxa de crescimento da população e não tem sido compensada pelas importações, que também registam uma queda muito acentuada, acima dos 30%.

“Precisamos de encontrar mecanismos para que se corrijam estes desequilíbrios”, reforçou.

Com base nas informações actuais, o governador do BNA estimou que, a partir do segundo semestre, as taxas de inflação mensais se situem abaixo das registadas no ano passado e se verifique uma tendência de desaceleração homóloga que conduza às previsões de 19% de inflação no final do ano.

O governador do banco central referiu ainda a entrada em circulação de novas notas de 1.000 e 2.000 kwanzas, anunciando para breve novas notas de 5.000 kwanzas, desmentindo a existência de volumes elevados de contrafacção.

“No ano passado, temos registo de 2.500 notas contrafeitas”, indicou, afirmando que estão em circulação mais de 500 milhões de notas.

O vice-governador, Pedro Castro e Silva, questionado sobre o aumento das taxas para levantamento de dinheiro através dos Terminais de Pagamento Automático (TPA), adiantou que a decisão foi tomada para compensar os investimentos dos comerciantes nestes terminais.

Em 2023 foram feitos mais de 400 mil levantamentos através dos TPA, um crescimento de mais de 1.000%, destacou, salientando que também a rede de caixas automáticas continua a ser alargada

No ano passado existiam 3.548 caixas automáticas em todo o país, correspondendo a um aumento de 11% face a Dezembro de 2022.

“Vamos continuar a observar filas, mas é nossa expectativa que a pressão será menor à medida que formos aumentando [o número de ATM]”, frisou o mesmo responsável.

A próxima reunião do CPM vai decorrer em Luanda em 16 e 17 de maio.

 

Data de Emissão: 19-03-2024 às 07:00
Economia sem makas: Edição Alargada de 18 de Março de 2024

Nesta edição do Economia sem Makas foram abordados os seguintes temas:

  1. Os acordos com a China sobre a dívida antiga e novos financiamentos
  2. Salário mínimo pode chegar aos 100 mil kz nas grandes empresas
  3. Como devem ser determinadas as novas tarifas dos táxis?
  4. Novas notas de mil e dois mil kz
Economia sem makas: Governo vai aumentar combustíveis

Há uma má comunicação do governo em relação a esta matéria.

O litro de gasóleo, que custa actualmente 135 Kz, vai ser comercializado a 607,55 Kz, um aumento significativo de 350%, e a gasolina a 559,09 Kz, contra os 300 Kz praticados neste momento, simbolizando um acréscimo de 86,36%, observou a revista O Telegrama no plano de Realocação dos Subsídios aos Combustíveis.

Entre outros detalhes, o documento, ao qual a revista teve acesso exclusivo, revela que o segundo momento da remoção dos subsídios aos combustíveis no País deveria ocorrer em Janeiro de 2024, na sequência do corte executado a 2 de Junho de 2023, quando o preço do litro da gasolina subiu de 160 Kz para 300 Kz. No entanto, o Governo foi forçado a adiar a execução do plano porque percebeu que a pressão inflacionista actual põe em risco a execução do programa nos moldes em que consta da agenda, justificou ao O Telegrama um quadro sénior do Ministério das Finanças.

Olhando para o contexto económico actual, com a inflação acumulada na ordem dos 20%, a execução do segundo momento do programa de remoção dos subsídios aos combustíveis de acordo com os termos do plano do MINFIN tinha de ser adiada, caso contrário a consequência imediata seria uma “pressão social generalizada em todos os segmentos da sociedade”, explicou a mesma fonte do ministério.

Diante do cenário, o Governo decidiu, de forma estratégica, aumentar em 5% os salários na função pública este ano, embora reconheça que o “ajuste pontual dos vencimentos não altera e nem corrige os actuais desequilíbrios estruturais existentes ao nível da harmonização entre a organização da estrutura de carreiras e a folha salarial”, lê-se no relatório de fundamentação do OGE 2024.

Economia sem makas: Angola melhora ligeiramente no Índice de Desenvolvimento Humano, mas deixa dois lugares no raking

Angola caiu duas posições e ocupa agora o 150.º lugar no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), produzido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), divulgado nesta Quarta-feira, 13.

Segundo o relatório da ONU, que cobre 193 países e territórios, referente ao ano de 2022, o IDH angolano ficou em 0,591, mais 0,023 pontos, se comprado ao de 2021, quando esteve nos 0,586, ocupando o 148.º lugar da lista.

O IDH vai de 0 a 1 e é calculado todos os anos com base em três critérios: expectativa de vida, anos previstos e média de anos de escolaridade e renda nacional per capita.

Nesta mais recente classificação da organização, Angola é considerado um país de ‘Médio Desenvolvimento Humano’, juntamente com Cabo-Verde — o país africano de língua portuguesa melhor colocado —, seguido da Guiné-Equatorial (133) e São Tomé e Príncipe (141).

Moçambique continua a ser o pior colocado, na posição 183.º, no grupo de ‘Desenvolvimento Baixo’, contudo, é o único lusófono em África que não desceu em relação à posição ocupada no estudo anterior.

A Guiné-Bissau, por sua vez, está na posição 179.º e também integra a categoria de países de ‘Desenvolvimento Baixo’.

De modo geral, em relação à África, a República das Seycheles é o único país a figurar na lista dos países com ‘Desenvolvimento Humano Muito Alto’, seguido dos países do Magreb, como a Líbia, Argélia e Tunísia.

Globalmente, Portugal é o único lusófono no grupo dos países com ‘Desenvolvimento Humano Muito Alto’, ao ocupar a 43.ª posição, enquanto o Brasil está na categoria de países com ‘Desenvolvimento Humano Alto’ (83.º), ao passo que Timor-Leste segue no grupo dos países com ‘Desenvolvimento Humano Baixo’ (155.º).

Nos três primeiros lugares do IDH estão as recorrentes Suíça, Noruega e Islândia, ao passo que na cauda se encontram a Somália (193.º), Sudão do Sul (192.º) e República Centro-Africana (191.º).

Economia sem makas: Custo de vida aumentou 3,45% em Março, em Luanda, maior máximo de quase 8 anos

O nível geral do Índice de Preços no Consumidor da província de Luanda registou uma variação de 3,45% de Janeiro a Fevereiro de 2024. Comparando as variações mensais (Janeiro de 2024 a Fevereiro de 2024) regista-se uma aceleração de 0,05 pontos percentuais ao passo que, em termos homólogos (Fevereiro 23 a Fevereiro 2024), regista-se uma aceleração na taxa de variação actual de 2,64 pontos percentuais.

A classe “Saúde” foi a que registou o maior aumento de preços com 4,43%. Destacam-se também os aumentos dos preços verificados nas classes “Vestuário e calçado” com 4,17%, “Alimentação e bebidas não alcoólicas” com 4,12%, e “Bens e serviços diversos” com 4,01%.

A variação homóloga situa-se em 32,61%, registando um acréscimo de 21,72 pontos percentuais em relação a observada em igual período do ano anterior. Comparando a variação homóloga actual com a registada no mês anterior verifica-se uma aceleração de 3,39 pontos percentuais.

A classe “Alimentação e bebidas não alcoólicas” foi a que mais contribuiu para o aumento do nível geral de preços em Luanda com 2,54 pontos percentuais (p.p.) durante o mês de Fevereiro, seguida das classes “Bens e serviços diversos” com 0,31 pontos percentuais (p.p.), “Saúde” com 0,15 pontos percentuais (p.p.) e “Vestuário e calçado” com 0,14 pontos percentuais. As restantes classes tiveram contribuições inferiores a 0,14 pontos percentuais.

Economia sem makas: FMI revê crescimento de Angola em baixa em 2023 e 2024, a boa notícia é que a inflação também deverá desacelerar

O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que a economia angolana cresça 2,6% este ano, mas avisou para os riscos “elevados” da forte dependência do petróleo, vulnerabilidade da banca e dívida

As conclusões constam do relatório do conselho executivo do FMI, no âmbito do Artigo IV, que analisa anualmente a economia angolana, divulgado no Sábado e cujas linhas gerais serão apresentadas na Segunda-feira, 11, numa conferência de imprensa em Luanda.

O FMI reviu em baixa o crescimento da economia em 2023 para 0,5%, resultado de uma queda de 6,1% do sector petrolífero e abrandamento do sector não petrolífero para 2,9%.

O relatório destaca igualmente o aumento significativo da inflação em 2023, para 20% em termos homólogos, no final de Dezembro, impulsionado pela depreciação do kwanza e pelos cortes nos subsídios aos combustíveis, iniciados em Junho de 2023.

Por outro lado, o rácio da dívida pública terá aumentado 19 pontos percentuais para cerca de 84% do PIB em 2023, reflectindo a depreciação do kwanza.

O FMI prevê uma recuperação do crescimento económico no curto prazo, sustentado na produção petrolífera e recuperação do sector não petrolífero, estimando que a inflação permaneça elevada em 2024 e diminua gradualmente à medida que os efeitos da remoção dos subsídios e da depreciação da taxa de câmbio se vão diluindo.

Espera também uma melhoria do saldo orçamental primário, dada a esperada continuação da retirada dos subsídios aos combustíveis e menor serviço da dívida a partir de 2024.

Entre os riscos para as perspectivas de curto prazo, apontou uma descida maior do que a esperada nos preços mundiais do petróleo e/ou na produção doméstica de petróleo, bem como o adiamento da remoção dos subsídios aos combustíveis.

Outros riscos incluem a forte dependência do sector petrolífero, as vulnerabilidades do sector bancário e da dívida e incertezas no acesso ao mercado.

O FMI salienta, por isso, a necessidade de continuar com a consolidação orçamental e as reformas estruturais, apoiadas pela assistência técnica do Fundo e de outros parceiros de desenvolvimento, para manter a estabilidade macroeconómica e promover um crescimento diversificado, resiliente e inclusivo.

O conselho executivo saudou a continuidade da retirada das subvenções aos combustíveis no orçamento de 2024, que deve ser “acompanhada de uma comunicação atempada e eficaz e de medidas de mitigação bem direccionadas” e instou as autoridades angolanas a “acelerar a implementação de reformas estruturais fiscais para aumentar a credibilidade orçamental e o planeamento de contingência, bem como reforçar a mobilização de receitas, a priorização de despesas e a gestão da dívida”.

O FMI considera que se deve manter “uma orientação restritiva da política monetária” e apoia “os esforços contínuos para fazer a transição para um quadro de metas de inflação” e melhorar o funcionamento do mercado cambial.

Economia sem makas: Edição Alargada de 11 de Março de 2024

Nesta edição do Economia sem Makas foram abordados os seguintes temas:

  1. Salários dominam Concertação Social
  2. Fim dos subsídios aos taxistas, agricultores e pescadores
  3. Banco Económico afunda – se em prejuízos sem solução à vista
Economia sem makas: Igualdade no género devia começar na escola e isto não está a acontecer em Angola

Educação é um processo de organização do conhecimento e conformação do comportamento. É um processo vital porque ajuda a compreender melhor o meio em que o indivíduo está inserido. Segundo as Nações Unidas, a educação, enquanto direito humano, deve ser garantida de forma adequada, acessível e universal. Todas as pessoas, nos seus espaços e contextos devem estudar e aprender. A maior parte, 82,6%, dos alfabetizados são homens e 57,2% são mulheres. Os homens têm maior acesso à educação, com destaque para os da área urbana.

Algumas das razões têm que ver com a cultura patriarcal, com as condições da família, com a localização geográfica do agregado e onde se encontram as condições de ensino (ou onde estão as condições para desenvolvimento).

O índice de desigualdade (ou paridade) de género resulta de uma fórmula matemática que mede as desvantagens entre mulheres e homens. A sua medição vai de 0 a 1 onde 0 representa a igualdade plena. No que concerne a alfabetização percebe-se que há desvantagem das mulheres, por que o processo tem beneficiado mais homens.

Economia sem makas: Conselho Nacional de Concertação Social analisa o salário mínimo

O Governo angolano e os parceiros sociais voltam a abordar a proposta de aumento do salário mínimo em 245% dentro de 45 dias, tempo para o grupo de trabalho fazer os seus estudos, anunciou hoje o executivo.

A ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Teresa Dias, anunciou a nova data em declarações à imprensa no final da primeira reunião ordinária do Conselho Nacional de Concertação Social, orientada pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, em que estiveram presentes associações empresariais e representantes de centrais sindicais do país.

Segundo a titular da pasta da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, ficou deliberado que o grupo técnico que acompanha o salário mínimo nacional (atualmente de 32.181,15 kwanzas, cerca de 35 euros) terá mais 45 dias, para que possa continuar a fazer os seus estudos.

 

Economia sem makas: Angola e Namíbia, vizinhos que fazem pouco comércio

A Namíbia é o nosso oitavo cliente em África, compra-nos 20 milhões de dólares, a volta de 11 mil milhões de kwanzas e é o nosso terceiro fornecedor com 31 mil milhões de kwanzas. Portanto, no total o nosso comércio com a Namíbia são 42 mil milhões de kwanzas em 2022, o nosso PIB está na casa dos 100 mil milhões de dólares.

África do Sul é o nosso primeiro cliente e também o nosso primeiro fornecedor. Considerando as importações e as exportações, o comércio com África do Sul anda a volta dos 400 mil milhões de kwanzas, ou seja, o nosso comércio com a África do Sul é dez vezes o comércio com a Namíbia.

 

Economia sem makas: Mais de 100 "kilapis" concedidos no âmbito do alívio económico da COVID-19 não estão a ser pagos queixa - se o Banco de Desenvolvimento de Angola

Muitos dos empresários que se beneficiaram do crédito no quadro do programa de alívio económico, na província do Uíge, não estão a devolver o dinheiro e outros estão incomunicáveis e os telemóveis não chamam. São no total 105 projectos que receberam financiamentos de 10 a 40 milhões de Kwanzas do BDA. 

Segundo o Director do Gabinete Provincial do Desenvolvimento Económico Integrado, Marcelino Ferreira, são pessoas que receberam financiamentos pelo BDA com projectos ligados ao sector da produção imobiliária, construção civil, comércio geral e prestação de serviços que, entretanto não tem sido possível localizá-los, tão pouco devolvem o dinheiro.

Data de Emissão: 05-03-2024 às 07:10
Economia sem makas: Edição Alargada de 04 de Março de 2024

Nesta edição do Economia sem Makas foram abordados os seguintes temas:

  1. Ministra das Finanças diz que Angola vê com simpatia outras moedas no comércio internacional 
  2. BNA define regras para apresentação de plano de resolução dos bancos
  3. China já tem embaixador em Angola
  4. Afinal o deputado do MPLA chamou ou não “macacos” aos deputados da UNITA?
Economia sem makas: Auditoria externa das contas das empresas públicas tem novas regras

As empresas públicas estarão, doravante, sujeitas à auditoria externa. O Executivo pretende, com esta medida, melhorar a transparência dos processos, bem como a sua qualidade na prestação de contas

O Conselho de Ministros aprovou, ontem, na sua segunda sessão ordinária, orientada pelo Presidente da República, João Lourenço, projectos de diplomas que submetem o sector empresarial pública e os institutos públicos à auditoria externa. A informação foi avançada pelo director do Gabinete Jurídico do Ministério das Finanças, Manuel Freire, que falava à imprensa no final da reunião.

Na ocasião, o responsável fez saber que o Executivo espera, com esta iniciativa legislativa, melhorar a transparência na prestação de contas e a qualidade de resposta das empresas do sector empresarial público, fornecendo desta forma informação mais credível. Manuel Freire explicou que a auditoria externa aos institutos e sector empresarial públicos vai passar a ser feita por empresas credenciadas e licenciadas pela Ordem dos Contabilistas de Angola duas vezes por ano.

“A periodicidade da auditoria, esta não aplicável a todas as empresas, mas essencialmente as empresas de grande dimensão, é a perspectiva de a auditoria ser feita num período semestral, com a possibilidade de — tendo sido identificada alguma necessidade de correcção ou distorção, no segundo período do ano, ou seja, ao longo do segundo semestre, de acordo com as recomendações da auditoria — introduzir-se as respectivas melhorias”, disse. Sublinhou que a auditoria externa deve ser feita por uma entidade externa à empresa, ou seja, por especialistas de empresas nacionais com sede em Angola, licenciadas ou autorizadas pela Ordem dos Contabilistas e peritos contabilistas para exercer essa actividade.

Economia sem makas: Massificação do Registo Predial é um imperativo para a economia angolana

Para a concretização do Programa de Massificação do Registo Predial, ao abrigo do Despacho nº 900/2023, de 28 de Agosto, foi criado um grupo de trabalho, coordenado pelo Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos e composto por diversas entidades.

Com a implementação do Programa, pretende-se alcançar objectivos específicos, como proporcionar maior segurança e certeza jurídica das pessoas singulares e colectivas relativamente à titularidade da propriedade sobre os imóveis, alargar as receitas fiscais por via do pagamento de Imposto SISA e do Imposto Predial.

Espera-se com isso contribuir para a ampliação da função de crédito das instituições bancárias e não bancárias para a aquisição de imóveis, para a melhoria do ambiente de negócios, diversificando a economia nacional, por via da inclusão do mercado imobiliário e alargar a base da arrecadação de receitas para assegurar a realização de investimentos estruturantes, que visem a modernização dos serviços da Justiça e dos Direitos Humanos.

“Para atingirmos este desiderato, impõe-se, em primeiro lugar, a participação de todos os que possuam imóveis. Tenham o cuidado de ir aos nossos serviços e regularizar os imóveis. Isto garante que não ocorram problemas no futuro quanto à titularidade”, disse, apelando aos titulares a não terem o receio de pagar as taxas, por serem básicas.

Segundo o ministro, é necessário estabelecer o quadro jurídico que permite realizar o registo dos imóveis em massa (processo em curso), desenvolvendo um Sistema Integrado de Regularização Imobiliária de Angola (aplicação informática e tecnológica, também em curso), para agilizar o registo de imóveis confiscados e que fazem parte do PROPRIV.

Marcy Lopes acrescentou que se espera que o programa proporcione resultados satisfatórios para o Estado angolano, manifestando o desejo de ver concretizados os objectivos e as metas orientadas pelo Presidente João Lourenço.

Lembrou que, num discurso recente, o Chefe de Estado convidou a participação de todos, quando afirmou que Angola vai vencer. “Cabe a todos nós garantirmos que Angola vença, fazendo o nosso trabalho com zelo, competência e dedicação todos os dias”, disse o governante ao citar as palavras do Presidente da República.

Economia sem makas: O jornal Valor Económico diz que João Lourenço vai à China no próximo mês

Economia Sem Makas, edição do dia 28 de Fevereiro de 2024 com o tema: O jornal Valor Económico diz que João Lourenço vai à China no próximo mês, se esta viagem se concretizar será a mais importante do mandato face aos pendentes entre os dois países. 

Diversas fontes diplomáticas e governamentais asseguram que o Presidente da República será recebido, na capital chinesa, por Xi Jinping, já neste Março. Com a negociação da dívida como a sua principal bagagem, João Lourenço desloca-se a Beijing numa altura em que as relações estão marcadas por vários ‘irritantes’.

Uns por conta das críticas do presidente angolano ao modelo de relacionamento montado no passado. Outros pela troca dos chineses pelos americanos em infra-estruturas críticas. 

Economia sem makas: Só 1 em cada 3 angolanos tem acesso à internet

Angola conta com 25,9 milhões de subscritores de telefonia móvel, e entre esses números, apenas 34%, ou seja, 8,8 milhões dos cartões SIM activos têm o serviço de internet, segundo os cálculos do Expansão na sua última edição, aos dados do Instituto Angolano das Comunicações (INACOM) até ao segundo trimestre de 2023.

Na prática, em cada 100 cartões SIM activos, apenas 34 têm o serviço de internet, ou seja, os serviços de voz continuam a ter uma grande predominância nas comunicações móveis, o que significa que existe ainda muito mercado a ser explorado no segmento dos dados móveis.

No geral, há mais de 9,4 milhões de subscritores de rede móvel de internet, 8,8 milhões nos telemóveis e 602.114 em outros dispositivos. Além da rede fixa com 136.281 subscritores, que está distribuída pela operadora Zap (44,4%), TV Cabo (36,8%) e Angola Telecom com 10,8%, sendo que 8% pertence aos outros operadores.

A taxa de penetração de internet ainda continua desafiante, não tendo ultrapassado ainda a barreira dos 30% da população, longe da taxa da região da África Subsariana, que terminou 2023 com uma média de 70%, segundo a Statista, plataforma alemã de recolha de dados.

Segundo os dados do relatório do Instituto Nacional de Estatística (INE), o sector das telecomunicações e correios teve em 2022 um contributo no PIB de 0,6%.

Economia sem makas: Edição Alargada de 26 de Fevereiro de 2024

Nesta edição do Economia sem makas foram abordados os seguintes temas:

 

  • – Trambolhão de 40% nos resultados operacionais da petrolífera nacional
  • – Baixa do IVA custa 64 mil milhões de kwanzas aos Cofres do Estado
  •  
Economia sem makas: O ano de 2023 fechou com cinco milhões quatrocentos e sessenta e cinco mil angolanos no desemprego

O ano de 2023 fechou com cinco milhões quatrocentos e sessenta e cinco mil angolanos no desemprego, dos quais três milhões quatro centos e cinquenta e um mil jovens, diz o Instituto Nacional de Estatística que voltou a publicar estatísticas de desemprego ao fim de um ano de interrupção.

Data de Emissão: 23-02-2024 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Uma família de 8 pessoas faz duas refeições por dia por 1000 kz

Hoje foi abordado um tema que viraliza na internet devido ao desabafo de uma cidadã que se tornou viral, a propósito de “uma família de 8 pessoas que faz duas refeições por dia por 1000 kz, número de angolanos com fome aumentou 3 milhões em 4 anos passando de 4,4 milhões em 2017 para 7,4 milhões em 2021“.

O drama da fome e falta de água em Angola está na origem da má nutrição que afecta milhares de pessoas, enquanto 1,58 milhão enfrentaram insegurança alimentar aguda no ano passado.

Os relatos de fome se sucedem e as políticas do Governo não têm resultados visíveis.

O Relatório Global sobre Crise Alimentar (GRFC) de 2023, do Programa Alimentar Mundial (PAM), diz que 258 milhões de pessoas em 58 países do mundo, incluindo Angola, sofreram com insegurança alimentar aguda no ano passado, um aumento de 25 por cento em relação ao ano transato.

Entre as razões dessa crise destacam-se os conflitos, choques económicos e condições climáticas extremas.

Economia sem makas: Nigéria vive dias difíceis com inflação em alta, desvalorização cambial e dívidas asfixiantes

País mais populoso da África (com 230 milhões de pessoas) e maior economia do continente, a Nigéria era apontada como uma nação com muitas oportunidades de crescimento em razão de suas fontes de energia (é o segundo maior produtor de petróleo e gás da África – atrás somente de Angola), áreas férteis para agricultura e demografia favorável. O quadro infelizmente mudou bastante nos últimos anos.

Sua moeda, a naira, se desvalorizou 86% nos últimos anos. US$ 187 milhões em investimentos deixaram o país em 2022. Para se ter uma ideia, em 2011, o saldo foi positivo em US$ 9 bilhão.

Com uma situação dessas, muitas multinacionais estão deixando o país. A Procter & Gamble, que inaugurou uma linha de produção de fraldas de US$ 300 milhões perto de Lagos em 2017, anunciou em Dezembro que vai sair do país, segundo a Bloomberg.

Com a democracia restaurada em 1999, acreditava-se que o país pudesse finalmente ter um ciclo de crescimento sustentável. Mesmo com uma população em rápido crescimento, o que poderia ter criado um mercado consumidor competitivo, erros políticos, corrupção e a dependência excessiva do petróleo prejudicaram a economia do país. O PIB nigeriano hoje é estimado em US$ 394 bilhões.

O presidente Bola Tinubu assumiu o cargo em Maio do ano passado e já introduziu medidas impopulares para tentar reanimar a economia. Impostos e taxas estão sendo simplificados e um comité foi criado dentro do escritório do vice-presidente para reduzir a burocracia. Há também um plano para melhorar a infra-estrutura. Tinubu prometeu acabar com a violência jihadista e a criminalidade, que tornaram praticamente impossível o envio de mercadorias para empresas de grande porte.

A Nigéria sofreu duas recessões em oito anos. A queda nos preços do petróleo e a pandemia secaram suas receitas. Dos 230 milhões de habitantes, 130 milhões agora são muito pobres. Com a inflação em seu nível mais alto em 27 anos, cada vez menos nigerianos podem pagar por algo além do básico.

 

 

Economia sem makas: Educação, saúde e agricultura entre as taxas mais baixas de execução do OGE 2023 até ao III trimestre

Na semana passada a Execução Orçamental foi discutida, houve um debate na Assembleia Nacional sobre a discussão do Orçamento Geral do Estado no III trimestre de 2023. O primeiro comentário é sobre o atraso com que as execuções são discutidas. De acordo com a lei o Governo deve apresentar à Assembleia Nacional a Execução Orçamental 45 dias depois de terminado o trimestre, portanto, o III trimestre termina em Setembro, o quer dizer que a execução devia ser apresentada na Assembleia Nacional até dia 15 de Novembro e discutida pouco tempo depois. 

A execução é tão importante como a proposta do Orçamento Geral do Estado, porque é na execução que nós sabemos de onde é que vem o dinheiro e para onde é que o dinheiro é efectivamente gasto.

Orçamento é previsão, execução é realidade. E justamente, na proposta para Orçamento Geral do Estado para 2023, o Governo disse que ia gastar em educação e saúde o equivalente a 14,5% do Orçamento Geral do Estado, no total, estamos a falar de quase 3 bilhões de kwanzas. Se formos ver a Execução Orçamental até o III trimestre, o Governo gastou em educação e saúde apenas o equivalente a 12,6% do que tinha prometido gastar, isto equivale a uma taxa de execução em ambos os casos da ordem dos 44%. Numa execução normal, no III trimestre deve – se executar 75% da despesa.

Economia sem makas: Auditores arrasam as contas do último exercício económico da Federação Angolana de Futebol

Nesta edição do Economia sem makas foram abordados os seguintes temas:

 

  • Auditores arrasam as contas do último exercício económico da Federação Angolana de Futebol
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  • 300 milhões de dólares colocados pelo Tesouro no mercado cambial desapareceram no mesmo dia
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  • Angola melhora no índice de democracia da Economist Intellingence Unit
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  • Manuel Vicente é a ausência de peso no julgamento dos generais Dino e Kopelipa
Economia sem makas: Centro de investigação da UCAN diz que número de pobres no país pode aumentar 1,8 milhões para 19 milhões até 2027

O Centro de Estudos e Investigação Científica (CEIC) da Universidade Católica de Angola (UCAN) considera “inimaginável” que passados 20 anos, num país onde a pobreza afecta 48% da sua população — o equivalente a 19,6 milhões de pessoas — se tenham verificado “tão poucas transformações nas estruturas económicas e nos sistemas sociais”.

“Não foram cumpridas as expectativas criadas após o fim da guerra civil de que o país iria diversificar a sua economia e transformar o crescimento económico em bem-estar da população. Pelo contrário, quase metade dos angolanos vive em situação de pobreza. Há muito por fazer”, alerta o relatório do CEIC.

O Relatório Económico de Angola 2021 faz um balanço sobre os 20 anos da economia angolana e o seu impacto na sociedade.

Para o CEIC, este balanço não é positivo, uma vez que, após o fim da guerra, o país não conseguiu diversificar a sua economia e transformar o parco crescimento económico em bem-estar da população.

Segundo o director do CEIC, Alves da Rocha, que falava durante a apresentação do referido estudo, quando aquele centro começou com a pesquisa pretendia apurar “o que é que se passou este tempo todo” na economia nacional, sobretudo em sectores como o financeiro, da agricultura e produtivo.

“Não estávamos a pensar que Angola poderia ser uma segunda China, que fez reformas nos últimos 60 anos, e conseguiu tirar da pobreza 700 milhões de cidadãos em 20 anos. Não estávamos à espera de encontrar isso, porque não temos cultura da China, a disciplina e a sua mentalidade virada para o crescimento económico”, afirmou.

“Mas, ainda assim, a expectativa era diferente do que aquela que foi encontrada: esperávamos encontrar alguma coisa relativamente à melhoria das condições de vida da população e o que é certo é que a taxa de pobreza é elevada”, acrescentou, esclarecendo.

O CEIC estima que a taxa de pobreza monetária de Angola possa estar — com os efeitos da recessão económica e da deficiente distribuição do rendimento no país — entre os 45% e os 46%.

“Assim, o balanço destas duas décadas, após o fim da guerra civil, é claro: fizemos essa análise de 20 anos de todos os programas que o governo implementou e as conclusões que estamos a tirar é que as políticas foram mal delineadas ou não foram suficientes”, pontuou Alves da Rocha.

“Com 20 anos de ‘planos, programas, planinhos e programinhas’, muitas foram as políticas desenvolvidas nas sucessivas legislaturas, mas que, ainda assim, não conseguiram impedir que quase metade da população enfrentasse níveis de pobreza preocupantes”, assinalou.

Data de Emissão: 16-02-2024 às 07:10
Economia sem makas: Custo de vida em Angola aumentou 2,49% em Janeiro de 2024

A inflação em Angola acelerou para 21,99% em janeiro, o valor mais elevado em 18 meses e que representa um acréscimo de 9,44 pontos percentuais face ao mês homólogo, segundo o Instituto Nacional de Estatística angolano.

De acordo com a Folha de Informação Rápida (FIR), o Índice de Preços no Consumidor Nacional registou uma variação de 2,49% entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024, a maior da série disponibilizada na FIR, que abrange 36 meses (desde janeiro de 2021).

A inflação mensal cresce há 15 meses consecutivos, enquanto a inflação homóloga prossegue em rota ascendente desde abril de 2023.

A classe “Saúde” foi a que registou maior aumento de preços em janeiro, com uma variação de 3,15%, seguindo-se os “Bens e serviços diversos” com 2,98%, a “Alimentação e bebidas não alcoólicas” com 2,94% e o “Vestuário e calçado” com 2,54%.

As províncias que registaram maior variação mensal nos preços foram Luanda com 3,40%, Huíla com 2,04% e Namibe com 1,99%.

Em termos homólogos, a classe “Alimentação e bebidas não alcoólicas” foi a que mais contribuiu para o aumento do nível geral de preços com 1,74 pontos percentuais durante o mês de janeiro, seguida dos “Bens e serviços diversos” com 0,21, “Saúde” com 0,13 pontos percentuais e “Vestuário e calçado” com 0,10 pontos percentuais.

Economia sem makas: A empresa ACREP Exploração Petrolífera SA vai alienar 37,47% das acções por via da Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA)

A informação foi avançada esta terça-feira à imprensa pelo presidente da Comissão Executiva da ACREP, Edilson Bartolomeu, na cerimónia de lançamento da Oferta e apresentação do Prospecto da Oferta Pública de Subscrição (OPS) e Oferta Pública de Venda (OPV) de Acções da ACREP- Exploração Petrolífera, S.A.

O presidente da Comissão Executiva da ACREP sublinhou que o valor vai cobrir cerca de 25% da necessidade de financiamento.

Explicou que as 900 mil acções colocadas à oferta pública poderão chegar até 92 milhões de dólares, aproximadamente, em que 16% pertencerá ao BPC.

“Em termos de financiamento a nossa necessidade, estamos a falar de menos de 100 milhões, 25% virá da oferta de vendas das acções”, disse.Edilson

Bartolomeu detalhou que os fundos arrecadados servirão para desenvolver o plano de negócio da empresa, visando colocar a ACREP em outro patamar em termos de empresa de óleo & gás.

No OPS são oferecidas até 600 mil 890 acções ordinárias, escriturais e nominativas, com o valor nominal unitária de kz 3.250, representativas de até 24,99% (em caso de subscrição completo) do capital social da ACREP e através da OPV são oferecidas 300 mil acções ordinárias, escriturais e nominativas, com valor nominal unitário de até 16,63% do capital social actual da ACREP, actualmente detidos pelo accionista BPC.

A oferta consiste numa oferta global combinada, que incorpora uma OPS relativa ao aumento de capital por novas entradas em dinheiro.

As acções podem ser adquiridas de 19 de Fevereiro de 2024 a 1 de Março, cujo objectivo da oferta será alienada a um preço unitário compreendido no intervalo entre o valor mínimo de 75 mil kwanzas e o valor máximo de 91 mil e 500 kwanzas.

Com esse processo, a empresa petrolífera angolana ACREP SA passa a ser a primeira empresa do sector a ser alienado por via da BODIVA.

 

Economia sem makas: Negócio de sucatas e a vandalização de bens públicos

Diariamente são roubadas em Luanda entre 98 a 105 tampas de sarjetas. Em caso de reposição do material, o GPL teria custos de 2,7 mil milhões Kz/mês. Os ladrões ganham, em média, 6.200 Kz por uma tampa de esgoto. O Estado gasta 900 mil Kz para repor cada uma delas.

O negócio de sucatas que proliferou um pouco por todos os bairros da cidade de Luanda está a ser sustentado, maioritariamente, por bens roubados na via pública. Tampas de sarjetas, cabos eléctricos, varões de torres eléctricas e ferros dos postos de betão são os materiais mais cobiçados pelos “caçadores de ferro”. Se tivesse de comprar e repor todos os dias as tampas de sarjetas roubadas, o Governo Provincial de Luanda (GPL) teria encargos diários de 90 milhões de Kz, apurou o Expansão.

Entre os bairros mais visados constam o Palanca, Nelito Soares (ruas das Bs e Cs), Bairro Azul, nas novas centralidades do Kilamba, Sequele e Marcony.

“Quando se furtam estas tampas libertam-se os gases e todos os transeuntes ficam expostos aos riscos de contrair problemas do foro respiratório, além dos carros que ficam danificados”, relata Zenilda Mandinga, directora da Unidade Técnica de Gestão e Saneamento de Luanda.

Para o governo provincial, o défice de emprego, a existência de mercado com preços muito baixos e a falta de consciência sobre as consequências estão na base deste problema de subtracção de bens públicos.

“O nosso munícipe tem de perceber que se retirar estes equipamentos o seu filho, o seu vizinho ou avô é que está propenso a ter um incidente naquele sítio”, salientou Zenilda Mandinga, apelando à formação para que haja maior consciência sobre a necessidade de proteger os bens públicos.

Economia sem makas: As privatizações em Angola

Nesta edição do Economia sem makas foram abordados os seguintes temas:

  • – As privatizações em Angola

Os activos alienados em 2023, no âmbito do Programa de Privatizações (PROPRIV), renderam ao Estado um total de 47,9 mil milhões de kwanzas.

Os números foram avançados à imprensa, ontem, pelo porta-voz do órgão e secretário de Estado das Finanças e Tesouro, no final da reunião da Comissão Nacional Interministerial. Ottoniel dos Santos realçou que a receita resulta dos contractos fechados por 11 activos.

Nestes processos, destaca-se um conjunto de activos alienados na Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo, assim como outros sob cuidado da petrolífera Sonangol.

  • – Banco Nacional de Angola fala sobre o mercado cambial

O governador do Banco Nacional de Angola disse hoje que a taxa de câmbio deve manter-se estável e a oferta de divisas permanecer em torno dos 600 milhões de dólares (556 milhões de euros) no primeiro trimestre de 2024.

Tiago Dias falava hoje num encontro com jornalistas onde foram apresentados dados sobre a evolução do mercado cambial em Angola e perspectivas de curto prazo.

“Estamos em crer que, no primeiro trimestre, a taxa de câmbio há-de se manter relativamente estável”, afirmou, sublinhando que não se trata de uma taxa fixa.

  • – Transportadores angolanos queixam – se de taxas aduaneiras 

Transportadores rodoviários angolanos de mercadorias no corredor logístico Luanda-Luvo-Noqui (Angola) e a República Democrática do Congo anunciaram esta Quinta-feira uma paralisação por tempo indeterminado, a partir de Sábado, em protesto contra as altas taxas aduaneiras cobradas pela RDC.

Segundo a Associação dos Transportadores Rodoviários de Mercadorias de Angola (ATROMA), a paralisação dos seus associados vai acontecer no posto de contenção aduaneiro de Nkoko, comuna do Luvo, município de M’Banza Congo, província angolana do Zaire, zona fronteiriça com a República Democrática do Congo (RDC).

  • – MPLA esquiva – se debater sobre comunicação social pública

Uma vez mais, o maior partido da oposição angolana, a UNITA, tentou levar ao parlamento a “questão de tratamento desigual” dos partidos políticos da oposição, na Média estatal e uma vez mais o partido no poder, o MPLA travou a iniciativa votando contra a mesma.

Entre os argumentos que a UNITA queria apresentar à legislatura contavam se os acontecimentos de Sábado último em que os líderes do MPLA e da UNITA estiveram em locais diferentes, João Lourenço do MPLA em Luanda e Adalberto Costa Júnior em Cabinda e a média estatal terá inclinado a sua atenção ao chefe do MPLA e nada ao chefe da UNITA.

Economia sem makas: EUA e China guerreiam - se nos caminhos de ferro em África

A China apresentou um plano que prevê gastar mais de 1 bilhão de dólares para reformar uma importante ferrovia que liga o coração de cobre da Zâmbia ao porto tanzaniano de Dar es Salaam, a leste.

O embaixador de Pequim na Zâmbia, Du Xiaohui, entregou a proposta a Frank Tayali, ministro dos Transportes do país, na quarta-feira, dizendo em comentários transmitidos pela rádio estatal que o valor do investimento será nos “próximos anos”.

Os governos da Tanzânia e da Zâmbia decidiram entregar a concessão para administrar Tazara – como a ferrovia é conhecida – em uma base comercial para uma empresa estatal chinesa. Uma equipe da China Civil and Engineering Construction Corp. visitou as duas nações africanas para estudar a linha antes de submeter a proposta.

A China construiu e financiou a ferrovia de 1.860 quilómetros na década de 1970, e desde então caiu em desuso, operando com uma fração de sua capacidade de projecto. A linha competirá directamente com outra ferrovia que os EUA estão apoiando para ligar a Zâmbia para o Oeste ao porto do Lobito, na costa Atlântica de Angola.

O Caminho de Ferro Tanzânia–Zâmbia, também chamado Caminho de Ferro Tazara, é uma linha ferroviária na África Oriental ligando o porto de Dar es Salaam, no leste da Tanzânia, com a cidade de Kapiri Mposhi, na Província Central, na Zâmbia. A ferrovia tem 1.860 km de comprimento e é operada pela companhia binacional Autoridade Ferroviária Tanzânia-Zâmbia (Tazara), que desde 2016 está concessionada à China. A ideia é exportar os mineiros da Zâmbia para a China ou através da Tanzânia.

 

O Corredor do Lobito, que corresponde ao Porto com o mesmo nome e o Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB), é uma estrutura fundamental para o desenvolvimento da economia nacional e da Região Austral.

O consórcio Lobito Atlantic Railway (LAR), formado pela Mota-Engil, Trafigura e Vecturis, que ganhou a concessão por 30 anos para a operação, gestão e manutenção do Corredor do Lobito, em Angola, e do terminal mineraleiro do porto desta cidade, já tem os seus primeiros dois clientes.

Um deles é a própria Trafigura e o outro o complexo de cobre Kamoa-Kakula, situado na República Democrática do Congo, uma joint venture entre a Ivanhoe Mines e a Zijin Mining.

O consórcio Lobito Atlantic Railway (LAR), formado pela Mota-Engil, Trafigura e Vecturis, que ganhou a concessão por 30 anos para a operação, gestão e manutenção do Corredor do Lobito, em Angola, e do terminal mineraleiro do porto desta cidade, já tem os seus primeiros dois clientes.

Um deles é a própria Trafigura e o outro o complexo de cobre Kamoa-Kakula, situado na República Democrática do Congo, uma joint venture entre a Ivanhoe Mines e a Zijin Mining.

Os acordos, sujeitos a cláusulas de confidencialidade, foram assinados esta terça-feira durante a “Mining Indaba”, evento que reúne anualmente na Cidade do Cabo, África do Sul, os protagonistas da indústria mineira nacional.

 

 

Data de Emissão: 09-02-2024 às 07:10
Economia sem makas: Circular dos Ministérios das Finanças e da Indústria e Comércio activa mecanismo para privilegiar produção nacional nas compras públicas

A contratação pública é um procedimento administrativo que permite ao Estado suprir as suas necessidades aquisitivas, orientando-se por princípios que disciplinam a actuação dos agentes administrativos. Os princípios não se manifestam sempre da mesma maneira e com o mesmo rigor em todos os procedimentos.

As peças do procedimento devem conter regras destinadas a promover a contratação preferencial das pessoas singulares ou colectivas nacionais que sejam Micro, Pequenas ou Médias Empresas, de direito angolano, nos termos definidos pelo Regime Jurídico de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas, de acordo com a circunscrição territorial específica, bem como priorizar a produção nacional”.

Para efeitos do disposto no número anterior:

  1. a) No que respeita à fase de negociação, o programa do concurso ou o convite à apresentação de propostas podem fixar regras de preferência no acesso a essa fase por parte de concorrentes que sejam pessoas singulares ou colectivas nacionais;
  2. b) No que respeita à adjudicação, quando o critério de adjudicação seja o do mais baixo preço, o programa do concurso ou o convite à apresentação de propostas podem estabelecer uma margem de preferência para os preços propostos por concorrentes que sejam pessoas singulares ou colectivas nacionais, a qual não pode exceder 10% do preço proposto por estes;
  3. c) No que respeita à adjudicação, quando o critério de adjudicação seja o da proposta economicamente mais vantajosa, o programa do concurso ou o convite à apresentação de propostas podem estabelecer um aumento da pontuação global atribuída às propostas dos concorrentes que sejam pessoas singulares ou colectivas nacionais, a qual não pode exceder 10% daquela pontuação;
  4. d) No que respeita à priorização da produção nacional, o programa do concurso ou o convite à apresentação de propostas podem, nos casos em que seja adoptado o critério de adjudicação da proposta economicamente mais vantajosa, conter regras que prevêem a atribuição de pontuação superior a bens produzidos, extraídos ou cultivados em Angola;
  5. e) No que respeita aos procedimentos de formação de contratos em que o concorrente pretenda recorrer a subcontratados, o programa do concurso ou o convite à apresentação de propostas podem impor que uma percentagem mínima do valor das prestações subcontratadas seja reservada a pessoas singulares ou colectivas nacionais.

Os ministros dizem que além de terem de explicar nas propostas os privilégios das empresas nacionais, diz também que devem comunicar ao Serviço Nacional de Contratação Pública trimestralmente o relatório sobre a aquisição de bens produzidos em Angola.

Economia sem makas: PR aprova ajuste directo de 243 milhões de dólares para requalificação urbana de duas cidades do Bié

O Presidente João Lourenço autorizou a execução de mais um empréstimo, via ajuste directo, de 202,8 mil milhões de kwanzas (243 milhões de dólares norte-americanos), para trabalhos de requalificação e reconversão das cidades do Cuito e do Cunje, na província do Bié.

Segundo o Despacho Presidencial n.º 46/24, de 02 de Fevereiro, que autoriza o referido empréstimo a ‘uma empresa residente cambial’, sem entretanto avançar qual, a empreitada faz parte de “um vasto programa de construção de infra-estruturas integradas, requalificação e reconversão urbana a nível nacional”, iniciado pelo Ministério das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, em coordenação com os governos provinciais.

No diploma lê-se que “as vias urbanas das cidades do Cuito e Cunje, na província do Bié, encontram-se em más condições, sem um sistema de microdrenagem, nem de recolha e tratamento de esgotos e uma rede de abastecimento de água precária”.

O diploma também acrescenta que as referidas cidades “estão interligadas por via ferroviária e constituem duas áreas urbanas com grande potencial para se tornarem grandes cidades por via do crescimento e desenvolvimento integrado”.

Aos 202,8 mil milhões de kwanzas aprovados para a empreitada de Obras Públicas para a requalificação e reconversão destas cidades do Bié, foi acrescido 5,3 mil milhões de Kwanzas (6,3 milhões USD) para aquisição de serviços de fiscalização.

Para a celebração dos acordos, o chefe do executivo delegou competências ao ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, com a faculdade de subdelegar, para a aprovação das peças do procedimento, bem como para a verificação da validade e legalidade de todos os actos praticados no âmbito deste ajuste directo, incluindo a celebração e a assinatura dos respectivos contratos.

Já o Ministério das Finanças é autorizado a inscrever o projecto no Programa de Investimento Público PIP, bem como a assegurar a disponibilização dos recursos financeiros necessários à implementação do projecto.

Economia sem makas: As lições do CAN

A principal conclusão do ponto de vista económico deste CAN é que a selecção é um produto vendável e este produto deve e pode ser aproveitado porque tem potencial, obviamente depende do resultado e os resultados podem ser bons ou maus.

A selecção angolana de futebol é um produto vendável porque é uma selecção capaz de unir o país, os partidos, as pessoas, as províncias. Portanto, é um produto que tem de ser explorado, para que este produto seja explorado é necessário que haja organização em primeiro lugar e transparência.

Economia sem makas: Consultora BMI Research prevê dólar a 900 kz até o final do ano no oficial 

Temas abordados nesta edição do Economia sem Makas:

  • Consultora BMI Research prevê dólar a 900 kz até o final do ano no oficial 
  • Quem indemniza os passageiros pelos prejuízos causados pela TAAG?
  • João Lourenço promete olhar para fora do quintal do MPLA para desenvolver Angola
  • Quem tem medo de discutir em público a Nova Lei de Segurança Nacional?
  • Selecção nacional de futebol precisa de investimentos, os resultado não caem do céu

 

Economia sem makas: José de Lima Massano destaca o papel dos recursos minerais na potencialização da diversificação da economia

Ao discursar na abertura do workshop sobre acções e projectos de responsabilidade social no sector dos recursos minerais, petróleo e gás, sublinhou que a pretensão é conferir e mobilizar particular atenção aos demais sectores da economia, de forma a acelerar o seu crescimento e atender às principais necessidades da população.

Reforçou que o destaque recai para a cadeia de produção de alimentos e a existência de matéria-prima para a ainda emergente industrialização.

José de Lima Massano indicou que o país tem condições favoráveis, nomeadamente a disponibilidade de terras cultiváveis, um clima propício, água em abundância, mão-de-obra disponível, assim como tradição/vocação agrícola.

De acordo com o ministro, ao dinamizar-se, de modo directo, o sector agrícola e respectiva cadeia de valor, “conseguimos garantir a segurança alimentar, criar emprego e aumentar o rendimento das famílias, ter matéria-prima para impulsionar a indústria transformadora, reduzir a nossa dependência de factores externos e ter mais produtos para exportação, que serão geradores de receitas em moeda estrangeira”.

O governante lembrou que no Orçamento Geral do Estado de 2024 foi feito um incremento de mais de 80% na verba alocada ao sector agrícola, quando comparado com 2023, e, relativamente aos produtores, estão a ser operacionalizados apoios financeiros em várias modalidades.

Entre eles, destacam-se o sistema de garantias públicas, o financiamento de caixas comunitárias que actuam junto de cooperativas e o crédito agrícola de campanha.

Adicionalmente, continuou, está-se a reforçar a capacidade institucional dos institutos de fomento e desenvolvimento agrário e, não menos importante, o início de um Programa de Mecanização Agrícola, dirigido à cooperativas de base familiar.

Acrescentou que o sector dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, durante várias décadas, tem vindo a desempenhar um papel fundamental no crescimento da economia do país.

Reforçou que o sector tem o maior peso na estrutura do Produto Interno Bruto, cerca de 30%, sendo igualmente gerador de 95% das receitas de exportações e também é o sector com a maior participação de empresas internacionais de grande dimensão e forte capacidade institucional.

“Vamos continuar a trabalhar no seu desenvolvimento, reconhecendo o enorme valor acrescentado que representa para o nosso país, em várias vertentes, incluindo na potenciação do processo de diversificação da economia, que estamos a levar a cabo”, disse.

Reiterou a visão do Governo para o desenvolvimento sustentável da economia, partilhando as áreas que pretende privilegiar nos investimentos de responsabilidade social do sector dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás.

Considerou a importância do alinhamento aos objectivos de desenvolvimento sustentável definidos no Plano de Desenvolvimento Nacional 2023-2027 e, nesta senda, “o Executivo angolano procurará melhorar os procedimentos e mecanismos de concertação, coordenação e monitoramento de projectos, para que da nossa acção conjunta, possamos mais rapidamente atingir os ganhos sociais almejados”. 

 

Data de Emissão: 02-02-2024 às 07:10
Economia sem makas: Angola manteve mesmo nível de corrupção em 2023, mas como outros fizeram melhor cai lugares no rating mundial

O relatório de 2023 da organização não-governamental Transparência Internacional indica que Angola melhorou cinco lugares no Índice de Percepção da Corrupção.

No documento é mencionado que o país melhorou 14 pontos desde 2019, encontrando – se no 121º lugar num total de 180 países e territórios. Na região da África subsaariana, Angola está em 21º entre os 49 países considerados.

De acordo com o mesmo relatório, o motivo da melhoria deve – se ao facto de Angola ter adotado medidas anti-corrupção, que aplicou de forma consistente, para recuperar bens roubados e responsabilizar abertamente os alegados autores através dos sistemas judiciais nacionais

 

Economia sem makas: Crescimento dos seguros em Angola passa pelos bancos

O sector segurador mantém a sua tendência de crescimento, desde os prémios até aos resultados líquidos, mas perspectiva-se que este momento de “glória” pode ser interrompido devido à actual situação económica. Além das vendas, os rendimentos de investimentos tiveram grande expressão.

Os lucros do agregado de 21 seguradoras que operam no mercado nacional cresceram 8% para 20.068 milhões Kz face aos 18.655 milhões registados em 2021, de acordo com cálculos do Expansão com base em dados da Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG) sobre o sector no ano passado.

Apesar dos ganhos com vendas, os rendimentos de investimentos foram os que mais contribuíram para o crescimento dos lucros das seguradoras em 2022, já que estes rendimentos cresceram 92% ao passar de 8.317 milhões Kz em 2021 para 15.987 milhões Kz em 2022.

Dentro da carteira de investimentos, os títulos de rendimentos fixos (títulos de dívida pública) continuam a dominar o interesse das seguradoras e têm um peso de 26% do total da carteira, seguidos de depósitos a prazo com 23%, títulos de rendimento variável, com 21%, e Imóveis, que teve uma descida acentuada mas ainda representa 20% e disponibilidades com 10%.

Economia sem makas: O PR criou por despacho o Observatório Nacional de Combate à Imigração Ilegal

Economia sem makas: O PR criou por despacho o Observatório Nacional de Combate à Imigração Ilegal, Exploração e Tráfico Ilícito de Recursos Minerais Estratégicos

O Observatório Nacional de Combate à Imigração Ilegal, Exploração e Tráfico Ilícito de Recursos Minerais Estratégicos passa ser a estrutura responsável pela verificação, recolha, compilação e elaboração de estudos e informações estatísticas sobre os fenómenos relativos à imigração ilegal, tráfico ilícito de recursos minerais estratégicos e de crimes conexos.

A criação deste observatório visa, segundo o despacho, a recolha de dados e informações estatísticas “para assegurar, com maior eficiência e eficácia, o planeamento estratégico das questões relativas à imigração ilegal, tráfico ilícito de recursos minerais estratégicos, bem como o controlo da imigração” no âmbito do trabalho da Comissão de Apoio ao Conselho de Segurança Nacional.

No despacho, o Chefe de Estado justifica a necessidade da criação desta entidade com “o impacto negativo dos efeitos da imigração ilegal e da exploração ilícita de recursos minerais estratégicos na degradação do meio-ambiente causada pelo tipo de intervenção e meios e equipamentos utilizados, bem como as necessidades de garantia da segurança e estabilidade nacional, e do sistema financeiro”.

O Observatório Nacional de Combate à Imigração Ilegal, Exploração e Tráfico Ilícito de Recursos Minerais Estratégicos, será coordenado por um oficial general designado pelo Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas Angolanas e integra os representantes da Casa Militar do Presidente da República e do Ministério da Administração do Território.

Economia sem makas: O futebol e a economia
    • Petrolíferas estão a desinvestir em Angola

    As receitas petrolíferas de Angola caíram 21,3% em 2023 face ao período homólogo, reflectindo a descida do preço médio do barril e um ligeiro decréscimo da produção, segundo dados divulgados esta quarta-feira.

    Os resultados preliminares das realizações petrolíferas de Angola foram avançados esta quarta-feira pelo secretário de Estado para os Petróleos e Gás angolano, José Barroso, e dão conta de que Angola exportou 386,42 milhões de barris de petróleo bruto em 2023, ao preço médio de 81,3 dólares (74,7 euros) por barril, tendo arrecadado 31,4 mil milhões de dólares (28,8 mil milhões de euros).

    No ano anterior, o país tinha exportado aproximadamente 391,92 milhões de barris de petróleo bruto, comercializado ao preço médio de 101 dólares [93 euros] por barril, perfazendo um valor bruto de cerca de 39,9 mil milhões de dólares norte-americanos [36,8 mil milhões de euros ao câmbio da altura].

    A China, que absorveu cerca de 57% das exportações petrolíferas angolanas, voltou a ser o principal destino do petróleo de Angola em 2023.

    • A multinacional Rio Tinto investe em Angola

    Empresa de origem anglo-americana vai iniciar os trabalhos de prospecção na província do Moxico, onde também já está a Anglo American e a Ivanhoe Mines, naquela que poderá ser uma nova extensão do “Cinturão do Cobre”.

    O director-geral da Rio Tinto Angola, subsidiária da multinacional, que é a segunda maior empresa mundial do sector, admitiu que a empresa está interessada na exploração de novos projectos de minérios críticos para a transição energética e de metais básicos, sobretudo cobre, cobalto, zinco, titânio e alumínio. Também o investimento na exploração de terras pesadas está a ser analisado, segundo Canga Xiaquivila.

    “A Rio Tinto pretende continuar a pesquisar e, no futuro, transformar em Angola os metais mais procurados para a transição energética”, garantiu o gestor angolano durante uma conferência de imprensa realizada quarta-feira, em Luanda, que contou com a presença de Diamantino Azevedo, ministro dos Recursos Mineirais, Petróleo e Gás e de outros representantes do sector mineiro nacional.

    O evento serviu para assinalar publicamente a assinatura de um contrato entre a Rio Tinto e o Governo para a prospecção numa área de cerca de 10 mil quilómetros quadrados na província do Moxico (mais precisamente nos municípios do Alto Zambeze e Bundas), num investimento avaliado em 5,7 milhões USD.

     

     

Economia sem makas: Visita do Secretário de Estado norte-americano a Angola

Em Luanda, chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, disse que a relação entre Angola e os Estados Unidos é hoje mais forte do que em qualquer outra altura dos últimos 30 anos de relações diplomáticas.

 
 
Economia sem makas: Actualização do valor de activos fixos das empresas sem pagar impostos vai robustecer empresas angolanas

É uma prorrogativa que vem na lei do Orçamento Geral do Estado para 2024 e era uma reivindicação antigas das empresas e vai melhorar as contas das empresas, vai torná – las mais sólidas.

Existem muitas empresas em Angola que têm registado no balanço, os seus imóveis, os seus activos e esses activos estão registados ao custo de aquisição, ou seja, a empresa está subavaliada, estes activos valem mais do que efectivamente está registados nas contas das empresas. 

Quando se pede um empréstimo ao banco, um dos critérios de avaliação do risco de crédito é o valor empresa. O valor contabilístico de muitas empresas em Angola não reflete o seu verdadeiro valor, porque tem activos que estão registados ao custo inicial e esses activos valem muito mais dinheiro.

Com essa possibilidade que as empresas têm de reavaliar os activos sem pagar o imposto, haverão muitas empresas que vão fazer e isto vai robustecer as empresas, o valor contabilístico das empresas passa a ser maior, isto reforça os capitais das empresas e os capitais das empresas são fundamentais quando se vai pedir um crédito, os bancos olham muito para as contas, para os balanços e para os activos das empresas no sentido de tentarem saber quanto é que vale, ou pelo menos o valor contabilístico das empresas.

Economia sem makas: A Organização das Nações Unidas voltou a alertar para a maca da dívida em África

A economista das Nações Unidas Nelly Rita Muriuki disse hoje à agência Lusa que a subida da dívida pública em África está a desviar despesa da saúde e educação para pagar dívidas, hipotecando o desenvolvimento.

Em entrevista à Lusa no seguimento da divulgação do relatório sobre as perspetivas económicas mundiais, a economista do Departamento de Assuntos Económicos e Sociais (UNDESA) vincou que os países africanos têm um excesso de dívida que impede a contração de novas dívidas, situação caracterizada em inglês pela expressão `debt overhang`.

“Há 18 países [em África] que têm um rácio de dívida sobre o PIB acima de 70%, o que, segundo a Análise da Sustentabilidade da Dívida (DS) feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial é considerado sobre-endividamento”, disse a economista, salientando que o rácio da dívida sobre o PIB em Angola está nos 84,9%, em Cabo Verde é de 113% e em Moçambique está nos 90%.

Neste contexto de sobre-endividamento generalizado e com dois países que já falharam os compromissos com os credores, primeiro a Zâmbia e mais recentemente o Gana, a previsão é que 2024 seja um ano difícil para os países da região.

“Os agentes do mercado estão a acompanhar atentamente as negociações de reestruturação da dívida que estão em curso no Gana e na Zâmbia, devido ao seu incumprimento em 2021 e 2022; esperemos que esta tendência para o incumprimento não se estenda a outros países”, acrescentou.

Para além dos casos da Zâmbia e do Gana, há outras economias maiores que enfrentam também grandes despesas com a dívida, que nalguns casos atinge a maturidade e precisa, por isso, de ser paga na totalidade.

Economia sem makas: PR aproveita alteração da orgânica do Governo para mudar Reserva Estratégica e Entreposto Aduaneiro
  • PR aproveita alteração da orgânica do Governo para mudar Reserva Estratégica e Entreposto Aduaneiro

  • O chefe de Estado angolano nomeou hoje Vítor Hugo Guilherme para o cargo de ministro do Planeamento, quatro novos secretários de Estado para o seu Governo e um novo secretário do Presidente para os Assuntos Económicos.

     

     

    João Lourenço, num decreto presidencial, nomeou Vítor Hugo Guilherme para o cargo de ministro do Planeamento, quando este em 13 dezembro de 2013 havia sido nomeado ministro da Economia e Planeamento, em substituição de Mário Caetano João.

    Augusta de Carvalho Gando Frederico Fortes vai assumir a secretaria de Estado para o Comércio e Serviços, uma novidade no Ministério da Indústria e Comércio, sendo que Luís Kondjimbi Kaíca Epalanga é o novo secretário de Estado para o Planeamento.

    Ivan Emanuel Marques dos Santos foi nomeado para o cargo de secretário de Estado para o Investimento Público, cargo até então ocupado por Juciene Clara Daniel Cristiano de Sousa, que transita para a secretaria de Estado para o Orçamento.

    Para o cargo de secretário do Presidente da República para os Assuntos Económicos foi nomeado Milton Parménio dos Santos Reis, à data secretário de Estado para o Planeamento.

    O Presidente angolano, num outro decreto, deu por findo o mandato de Lello João Francisco do cargo de presidente do conselho de administração da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX) e nomeou em sua substituição Arlindo das Chagas Rangel.

    O chefe de Estado angolano, “sempre por conveniência de serviço”, assinala a nota de imprensa da Secretaria de Imprensa do Palácio Presidencial, deu por findo igualmente o mandato das entidades que integram o conselho de administração do Entreposto Aduaneiro de Angola (EAA).

    Eduardo Júlia de Almeida Machado, exonerado do cargo de presidente do conselho de administração do EAA, Santos Augusto Mussamo, do cargo de administrador executivo, Carlos Filomeno de Martinó dos Santos Cordeiro, administrador executivo, e Laureano Rebelo Aragão e Madaleno do Rosário da Costa dos cargos de administradores não executivos.

    Foram, entretanto, nomeados para integrarem o conselho de administração do EAA, Adriano Pereira de Carvalho Júnior (presidente do conselho de administração), Francisco Manuel Massango e Tuneka Lukau como administradores executivos.

    O Entreposto Aduaneiro de Angola será o novo operador da Reserva Estratégica Alimentar do país, que está em fase de reestruturação.

Data de Emissão: 23-01-2024 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Equipa Económica do Governo terá nova orgânica 
  • Equipa Económica do Governo terá nova orgânica 

O governo angolano vai proceder, brevemente, a uma alteração pontual da sua estrutura orgânica e funcional a nível dos órgãos centrais da administração pública, com o objectivo de ‘sanar’ um conjunto de situações que têm resultado na sobreposição de tarefas entre os distintos departamentos ministeriais, sobretudo da área económica.

A iniciativa, que consta da nova ‘Proposta de Alteração Pontual da Estrutura Orgânica e Funcional do Governo de Angola’, elaborada em Outubro de 2023.

Quatro dos actuais 23 departamentos ministeriais vão sofrer ligeiras alterações que devem culminar com a desintegração de alguns e a fusão de outros, passando a nova estrutura orgânica e funcional do governo a contar com menos uma unidade ministerial.

À luz da referida proposta de reestruturação da estrutura orgânica e funcional do governo, o número de departamentos ministeriais reduz para 22, passando a ter a seguinte relação nominal: Ministério da Defesa Nacional e Veteranos da Pátria (MINDENVP); Ministério do Interior (MININT); Ministério das Relações Exteriores (MIREX); Ministério das Finanças (MINFIN); Ministério de Planeamento e Desenvolvimento Territorial (MPDT); Ministério da Economia (MINEC); Ministério da Administração do Território (MAT); 2 e Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos (MINJUSDH).

Segue-se o Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS); Ministério da Agricultura e Florestas (MINAGRIF); Ministério das Pescas e Recursos Marinhos (MINPERMAR); Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (MIREMPET); Ministério das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação (MINOPUH); Ministério da Energia e Águas (MINEA); e Ministério dos Transportes (MINTRANS).

O Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS); do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI); da Saúde (MINSA); da Educação (MED) da Cultura e Desporto (MINCULD); do Ambiente (MINAMB); e da Acção Social, Família e Promoção da Mulher (MASFAMU) fazem também parte da proposta da nova estrutura orgânica e funcional do governo angolano.

  • Prestadoras de serviços residentes em Angola poderão voltar a receber em dólares

Medida vai de encontro àquilo que tem sido pedido pelas empresas do Conteúdo Local, que defendem que o impedimento de receber em moeda estrangeira em Angola as afastou de uma parte do bolo de 50 mil milhões USD, que foi quanto as petrolíferas pagaram lá fora em serviços ao longo de 12 anos.

O Banco Nacional de Angola (BNA) e a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) vão criar grupos de trabalho conjuntos para preparar a alteração à lei cambial para o sector petrolífero, que deverá permitir que as petrolíferas façam pagamentos em moeda estrangeira às empresas nacionais de prestação de serviços ao sector, apurou o Expansão.

Recentemente houve uma reunião entre o BNA e a ANPG onde foram abordados vários tópicos, entre os quais a necessidade de alteração da lei cambial como mecanismo para aumentar a quantidade de dólares gerados no sector de petróleo e gás que passam pela banca nacional.

Economia sem makas: Será que é desta que a nota de 10 mil kwanzas entra em circulação?

As constantes dificuldades no acesso a dinheiro levaram a EMIS a sugerir várias mudanças ao BNA. Entre elas consta a actualização dos limites diários para acompanhar a trajectória do Kwanza. Sistemas operados pela EMIS chegam a movimentar 4 biliões Kz por mês, mas levantamentos valem apenas 8% do total.

A enorme desvalorização do Kwanza e a elevada inflação dos últimos anos tem pesado directamente no funcionamento da rede Multicaixa, sobretudo devido ao aumento da procura por moedas e notas. Fontes ligadas à Empresa Interbancária de Serviços (EMIS) garantem ainda que outros factores, como o baixo valor facial das notas em circulação, estão na base das elevadas filas de espera e das constantes dificuldades em executar operações na rede de caixas automáticas. Enquanto isso, o Banco Nacional de Angola (BNA) receia aumentar os limites diários de levantamento e introduzir notas de maior valor devido aos receios com o comportamento da inflação. Mesmo assim, foram dados os primeiros passos para colocar em circulação, nos próximos meses, a nota de 10 mil Kz, que vai ser produzida na Alemanha.

Em 2014, o limite diário para levantamentos na rede Multicaixa era de 36 mil Kz, o que equivaleria hoje a cerca de 300 mil Kz. Como os limites não acompanharam a trajectória de desvalorização da moeda nacional, valem apenas um terço desse valor (100 mil Kz).

Ainda no mês de Novembro de 2023, as notas de 500, 1.000 e 2.000 Kz representaram 75% dos carregamentos, o que significa que dois terços das notas disponibilizadas valem pouco mais de 0,5, 1 e 2 USD. As notas de 5.000 Kz, que actualmente valem pouco mais de 6 USD, ocuparam apenas 25% do espaço disponível, ou seja, apenas uma em cada quatro notas colocadas na rede Multicaixa correspondia ao valor facial mais elevado.

Data de Emissão: 19-01-2024 às 07:10
Economia sem makas: Deputados não querem bancos a vender seguros

Os parlamentares apreciaram, na especialidade, os três capítulos da proposta de Lei da Mediação de Seguros, incluindo o capítulo sobre o exercício de os bancos comerciais actuarem como seguradoras.

Os parlamentares votaram em unanimidade contra essa possibilidade, suspendendo essa disposição no diploma, até a votação final global.  

A votação final na especialidade sobre o I capítulo ditou a retirada dos artigos que suportam os bancos como seguradoras,  com efeitos suspensivos, com 19 votos a favor, zero contra e uma abstenção. 

Economia sem makas: Governo acaba com bebidas alcóolicas com mais de 15% em saquetas de plástico

Governo angolano estabeleceu uma nova normativa que proíbe a produção e venda de bebidas alcoólicas em pequenos pacotes de plástico. Este decreto, que entra em vigor a partir de Março, determina que as bebidas espirituosas deverão ser comercializadas exclusivamente em embalagens de vidro.

Este passo do Ministério da Indústria e Comércio de Angola surge como resposta a várias preocupações, incluindo saúde pública, impacto ambiental e a necessidade de melhor regulamentar o comércio de álcool. O consumo destes produtos, particularmente whisky e outras bebidas similares, tem sido predominante em camadas de menor poder aquisitivo, principalmente devido ao baixo custo destes pacotes.

A comercialização em larga escala destas pequenas embalagens de plástico, especialmente em mercados, paragens de táxis e zonas periurbanas, levou a preocupações relacionadas com a saúde dos consumidores e com a poluição ambiental.

O novo decreto, publicado no Diário da República a 12 de Janeiro, oferece um período de adaptação de 60 dias para que os agentes económicos do sector reajustem suas práticas comerciais. A regulamentação aplica-se a todas as bebidas com teor alcoólico igual ou superior a 15% do volume, abrangendo uma vasta gama de produtos como whisky, aguardente, vodka, gin, rum, entre outros.

Esta mudança na legislação angolana representa um desafio significativo para as marcas e produtores de bebidas espirituosas, que terão de adaptar não só as suas linhas de produção, mas também as suas estratégias de marketing e distribuição. A nova lei implica uma revisão das práticas de embalagem e venda, podendo levar a um aumento do custo do produto final. No entanto, esta medida deve ser vista como um passo positivo na direção da responsabilidade social e ambiental, incentivando um consumo mais consciente e sustentável.

Economia sem makas: Isabel dos Santos acusada de onze crimes relacionados com a gestão na Sonangol pela PGR

A empresária angolana Isabel dos Santos é acusada de onze crimes no processo que envolve a sua gestão na petrolífera estatal angolana, entre 2016 e 2017.

Isabel dos Santos é acusada de peculato, burla qualificada, abuso de poder, abuso de confiança, falsificação de documento, associação criminosa, participação económica em negócio, tráfico de influências, branqueamento de capitais, fraude fiscal e fraude fiscal qualificada.

Além da filha do ex-Presidente angolano, são acusados Paula Oliveira, amiga e sócia (seis crimes), o seu antigo gestor e amigo Mário Leite da Silva (seis crimes), o seu ex-administrador financeiro na Sonangol Sarju Raikundalia (nove crimes) e a consultora PricewaterhouseCoopers (PwC) (dois crimes).

Segundo o despacho, datado de 11 de janeiro, os arguidos causaram ao Estado angolano um prejuízo superior a 208 milhões de dólares (190 milhões de euros), repartidos entre 176 milhões de dólares (169 milhões de euros), 39 milhões de euros e cerca de 94 milhões de kwanzas (104 mil euros) envolvendo salários indevidamente pagos, vendas com prejuízo, fraude fiscal e pagamentos fraudulentos a empresas.

Economia sem makas: Selos fiscais entram finalmente em vigor para ajudar a combater a fuga nos impostos nas bebidas e tabacos

A obrigatoriedade vai abranger os operadores económicos dos segmentos de bebidas e líquidos alcoólicos, bebidas açucaradas, tabaco e seus sucedâneos.

As bebidas espirituosas (com excepção, nesta primeira fase, das cervejas e das cidras) e tabaco ficam dentro de 15 dias proibidos de serem comercializados sem o selo fiscal. O incumprimento pode levar ao pagamento de multa, destruição dos produtos ou anulação da licença do estabelecimento comercial.

A entrada em vigor desta medida estava prevista para segunda-feira, 8 de Janeiro, tendo sido alterada no mesmo dia pela Administração Geral Tributária (AGT) em comunicado. Segundo o coordenador do Programa Nacional de Selos Fiscais de Alta Segurança da AGT (PROSEFA), Yuri Paulo dos Santos, citado pelo Jornal de Angola, as sanções variam de 10 a 30% do valor dos impostos relacionados aos produtos sujeitos à selagem obrigatória, podendo inclusive resultar na interdição da actividade profissional.

A referida obrigatoriedade vai abranger os operadores económicos dos segmentos de bebidas e líquidos alcoólicos, bebidas açucaradas, tabaco e seus sucedâneos.

Como já noticiou o Expansão anteriormente, o selo fiscal foi criado pelo Decreto Presidencial n.º 216/19, com o objectivo de combater o contrabando, a contrafacção e a evasão fiscal, sendo o seu custo “suportado pelos fabricantes, produtores, importadores e distribuidores de bebidas e líquidos alcoólicos, assim como tabaco e seus sucedâneos manufacturados”. A falta de selos prevê a aplicação de multa “não inferior a 10%, nem superior a 30% dos impostos que recaem sobre o produto sujeito a selagem obrigatória”, segundo o decreto presidencial que não exclui a responsabilização “civil, criminal ou disciplinar” do infractor.

Economia sem makas: O kwanza deve ser uma forte ou uma moeda fraca?

A moeda fraca é a moeda que tende a desvalorizar – se e a moeda forte é a que tende valorizar – se. O kwanza é uma moeda fraca porque durante todo este período desde a sua criação a tendência do kwanza tem sido de desvalorização, sobretudo em relação ao dólar.

Manuel Dias, que falava à imprensa no final da visita de algumas horas a Menongue, apelou, igualmente, a todos os agentes económicos do país para que se unam nesse propósito, pois só assim se torna realizável.

Segundo o governador do BNA, o kwanza enquanto for a moeda nacional com poder liberatório em Angola e aceite nos países limítrofes e a sua instituição a velar pela estabilidade dos preços da economia nacional, tem a obrigação de trabalhar para baixar cada vez mais os níveis de inflação.

“O BNA tem responsabilidades acrescidas para redução da inflação no país, mas é necessário que o Executivo perceba que a estabilidade dos preços na economia nacional depende essencialmente da produção local de bens e serviços”, defendeu.

Economia sem makas: Revista Economia e Mercado antecipa gasolina a 550 kwanzas e gasóleo a 360 kwanzas nos próximos dias

O Executivo planea retirar, nos próximos dias, os subsídios aos combustíveis e alterar a tabela de preços praticados actualmente, revelou à Economia & Mercado uma fonte bem posicionada no xadrez político do País. Para a gasolina, por exemplo, a fonte diz que a retirada será por completo, passando o litro a custar 550 kwanzas, mais 250 do que o preço praticado. Quanto ao gasóleo, revela que a retirada da subvenção será parcial, mas que o litro passará a custar 360 kwanzas.

A informação tem ganhado algum espaço nalguns segmentos da sociedade. Aliás, numa ronda feita pela E&M em várias bombas de gasolinas, vários são os funcionários que garantem ter recebido tal informação dos seus superiores hierárquicos, embora também existam aqueles que se mostraram inocentes ao alarme. Mas, a ser verdade, as famílias poderão sentir, em menos de sete meses, duas vezes o embate da alteração do preço da gasolina, sendo que, pela primeira vez, nos meados do pretérito 2023, o litro saiu de 160 para 300 kwanzas.

O alto quadro do IRDP, por exemplo, garante não ter participado de nenhuma reunião cujo assunto tenha sido abordado nos termos e prazos que se afirma.

Mas é facto que o Executivo prevê a retirada, por completo, dos subsídios aos combustíveis, lembrando, no entanto, que igual posição foi manifestada por ocasião da apresentação da proposta de Orçamento Geral de Estado (OGE) para o exercício económico 2024, documento que foi recentemente publicado em Diário da República.

Aliás, na pretérita segunda-feira, 1 de Janeiro, o IRDP actualizou os preços de referência para as categorias da produção ou importação, distribuição e comercialização do JET A-1, por litro, que já está em vigor.

Economia sem makas: Alterações na tabela do IRT aliviam imposto para quem ganha até 150 mil kwanzas

Trata-se de uma iniciativa do Governo que visa aliviar o actual custo de vida das famílias.

A medida, que já está publicada em Diário da República de 29 de Dezembro de 2023, consta do Orçamento Geral do Estado (OGE) para o exercício económico de 2024, cuja execução se iniciou hoje, terça-feira (dia 2).

Antes dessa iniciativa, o IRT isentava os funcionários com ordenados até 70 mil kwanzas.

Com o novo reajuste, a tabela do IRT reduz-se de 13 para 12 escalões, sendo a taxa percentual mínima fixada em 13%, para salários de 101 mil a 150 mil kwanzas (segundo escalão), enquanto a percentagem máxima está fixada em 25%, para rendimentos acima de 10 milhões e um kwanza (12.º escalão).

Ou seja, os trabalhadores com rendimentos entre 101 mil e 150 mil kwanzas passam a pagar 13% de IRT, enquanto os que auferem mais de 10 milhões e um kwanza vão pagar 25% deste imposto, para além do desconto dos 3% da Segurança Social, respectivamente.

O Imposto sobre o Rendimento do Trabalho incide sobre os rendimentos dos trabalhadores por conta própria (profissionais liberais, comerciais e industriais) ou por conta de outrem (trabalhadores dependentes).

Para efeitos deste imposto, constituem rendimentos do trabalho todas as remunerações percebidas a título de ordenados, vencimentos, salários, honorários, avenças, gratificações, subsídios, prémios, comissões, participações, senhas de presença, emolumentos, participações em multas, custas e outras remunerações acessórias.

Data de Emissão: 05-01-2024 às 07:10
Economia sem makas: Ministério das Finanças publicou a lista dos "kilapes" do Estado à empresas

O Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2024 prevê a redução do rácio da dívida pública para 69,2% do Produto Interno Bruto (PIB).

Trata – se de um orçamento que começou a ser executado a partir desta terça-feira, 02 de Janeiro.

O OGE estima receitas e despesas fixadas em mais de 24 bilhões de kwanzas, bem como a subida do limiar de isenção do imposto sobre Rendimento de Trabalho (IRT) de 70 para 100 mil kwanzas, o ajuste de 5% do salário da Função Pública e a operacionalização do Fundo Nacional do Emprego com des mil milhões de kwanzas.

O Ministério das Finanças de Angola mencionou ainda, através de um comunicado de imprensa, que as regras de execução orçamental preveem que a ministra das Finanças poderá autorizas que as Unidades Orçamentais usem receitas próprias arrecadadas para a realização de despesas com carácter de investimento público.

 

Economia sem makas: Ministério da Defesa investe 50 milhões de dólares na produção avícola

O Ministério da Defesa Nacional, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria de Angola, em parceria com um grupo empresarial (Jampur Group) sedeado no Dubai, Emirádos Árabes Unidos, investiu, recentemente avícola instalado na comuna de Quizenga, munucíipio de Cacuso, província de Malanje.

O ambicioso projecto cuja primeira fase foi no dia 23, inaugurado pelo ministro de Estado para a Coordenção Económica, José de Lima Massano, ficará inicialmente sob responsasponsabilidade do “Jampur Group”, segundo dados em posse do Imparcial Press.

Economia sem makas: A aplicação da contribuição especial sobre transferências para o exterior poderá abranger pedidos feitos em 2023, mas só efectivados em 2024

A Contribuição Especial sobre Operações Cambiais (CEOC), aplicável nas transferências em moeda estrangeira para o exterior de Angola, com taxa de 2,5% para singulares e 10% para pessoas coletivas, começa a vigorar em 1 de janeiro de 2024.

A informação consta de uma nota da Administração Geral Tributária (AGT) angolana, assinada pelo seu presidente, José Leiria, a que a Lusa teve, esta quarta-feira, acesso, e que especifica a forma como será aplicada.

Esta tributação incidirá sobre todas as transferências em moeda estrangeira para o exterior, efetuadas por pessoas singulares ou coletivas com domicílio ou sede em território nacional, no âmbito dos contratos de prestação de serviços, de assistência técnica, consultoria e gestão, operação de capitais e transferências unilaterais.

No comunicado, a autoridade tributária dá conta de uma reunião mantida com a Associação Angolana dos Bancos (ABANC), com parte de responsabilidade no cumprimento desta nova norma, e recorda que a lei que aprovou o Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2024 prevê a introdução do CEOC no ordenamento jurídico angolano.

Data de Emissão: 26-12-2023 às 07:10
Economia sem makas: Angola anuncia saída da OPEP

O Governo angolano anunciou, esta quinta-feira, a saída do país da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) por não concordar com a sua permanência nela apenas por estar.

A informação foi avançada à imprensa pelo ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, a meio da 10.ª Reunião ordinária do Conselho de Ministros, orientada pelo Presidente da República, João Lourenço.  

“Nós não queremos estar nas organizações para entrar mudo e sair calado, mas, sim, para ser activo e dar contribuições”, destacou Diamantino Azevedo, para quem, quando isso não acontece é negativo.

“Quando vemos que as nossas contribuições não levam a nenhum resultado tangível, então não estamos a fazer nada nesta organização”, disse.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo é um organismo internacional que administra os assuntos relacionados à política petrolífera mundial.

Economia sem makas: Tribunal britânico ordena congelamento de 670 milhões de euros de Isabel dos Santos

Um tribunal britânico determinou nesta quarta-feira, 20, o congelamento de cerca de 670 milhões de euros de bens da empresária angolana Isabel dos Santos.

O processo foi iniciado pela companhia angolana Unitel, de que Santos foi fundadora e accionista, que alega que a empresária deve à companhia milhões de dólares de empréstimos feitos à holandesa Unitel International Holdings (UIH), controlada por ela, para a aquisição de ações em companhias de telecomunicações.

Os empréstimos foram feitos em 2012 e 2013 quando Isabel dos Santos era diretora da Unitel.

A filha do falecido Presidente José Eduardo do Santos, através dos seus advogados, tinha se oposto ao pedido, afirmando ser desnecessário o processo porque os bens dela tinham sido congelados noutros países, entre eles Angola e Portugal.

O juiz Robert Bright disse não considerar que “outras ordens de congelamento signifiquem que não seja justo e conveniente autorizar uma nova ordem” no mesmo sentido.

Isabel dos Santos ainda não se pronunciou, nem os seus advogados.

Economia sem makas: Fundo Soberano com novo Presidente

Fundo Soberano com novo presidente

O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, nomeou, , Armando Manuel como presidente do Conselho de Administração do Fundo Soberano de Angola.

De igual modo, de acordo com um comunicado da Secretaria de Imprensa da Presidência da República, foram nomeados como administradores executivos Alcides Horácio Frederico Safeca, Gabriel Augusto da Silva, Igor Ricardo de Pina Lima e Rui Jorge Van-Dúnem Alves de Ceita

Enquanto isso, para os cargos de administradores não executivos, o Presidente João Lourenço nomeou Ismael Abraão Gaspar Martins e Pedro Sebastião Teta.

De igual modo, ainda ontem, o Presidente da República deu por findo o mandato dos anteriores membros do Conselho de Administração do Fundo Soberano de Angola, tendo cessado funções Carlos Alberto Lopes (presidente), Laura Alcântara Monteiro, Pedro Sebastião Teta, Rui Jorge Van-Dúnem Alves de Ceita e Alcides Horácio Frederico Safeca (administradores executivos), bem como Ismael Abraão Gaspar Martins (administrador não executivo).

 Angola é o país menos diversificado do mundo

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Economia sem makas: Em seis anos João Lourenço já vai no quinto Ministro da Economia

A economia é algo que é fundamental para nós. Todo o nosso trabalho, toda a nossa luta, é no sentido de organizarmos o melhor possível a nossa economia, diversificando as fontes de receitas e procurando produzir, cada vez mais, bens e serviços internamente”, afirmou João Lourenço, na cerimónia de posse do novo ministro.

Victor Hugo Guilherme, que exercia o cargo de secretário do Presidente angolano para os Assuntos Económicos, foi nomeado na quarta-feira para o cargo em substituição de Mário Caetano João, que era o titular da pasta desde 2021.

O novo ministro da Economia e Planeamento de Angola é o quinto responsável a ocupar o cargo na governação de João Lourenço, desde 2017.

Em declarações aos jornalistas, Victor Hugo Guilherme prometeu “dar continuidade” às ações em curso no sector, destacando “três grandes instrumentos”, nomeadamente a Estratégia de Longo Prazo Angola 2050, o Plano de Desenvolvimento Nacional 2023-2027 e o recente aprovado Orçamento do Estado para 2024.

“As prioridades estão definidas, sobretudo a agricultura para gerar rendimento e dar emprego, porque a economia nacional está aí com grandes desafios pela nossa frente e nós estamos aqui para trabalhar e dar o melhor”, afirmou o governante.

Além de Mário Caetano João, exonerado na quarta-feira, já ocuparam o cargo Pedro Luís da Fonseca (2017-2019), Manuel Neto da Costa (2019-2020) e Sérgio Santos (2020-2021).

Economia sem makas: Inflação voltou a acelerar em Novembro já está nos 18,2% em termos anuais

Os preços sobem onde dói mais: na saúde, alimentação e bebidas, vestuários e nos transportes. Se a inflação nacional está próxima dos 17%, em Luanda os preços sobem mais com taxa de inflação homóloga a rondar os 20,40%.

A cada mês que passa o custo de vida dos angolanos está mais alto, com a taxa de inflação a acelerar 0,05 pontos percentuais para 2,15% em Outubro, registando a taxa mais alta dos últimos 25 meses. Ou seja, é necessário recuar até Setembro de 2021 para encontrar uma taxa mensal mais alta que a verificada no mês passado, de acordo com o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) divulgado esta semana pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Com o crescimento da taxa mensal, a inflação homóloga disparou 1,57 pontos percentuais para 16,58%, a taxa homóloga mais alta dos últimos 12 meses. E tudo indica que os preços vão continuar a subir, já que quanto mais próximo da época festiva maiores são as expectativas de elevação dos preços, devido ao aumento da procura e do consumo dos bens e serviços. Assim, a taxa de inflação está agora próxima dos 17,8% previstos no OGE 2024 para o final deste ano, naquela que foi já a terceira revisão em alta do Governo para a inflação até ao final do ano. Ainda assim, esta última previsão continua abaixo das do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do BFA, que apontam a 18,8% e 20,0%, respectivamente.

Economia sem makas: INE falha pelo segundo mês consecutivo publicação da inflação no dia previsto no calendário

INE falha pelo segundo mês consecutivo publicação da inflação no dia previsto no calendário, estatísticas de desempregos não são publicadas desde Fevereiro.

Os dias encontrados no site do INE são os dias previstos no calendário, que é o dia 12 de cada mês, excepto quando calha em um fim de semana, quando calha o fim de semana tem de ser publicado no dia útil seguinte. 

Data de Emissão: 13-12-2023 às 07:10
Economia sem makas: Transferência familiar para o estrangeiro vão mesmo pagar impostos em 2024

Transferência familiar para o estrangeiro vão mesmo pagar impostos 2024, mas só que pagarão apenas 2,5%, ao invés do 10% inicialmente propostos pelo Governo.

Numa primeira resposta, ainda no Parlamento, a ministra Vera Daves disse aos deputados que as transferências familiares não estariam sujeitas a esta taxa, mas não apresentou os critérios que se aplicam para que estas sejam consideradas familiares. Alguns deputados sugeriram que a taxa deveria ser aplicada por montantes, acima dos 15.000 USD, o que tornaria o sistema mais “vulnerável”, porque o valor a transferir seria dividido em várias operações, e mais “pesado, porque o número de transferências na banca comercial iria aumentar. 

Existem alguns pressupostos em que todos estão de acordo, nomeadamente a não taxação da compra de mercadorias ou equipamentos, teria grande impacto na inflação tendo em conta as condições actuais do país, na repatriação de dividendos, poderia pôr em causa investimentos estrangeiros aprovados e que estão a correr, e os pagamentos com cartão de crédito, que já estão sujeitos a um regime próprio. Também todos estão de acordo que as transferências para pagar serviços contratados fora devem pagar, nomeadamente os de consultadoria, apoio jurídico e marketing.

Economia sem makas: João Lourenço prepara revolução na orgânica económica do Governo

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Economia sem makas: Com a inclusão do BCI na lista cerca de 50% dos bancos de Angola são considerados sistémicos pelo BNA

O Banco Nacional de Angola (BNA) actualizou para 11 a lista de grupos bancários identificados como instituições de importância sistémica ao incluir o Banco de Comércio e Indústria (BCI) na lista de bancos que estão obrigados a constituir uma reserva adicional para evitar riscos sistémicos. Mas mais responsabilidades também garantem mais benefícios e um deles é que o banco central fica mais macio na hora de mandar fechar os bancos, como acontece com o Banco Económico.

Dentro desta lista existem uns bancos mais sistémicos que outros, já que BAI, BFA e BIC estão obrigados a constituir uma reserva de capital constituída por fundos próprios de nível 1 de 2,00% do montante total dos activos ponderados pelo risco. Os activos ponderados pelo risco (RWA na sigla em inglês) são uma medida dos riscos subjacentes às carteiras de um banco, reflectindo o quanto arriscados são os seus activos. Geralmente, os activos de um banco incluem empréstimos concedidos a clientes, assim como numerário, ou seja, tudo o que o banco possui.

Por um lado, o facto de serem identificados como banco sistémico coloca os bancos no “olho da serpente”, já que na prática o BNA irá mantê-los sob uma vigilância mais apertada. Mas uma coisa é a teoria e outra é a prática e, para isso, basta olhar para o Banco Económico que está há dez anos com problemas que tardam em ser resolvidos. Na prática, tem sobrevivido porque o BNA o mantém “ligado à máquina” por ser, lá está, um banco sistémico cuja falência teria um impacto negativo no todo que é o sistema financeiro nacional.

Economia sem makas: Procuradoria-Geral da Suíça acusou um ex-político angolano e dois ex-dirigentes da Trafigura de corrupção

A Procuradoria-Geral (PG) da Suíça acusou um antigo político angolano e dois ex-dirigentes da empresa de intermediação suíça Trafigura de corrupção, num caso inédito de acusação contra uma empresa suíça por tentar corromper políticos estrangeiros.

“Um antigo responsável angolano é acusado de ter aceitado, entre abril de 2009 e outubro de 2011, subornos de mais de 4,3 milhões de euros e 604 mil dólares, do grupo Trafigura, relacionado com as suas atividades na indústria do petróleo em Angola”, lê-se na acusação, divulgada no site da PG suíça, que não refere o nome dos envolvidos.

Além desta acusação, “um antigo intermediário e um antigo administrador sénior do Grupo Trafigura são acusados de estarem envolvidos neste esquema de corrupção”, lê-se ainda na nota, que dá conta de uma acusação à Trafigura BEHHER BV por não ter tomado as medidas para impedir estes pagamentos.

“Pela primeira vez, o Tribunal Criminal Federal é chamado a julgar a responsabilidade criminal de uma empresa por suborno de dirigentes públicos estrangeiros”, sublinha-se ainda na nota.

Data de Emissão: 07-12-2023 às 07:10
Economia sem makas: TAAG vai entrar no 4º Conselho de Administração em 6 anos

A TAAG, companhia aérea de bandeira nacional, conta com um novo conselho de administração. António Dos Santos Domingos é o novo Presidente do Conselho de Administração (PCA/Chairman) e Nelson Pedro Rodrigues de Oliveira o novo Presidente da Comissão Executiva (PCE/CEO).

Mantêm-se em funções os restantes administradores: Misayely Abias e Iuri Neto, como administradores não executivos, e João Semedo, Said Daalaoui, Manuela Pardal, Nowel Ngala, Gabriela Bastos e Suzana Ramos, como administradores executivos.

A formalizada do board foi feita numa Assembleia Geral Extraordinária da companhia, realizada para o efeito, de acordo com um comunicado da instituição.

Economia sem makas: Menos crescimento e mais inflação em África prevê Banco Africano de Desenvolvimento

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) reviu em baixa as previsões macroeconómicas em curto e médio prazos para África, para 2023 e 2024, de 4,0% e 4,3% para 3,4% e 3,8%, anunciou a entidade.

Embora as pressões inflacionistas estejam a diminuir a nível mundial, são persistentes em África e continuam a pesar fortemente no desempenho económico de curto a médio prazo do continente, de acordo com a atualização. A inflação em África está agora projetada para uma média de 18,5% e 17,1% em 2023 e 2024, respetivamente.

 

Economia sem makas: Balanço dos primeiros meses de José de Lima Massano

Balanço dos primeiros meses de José de Lima Massano

 

 

 

 OPEP reduz quota de produção de petróleo de Angola

País rejeita quota de produção para 2024 atribuída pela OPEP

Angola enviou uma nota de protesto ao Secretariado-Geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), quinta-feira, rejeitando uma deliberação do bloco de produtores a atribuir ao país uma quota de produção 1,110 milhões de barris por dia (bpd) em 2024, abaixo da proposta nacional de 1,180 milhões.

A reacção angolana é revelada em comunicado de imprensa enviado à nossa Redacção pelo Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, no fim da 36ª Reunião Ministerial da OPEP e aliados (OPEP+), realizada online, para estabelecer as quotas de produção dos países-membros à luz da decisão, também tomada nesse encontro, da adopção de cortes voluntários que totalizam 2,2 milhões de bpd no próximo ano.

O documento afirma que, “pelo facto da decisão não ter sido tomada por unanimidade e ser contra a posição de Angola”, a representação angolana reiterou, durante a reunião, a proposta da quota de 1,180 milhões de bpd para o ano de 2024 e, depois do encontro, foi enviada uma nota de protesto ao Secretariado-Geral da OPEP.

 

O comunicado lembra que “o nosso país é membro da OPEP há mais de 16 anos e, durante este período, tem cumprido cabalmente com todas as obrigações da Organização, bem como tem partilhado os esforços que os países signatários da Declaração de Cooperação OPEP e Não OPEP (OPEP+) têm desenvolvido com vista a estabilizar o mercado petrolífero internacional”.

 

O governador de Angola na OPEP, Estêvão Pedro, foi citado na imprensa internacional a declarar que o país vai manter a meta de 1.180 mil barris por dia para 2024. “Não nos revemos no 1.110 mil de barris/dia que é reflectido no documento [comunicado da OPE] e continuamos com a nossa proposta que é de 1.180 mil barris/dia. Este montante é o que faremos o esforço de produzir durante o ano de 2024”, reforçou.

 

Informações obtidas indicam que a Arábia Saudita e os seus aliados queriam impor quotas mais baixas para a produção petrolífera dos países africanos, numa tentativa de aumentar os preços para o próximo ano, mas contaram com a oposição destes países, entre os quais incluem-se Angola e a Nigéria.

 

Oito países adoptam cortes de 2,2 milhões de barris por dia

 

O bloco de produtores, que representa mais de 40 por cento do petróleo mundial, emitiu, no fim da reunião, um comunicado a resumir os anúncios de cortes voluntários totais dos países de 2,2 milhões de bpd, além de um convite ao Brasil, um dos 10 maiores produtores do mundo, para tornar-se membro do grupo, com o ministro da Energia desse país a indicar Janeiro como o mês da adesão.

 

A reunião realizou-se numa altura em que o mercado enfrenta receios de um potencial excedente de oferta, uma vez que o corte de um milhão de bpd, pela Arábia Saudita, devia terminar no próximo mês.

 

A produção da OPEP+, de cerca de 43 milhões de bpd, já reflecte cortes de cerca de cinco milhões de bpd destinados a apoiar os preços e a estabilizar o mercado.

 

As restrições totais de oito produtores chegam a 2,2 milhões de bpd, informou a Opep em comunicado, sem inicialmente revelar os detalhes. Incluída neste número, está uma extensão dos cortes voluntários sauditas e russos de 1,3 milhões de bpd.

Os 900 mil bpd de cortes adicionais prometidos ontem incluem 200 mil bpd de reduções nas exportações de combustíveis da Rússia, com o restante dividido entre seis membros.

O vice-Primeiro-Ministro russo, Alexander Novak, disse que o corte voluntário do seu país vai incluir petróleo bruto e derivados. Os Emirados Árabes Unidos declararam que concordaram em cortar a produção em 163 mil bpd, enquanto o Irão vai cortar mais 220 mil bpd no primeiro trimestre.

Arábia Saudita, Rússia, Emirados Árabes Unidos, Iraque, Kuwait, Cazaquistão e Argélia figuram entre os produtores que afirmaram que os cortes vão ser gradualmente reduzidos depois do primeiro trimestre, se as condições de mercado permitirem.

 Preços caem depois da reunião

Os preços do petróleo caíram mais de 2,0 por cento, ontem, depois de a OPEP+ ter concordado  com cortes voluntários na produção para o primeiro trimestre do próximo ano que ficaram  aquém das expectativas do mercado.

Os futuros do Brent para Janeiro encerraram 27 cêntimos, ou 0,3 por cento, mais baixos, em 82,83 dólares o barril, e uma perda de 5,2 por cento no mês de Novembro. O contrato para Fevereiro, que começa a ser negociado como primeiro mês na sexta-feira, caiu em dois dólares, ou 2,4 por cento, para 80,86 dólares.

Os futuros do West Texas Intermediate fecharam em queda de 1,90 dólares, ou 2,4 por cento, para 75,96 dólares, e perdas acumuladas de 6,2 por cento em Novembro.

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Economia sem makas: Encontro entre Joe Biden e João Lourenço

É a primeira vez que os dois estadistas se encontram oficialmente, neste formato, para discutir assuntos ligados ao fortalecimento da cooperação bilateral.

De acordo com um comunicado divulgado pela Presidência da República, João Lourenço e Joe Biden vão analisar, durante o encontro histórico, assuntos ligados à cooperação bilateral nos domínios do comércio, investimento, clima e energia e, de modo particular, o desenvolvimento do Corredor do Lobito, que liga Angola à República Democrática do Congo e à Zâmbia para os mercados globais.

“O encontro entre os Presidentes João Lourenço e Joe Biden confirma o interesse dos dois países de trabalhar em parceria estratégica para lidar com os desafios regionais e globais”, lê-se no comunicado da Presidência da República.

Por seu lado, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, acrescentou que a reunião, que visa coroar os 30 anos de relações entre os dois países, vai basear-se nos princípios da Cimeira de Líderes EUA-África, que juntou, à mesma mesa, em Dezembro do ano passado, em Washington, Joe Biden e líderes africanos, entre os quais o Presidente João Lourenço.

A Cimeira EUA-África, convocada pelo Presidente norte-americano, teve como objectivo demonstrar o compromisso duradouro dos Estados Unidos com o continente africano e a necessidade do reforço da cooperação em prioridades globais compartilhadas.

Os primeiros indícios de que João Lourenço e Joe Biden se encontrariam, a qualquer momento, foram revelados este mês, pelo próprio Presidente norte-americano, na Casa Branca, quando indagado, a propósito, pela correspondente da Televisão Pública de Angola (TPA), por ocasião das comemorações do 48º aniversário da Independência Nacional, assinalado este ano. Sem avançar data, Joe Biden assegurou apenas que manteria este encontro com o homólogo angolano. “Não sei quando, mas tenho a certeza de que o encontrarei”, afirmou o estadista norte-americano, na altura. Convidado, nesta mesma ocasião, a pronunciar-se sobre o 48º aniversário da Independência Nacional, Joe Biden destacou que os angolanos devem estar muito orgulhosos por estarem a construir uma Angola que, sublinhou, vai “tornar-se um dos líderes em África na economia”.

Esta será a segunda vez que os dois líderes mantêm encontro na Casa Branca. João Lourenço é o primeiro Presidente africano a ser recebido, este ano, na residência oficial do líder norte-americano. A primeira vez que João Lourenço e Joe Biden se encontraram neste lugar, mas num formato diferente deste, aconteceu em Dezembro do ano passado, durante um jantar oferecido por Joe Biden aos líderes africanos participantes na Cimeira EUA-África. Na ocasião, os dois Chefes de Estado, que se fizeram acompanhar das respectivas esposas, nomeadamente, Ana Dias Lourenço e Jill Biden, saudaram-se com um aperto de mãos e fizeram uma foto para a posteridade. A recepção de um líder na Sala Oval da Casa Branca é um momento que desperta sempre atenção da média internacional, dado o valor político e diplomático que o acto encerra.

Ainda é desconhecido se o formato preparado para este momento contemplará breves declarações à imprensa, no princípio e no fim das conversações, mas, regra geral, as recepções de líderes na Sala Oval da Casa Branca reservam estes dois momentos à imprensa. Acredita-se, por isso, que o encontro de hoje entre João Lourenço e Joe Biden não fugirá a regra.

A Sala Oval, o compartimento mais conhecido da Casa Branca, é o Gabinete e o local de trabalho do Presidente dos Estados Unidos. É aqui onde são recebidos os convidados estrangeiros em ocasiões de visita de Estado.

Data de Emissão: 01-12-2023 às 07:10
Economia sem makas: Governo recua na aplicação de imposto de 10% sobre transferências familiares para o estrangeiro

Governo recua na aplicação de imposto de 10% sobre transferências familiares para o estrangeiro.

Economia sem makas: Revista britânica de Economist traça cenário moderadamente optimista e prevê 3º mandato de João Lourenço
Analistas da Economist Intelligence Unit (EIU) acreditam que o MPLA, no poder, voltará vencer as eleições em Angola, em 2027, com João Lourenço a candidatar-se a um terceiro mandato, contornando o limite de dois imposto pela Constituição angolana.

Numa antevisão de Angola para 2024-2028, a unidade de análise da revista britânica salienta que o Presidente angolano, João Lourenço, deve eleger como prioridades no seu segundo mandato a luta contra a corrupção e a melhoria das condições de vida para recuperar a popularidade perdida.

Apesar do pouco progresso alcançado nas reformas e na diversificação económica, a EIU espera que João Lourenço e o MPLA mantenham o poder durante o seu segundo mandato “dado o seu forte controlo sobre o aparelho estatal”, e que o Presidente concorra a um terceiro mandato, vencendo as eleições de 2027.

“Mas é pouco provável que essa eleição seja livre ou justa”, lê-se no documento.

Os economistas preveem também que o acto eleitoral não será pacífico “dada a insatisfação generalizada com o governo de longa data do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que está no poder desde a independência em 1975.

Data de Emissão: 29-11-2023 às 07:10
Economia sem makas: Relatório da UIF revela um país sem grandes problemas de corrupção no contraste aparente com a realidade

Estes indicadores resultam de diversos movimentos e comportamentos em distintas situações concretas nessas instituições que configuram suspeitas de práticas de branqueamento de capitais e mesmo financiamento ao terrorismo.

Especialistas e funcionários de bancos dizem admitir este tipo de práticas devido às fragilidades do sistema financeiro angolano.

O relatório da UIF fala de casos de potenciais clientes de bancos que possuem um montante elevado de valores mas abrem várias contas de forma a fracionar o valor total em diversas operações de montantes mais reduzidos, de modo a evitar que os limites estabelecidos sejam ultrapassados.

De acordo com o documento, estas práticas também têm lugar em instituições financeiras não bancárias ligadas à actividade de seguradora e previdência social.

Data de Emissão: 28-11-2023 às 07:10
Economia sem makas: As relações económicas Angola-EUA

As relações económicas EUA-Angola

A “estabilidade” do kwanza

Privatizações SONANGOL, UNITEL E BFA atrasadas

Relatório da Unidade de Informação Financeira

Data de Emissão: 27-11-2023 às 08:00
Economia sem makas: Arranjo das ruas da Urbanização Nova Vida já tem luz verde do PR

O presidente da República de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço, autorizou na última Terça-feira, 21, despesas totais de pouco mais de 6,8 mil milhões de dólares e a formalização da abertura de procedimento de contratação simplificada, “assente em critérios materiais, por razões de financiamento externo”, para a reabilitação das infra-estruturas gerais da Urbanização Nova Vida, na província de Luanda.

De acordo com um despacho presidencial datado de 21 de Novembro e publicado em Diário da República, do valor global, cerca de 259,4 milhões de dólares se destinarão à empreitada de obras públicas de reabilitação das infra-estruturas gerais da Urbanização Nova Vida, localizada no município do Kilamba Kiaxi, enquanto o grosso, mais de 6,6 mil milhões de dólares servirão para pagar a prestação de serviços de fiscalização.

O documento esclarece que tanto o montante da empreitada de obras públicas de reabilitação de infra-estruturas, “a ser celebrada pela empresa elegível pela entidade financiadora do projecto”, tanto o da prestação dos serviços de fiscalização, incluem o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), à taxa legal em vigor.

“Considerando o elevado nível de degradação em que se encontram as ruas e estradas da Urbanização Nova Vida(…) com buracos e erosão transversal e longitudinal em quase toda a extensão, afigura-se necessário e urgente proceder a uma intervenção, de forma integrada e coordenada, para a reabilitação das infra-estruturas gerais da mesma”, lê-se no despacho exarado por João Lourenço.

Economia sem makas: Aumento dos preços de energia penaliza consumidores, mas é indispensável para a atracção de investimentos

Os preços dos combustíveis e da electricidade vão aumentar no próximo ano, de acordo com a proposta de Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2024. Apesar desse aumento de preços, contrariamente ao que faz o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Governo é demasiado optimista ao antever uma inflação no final do ano de apenas 15,3% no final de 2024.

O Presidente da República, João Lourenço, já tinha deixado o aviso no discurso à Nação de que iria manter o processo de remoção da subsidiação estatal à gasolina e ao gasóleo em 2024. E a proposta de OGE 2024 mantém essa intenção acordada com o FMI e com o Banco Mundial e revela que será feito de forma gradual até 2025, depois de ter arrancado em Junho de 2023, quando a gasolina subiu de 160 Kz para 300 Kz.

O que ainda não tinha sido revelado é que também os preços da electricidade vão aumentar no próximo ano, já que o Executivo pretende retirar os subsídios operacionais para a cobertura de combustíveis (JET B e gasóleo) consumidos nos terminais de produção térmica explorados pela PRODEL.

Economia sem makas: BNA aperta política monetária para combater a inflação

A forte desvalorização cambial e a subida dos preços da gasolina está na base para a revisão em alta às perspectivas de inflação para este ano. Já para 2024, quando começar “a sério” a subida dos preços dos combustíveis, a inflação deverá acelerar fortemente.

O Banco Nacional de Angola (BNA) deve apertar ainda mais a política monetária este ano na sequência da forte desvalorização cambial verificada no I semestre que, juntamente com a subida dos preços da gasolina, fez acelerar a inflação, defende o Fundo Monetário Internacional (FMI) num relatório sobre Angola.

Data de Emissão: 22-11-2023 às 07:10
Economia sem makas: Lucros dos bancos disparam com a crise cambial
Lucros da banca dispararam 71% para 523 mil milhões kz nos primeiros 9 meses do ano
 
Na base estão os ganhos com a margem financeira, influenciados pelo aumento dos investimentos em títulos de dívida pública e das aplicações junto do BNA e os cambiais. O BAI teve o maior desempenho, já que os lucros subiram 146% para 146,7 mil milhões Kz, acumulando o título de campeão dos lucros e líder em activos.
Os 20 bancos comerciais que apresentaram até esta terça-feira os balancetes do III trimestre deste ano contabilizaram um lucro acumulado de 523,2 mil milhões Kz, o que representa um crescimento de 71% face aos 306,1 mil milhões registados no mesmo período de 2022.

Os resultados foram influenciados pela melhoria dos activos, devido aos ganhos com a margem financeira, onde se verificou o crescimento dos investimentos em títulos de dívida pública, já que estes cresceram 33% para cerca de 7,0 biliões Kz, e representa 34% dos activos da banca, bem como aumento das aplicações que os bancos fazem junto do BNA, mais especificamente a repôs (acordos de recompra). Isto associa-se à depreciação cambial, que valorizou significativamente os activos em moeda estrangeira e aumentou resultados cambiais, já que o kwanza depreciou cerca de 40% desde o início do ano face ao euro e ao dólar.

Data de Emissão: 21-11-2023 às 07:10
Economia sem makas: Presidente manda estudar ligação dos caminhos-de-ferro e novos aeroportos

[ ] Aumenta a polémica sobre o imposto especial sobre transferências para o exterior

[ ] Presidente manda estudar ligação dos caminhos-de-ferro e novos aeroportos

[ ] Lucros da banca disparam impulsionados pela desvalorização cambial

[ ] Entre as intenções de Investimento e a realidade vai ima grande diferença

Data de Emissão: 20-11-2023 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: O OGE 2024 foi aprovado na generalidade

O documento foi aprovado com 111 votos a favor dos grupos parlamentares do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), no poder, do Partido Humanista de Angola (PHA) e do grupo parlamentar misto Partido de Renovação Social (PRS) e Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), 74 votos contra da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) e nenhuma abstenção.

Na sua declaração de voto, a deputada da UNITA Mihaela Weba disse que o voto foi contra por entenderem que com este orçamento a vida dos cidadãos vai piorar, o desemprego vai aumentar, o preço da gasolina poderá voltar a subir e o kwanza, moeda nacional, vai desvalorizar ainda mais.

Segundo Mihaela Weba, o preço da comida e dos principais bens e serviços vai continuar a subir “e o mais caricato é que os que roubam, infelizmente, vão continuar a roubar”.

Já a deputada do MPLA Susana Melo disse o voto foi favorável por considerarem que a proposta do OGE-2024 contém as bases para a harmonização política, democrática, económica e social, fatores fundamentais que se pretendem para Angola em construção.

O grupo parlamentar do partido no poder referiu que aprovou em consciência a proposta do OGE para o exercício económico de 2024, certo de que as políticas económicas e sociais que o mesmo encerra serão objeto de discussão na especialidade, espaço para os deputados aludirem os seus argumentos de razão.

Data de Emissão: 16-11-2023 às 07:10
Economia sem makas: O Parlamento aprovou o IVA de 5% para produtos de grande consumo

A Assembleia Nacional (parlamento) de Angola aprovou hoje na globalidade a proposta de lei que altera o código de Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) com 106 votos favoráveis, zero votos contra e 71 abstenções.

O instrumento jurídico que reduz a taxa do IVA de 14% para 7% estabelece igualmente IVA de 5% para cerca de 20 produtos de amplo consumo e taxa única de incidência do IVA de 1% para a província de Cabinda tendo o seu regime especial, dada a descontinuidade geográfica da região norte de Angola.

Segundo o relatório parecer conjunto na especialidade, apresentado no parlamento, o diploma revisto introduz ajustes para congregar num único diploma toda a legislação dispersa que versa sobre o IVA.

O objetivo é ainda a introdução de um conjunto de procedimentos que visam conferir maior flexibilidade, eficiência e justiça ao imposto no âmbito do processo de liquidação, declaração e pagamento e reembolso dos créditos do IVA.

O grupo parlamentar do MPLA votou a favor da proposta de alteração do código do IVA por entender que a mesma “traduz de forma inequívoca o compromisso de resolver os problemas do povo”.

“Votamos favoravelmente porque reconhecemos que uma redução do IVA de 14% para 5% em 20 categorias de produtos alimentares de amplo consumo representa um ajuste considerável e equilibrado para que haja um impacto positivo na devolução progressiva do poder de compra das famílias angolanas”, justificou o deputado Kilamba Van-Dúnem na declaração de voto do seu partido.

A UNITA que se absteve, sustentou o sentido de voto referindo que este visou “mostrar o seu distanciamento em relação às políticas fiscais do executivo, nomeadamente no que diz respeito ao IVA”.

Data de Emissão: 16-11-2023 às 07:10
Economia sem makas: Fórum Económico Angola-RDC

Angola e a República Democrática do Congo têm um compromisso em comum para fomentar o crescimento económico de África, disse, o ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João.

O ministro fez esta afirmação durante a abertura da 2.ª edição do Fórum Económico Angola-RDC que decorreu, de 13 a 14 de Novembro, sob o lema: “Parcerias Económicas Rumo a um Crescimento Mútuo”, no Hotel de Convenções de Talatona, em Luanda. De acordo com o ministro, há necessidade de se continuar a desbloquear o potencial económico dos dois países, transformando riqueza potencial, em riqueza real com impacto sócio-económico sustentável.
 
A RDC é actualmente o principal destino das exportações dos produtos do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI), seguido do Congo Brazzaville, África do Sul, Namíbia e Portugal.

Mário Caetano João olha para o papel que o Corredor do Lobito vai desempenhar no fomento das trocas comerciais entre Luanda e Kinshasa, apesar das barreiras não tarifárias que ainda mexem com os dois países.

”Estamos a fazer o segundo fórum, para acelerar a remoção, acima de tudo, das barreiras não tarifarias, que são, de facto, desnecessárias à fluidez dos negócios, sem prejudicar, é claro, a segurança de ambos os países. É necessário diversificar e aumentar os produtos que circulam no Corredor do Lobito, por isso, estamos a trabalhar com o Banco Mundial, no sentido de criar centros logísticos ao longo do Corredor do Lobito, no sentido de permitir fomentar a produção nesse perímetro.”

Economia sem makas: Inflação voltou a acelerar em Outubro

Mesmo depois de rever em alta a meta de inflação para o final do ano, a taxa homóloga furou a meta do BNA que apontava a 14% até final do ano. Os preços subiram mais na educação, saúde, transportes e alimentação. 

A taxa de inflação voltou a acelerar, ao registar um aumento de 1,47 pontos percentuais para 15,01% face ao mesmo período de 2022, de acordo com o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Com esta taxa, é ultrapassada a meta prevista pelo Banco Nacional de Angola (BNA) que se situava num intervalo entre 12% e 14%, meta reajustada em Junho, já que a janela inicial previa uma taxa entre 9% e 11%

Em termos mensais, o custo de vida dos angolanos registou um crescimento 2,10% de Agosto a Setembro, verificando-se a taxa de inflação mensal mais alta dos últimos 20 meses. Ou seja, seria necessário recuar até Dezembro de 2021 para encontrar uma taxa mensal neste nível. E os preços continuam a subir onde “dói” mais. A classe “Educação” foi a que registou o maior aumento de preços, com uma variação de 4,08%, seguida das classes “Transporte” com 2,70%,”, Saúde” com 2,39% e “Alimentação e bebidas não alcoólicas” com 2,25%.

O aumento dos preços que se tem verificado desde Maio (quando a taxa de inflação começou a crescer após 15 meses em queda) deve-se, sobretudo, à desvalorização do kwanza e aos efeitos da subida dos preços da gasolina. No entanto, há três meses que se verifica uma certa estabilidade na variação cambial, o que causa também uma expectativa de estagnação nos preços, que não se verificou.

Economia sem makas: Más notícias sobre a Inflação em 2024

[ ] Más notícias sobre a Inflação em 2024

[ ] Boas notícias sobre o emprego do lado da segurança social

[ ] FMI avisa África sobre sinodependência

[ ] Petróleo em mínimos de sete meses

Data de Emissão: 13-11-2023 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): BNA, FMI, Standard Bank
Economia sem makas: Novo Aeroporto é inaugurado hoje, 17 anos depois de decidida a sua construção

 O novo Aeroporto Internacional de Luanda, denominado Dr. António Agostinho Neto (AIAAN), ocupa uma área de 1.324 hectares e tem capacidade para 15 milhões de passageiros e um volume de carga de 130 mil toneladas por ano.

A infraestrutura, a ser inaugurada nesta sexta-feira, localiza-se na zona de Bom Jesus, município de Icolo e Bengo, em Luanda, e possui duas pistas duplas.

Está dimensionada para receber, entre outras, aeronaves do tipo B747 e A380, actualmente o maior avião comercial, além de contemplar a construção de raíz de uma cidade aeroportuária que cobrirá uma área de construção de 75km2.

A pista sul, a maior do aeroporto, tem quatro mil metros por 60 de largura, e recebeu, em Junho de 2022, o primeiro voo experimental de uma aeronave do tipo Boeing 777 da companhia de bandeira nacional TAAG.

Com a entrada em funcionamento do AIAAN, o Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro ocupar-se-á das Operações de Voos Especiais, Executivos (Presidenciais), actividade de transporte aéreo não comercial, voos não regulares e servirá como Centro de Manutenção e Formação.

Economia sem makas: Governo apresentou ontem o outlook para a economia angolana e as perspectivas não são as melhores

Mário Caetano João avançou estes dados na abertura da 2.ª edição do Angola Economic Outlook 2023, que se realizou, em Luanda, subordinado ao tema “O Capital Humano como Factor Decisivo para o Desenvolvimento”, organizado em parceria com a revista Economia e Mercados.

O governante angolano frisou que Angola espera, pelo terceiro ano consecutivo, registar um crescimento económico, salientando que o Fundo Monetário Internacional (FMI), na sua mais recente publicação do World Economic Outlook, perspectiva para o país lusófono um crescimento de 1,3%, mas as projecções do Governo apontam para um crescimento ligeiramente abaixo, de 1%, devido ao decréscimo da produção petrolífera.

Para o Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2024, o Governo angolano teve como preço “conservador” o valor de 65 dólares por barril de petróleo e uma produção petrolífera revista em baixa de 1,060 milhões de barris diários.

Segundo o ministro, a contração nos níveis de produção de petróleo configurou um cenário de menor disponibilidade de moeda forte no mercado cambial, no primeiro semestre deste ano, tendo resultado na depreciação do kwanza face ao dólar dos Estados Unidos da América em cerca de 40%.

“Este ambiente de desaceleração da economia real e do mercado cambial afetou severamente o processo de consolidação das contas públicas e a estabilidade do nível geral de preços na economia, tendo a inflação homóloga invertido, em maio, a tendência decrescente, fixando-se em cerca de 15% em setembro deste ano”, referiu.

Sobre a depreciação do kwanza, o vice-governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Pedro Castro e Silva, adiantou que para 2024 se prevê que se mantenha para os países africanos menor acesso ao mercado da dívida, indicando que não haverá alteração ao nível da moeda estrangeira no mercado cambial local.

Para 2024, o FMI perspetiva um crescimento para a economia angolana de 3,3%, enquanto o Governo projeta um crescimento de 2,8%, principalmente movida pelo setor não petrolífero.

Na sua apresentação, o secretário de Estado do Planeamento, Milton Reis, disse que os dados mais recentes apontam para um crescimento “muito baixo”, prevendo uma aceleração para os próximos anos, com base nas medidas que o Governo começou a tomar a partir de junho deste ano.

Milton Reis frisou que o fraco crescimento de 2023 deve-se à tendência de declínio da produção petrolífera, devido aos campos antigos e ausência de novas descobertas, destacando o ainda robusto crescimento e manutenção do sector não petrolífero, que deverá crescer em 2024 acima dos 4%.

Em relação aos preços, o país continua a assistir também no ano em curso a uma pressão, essencialmente pelos bens alimentares.

O secretário de Estado do Planeamento angolano frisou que a economia angolana continua a enfrentar riscos, entre os quais a fraca recuperação da economia mundial, o nível da produção de petróleo, ainda a principal fonte de divisas do país, necessárias para dinamizar o sector não petrolífero.

“Quando temos dificuldades no sector petrolífero isso afeta também toda a economia não petrolífera, então temos que continuar a olhar para o petróleo com essa importância que ela tem para a nossa economia, apesar de todos os esforços da diversificação, precisamos dos recursos do setor petrolífero para acelerar esta dinâmica desta diversificação”, realçou.

Economia sem makas: PR diz que o Governo vai deixar de construir centralidades

O Presidente da República, João Lourenço, afirmou, esta segunda-feira, 06 de Novembro, em Caxito, na província do Bengo, que o Estado vai deixar de construir centralidades, depois das províncias do Cuanza-Norte, Malanje, Zaire e Cabinda.

O Chefe de Estado que falava á imprensa, após a inauguração da Centralidade Teresa Afonso Gomes, localizada a 68 quilómetros a norte de Luanda, reiterou, que compete ao Executivo á implementação de políticas que visam a preparação e criação de infraestruturas para auto-construção dirigida, bem como tornar mais baratos os materiais de construção, que devem ser produzidos localmente.

“Aquilo a que nós chamamos de Centralidades, não são propriamente habitação social”, frisou o Presidente João Lourenço. “Portanto há de chegar o momento , e não está muito longe, em que o Estado vai deixar de construir centralidade e nós vimos avisando”, sublinhou o Governante , garantindo que será mantido o compromisso da construção das centralidades que já foram anunciadas, em pelo menos cinco cidades do País, nomeadamente Ndalatando, Mbanza Congo, Soyo, Cabinda e Malanje.

O Titular do Poder Executivo, avançou, que a questão da habitação é da responsabilidade de vários actores, designadamente o sector privado, o cooperativo e o próprio cidadão, que também devem fazer a sua parte , assim como os homens de negócios que podem investir no sector.

Nos últimos anos, o Governo construiu, de forma cumulativa, cerca de 28 centralidades, urbanizações e projectos habitacionais, com mais de 330 mil habitações, tendo beneficiado mais de dois milhões de cidadãos nacionais, em todo o território nacional, com destaque para a juventude, antigos combatentes e veteranos da pátria, pessoas com deficiência, funcionários públicos, entre outros.

Noutro momento, o Presidente João Lourenço, deu a conhecer que a estrada que liga a vila de Caxito ao município do Nambuangongo, será reabilitada em breve, tendo orientado o Ministério das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, e ao Governo Provincial do Bengo, a conclusão da empreitada com urgência, que deverá estar pronta até a sua próxima visita de trabalho a província.

 
Data de Emissão: 08-11-2023 às 07:00
Economia sem makas: Fundo de Garantia de Crédito e o financiamento da economia

O Fundo de Garantia de Crédito é uma instituição financeira não bancária, criada a 04 de Maio de 2012 por Decreto Presidencial n.º 78/12 em 2012, dada a necessidade de existência de uma entidade que facilitasse o acesso ao crédito bancário das Micro, Pequenas e Médias Empresas e empreendedores singulares, através de mecanismos de garantias públicas, para o desenvolvimento das suas actividades.

O FGC é ainda responsável pela promoção, defesa e desenvolvimento do Sistema Nacional de Garantias, bem como actua como contra garante nas operações das demais instituições em conjunto com todas as instituições financeiras que se dedicam à concessão de garantias de crédito.

O FGC está sujeito às superintendência do Titular do Poder Executivo, exercida pelo Titular do Departamento Ministerial responsável pelas Finanças Públicas.

Para fazer face aos desafios que a economia angolana enfrentava, o Governo criou o Programa Angola Investe e elaborou legislação específica, a Lei nº30/11 de 13 de Setembro de 2011 para apoiar e estimular as Médias, Pequenas e Micro Empresas (MPME). Este programa visou a criação e fortalecimento das MPME nacionais apresentando-se como uma oportunidade para desenvolver e diversificar a economia do país.

Os principais objectivos do Programa Angola Investe foram:

  • Diversificação da economia para sectores para além do petróleo e gás;
  • Aumentar a produção nacional;
  • Combater a pobreza, através do emprego e de autoemprego (microempresas);
  • Estimular a formalização das actividades económicas em angola e melhorar a taxa de bancarização da população.

Benefícios oferecidos às MPME:

Condições de financiamento

  • Em função de grande parte do crédito bancário ser destinado aos sectores do comércio e serviços, beneficiaram de condições especiais de financiamento os sectores productivos como, Agro-pecuária, Pescas, Materiais de Construção, Indústria Transformadora, Geologia e Minas, e os Serviços de Apoio ao Sector Productivo;
  • Bonificação de juros com taxa máxima de 5%;
  • Garantia pública prestada pelo Fundo de Garantia de Crédito (FGC), de até 70% do crédito concedido.
Data de Emissão: 07-11-2023 às 07:10
Economia sem makas: Luanda monopoliza 7 dos 10 municípios mais ricos do país
  • Luanda monopoliza 7 dos 10 municípios mais ricos do país

O maior município em termos de dinheiro é o município de Luanda com 55 mil milhões de kwanzas, o município de Luanda gere mais dinheiro do que uma parte importante dos Ministérios, depois de Luanda está Viana, Cacuaco, Cazenga, Belas, Talatona e Icolo e Bengo com 13 mil milhões de kwanzas. Fora da província de Luanda temos o município de Benguela com 35 mil milhões de kwanzas, e o Lobito com 12,7 mil milhões de kwanzas e Cabinda que está ligeiramente acima do Lobito. 

O município que tem menos dinheiro é o município do Quitexe (Uíge) com 1,7 mil milhões de kwanzas. 

 

  • Importações mais difíceis ameaçam inflação

Empresários, economistas e comerciantes apontam como principais causas da recusa dos produtos produzidos em Angola os preços e a qualidade, as marcas já reconhecidas no mercado internacional e o fato de muitos importadores terem já os seus parceiros tradicionais.

O ministro de Estado angolano para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, lamentou recentemente que investidores grossistas se tenham recusado a adquirir produtos feitos em Angola.

Ao falar à imprensa, aquele governante admitiu que, como consequência, alguns produtores nacionais encontram dificuldades na colocação dos seus produtos nos centros comerciais, onde há uma forte concorrência de produtos importados.

Massano anunciou que “o Ministério da Indústria e Comércio e o Ministério da Economia e Planeamento vão reunir-se com os principais produtores de bens alimentares nessa condição para tentarmos aproximá-los”.

 

  • Câmbio paralelo dispara

Falta de divisas na banca e atrasos nas transferências levam empresas e particulares a recorrer às kinguilas, o que fez disparar a taxa de câmbio no mercado informal. As ruas funcionam como barómetro para o valor real da moeda nacional pelo que se o BNA não estivesse a prender o câmbio, a moeda norte-americana estaria hoje mais próxima dos 1.000 Kz. E o cenário próximo não é animador.

O mercado cambial tem estado praticamente parado nos últimos três meses, numa espécie de um regresso ao regime cambial fixo, o que para os especialistas tem como principal risco uma forte desvalorização da moeda nacional quando voltar, de facto, ao sistema flutuante. Se no mercado formal (bancos) o câmbio está parado, no informal (kinguilas) a taxa está a subir, já que os bancos estão sem divisas e atrasam as transferências para o exterior, pondo em causa negócios de muitas empresas e famílias com responsabilidades fora do País, o que leva empresas e particulares a recorrer às kinguilas, fazendo disparar a taxa de câmbio no mercado informal. Com isso, eleva-se o diferencial, ou gap, entre mercado formal e informal, que praticamente já estava resolvido desde 2021.

 

  • Confiança dos empresários volta a cair 

Crise cambial, falta de produtos intermédios, dificuldades financeiras, equipamentos insuficientes, ausência de mão-de-obra qualificada e excesso da burocracia são alguns dos constrangimentos. Contribuíram para esta queda, a carteira de encomendas actual, ruptura de stocks, perspectiva de actividade e as perspectivas de criação de emprego.

O pessimismo dos gestores e dos patrões sobre as perspectivas de evolução da economia angolana aumentou, revela o inquérito sobre a conjuntura económica às empresas do II trimestre de 2023, publicado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no mês passado.

O indicador de clima económico (ICE), que avalia as expectativas dos empresários sobre a evolução da economia no curto prazo, caiu dois pontos de 14 pontos positivos no primeiro trimestre de 2023 para 12 pontos no II trimestre, o valor mais baixo desde o terceiro trimestre do ano passado, quando o indicador se fixou nos 6 pontos.

 

Economia sem makas: A CGSILA falou sobre o aumento do salário e a subida do limite de isenção do IRT

Centrais Sindicais angolanas exigem do Governo a definição de um salário mínimo nacional único na ordem dos 245 mil kwanzas (cerca de 250 dólares) e um aumento de salário da função pública de 250 por cento.

O caderno reivindicativo já está nas mãos do Executivo que diz estar a estudar o documento para ver se haverá ou não sustentabilidade
para a sua aplicação.

As centrais sindicais dão um prazo ao Governo até Dezembro para um posicionamento, caso contrário não descartam a possibilidade de uma paralisação geral.

Há pouco tempo, o Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTESS) assegurou estar em curso um estudo, para uma “uniformização dos salários da Administração Pública”, sem, no entanto, avançar de que forma vai o fazer.

A ministra Teresa Dias reconheceu publicamente que os salários praticados em Angola são dos mais baixos, em comparação com os países da região austral do continente.

A governante disse, na ocasião, haver uma grande disparidade salarial entre os vários setores dos três poderes soberanos e que há a necessidade de uniformizar os salários.

Agora, as três grandes centrais sindicais vêm dizer que a grande preocupação não está nos órgãos de soberania, mas na grande classe de trabalhadores de base e, por isso, propõem um aumento de salário de toda função pública.

Francisco Jacinto, secretário-geral da Central Geral de Sindicatos Independente de livres de Angola (CGSILA), em nome das três centrais que já remeteram um caderno reivindicativo, reitera o posicionamento dos sindicatos.

“Nós pedimos um reajuste do salário mínimo pedimos também um
aumento do salário da função pública e pedimos igualmente a redução do Imposto sobre o Rendimento do Trabalho (IRT) para 10 por cento, o Governo tem já em mãos o caderno reivindicativo, nós, o movimento sindical, demos até ao próximo mês de dezembro para o Governo responder, se até lá não o fizer tomaremos as medidas que acharmos convenientes”, sublinha Jacinto.

Economia sem makas: Desvalorização do Kwanza incentiva comércio transfronteiriço

Os tempos em que os angolanos eram notícia por fazerem compras, de tudo ou quase tudo, na vizinha Namíbia parecem já passados. Actualmente, a história é contada de maneira diferente Centenas de comerciantes namibianos atravessam a fronteira e vêm fazer compras na província de Cunene, onde os preços são mais atractivos.

O massango, principal fonte de alimentação das populações das províncias de Cunene e Huíla, juntamente com a cana-de-açúcar, lidera a lista dos principais produtos nacionais exportados comercialmente através do posto fronteiriço de Santa Clara no Cunene para a República da Namíbia.

Localizado a 45 quilómetros ao Sul de Ondjiva, capital do Cunene, o posto fronteiriço de Santa Clara é considerado o maior mercado fronteiriço do Sul de Angola. A diferença torna-se, ainda, mais evidente quando se comparam os preços dos produtos dos dois lados da fronteira, que em muitos casos podem ser até 50% mais baratos.

No mercado da Santa Clara é fácil observar carros com placas namibianas em movimento constante.

De acordo com o responsável, o facto de o Kwanza estar a sofrer  uma crescente desvalorização, enquanto o dólar namibiano, moeda utilizada nas transacções comerciais com aquele país, tem se valorizado substancialmente ” tem reduzido o poder de compra dos angolanos que realizam comércio na fronteira, assim como dos pequenos e médios empresários que dependem do mercado namibiano”.

Data de Emissão: 02-11-2023 às 07:10
Economia sem makas: Proposta do Orçamento Geral do Estado para 2024

A proposta do Orçamento Geral do Estado (OGE), com receitas e despesas estimadas em 24,6 biliões de kwanzas, vai ser submetido à Assembleia Nacional, depois de ter sido apreciado esta segunda-feira, 30 de Outubro, pelo Conselho de Ministros.

Em declarações à imprensa, a ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, explicou que foi apresentado um conjunto de pressupostos, entre os quais a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

“Antevemos uma taxa de crescimento de 2,84 por cento, assente, exclusivamente, na performance do sector não petrolífero, que prevemos que cresça 4,62 por cento”, disse a ministra, no final da reunião.

As projecções económicas para o ano de 2024 foram preparadas na base de um preço médio do barril do petróleo de 65 dólares e uma produção petrolífera média diária de 1,060 milhão de barris/dia, sendo que a inflação projectada está fixada em 16,6 por cento.

O Executivo vai desembolsar 40,7 por cento do OGE para amortização da divida pública e capitalizações e prevê o aumento na despesa social de 2,1 por cento, comparativamente ao ano de 2023.

Vera Daves de Sousa fez saber que, relativamente ao sector da educação, foi destinado 15, 6 por cento, para a saúde 13,4 por cento e 10,4 para a habitação.

“No sector de Defesa e Segurança, a Ordem Pública registou um peso de 17,4 por cento da despesa fiscal primária e os serviços públicos gerais representam 22 por cento da despesa fiscal primária. Foi uma das categorias de despesa que tiveram redução nesse esforço de proteger o sector social”, disse a ministra.

Os serviços públicos gerais também sofreram redução comparativamente ao ano anterior.

“Uma das categorias de despesa que optamos por sacrificar são os serviços públicos gerais, com a diminuição de 12, 9 por cento comparativamente ao OGE de 2023”.

O Executivo vai continuar a apostar na inclusão económica e social das mulheres. Para tal, neste OGE foi reservado, segundo a ministra das Finanças, “um conjunto de acções e iniciativas alinhadas ao PDN 2023 -2027, com esse propósito, orçadas em 11,5 milhões de kwanzas.

Na mesma sessão, o Conselho de Ministros apreciou o Relatório de Balanço de Execução do Orçamento Geral do Estado referente ao III.º Trimestre de 2023, documento que será igualmente submetido à apreciação da Assembleia Nacional, e que apresenta um conjunto de informações, relativas à execução orçamental, financeira e patrimonial do período.

A titular do sector das Finanças avançou que no III.º Trimestre de 2023 foram arrecadadas receitas no valor de 3,42 biliões de kwanzas e realizadas despesas no valor de 3,76 biliões de kwanzas, tendo sido registado um resultado orçamental deficitário.

No que diz respeito ao comportamento da inflação no período em referência, foi constatado que se manteve a tendência de aceleração, situando-se em 15,01 por cento em Setembro do corrente ano e representando um acréscimo de 3,76 pontos percentuais face ao observado no final do trimestre anterior, e um decréscimo de 3,15 pontos percentuais face ao que foi observado em Setembro do ano anterior.

Em termos de impacto social e económico, a execução do OGE pelos diversos órgãos, ao longo do III.º Trimestre de 2023, permitiu a redução da taxa de mortalidade materna em 73,9 por cento e a incidência de transmissão do vírus do HIV/SIDA de mãe para filho em 10 por cento.

Registou-se, igualmente, a redução de 10 por cento de mortes por malária em comparação a 2022, que registou alto número de casos devido à pandemia da Covid-19. Igualmente, foi registado o aumento da percentagem da população com acesso aos serviços de saúde para 60 por cento e um incremento médio de 19,5 por cento referente à cobertura nacional de vacinação de rotina.

Durante o período em apreço, no âmbito do PIIM, destacaram-se as despesas executadas em projectos de reabilitação e expansão de sistemas de abastecimento de água, reabilitação de redes de distribuição de energia eléctrica, construção e reabilitação de infra-estruturas rodoviárias, bem como a construção de infra-estruturas autárquicas, de forma a dar um impulso maior à implementação das autarquias.

Ao nível do Programa Investimento Público, foram concluídos cerca de 53 projectos, com execução física de 100 por cento, onde se destacam a construção de infra-estruturas de casas evolutivas, construção de mercados, construção e apetrechamento de escolas, hospitais, centros de saúde comunitários e centros de formação profissional, expansão da rede de iluminação pública e domiciliar e a reabilitação de estação de tratamento de água, entre outros projectos.

Economia sem makas: Banco Mundial apoia ou não gestão danosa do Fundo Soberano?

Política de investimento inicial foi mal desenhada e pior implementada, enquanto a gestão ficou marcada pela falta de transparência e actos de corrupção. Desde 2016, fundo acumula um resultado líquido negativo de 269 milhões USD.

Um relatório do Banco Mundial sobre as finanças públicas angolanas, publicado em Fevereiro, destapa mais uma vez os graves problemas de gestão e más práticas que afectam o Fundo Soberano de Angola (FSDEA) desde a sua criação. Se a gestão tivesse adoptado uma estratégia conservadora, com a utilização de aplicações financeiras nos principais índices bolsistas internacionais, assegura o Banco Mundial, a capitalização do FSDEA teria subido de 5.000 milhões USD (a dotação inicial) para 6.500 milhões USD. Desde 2012, o FSDEA foi descapitalizado em cerca de 2.900 milhões USD.

Como referência, o Banco Mundial utiliza o índice S&P 500 (que agrupa os maiores activos cotados na Bolsa de Nova Iorque) para lembrar que os 5.000 milhões USD atribuídos ao FSDEA teriam atingido 6.500 milhões USD em Junho de 2022, mesmo “depois de replicados os levantamentos de fundos que ocorreram em 2019 e 2020”.

“Isto representa um aumento de 31% em relação à dotação original e cerca de três vezes o saldo real do FSDEA de Junho de 2022”, recordam os autores do relatório, que também asseguram que “não é de surpreender que o fundo tenha um desempenho inferior ao dos padrões de referência”. Em Dezembro de 2022, segundo o relatório e contas do FSDEA, auditado pela Ernst & Young (EY), o fundo já só valia cerca de 2.100 milhões USD, ou seja, menos 2.900 milhões USD do que em 2012.

Outro dado significativo, sobretudo quando considerada a visão e os objectivos que deram origem ao FSDEA, é que desde 2016, primeiro exercício auditado disponível publicamente, a instituição apresenta prejuízos acumulados de 269 milhões USD.

Para Neto Costa, economista e antigo ministro da Economia e Planeamento entre Julho de 2019 e Janeiro de 2020, os valores que têm servido para o financiamento do PIIM “foram mobilizados pelo dono do fundo [Estado], correspondendo a um desinvestimento”. “Já as perdas líquidas efectivas, pelo menos até 2017 – quando a gestão parecia mais um “negócio de compadres” – corresponderão, fundamentalmente, às remunerações pagas ao então gestor, líquidas dos ganhos, mais os custos operacionais”, explica.

Segundo o relatório e contas do FSDEA relativo a 2022, a instituição chegou a incorporar um total de 74 empresas (todas praticamente desconhecidas e sem actividade económica visível), entretanto agrupadas na entidade FSDEA International Holding PCC. Até 31 de Dezembro de 2022, 31 processos de liquidação deram entrada nas Maurícias (15 já foram concretizados).

Foram ainda constituídos 17 processos de liquidação em Angola (apenas dois estão concluídos – Kijinga e Ulussu), de acordo com a informação publicada pelo FSDEA. Suspeita-se que este formato operacional, com a criação de inúmeras entidades ligadas entre si, funcionava como veículo para o branqueamento de capitais e corrupção.

As empresas Kijinga e Ulussu, agora extintas, são um exemplo concreto sobre as práticas difusas e a forma como os activos foram sendo geridos pelo FSDEA. Denunciadas pelo portal Maka Angola em 2015, as referidas entidades receberam transferências directas do FSDEA que totalizaram 100 milhões USD, apesar de não apresentarem actividade económica relevante.

Na altura, em resposta às elevadas suspeições e denúncias de corrupção publicadas pelo Maka Angola, o presidente da Quantum Global, a única gestora à época dos activos do fundo, Jean-Claude Bastos de Morais, afirmou de forma lacónica, em comunicado, que “a empresa Kijinga não tem como objecto prestar serviços, mas está focada na criação de empresas na fase de arranque para micro-negócios de empresários angolanos”.

Economia sem makas: Falta informação sobre OGE 2024 nas vésperas da sua apresentação

– Falta informação sobre OGE 2024 nas vésperas da sua apresentação;

– Mercado Único Africano dos Transportes Aéreos não descolou quase 25 anos depois de decidida a sua criação;

– Empresários agrícolas pedem crédito com títulos falsos;

– Angola sai bem na fotografia da Reunião Interparlamentar;

Data de Emissão: 30-10-2023 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Governo diz que vai criar leis contra o contrabando de combustíveis

O Governo quer acabar com o contrabando de combustível e de outros produtos derivados do petróleo, a garantia foi dada pelo ministro dos Recursos Mineiras, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo.

O documento, que foi apreciado pelo Conselho de Ministros de Angola, surge da necessidade de se trabalhar em legislação especializada, apesar de existir já legislação sobre esta matéria em outros instrumentos legais.

“Mas era necessário congregarmos numa lei especializada e que tornasse também tudo mais expedito para podermos combater este fenómeno”, disse o ministro à imprensa no final da reunião.

Diamantino Azevedo sublinhou que o problema não fica resolvido com esta proposta de lei, mas com “várias medidas que convergem para a solução da questão”.

“O país tem efetivamente muitos prejuízos, porque isto também interfere no abastecimento do próprio mercado nacional e é também uma questão de soberania nacional”, frisou.

Quando a lei for aprovada, o país vai ter um instrumento não só para coação dos envolvidos, mas também para facilitar a atuação, para se constranger os infratores, adiantou.

“Isto, com todas as outras medidas que se pretende tomar, poderá pôr cobro a essa questão que afeta todo o sistema económico do país”, realçou.

Os vários tipos de contrabando, tipificados na proposta, ficam aglutinados numa lei única, bem como a moldura penal desses crimes e formas mais expeditas de ação.

Semanalmente, as autoridades angolanas anunciam a apreensão de quantidades significativas de derivados de petróleo, que maioritariamente têm como destino a República Democrática do Congo, país com o qual partilha uma extensa fronteira, havendo igualmente o registo de contrabando de combustível no sul de Angola, para a vizinha Namíbia.

O comunicado de imprensa desta reunião refere que foi também apreciada, para envio ao parlamento, a proposta de Lei de Segurança Nacional, para a conformação da atual organização e funcionamento do sistema de segurança nacional aos princípios e normas estabelecidos na Constituição da República de Angola, bem como ao contexto nacional e internacional, garantindo a independência e soberania nacional, a defesa e integridade territorial, o Estado democrático de direito, a segurança das populações e dos seus bens e a proteção do património nacional.

No quadro da política externa, o Conselho de Ministros aprovou, para submeter ao parlamento, vários instrumentos bilaterais, entre os quais se destaca o Acordo de Facilitação de Investimentos Sustentáveis entre Angola e a União Europeia, com vista a facilitar a atração, a expansão e a retenção de investimento direto estrangeiro entre as partes, para efeito de diversificação económica e de desenvolvimento sustentável.

Economia sem makas: Agência de notação financeira Moody's decidiu manter o rating de Angola em "B3"

Agência de notação financeira Moody’s decidiu manter o rating de Angola em “B3” e a perspectiva de devolução positiva refletindo os esforços do Governo em áreas como finanças públicas e gestão cambial.

“A decisão da Moody’s de manter a perspectiva de evolução positiva reflecte os esforços do Governo para restaurar a robustez das contas públicas e melhorar a gestão cambial”, lê-se na nota divulgada em Londres.

Os analistas da Moody’s escrevem que “o empenho do Governo em manter um orçamento quase equilibrado, mesmo no caso de uma queda nas receitas petrolíferas, sinaliza uma melhoria gradual na governação”, pelo que nos próximos 12 a 18 meses a Moody’s vai continuar a analisar “se o Governo consegue inverter a deterioração do peso da dívida testemunhada em 2023 e se o risco cambial diminuiu de forma sustentada”.

A manutenção da opinião sobre a qualidade de crédito em “B3”, cinco níveis abaixo da recomendação de investimento, “reflecte o actual elevado nível do peso e do custo da dívida, bem como um elevado risco cambial”, a que se junta a lentidão da transição energética, já que Angola “vai demorar algum tempo a reduzir a sua vulnerabilidade estrutural aos choques na indústria petrolífera, que continua a ser um sector volátil”.

Na nota enviada aos investidores, a Moody’s considera que as receitas do Estado vão beneficiar da estabilização da produção petrolífera em cerca de 1,1 milhões de barris diários até 2030, período durante o qual deverão registar-se “significativos investimentos em projectos de águas ultraprofundas”.

Por outro lado, e não havendo uma nova depreciação da moeda como a que existiu no primeiro semestre, em que o Kwanza afundou cerca de 40 por face ao dólar, “o aumento do peso da dívida para 78 por cento do PIB em 2023, que compara com os 61 por cento no ano passado, pode ser completamente revertido até 2025”, acreditam os economistas da Moody’s, prevendo também que o rácio da dívida sobre a receita caia para menos de 250 por cento e o rácio entre o pagamento de juros e as receitas desça para cerca de 20 por cento”.

Para além disso, concluem, o nível de necessidades de endividamento deverá rondar os 8,00 por cento do PIB em 2024 e 2025, depois de ter sido de 11 por cento este ano.

Economia sem makas: Nota Informativa do Ministério da Indústria e Comércio

Nota Informativa do Ministério da Indústria e Comércio sobre renovação de licença de produtos de grande consumo gera confusão ao ser interpretada com proibição de importação destes produtos.

Os agentes económicos, despachantes oficiais e especialistas em comércio internacional acusam o MINDCOM de “violar a lei”, ao emitir uma nota informativa que deixa permitir a prorrogação do Documento Único (DU) provisório, para as importações que estejam vencidas.

A nota acrescenta que a medida abrange todos os produtos de amplo consumo – o Ministério enumerou 145 – “cuja produção local já é capaz de dar resposta às necessidades, tanto de consumo da população como de matérias-primas para as indústrias locais”.

Esta medida, entretanto, contraria um decreto presidencial que desde 2020, permite a prorrogação depois de 120 dias, desde que devidamente justificada.

 

Economia sem makas: Comunidade chinesa desesperada com a falta de doláres no mercado

Os empresários e microempresários chineses estão com dificuldades em fazer transferência para o estrangeiro. O euro baixou sexta-feira última, tendo sido negociado abaixo de 1,06 dólares, devido à cautela dos investidores que leva à procura de activos considerados seguros, o que beneficia o dólar.

A comunidade chinesa e os empresários chineses são importantes em termos de mercadorias que vêm da China. Se a oferta de produtos estrangeiros diminuir devido a falta de divisas, corremos um risco de aumento de inflação.

O que a comunidade chinesa vive é extensível as outras comunidades, todos estão a viver o mesmo problema, uns com mais e outros com menos intensidade. Isto depois pode afastar investidores, os chineses dizem que se as coisas continuarem assim regressarão à China.

 

Economia sem makas: A dívida pública angolana
  • A dívida pública angolana

As dívidas do Estado angolano colocam o Governo entre a espada e a parede, sem dinheiro para investimentos que só novos empréstimos podem garantir, dificultando ainda mais a posição do executivo.

A ministra das Finanças Vera Daves admitiu que só os investimentos privados podem agora resolver essa situação e que o Governo está a gerir a dívida pública no limite, representando 60 por cento do Orçamento Geral do Estado (OGE).

Este reconhecimento acontece numa semana em que dois acordos de financiamentos assinados pelo Presidente João Lourenço voltaram a fazer soar alarmes em relação ao factor sustentabilidade e à falta de discussão na Assembleia Nacional.

Vera Daves afirmou que o Estado, com uma elevada dívida pública, já não tem capacidade para criar riqueza e empregos por via do investimentos

“Nós estamos a gerir mesmo no limite, como se costuma a dizer, a dívida é cerca de 60% do OGE, de modo que é muito”, disse.

“Precisamos de montantes elevados, de injecção de dinheiro fresco na economia. Só que, com os níveis de endividamento que temos, o Estado já não tem capacidade, por isso Angola deve encontrar o seu caminho para atrair o investimento privado”, acrescentou a ministra.

 

  • Bancos pequenos queixam – se de “apartheid” na venda de divisas

Petrolíferas estrangeiras recusam-se a vender divisas no mercado primário na plataforma da Bloomberg, alegando questões relacionadas com o cumprimento de compliance, depois de o BNA as ter proibido de negociar moeda estrangeira directamente com os bancos com que já trabalhavam, apurou o Expansão junto de várias fontes do sector bancário. Em resposta, o banco central está a comprar divisas às petrolíferas e a repassá-las aos bancos sem mexer na taxa de câmbio, o que segundo especialistas é uma solução perigosa que pode afundar mais o kwanza quando o problema estiver resolvido.

 

  • Novo Aeroporto Internacional de Angola

Ricardo de Abreu no dia 1 de setembro, à imprensa o grau de execução das obras do novo aeroporto, que começaram, em 2013, como uma parceria público privada, desfeita em 2017, altura em que o Estado angolano assumiu o projeto como um investimento público, com um financiamento da China de 1,4 mil milhões de dólares (1,2 mil milhões de euros).

O governante angolano considerou que o custo de investimento total, de perto de três mil milhões de dólares (2,7 mil milhões de euros, “não é muito” para a dimensão e relevância do projecto, em termos de retorno para a economia deste país lusófono.

 

  • Reserva Estratégica Alimentar 

Em Angola, obter alimentos está a tornar-se cada vez mais difícil devido ao aumento exorbitante dos preços. Famílias de diversas regiões do país expressam diariamente seus lamentos.

Há quem deposite esperança na Reserva Estratégica Alimentar (REA), uma iniciativa do Governo angolano que tem como objetivo regular o mercado e influenciar a redução dos preços dos produtos alimentares essenciais que compõem a cesta básica. No entanto, muitos questionam o papel da REA.

Em maio do ano passado, o coordenador da REA afirmou que Angola estava preparada para movimentar 1,2 mil milhões de toneladas de produtos da cesta básica ao longo de 2023.

Contudo, o docente universitário António Dias tem vivido dias difíceis e não acredita na eficácia da REA, considerando-a um projeto falhado: “Você vai ainda comprar feijão fora do país, vai comprar milho e massambala fora do país. Porquê? Tem que se desmantelar essa rede de ‘michas’ [gorjeta, gratificação, nota da redação] que existe no país”, afirma António Dias, e adianta: “Há vários empresários que aparecem na televisão para reclamar que os seus produtos estão a estragar no campo”. 

 

 

 

Economia sem makas: Sector de recursos naturais em Angola é petróleo e diamante e o resto não é explorado

O Sector dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, em 2022, procurou dar continuidade às acções e iniciativas tendentes a promoção de um ambiente de negócio transparente e competitivo, para a atracção e retenção de investimentos privados e contribuição para a diversificação da economia.

No Subsector dos Recursos Minerais, destacam-se as seguintes ocorrências:

A produção de diamantes foi de 8.763.309,30 quilates, sendo 8.716.997,99 quilates provenientes da produção industrial e 46.311,31 quilates da produção semi-industrial. Comparativamente ao período anterior observou-se um aumento de 0,48%, como resultado da retoma gradual do normal funcionamento das operações mineiras.

Quanto ao ouro, a produção totalizou cerca de 2.541,74 onças finas. Comparativamente ao ano precedente registou-se um aumento de 145,10%.

Relativamente às rochas ornamentais, no período em análise, a produção totalizou 156.769,04 m3.

Comparativamente ao ano anterior registou-se um aumento de 82,03%.

No que diz respeito aos inertes, a produção totalizou 4.261.999,22 m3, dos quais, 1.882.959,11 m3 correspondem aos minerais para a construção civil e 2.379.040,11 m3 aos minerais para a indústria.

Em 2022 foram produzidas 9.637,76 toneladas métricas de ferro gusa.

Durante o ano de 2022 foram produzidas 73.570 toneladas métricas de manganês, quantidade superior em aproximadamente 56,53%, quando comparada com o ano anterior.

A comercialização de diamantes, em 2022, foi de 9.210.940,91 quilates, valorizados em USD 1.965.247.516,65, ao preço médio de 213,360 USD/Qlts.

As exportações de diamantes totalizaram 8.879.633,93 quilates, valorizadas em USD 1.976.719.565,16, ao preço médio de 222,61 USD/Qlts.

O país exportou um total de 3.531,55 onças finas de ouro, valorizadas em 5.387.504,71 dólares americanos.

No período em análise foram exportadas 167.388,39 m3 de rochas ornamentais, valorizadas em AKZ 32.458.519.673,60, a um preço médio ponderado de 193.911,42 Akz/m3.

Em 2022, o país exportou 100.600 toneladas métricas de ferro gusa, valorizadas em 6.638.000 dólares americanos.

O país exportou 150 toneladas métricas de manganês, comercializadas em 15.508,80 dólares americanos.

No concernente aos inertes, as vendas totalizaram 4.076.443,14 m3, valorizadas em AKZ 8.846.538.857,27.

No referido período, os investimentos no segmento diamantífero em projectos em produção e em prospecção totalizaram USD 424.750.356,77.

Economia sem makas: Angola tem a maior taxa de empreendedorismo entre 50 países analisados no estudo

Segundo a pesquisa, realizada pelo Centro de Estudos e Investigação Científica da Universidade católica de Angola (CEIC-UCAN), Angola atingiu uma taxa de empreendedorismo em estágio inicial de 53, 4% – um aumento de oito por cento (8%) relativamente às economias analisadas, dentre as quais cinco africanas.

O estudo, apresentado na sessão da 9ª edição do “Projecto Global Entrepreneurship Monitor (GEM) Angola”, aponta a Guatemala com 29,4% – segunda maior taxa, e a Polónia com 1,6% , a mais baixa, entre as 50 economias analisadas.

De acordo com o documento, para a obtenção desses resultados, foram considerados vários critérios de análise.

Quanto ao insucesso, a pesquisa avança que é relativamente baixo, nos últimos anos, apresentando, em 2020, valores aproximados a 49,6 por cento, comparativamente ao ano de 2018.

Refere também que a intenção de iniciar um negócio, estimado em 58, 6% continua a ser a mais elevada entre as populações angolanas do que em qualquer outra dos países analisados pelo GEM no período 2022-2023.

Realça ainda que a actividade empreendedora na faixa etária mais jovem, entre 25-34 anos, registou maior crescimento em 2022, com 58,6%, e tem aumentado de ano em ano, uma vez que em 2018 era de 51% e, em 2020, 54%.

Economia sem makas: Preço da gasolina e do gasóleo sem subsídios rondará actualmente os 900 kzs por litro

A questão dos subsídios aos combustíveis tem sido um tema que divide opiniões, para alguns especialistas apenas beneficia os mais ricos e deve ser retirado, para outros ajuda a reduzir o custo de vida das populações mais carenciadas que usam os transportes públicos e privados para se deslocar. Há ainda quem defenda que os subsídios fazem mais mal que bem à economia em especial na actividade da petrolífera estatal angolana, que tem visto nos últimos anos a sua dívida financeira relacionada com a importação dos combustíveis manter-se ao mesmo nível numa altura que precisa de a reduzir.

O Executivo tem um acordo com o Banco Mundial e com o FMI para iniciar a retirada aos subsídios a partir de Janeiro de 2023, depois de já ter adiado essa meta várias vezes.

No dia 02 de Junho, o Governo estabeleceu um preço de 300 Kz por litro para gasolina, um aumento de 87,5% face aos 160 Kz por litro praticados anteriormente. Mantêm-se inalterados, os subsídios dos restantes produtos, como o gasóleo, o gás de cozinha e o petróleo iluminante.

O Presidente, João Lourenço, afirmou durante o discurso sobre o Estado da Nação, que o Governo vai continuar com o processo de retirada de subsídios aos combustíveis “de forma suave e gradual”, uma semana depois das declarações da ministra das Finanças, Vera Daves, que deixava a porta aberta à suspensão do processo.

Data de Emissão: 18-10-2023 às 07:10
Economia sem makas: Análise do discurso sobre o Estado da Nação

Durante o discurso sobre o Estado da Nação, o Presidente da República mencionou o pacote legislativo autárquico, que continua “parado” na Assembleia Nacional por conta de uma proposta de lei que divide o MPLA e a UNITA.

João Lourenço reafirma que a implementação das autarquias depende do consenso entre os deputados, acrescentando que o Executivo cumpriu com a sua parte ao apresentar à Assembleia Nacional o pacote legislativo.

Durante o discurso sobre o Estado da Nação, João Lourenço disse que a retirada de subsídios aos combustíveis vai continuar. Admitiu também fazer “ajustes necessários” nas finanças públicas e voltar a baixar o IVA em alguns produtos.

Lourenço anunciou que a esperança de vida aumentou e a taxa de mortalidade infantil baixou.

No sector da educação, disse que perto de dez milhões alunos estão matriculados, embora não tenha citado o número de crianças fora do sistema de ensino.

De acordo com o Presidente da República, a distribuição gratuita de livros escolares já é uma realidade, embora isso seja contestado pelos estudantes.

Depois da UNITA gritar “ditadura” no Parlamento, o presidente do grupo parlamentar do partido, Liberty Chiaka, anunciou que vai mesmo avançar com uma réplica ao discurso do Presidente, contra a vontade de João Lourenço.

Economia sem makas: Execução Orçamental do I semestre corta na educação e saúde e poupa defesa e segurança

[ ] Execução Orçamental do I semestre corta na educação e saúde e poupa defesa e segurança

[ ] Estado da Nação

[ ] As intenções de investimentos em Angola

[ ] Preço da gasolina sem subsídio ronda actualmente os 900 kzs

Economia sem makas: Preços da saúde duplicaram nos últimos 2 anos

O IPCN do Instituto Nacional de Estatística (INE) angolano, refere que comparando a variação homóloga actual com a registada em Agosto verifica-se uma aceleração de 1,47 pontos percentuais.

No período em referência, as províncias que registaram menor variação nos preços foram o Bengo (1,15%), Moxico (1,17%) e Benguela (1,24%), enquanto as que registaram maior variação nos preços foram Luanda (2,95%), Huíla (1,68%) e Cabinda (1,58%).

A classe Educação, entre as 12 catalogadas, foi a que registou o maior aumento de preços, com uma variação de 4,08%, destacando-se também os aumentos dos preços verificados nos sectores Transporte (2,70%), Saúde (2,39%) e Alimentação e bebidas não alcoólicas (2,25%).

O nível geral do Índice de Preços no Consumidor da província de Luanda, onde se situa a capital, registou uma variação de 2,95% de Agosto a Setembro de 2023.

A classe Alimentação e Bebidas não Alcoólicas foi a que registou o maior aumento de preços com 1,31 pontos percentuais em Setembro.

Destacam-se também os aumentos dos preços verificados nas classes Bens e serviços diversos e Transporte, com 0,15 pontos percentuais cada, e Educação, Saúde e Vestuário e Calçado, com 0,09 pontos percentuais cada.

As restantes classes tiveram contribuições inferiores a 0,09 pontos percentuais.

Data de Emissão: 13-10-2023 às 07:10
Economia sem makas: Governo pode desacelerar a remoção dos subsídios aos combustíveis para evitar uma repetição dos protestos de Junho

Nenhuma decisão foi ainda tomada nas discussões internas em curso sobre a prorrogação do prazo final de 2025 para a eliminação progressiva dos subsídios, disse Vera Daves de Sousa citada pela agência de notícias Reuters, referindo que o Governo está “a aprender as lições do primeiro movimento, quando a sociedade reagiu com apreensão” ao aumento dos preços dos combustíveis.

Vera Daves de Sousa chefia a delegação que participa das reuniões anuais do FMI e Banco Mundial, que decorre de 09 a 15 de Outubro. Além da ministra das Finanças, a delegação que já se encontra em Marrocos desde domingo, integra o ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, e o governador do BNA, Manuel Dias.

Dar nota que Angola gastou quase 2 biliões kz, cerca de 4 mil milhões USD, para cobrir as despesas com os subsídios aos combustíveis em 2021.

A questão dos subsídios aos combustíveis tem sido um tema que divide opiniões, para alguns especialistas apenas beneficia os mais ricos e deve ser retirado, para outros ajuda a reduzir o custo de vida das populações mais carenciadas que usam os transportes públicos e privados para se deslocar. Há ainda quem defenda que os subsídios fazem mais mal que bem à economia em especial na actividade da petrolífera estatal angolana, que tem visto nos últimos anos a sua dívida financeira relacionada com a importação dos combustíveis manter-se ao mesmo nível numa altura que precisa de a reduzir.

O Executivo tem um acordo com o Banco Mundial e com o FMI para iniciar a retirada aos subsídios a partir de Janeiro de 2023, depois de já ter adiado essa meta várias vezes.

No dia 02 de Junho, o Governo estabeleceu um preço de 300 Kz por litro para gasolina, um aumento de 87,5% face aos 160 Kz por litro praticados anteriormente. Mantêm-se inalterados, os subsídios dos restantes produtos, como o gasóleo, o gás de cozinha e o petróleo iluminante.

Data de Emissão: 12-10-2023 às 07:10
Economia sem makas: FMI corta previsões de crescimento mundial mas aumenta ligeiramente as de Angola

Na atualização das projeções económicas mundiais, divulgadas nesta terça-feira (10) no âmbito das reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, este ano em Marraquexe (Marrocos), a instituição liderada por Kristalina Georgieva destaca a acentuada divergência entre as economias mundiais.

O FMI prevê que o crescimento global desacelere de 3,5% em 2022 para 3% em 2023 e 2,9% em 2024, abaixo da média histórica (2000-19) de 3,8%, com a previsão para 2024 a cair 0,1 ponto percentual (pp.) face ao relatório de Julho.

“Apesar da resiliência económica no início deste ano, com uma recuperação na reabertura e progressos na redução da inflação desde os picos do ano passado, é demasiado cedo para sentir conforto”, refere a instituição.

“Na África subsaariana, o crescimento deverá declinar para 3,3% em 2023 antes de aumentar para 4% em 2024, havendo revisões em baixa de 0,2 pontos e 0,1 pontos, respetivamente, para 2023 e 2024, com o crescimento a manter-se abaixo da média histórica de 4,8%”, diz o FMI no relatório sobre as Perspetivas Económicas Mundiais.

Ainda assim, neste ‘World Economic Outlook’, o FMI já apresenta os dados sobre o crescimento macroeconómico e inflação, entre outros, para todos os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e alerta para o aumento do sobre-endividamento na África subsaariana.

Data de Emissão: 11-10-2023 às 07:10
Economia sem makas: Mercados reagem com contenção à guerra entre a Palestina e Israel

O conflito entre Israel e o grupo militante palestino, Hamas, já deixou centenas de mortos e começa a ter repercurssões na economia mundial.

As principais bolsas do mundo operam em queda e o dólar e o petróleo sobem, diante da cautela dos investidores com a escalada de violência no Oriente Médio. Com barril de petróleo a ser negociado acima dos 85 doláres norte-americanos.

O cenário de instabilidade internacional também pode manter os juros altos nos Estados Unidos por mais tempo, o que tem efeito negativo para o câmbio e investimentos em países emergentes.

Data de Emissão: 10-10-2023 às 07:10
Economia sem makas: Plano de Desenvolvimento Nacional afirma que os angolanos vão empobrecer até 2027

[ ]Plano de Desenvolvimento Nacional afirma que os angolanos vão empobrecer até 2027

[ ]Situação de vida no fim de semana nas Lundas com vários detidos

[ ]AGT obriga Câmara de Despachantes a admitirem novos membros

[ ]Assembleia Geral da Ordem dos Peritos culpa lentidão da justiça pelos problemas na ordem 

 

Data de Emissão: 09-10-2023 às 08:00
Economia sem makas: Mais de 2 em cada 3 angolanos não têm conta bancária

Apesar do incentivo que se tem feito no sentido de melhorar os níveis de bancarização no País, menos de 32% da população com 15 ou mais anos de idade, que corresponde ao total de 5.693.602 pessoas, possui uma conta bancária. Dos que têm conta, 84% tem cartão de débito (Multicaixa) activo, de acordo com os resultados do inquérito de literacia financeira desenvolvida pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e o Banco Nacional de Angola (BNA).

Com uma amostra de 35.190 famílias, o resultado do inquérito realizado durante quatro meses de 2022, nas 18 províncias, revela que 65% dos inquiridos que alegam que não têm uma conta bancária aberta não o fazem porque os seus rendimentos são muito baixos e não justificam ser depositados em bancos. Outros factores que também influenciam o número de pessoas não bancarizadas é a falta de documentos, bem como a falta de agências próximas da sua residência e o não reconhecimento dos benefícios dos serviços bancários.

Assim, conforme os resultados do INE, o nível de literacia financeira no País é de 24,7%, sendo que as mulheres têm maior domínio sobre os assuntos financeiros (55,1%). É na zona urbana onde há pessoas com mais literacia, numa proporção de 62% da amostra.

 

Data de Emissão: 06-10-2023 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): BNA, Créditos, ILF, INE, Salários baixos
Economia sem makas: Encontro do Governo com empresários como aconteceu com as indústrias de bebidas e alimentos são bem-vindos

Encontro do Governo com empresários como aconteceu com as indústrias de bebidas e alimentos são bem-vindos, mas têm de ser realizados outros estudos sectoriais para fundamentar a tomada de decisões. 

O Conselho Nacional de Concertação Social angolano não se reuniu nos últimos cinco anos, condição que viola a Convecção 144 ratificada pelo Governo angolano e preocupa os seus membros por falta de informação sobre as políticas sociais.

José de Lima Massano disse que o país durante muitos anos esteve estruturado para importar, o que deverá continuar a acontecer “lá onde necessário”, mas há necessidade de se fazer “um esforço maior” para se criar “um ambiente mais facilitador a quem quer exportar”.

“É trabalho que está a decorrer, temos um ‘deadline’, que é, até ao final deste ano, termos as soluções facilitadoras para a exportação, portanto, temos aqui um potencial imenso”, afirmou José de Lima Massano.

Economia sem makas: Inaugurado o memorial em Lampedusa para assinalar 10 anos da morte de 368 migrantes eritreus

Inagurado o memorial em Lampudasa, Itália para assinalar 10 anos da morte de 368 migrantes eritreus que fugiam do seu país em busca de uma vida melhor na Europa.

Na noite de 2 para 3 de outubro de 2013, a uma milha da costa, um barco que transportava cerca de 520 migrantes afundou-se, matando pelo menos 368, numa das piores catástrofes de que há memórias nas águas do Mediterrâneo central.

O naufrágio de Lampedusa foi também o primeiro alerta italiano e europeu para o fluxo de migrantes provenientes de África.

Desde então, o fenómeno que transformou Lampedusa na “primeira porta de entrada para a Europa” não cessou e este ano registou níveis recorde: 134.578 migrantes desembarcaram em Itália este ano até agora, quase o dobro dos registados em 2022 (72.252) e quase o triplo de 2021 (47.726).

A organização espanhola Open Arms denunciou que desde o dia do naufrágio de Lampedusa “em Itália e na Europa houve uma sucessão de governos de todas as cores, mas no Mediterrâneo continuam a morrer pessoas por afogamento” e lançou uma recolha de assinaturas para pedir uma comissão de inquérito sobre este problema, através da rede social X, o antigo Twitter.

Os Médicos Sem Fronteiras lamentaram que o naufrágio “marcasse o início de um número crescente de mortes no mar e de uma série de medidas ineficazes e desumanas à custa de vidas humanas”.

 

Economia sem makas: Economia angolana estagnou no II trimestre

Os números são oficiais, foram divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Em termos acumulados, o Produto Interno Bruto cresceu 0,2% ao longo do ano.

A economia nacional cresceu apenas 0,01% no II trimestre deste ano face ao mesmo período de 2022, o que reflecte uma estagnação do Produto Interno Bruto (PIB), influenciado sobretudo, pela queda do sector petrolífero. Na passagem do primeiro para o segundo trimestre o PIB cresceu 0,2%.

Os números constam da Folha de informação rápida das Contas Nacionais Trimestrais do II trimestre de 2023 divulgadas hoje, 02, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Assim, segundo o INE, no II trimestre o Valor Acrescentado Bruto (VAB) da extração e refinação de petróleo registou uma queda de 2,9%, contribuindo negativamente em 0,01 pontos percentuais, para a variação total do PIB. “Embora tenha registado variações positivas na produção da quantidade extraída de gás natural, LNG (gás natural liquefeito) e condensado, houve uma queda da extração de petróleo bruto, sendo que este último tem um peso na ordem dos 90%”, lê-se no relatório do INE.

Também contribuiu negativamente para a variação do PIB, o trambolhão de 21,9% em termos homólogos , devido à queda na produção de extração de diamantes e sal na ordem dos 22,1% e 52,9%, respectivamente, já que os dois ramos representam 90% do sector.

Já o sector da intermediação financeira e seguros foi o que registou maior aumento nas activiadades, com o VAB a crescer 40,0%, em termos homólogos. O Crescimento foi motivado, particularmente, pelo aumento dos proveitos da produção das seguradoras, bem como dos bancos comerciais, em 38% e 49, 8% respectivamente, sendo que os dois sectores detêm um peso acima dos 70%.

Por sua vez, os sectores das pescas, comércio e agro-pecuária e Silvicultura 5,6%, 2,9% e 1,6% respectivamente. Os transportes e armazenagem com 2,6% e os produtos da indústria transformadora 0,1% também registaram um crescimento do VAB.

O VAB do correios e telecomunicações contabilizaram aumento 5%, motivado pelo aumento no consumo dos serviços de telecomunicações, enquanto o VAB do governo (administração pública, defesa e segurança social obrigatória) cresceu 2,2%, isto porque o sector público registou um aumento no valor das remunerações declaradas face ao período homólogo.

Data de Emissão: 03-10-2023 às 07:10
Economia sem makas: Mobilidade na CPLP a duas velocidades
  • Mobilidade na CPLP a duas velocidades: Isenção de vistos em Angola enquanto Portugal esta a ser processado pela União Europeia por querer facilitar residência a lusófonos

Comissão Europeia iniciou um “procedimento de infracção” contra Portugal por causa das novas autorizações de residência para cidadãos da Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP), lançadas em março do ano passado. 

  • Sete bancos reprovam nos testes do BNA

Após dois anos sem divulgar os testes, o banco central voltou a testar a banca, criando um cenário em que há deterioração da carteira de crédito, depreciação do kwanza, perda de activos, fuga de depósitos e movimentos da taxa de juro. O curioso é que alguns cenários criados aquando da realização do teste estão a verificar-se este ano, como a depreciação e a subida da inflação.

O teste de esforço (stress test na língua inglesa) feito aos 23 bancos da praça nacional, consistiu em avaliar a capacidade das instituições bancárias em resistirem a um cenário macroeconómico adverso projectado para um período de 12 meses. Este cenário baseou-se em quatro riscos, nomeadamente, o risco de crédito, de mercado, operacional e o risco da taxa de juro da carteira bancária. O BNA não divulgou a identidade dos bancos que falharam no teste, alegando que isso poderia prejudicar a sua reputação e confiança dos clientes.

  • Desvalorização do Kwanza inflaciona crédito

As previsões feitas por várias instituições internacionais apontam a um forte abrandamento do crescimento económico que pode ir até à recessão. Cenário marcado pela depreciação do kwanza, retirada dos subsídios à gasolina, alta da inflação e dificuldades de financiamento.

O quadro macroeconómico deteriorou-se face ao que estava projectado no início do ano e as instituições internacionais e nacionais já estão a rever em forte baixa as previsões de crescimento económico da economia nacional. O Governo é o mais optimista, o FMI é moderado, enquanto o BFA e vários especialistas apontam já a uma recessão económica. O cenário negativo para a economia angolana é marcado sobretudo pela queda das receitas fiscais que resultaram da quebra da produção petrolífera, já que foram produzidos menos 17 milhões de barris no I semestre face ao período homólogo.

  • Políticas do FMI sob fogo cruzado dos defensores dos direitos humanos

 A organização internacional de defesa dos direitos humanos critica o Fundo Monetário Internacional (FMI), considerando que tem de dar prioridade aos direitos humanos e não à austeridade.

“Apesar das suas promessas de aprender com os erros do passado, o FMI está a promover políticas que têm um longo historial de exacerbação da pobreza, de desigualdade e de enfraquecimento de direitos”, acusa a Human Rights Watch (HRW).

O relatório, denominado “Bandage on a Bullet Wound: IMF Social Spending Floors and the Covid-19 Pandemic” (“Ligadura num Ferimento de Bala: Os Gastos Sociais da FMI e a Pandemia de Covid-19”, em tradução livre) analisa os empréstimos aprovados entre março de 2020 – no início da pandemia de Covid-19 – e março deste ano em 38 países, concluindo que “a grande maioria está condicionada a políticas de austeridade, que reduzem as despesas públicas ou aumentam os impostos de uma forma passível de prejudicar os direitos” das 1,1 mil milhões de pessoas em causa. A avaliação da HRW constata ainda que as promessas anunciadas pelo FMI no início da pandemia de mitigar estes impactos “falharam ou foram ineficazes”.

  • Desacerto de contas na ordem dos contabilistas
Data de Emissão: 02-10-2023 às 08:00
Economia sem makas: Continuam os atrasos na actualização dos relatórios sobre economia

O Governo tem em atraso a Execução Orçamental, este ano foi apenas apresentada a do I trimestre e a lei diz que a Execução Orçamental tem que ser apresentada 45 dias depois do fim do trimestre e nós já estamos no final do III trimestre e ainda não foi apresentada a Execução do II trimestre.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) ainda não publicou nenhuma estatística de emprego deste ano.

O Banco Nacional de Angola (BNA) tem atrasada a publicação dos Indicadores de Solidez Financeira da Banca em Angola, o último dado publicado foi em Maio.

Economia sem makas: Equipa angolana é a 3ª melhor do mundo a gerir empresas virtuais

Angola apurou-se, pela primeira vez, para a fase final do concurso internacional de simulação de gestão de empresas em bolsa, denominado “Global Management Challenge” (GMC), que decorre   de 25 a 27 deste mês, em Luanda.

Na competição, a primeira vez a ser promovida em África, Angola está representada por uma equipa de três jovens licenciados, em Julho último, no curso de Engenharia de Telecomunicações do Instituto Superior de Telecomunicações da Universidade de Luanda.

Para chegar à final, a equipa angolana disputou a semi-final com as equipas do grupo azul, composto pelos Camarões, Espanha e Índia, que totalizaram um universo de 15 países participantes, sendo oito presenciais e sete online.

Para além de Angola, nesse grupo, a Índia também passou para a final, perfazendo um total de seis países, nomeadamente Angola, China, Rússia, Índia, Geórgia e Uzbesquistão, dos quais o vencedor será conhecido esta quarta-feira, durante uma gala de premiação.

No universo de 15 países participantes, ficaram fora da final Camarões, Togo, Benin, Portugal, Brasil, Espanha, China, Estónia e Equador.

Em reacção à qualificação de Angola para a final, Elísio Pataca, um dos integrantes da equipa angolana, reconheceu o potencial de todos concorrentes, facto que exigiu muitas cautelas e empenho na tomada de decisões para chegar a fase final.

Data de Emissão: 28-09-2023 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): GMC, Soik Investments
Economia sem makas: Função Pública vai ter nova arquitetura remuneratória com salários mais elevados e menos mordomias

Governo angolano vai uniformizar os salários da Administração Pública, atualmente díspares a nível dos poderes legislativo, judiciário e executivo, admitindo que comparativamente a outros países “até da região” são muito baixos.

O anúncio foi feito no final da reunião da Comissão Económica do Conselho de Ministros, que aprovou esta terça-feira o roteiro de implementação da Nova Arquitetura Remuneratória da Administração Pública.

Em declarações à imprensa, a ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS), Teresa Dias, disse que o processo começa por um pré-diagnóstico, que vai ditar exatamente o roteiro da nova estrutura remuneratória da administração pública.

“Dito, para que seja bem entendível, este roteiro terá três fases, uma fase de conclusão do diagnóstico, depois teremos uma fase de implementação e uma fase final de avaliação de todas as fases e de comunicação”, disse a ministra.

Data de Emissão: 27-09-2023 às 07:10
Economia sem makas: Empresa angolana aproveita pela 1ª vez possibilidade de exportar produtos africanos para os EUA sem pagar direitos

A Angola exportou, pela primeira vez, 23 toneladas de produtos alimentares para os Estados Unidos da América (EUA). O envio foi realizado nesta quinta-feira, 21 de setembro, tendo ocorrido no âmbito da Lei Americana do Crescimento e das Oportunidades para África (AGOA).

O mérito da primeira exportação do género coube à empresa angolana Foodcare que, desde 20121, tem uma parceria com o Governo americano, através da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).

A ministra conselheira da Embaixada dos Estados Unidos em Angola reconheceu durante o ato simbólico que o número das empresas angolanas exportadoras de produtos agrícolas para o seu país continua a ser reduzido.

 

Data de Emissão: 26-09-2023 às 07:10
Economia sem makas: O desenvolvimento das relações entre Angola e China

Quarenta anos depois de estabelecerem relações diplomáticas, em 1983, Angola e China são importantes parceiros comerciais e os investimentos em curso projectam a relação para o futuro. Os Presidentes dos dois países vêem no aniversário, celebrado este ano, uma oportunidade para aprofundar a confiança política entre os dois lados.

O Presidente da China, Xi Jinping, e o Presidente de Angola, João Lourenço, assinalaram em Janeiro o 40.º aniversário das relações diplomáticas, salientando as vantagens para o desenvolvimento económico e a partilha de valores e interesses. Segundo um comunicado então divulgado pelo Governo chinês, “Xi Jinping apontou na sua mensagem que desde o estabelecimento dos laços diplomáticos há 40 anos, China e Angola foram sempre sinceras e amigáveis, trabalharam juntas, entenderam e apoiaram-se mutuamente nas questões, envolvendo os seus interesses estratégicos e principais preocupações”.

As relações entre os dois países “estão num bom momento de desenvolvimento, e a cooperação bilateral em vários campos tem dado resultados frutuosos, trazendo benefícios tangíveis aos povos dos dois países”, acrescentou o líder chinês, no comunicado.

Data de Emissão: 25-09-2023 às 08:00
Economia sem makas: Estudo da Autoridade de Concorrência aponta as doenças do sector das telecomunicações

Em comparação com a média mundial, Angola está muito atrasada maciçamente no desenvolvimento das telecomunicações. Houve um total de 15,45 milhões de conexões sob o código do país +244 em 2021. Entre eles estavam 15,33 milhões de telefones celulares, o que corresponde a uma média de 0,44 por pessoa.

As constantes falhas de rede e o alto custo das tarifas continuam a ser as principais “dores de cabeça” dos mais de 15 milhões de assinantes de telefonia móvel em Angola, facto que desafia as operadoras a melhorarem os serviços prestados aos utentes. Apesar da presença da quarta operadora, a Unitel ainda continua a ser a líder no mercado de telecomunicações móveis em Angola, detendo pelo menos 11 milhões de clientes em todo o país.

 

Data de Emissão: 22-09-2023 às 07:10
Economia sem makas: Ministério do Comércio alargou o prazo de validade da documentação para importação e exportação

Ministério do Comércio alargou o prazo de validade da documentação para importação e exportação com a certificação do chamado Documento Único (DU) de 60 para 120 dias.

Ministério do Comércio e Indústria, Rui Miguêns de Oliveira

Agentes económicos, despachantes oficiais e especialistas em comércio internacional acusam o Ministério do Comércio e Indústria de “violar a lei”, ao emitir uma nota informativa que deixa de permitir a prorrogação do Documento Único (DU) provisório, para as importações que estejam vencidas.De acordo com a nota do Ministério, a que o Valor Económico teve acesso, os importadores devem garantir a entrada para o território nacional das mercadorias nos 120 dias subsequentes à emissão do DU.

A nota acrescenta que a medida abrange todos os produtos de amplo consumo – o Ministério enumerou 145 – “cuja produção local já é capaz de dar resposta às necessidades, tanto de consumo da população como de matérias-primas para as indústrias locais”. Esta medida, entretanto, contraria um decreto presidencial que, desde 2020, permite a prorrogação depois dos 120 dias, desde que devidamente justificada.

O decreto, aprovado a 5 de Maio de 2020, determina os procedimentos administrativos sobre importações e exportações, em que os importadores devem apresentar o pedido de prorrogação na plataforma informática do Comércio externo.

Data de Emissão: 21-09-2023 às 07:10
Economia sem makas: Ministério das Finanças vai cortar despesas de 2,7 bilhões de kwanzas com cativações

Execução das despesas passa a ser limitada ao tecto disponível para qualquer unidade orçamental. Não se vai mexer nas despesas prioritárias, como salários, protecção social, subsídios, limpeza e saneamento, construção e reabilitação de estradas. Especialistas defendem que a medida veio tarde.

Depois de o Presidente da República, João Lourenço, autorizar a Ministra das Finanças, Vera Daves, a cativar as despesas de actividade básica e de apoio ao desenvolvimento até 50%, desde que não sejam consideradas despesas prioritárias, o Ministério das Finanças (MinFin) prevê cativar despesas num valor a rondar entre os 2,4 biliões Kz e os 2,7 biliões. Trata-se de um valor equivalente a 13% do Orçamento Geral do Estado 2023.

Contas feitas, o Orçamento que estimava receitas (e também despesas) de 20,1 biliões Kz passa a ser de pouco mais de 17 biliões, se forem cumpridas as estimativas do MinFin. O OGE 2023 projecta ainda receitas fiscais na ordem dos 13,4 biliões Kz e 6,6 biliões de financiamentos internos e externos.

Data de Emissão: 20-09-2023 às 07:10
Economia sem makas: BNA desvaloriza aumento dos preços e mantém política monetária inalterada

“Estamos expectantes que a situação venha melhorar no curto prazo”, afirmou Manuel Tiago Dias, numa conferência de imprensa, no Sumbe (Cuanza Sul), após a reunião do Comité de Política Monetária (CPM), em que o BNA decidiu manter inalteradas as suas taxas de juro diretoras.

Para a melhoria da situação vão contribuir fatores como a redução do IVA nos bens alimentares e a relativa estabilidade da taxa de câmbio, disse, realçando que a moeda angolana (kwanza) tem estado estável nos últimos 77 dias, o que deverá ter “um impacto positivo” no comportamento dos preços.

Além da taxa BNA, que se manteve nos 17%, ficaram inalteradas a taxa de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez, em 17,5%, e a taxa de juro da facilidade premente de absorção de liquidez, em 13,5%.

O governador do BNA justificou a decisão de manter as taxas de juro com o facto de o Comité de Política Monetária considerar que o aumento de preços observado em agosto “se deveu a fatores sazonais e à insuficiência da oferta de bens e serviços num contexto em que a procura interna se manteve reprimida e a taxa de câmbio relativamente estável”.

Contribuiu também para esta decisão “o pressuposto de que o comportamento da inflação continuará a ser determinado fundamentalmente por fatores sazonais e desequilíbrios entre a procura e a oferta”, mas também pela redução da subsidiação do gasóleo.

Data de Emissão: 19-09-2023 às 07:10
Economia sem makas: A capacidade de investimentos da UNITEL é 15% do que era em 2014

A empresa de telefonia móvel Unitel, esclareceu na quarta-feira, que as falhas constantes na rede ocorrem devido à falta do aumento da capacidade no fornecimento de soluções tecnológicas interrompidas pelas empresas por conta da pandemia da COVID-19 entre 2020 e 2021.

Em entrevista, à Televisão Pública de Angola (TPA), o administrador executivo da Unitel, Amílcar Safeca, explicou que os prazos de fornecimento de soluções tecnológicas usados pela operadora móvel passaram de três meses para cerca de 12 meses, provocando um atraso na implementação das resoluções. 

Lucas Safeca referiu que a empresa está focada na recuperação dos serviços com instalações de equipamentos de ligação entre os telemóveis dos clientes e os equipamentos da rede Unitel bem como a nível dos equipamentos que estão instalados nos centros de processamento de tráfego de chamadas. 

No entanto, segundo o responsável, a iniciativa acima referida, desde Outubro de 2022, permitiu recuperar uma parte da qualidade dos serviços, mas não foi o suficiente para cobrir toda a demanda dos clientes.
 O também engenheiro disse ainda que depois de ultrapassados os problemas através de soluções encontradas pela equipa técnica da Unitel, registou-se uma fase de estabilidade até abril de 2023 e em Agosto do mesmo ano a rede voltou apresentar perturbações, causadas pela interrupção de dois cabos submarinos que servem África.

Data de Emissão: 18-09-2023 às 08:00
Economia sem makas: Banco Central Europeu aumentou os juros pela 10ª vez consecutiva

Banco Central Europeu aumentou os juros pela 10ª vez consecutiva

Com a decisão, as taxas de empréstimo, refinanciamento e depósito ficaram em 4,75%, 4,50% e 4% anuais, respectivamente. É o patamar mais elevado da taxa de depósito desde que o euro foi lançado em 1999.

“A inflação continua a diminuir, mas espera-se que continue demasiado elevada durante demasiado tempo”, destaca o banco, em seu comunicado.

O Conselho do BCE ressaltou que considera que as taxas de juro atingiram níveis que, mantidos por um período suficientemente longo, contribuirão substancialmente para o regresso da inflação à meta de 2%.

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A expectativa quanto a reunião do BNA no Sumbe 

O governador do Banco Nacional (BNA), Manuel Dias, vai orientar o encontro, que deverá ainda ter a participação dos responsáveis das direcções de estabilidade financeira, de estudos económicos, bem como dos departamentos ligados aos mercados e de estatística.

Para o efeito, o “board” do BNA já se encontra na Cidade do Sumbe e, ontem, manteve um encontro de cortesia com o vice-governador da província para a Esfera Política, Social e Económica, Emília Tchinawalile, que representou o governador Job Capapinha.

No final, o governador Manuel Dias anunciou à imprensa que a sede do município da Quilenda, no Cuanza-Sul, vai ganhar, em breve, uma dependência de um dos bancos comerciais, para facilitar as transacções monetárias das famílias.

Manuel Dias reconheceu que a falta de uma dependência bancária na sede da Quilenda constitui uma preocupação enorme para os agentes económicos e a população em geral. Apontou que a solução passa pela advocacia do BNA em atrair os operadores bancários para instalarem uma dependência.

Data de Emissão: 15-09-2023 às 07:10
Economia sem makas: BNA aperta o cerco para concessão de créditos aos bancos com necessidades de liquidez

O Banco Nacional de Angola (BNA) definiu novas regras para a concessão de crédito às instituições financeiras bancárias solventes com “problemas temporários de liquidez”.

O objectivo é prevenir a ocorrência de distúrbios sistémicos, que possam comprometer o normal funcionamento do sistema bancário.

De acordo com um aviso do BNA, as instituições financeiras bancárias em causa devem observar um conjunto de regras e procedimentos na solicitação de crédito ao Banco Nacional, mediante prestações de garantias adequadas e suficientes, sob a condição de adopção de medidas correctivas, quando apropriado.

O documento, em vigor desde 14 de Agosto do corrente ano, refere que, na formulação do pedido, os bancos interessados em aceder ao crédito devem demonstrar que se encontram com problemas de liquidez e provar que foram esgotadas todas as fontes alternativas no mercado interbancário.

Podem solicitar crédito junto do BNA apenas as instituições financeiras bancárias credíveis, que consigam manter ou restaurar os rácios de capital adequados, em curto prazo, e em condições de reembolsar os fundos adquiridos.

Para o efeito, as instituições bancárias interessadas devem cumprir com alguns requisitos, entre os quais a apresentação de um plano de aplicação dos recursos e a perspectiva de reembolsos, num prazo não superior a 180 dias, renováveis uma única vez e por igual período.

O banco com problemas de liquidez deve, igualmente, apresentar uma estrutura e um modelo de negócio viável e sustentável, capaz de gerar rentabilidade suficiente, a médio e longo prazos, para evitar a necessidade de refinanciamentos.

O crédito concedido é disponibilizado em moeda nacional.

Data de Emissão: 14-09-2023 às 07:10
Economia sem makas: Inflação voltou a acelerar em agosto

A inflação em Angola manteve em agosto a trajetória ascendente iniciada em maio, acelerando para 13,54% em termos homólogos e 2,04% em termos mensais, sobretudo devido à subida dos preços nas rubricas da educação, alimentos e transportes.

O Instituto Nacional de Estatística (INE), dá destaque ao incremento da variação homóloga que se situou em 13,54%, quase no limite máximo da meta para 2023, já revista em alta pelo Banco Nacional de Angola, que apontou para um intervalo entre 12 e 14%.

Em termos mensais, o Índice de Preços no Consumidor Nacional (INPC) registou uma variação de 2,04%.

Os dados mostram que das doze classes de consumo analisadas todas registaram aumentos, entre as quais dez com taxas superiores à unidade.

A classe “Educação” foi a que registou o maior aumento de preços, com uma variação de 6,19%, destacando-se também a subida dos preços das classes “Saúde” com 2,37%, “Alimentação e bebidas não alcoólicas” com 2,19% e “Bens e serviços diversos” com 2,12%.

As províncias que registaram maior variação nos preços foram: Luanda com 2,82%, Lunda-Sul com 2,06% e Namibe com 1,67%.

Data de Emissão: 13-09-2023 às 07:10
Economia sem makas: Mototaxistas demonstram mais uma vez o seu poder reivindicativo e de mobilização

Os motoqueiros, com o apoio de vários membros da sociedade civil, e associações de mototáxis de Luanda, vão manifestar-se no sábado, 16, pelas 10 horas contra “as restrições e interdições impostas pelo Governo Provincial aos motociclistas, em circular em quase todas as principais vias da cidade”.

Eles consideram que a “medida que provoca desconforto no seio das duas classes” é “infundada” e pedem ao governador que “recue nesta medida pelas consequências desastrosas que acarreta”.

Data de Emissão: 12-09-2023 às 07:10
Economia sem makas: O salário mínimo precisa de aumentar para 82 mil kwanzas para repor poder de compra

[ ] O salário mínimo precisa de aumentar para 82 mil kwanzas para repor poder de compra

[ ] FMI desafia o BNA a obrigar accionistas a pôr dinheiro nos bancos ou então a fechá-los

[ ] Mototaxistas mostram mais uma vez a sua capacidade de mobilização

 

Data de Emissão: 11-09-2023 às 07:10
Economia sem makas: Centrais sindicais dão sinal de vida com apresentação do caderno revindicativo para recuperação do poder de compra

As centrais sindicais, dentre as quais a União Nacional dos Trabalhadores Angolanos-Confederação Sindical (UNTA-CS), a Força Sindical e a Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA), anunciaram terça-feira, em Luanda, que preparam um caderno reivindicativo, no qual defendem a revisão salarial da Função Pública.

O anúncio foi feito, ontem, pelo secretário-geral da CGSILA, numa conferência de imprensa, onde informou que o caderno reivindicativo, composto de seis pontos, inclui algumas das recomendações do Memorando de Maio de 2022 e da Declaração Final, apresentados por ocasião do Dia Internacional do Trabalhador, ainda não satisfeitas. Francisco Gaspar explicou que dos pontos constam a implementação prática dos subsídios de isolamento e instalação em todas localidades, com revisão em até 100 por cento para os funcionários que trabalham em zonas recônditas, 50 por cento aos das zonas pré-urbanas e 25 por cento aos das zonas urbanas.

 “Esperamos ainda a actualização do salário mínimo Nacional para 245 mil kwanzas, assim como o desagravamento do Imposto sobre o Rendimento de Trabalho (IRT) para 10 por cento e a actualização dos subsídios previstos no sistema das prestações sociais do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS)”, referiu.

Data de Emissão: 08-09-2023 às 07:10
Economia sem makas: O FMI publicou a avaliação da capacidade de Angola em reembolsar o empréstimo do fundo

O FMI reviu em forte baixa a previsão de crescimento da economia de Angola, de 3,5% para 0,9% em 2023, devido à queda da produção de petróleo mas considera adequada a capacidade do país pagar à instituição financeira.

Na primeira avaliação do conselho executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) após o programa de assistência financeira, divulgada na terça-feira à noite, destacam-se à revisão em baixa de alguns indicadores, nomeadamente o PIB, que deverá abrandar para 0,9% este ano, face às previsões 3,5% avançadas em fevereiro.

Para esta revisão em baixa contribui o decréscimo do setor petrolífero, principal sustentáculo da economia angolana, com um recuo de 6,1% (esperava-se um crescimento de 2% nas previsões de fevereiro), que o avanço do setor não petrolífero para 3,4% (era de 4,3% em fevereiro) não consegue compensar.

Data de Emissão: 07-09-2023 às 07:10
Economia sem makas: Barril de petróleo acima dos 90 doláres

A Arábia Saudita prolongou o corte de produção de crude até dezembro e com isso o brent, em Londres, superou os 90 dólares. A Rússia também estendeu o corte nas exportações.

 Arábia Saudita anunciou o prolongamento unilateral do corte na produção de petróleo por três meses. A Rússia juntou-se à decisão. E com isso o preço do brent superou os 90 dólares por barril no mercado londrino.

Economia sem makas: Desenvolvimento do leste em Angola marca passo

Luena, capital da província do Moxico regista várias acções de crescimento económico, localizada a 1.314 quilómetros de Luanda, por estrada, e a 1.036 quilómetros do litoral do país, pelo Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB), Luena continua a encantar os visitantes fruto da sua bem estruturada arquitectura. As ruas espaçosas, em perfeita combinação com os largos e jardins dispersos em praticamente todos os cantos e recantos da cidade constituem uma imagem de marca.

 

Data de Emissão: 05-09-2023 às 07:10
Economia sem makas: Aterragem forçada da Fly Ao é um alerta para viabilização do novo aeroporto

[ ] Aterragem forçada da Fly Ao é um alerta para viabilização do novo aeroporto

[ ] Se os investidores internacionais não vêm não é por causa das queixas da oposição 

[ ] Regresso às aulas marcado por falta de vagas, aumento das propinas e do material escolar 

[ ] Terramoto no futebol afasta investidores na modalidade

Economia sem makas: Depósitos a prazo com juros reais positivos

Dos dez maiores bancos comercias que actuam no mercado nacionals, o Standard Bank Angola é o que oferece uma taxa de juros mais atractiva para as poupanças a curto e médio prazo. Mas poupar por via de depósitos, com taxas de juro baixas, é pouco atractivo, aponta especialista.

Onde aplicar o dinheiro é uma das questões que surge na hora de poupar ou investir. O depósito a prazo é uma resposta que os bancos comerciais oferecem aos clientes e em Angola, as taxas de juros dos dez maiores bancos comercias em activos variam de 5,00% a 12,84%, no curto prazo (90 dias), entre os 7,00% e os 14,26% no médio prazo (até 180 dias) e os 7,70% e os 21,00% a mais de um ano.

O Standard Bank Angola é o que tem a taxa de juro mais atractiva para depósitos de curto prazo, 12,84%, já o Banco de Fomento Angola (BFA) e o Banco Sol têm as taxas mais baixas de 5% para o período de 90 dias, de acordo com os preçários publicados pelos bancos nos seus sites. Para os depósitos a prazo com duração de um ano, o juro mais atractivo é do banco Sol com uma taxa de 21,00%, a seguir é o Banco Angolano de Investimentos (BAI) com 20,00% e o que remunera menos é o do Banco de Negócios Internacional (BNI), com 7,70%. Mas é expectável que estas taxas de juro deverão baixar nos próximos tempos à medida que os bancos responderem à descida da taxa básica de juro do BNA, que caiu de 19,50% para 18,00% e pelo fato de a inflação estar em desaceleração, tendo fechado 2022 com a mais baixa desde 2015, nos 13,86%.

Data de Emissão: 01-09-2023 às 07:10
Economia sem makas: O processo de concessão de vistos de turismo para Angola passa a ser mais célere

O Conselho de Ministros aprovou esta quarta-feira (30.08.2023) um diploma que estabelece um regime de isenção de vistos de entrada para cidadãos de vários países, e a simplificação de procedimentos para a concessão de vistos de turismo para determinadas nações. O diploma visa imprimir celeridade e a desburocratização no tratamento dos processos.

Orientado pelo Presidente da República, o Conselho de Ministros aprovou a alteração ao Estatuto Orgânico do Ministério da Cultura e Turismo, com vista a ajustar a estrutura do Gabinete Jurídico e Intercâmbio à nova dinâmica empreendida pelo órgão.

O Conselho de Ministros aprovou, no domínio da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS), o Decreto Presidencial que cria o Mecanismo de Diálogo Público Privado para o Ensino Técnico e Formação Profissional, órgão de concertação de natureza consultiva.

O Diploma Legal, que estabelece, entre outros aspectos, regras sobre as formas de participação na definição e no acompanhamento das políticas de ensino técnico e formação profissional, visa intensificar o intercâmbio entre o Executivo e os parceiros sociais, tendo em vista uma gestão cada vez mais participativa dos diferentes intervenientes no ensino técnico e da formação profissional. Com a sua criação, pretende-se com a sua criação, reforçar as capacidades de gestão estratégica das “Instituições Públicas relevantes” a nível central e local, bem como com o sector privado.

 

Economia sem makas: Presidente autoriza Ministra das Finanças a cativar 50% de certas despesas correntes e investimentos não prioritários

Conselho de Ministros, orientada pelo Presidente da República, João Lourenço, na Cidade Alta, tendo acrescentado que os outros projectos também financiados pela ROT que atinjam uma execução física abaixo de 80 %, até Dezembro, serão suspensos.

“Até ao fim deste ano, um conjunto de despesas estarão suspensas de execução, enquanto outras, consideradas essenciais, deverão ser protegidas, como forma de assegurar os “compromissos elementares” do Estado, e permitir o funcionamento dos órgãos da Administração Central e Local. Com a cativação das despesas pretendemos evitar a realização de uma revisão orçamental do OGE/2023, pois já foi iniciada a preparação deste instrumento para 2024”, afirmou Vera Daves de Sousa.

De acordo com a Titular da pasta das Finanças estão livres da medida os gastos relacionados o com o pessoal, pensões de reforma, subsídios aos ex-combatentes, serviço da dívida e outros sectores sociais como combate a pobreza, protecção social, limpeza e saneamento bem como da Saúde e Educação entre outros.

 “Os projectos do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), de contenção e estabilização de ravinas que coloquem em risco vidas humanas e destruição de infra-estruturas públicas, construção de habitações sociais para garantir o realojamento dos cidadãos retirados das zonas de risco, bem como as acções necessárias à preparação do arranque dos anos lectivo/académico e cerca de 50 % das despesas ligadas à actividade  básica e de apoio ao desenvolvimento deverão continuar a ser executadas”, referiu.

Economia sem makas: Oxford Economics baixa previsão de cresimento para Angola e sobe projecções de inflação

A consultora Oxford Economics reviu, esta segunda-feira, em baixa a previsão de crescimento de Angola, de 2,5% para 1,7% do PIB, e piorou a estimativa para a inflação, esperando uma subida de 16,3% este ano.

“Prevemos que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) vá abrandar de 3,3% em 2022 para 1,7%, quando anteriormente prevíamos 2,5% em 2023”, escreve o departamento africano da consultora britânica Oxford Economics.

Data de Emissão: 29-08-2023 às 07:00
Economia sem makas: A banca lucra com a desvalorização do kwanza

A banca lucra com a desvalorização do kwanza

A desvalorização do kwanza tem atingido valores recorde e a inflação sobre cada vez mais. Moeda nacional desvalorizou 13% em 20 dias face ao dólar americano e 11% face ao euro. Clientes dos bancos comerciais já começam a queixar-se da morosidade nas transferências internacionais. BNA diz que ainda não chegámos ao ponto de equilíbrio, pelo que kwanza vai continuar a desvalorizar, embora de forma menos acentuada.

Os bancos comerciais já apresentam dificuldade para cumprir com as transferências internacionais dos seus clientes, estando a demorar três a quatro semanas, sendo que o Expansão confirmou que as queixas vêm de clientes de diversas instituições financeiras. As casas de câmbios já começaram a ter falta de plafond, e muitas já optaram em reduzir o valor estipulado por transferência.

“A participação do Tesouro permite o acesso a divisas a grupo mais alargado de bancos, sendo que a petrolíferas já têm um nicho de bancos com que trabalham preferencialmente, e por isso os que ficam de fora estão a ter mais dificuldade. Também já assistimos à desistência de algumas transferências que estavam programadas por parte dos clientes “, refere o departamento de mercados do BNA que acrecenta: “Quando chegarmos ao ponto de equilíbrio vai ser preciso também limpar o histórico que ficou para trás. É importante também dizer que a redução de oferta não é um caso pontual, vai ser por um período mais longo, e os operadores vão ter de adaptar-se”.

Preços mínimos podem aumentar preços no consumidor

A crise cambial é a principal causa dos aumentos verificado nos últimos dois meses. E pouco pode ser feito no imediato para melhorar este cenário, dizem os especialistas, com o peso a cair nos bolsos dos cidadãos e dos consumidores em geral, com especial incidência nas camadas mais desfavorecidas.

Os preços de alguns dos principais produtos da cesta básica registaram um aumento de até 56% no mercado informal e 39% no formal, de acordo com cálculos do Expansão com base nos produtos considerados fundamentais na dieta dos angolanos. A recolha de informação foi efectuada nos mercados formais e informais da capital do País.

Economia sem makas: Massano reafirmou na África do Sul preços mínimos garantidos para produtos agrícolas seleccionados

O Ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, anunciou, esta quarta-feira, em Joanesburgo, África do Sul, que o Governo vai determinar, nas próximas semanas, preços mínimos para certos produtos, no quadro da segurança alimentar.

Falando à margem de uma visita à feira de BRICS, José de Lima Massano não avança detalhes sobre os produtos que vão sofrer tal variação.

Actualmente, em Angola existe uma tabela de produtos alimentares, num total de 32, em regime de preços vigiados, no quadro do Decreto Presidencial nr.206/11, de 29 de Julho, que estabelece as bases gerais para a organização do sistema nacional de preços.

Sobre a segurança alimentar, Lima Massano diz que Angola tem de fazer grandes avanços e ganhar maior automonia, e garantir que a produção tenha condição de ser consumida pelos cidadãos, ou seja, as pessoas devem ter rendimentos suficientes para adquiri-los.

“Num primeiro momento, o grande desafio é produzir mais e o que vai permitir, com os instrumentos que estamos a colocar, termos a expectativa de, nas próximas semanas, podemos também anunciar os preços mínimos para determinados produtos, nesta lógica da segurança alimentar e, trazermos, por isso, mais operadores nacionais e internacionais para o sector”, referiu.

 
Data de Emissão: 25-08-2023 às 07:10
Economia sem makas: A visita do Presidente Lula a Angola será um novo começo para as relações bilaterais?

O Presidente do Brasil visita Angola no final desta semana acompanhado por seis ministros e 170 empresários, das maiores comitivas de sempre, anunciou o embaixador brasileiro em Luanda, considerando que tal reflete “carinho e segurança” nas relações bilaterais.

De acordo com o diplomata Rafael Vidal, o Fórum Económico que decorre na sexta-feira, no âmbito da visita oficial de Luiz Inácio Lula da Silva a Angola, vai contar com a presença de 500 empresários, dos quais 170 provenientes do Brasil.

Esta é a maior presença de empresários brasileiros nas visitas de Lula da Silva ao exterior, “o que também é reflexo não só do carinho que o Brasil tem por Angola, mas também da segurança que o Brasil tem na relação com Angola nos diferentes domínios”, disse o diplomata, que foi hoje recebido pela presidente da Assembleia Nacional angolana, Carolina Cerqueira, a quem transmitiu o “entusiasmo” do Presidente brasileiro na deslocação ao país africano, entre quinta-feira e sábado.

Os temas na área da defesa, “do fortalecimento das capacidades de defesa para a paz de Angola”, estarão na agenda de assuntos dos dois chefes de Estado, realçou Rafael Vidal, destacando o fortalecimento da Marinha de Angola no contexto da economia azul, no desafio de Angola na proteção dos seus mares em tempos de paz.

Economia sem makas: A Cimeira dos BRICS na África do Sul

Economia sem makas com o tema: A Cimeira dos BRICS na África do Sul.

A 15ª Cimeira dos BRICS será a 15ª edição anual do evento, uma conferência de relações internacionais que reúne os chefes de Estado dos cinco países membros: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O Presidente da África do Sul, Cyril Ramophosa também convidou os líderes de 70 países para a cimeira, incluindo 53 outros países africanos e Bangladesh. O evento está programado para ocorrer entre os dias 22 e 24 de agosto.

O Presidente russo, Vladimir Putin, não estará presente. Mas os restantes líderes do bloco encontram-se em Joanesburgo, na África do Sul, para debater o futuro do grupo, numa altura em que, em muitas sociedades endurece o braço de ferro com o Ocidente. Vladimir Putin estará ausente devido a um mandado de captura do TPI por alegados crimes de guerra na Ucrânia.

O Ministro de Estado para Coordenação Económica, José de Lima Massano, participa de hoje a quinta-feira, na 15ª Cimeira do BRICS, que decorre em Joanesburgo, na África do Sul, em representação do Presidente da República, João Lourenço.

Economia sem makas: INSS é o maior accionista da Movicel usando dinheiro das reservas para pagar reformas

Economia sem makas com o tema: INSS é o maior accionista da Movicel usando dinheiro das reservas para pagar reformas.

 

Data de Emissão: 22-08-2023 às 07:10
Economia sem makas: Relatórios e contas das empresas públicas

Relatórios e Contas das empresas públicas

Os relatórios e contas de 23 empresas do Sector Empresarial Público (SEP), referentes ao exercício económico 2022, foram aprovados sem reservas.

De acordo com o Relatório Agregado do SEP publicado esta sexta-feira, pelo Instituto de Gestão dos Activos e Participações do Estado (IGAPE), 38 grandes empresas passaram com reservas. Conforme o documento, 10 empresas viram os seus relatórios ” chumbados”, depois de verificadas limitações na análise do grau de fiabilidade das contas reportadas e pela ausência do relatório do auditor independente.

O referido relatório do SEP abrangiu 77 empresas, das quais 71 prestaram contas ao Estado, sendo 55 empresas públicas e 16 de domínio público. Com contas aprovadas sem reservas estão a BODIVA, a Simprotex, as empresas portuárias do Lobito, Soyo, Luanda, a TAAG, a Zona Económica Especial (ZEE-Luanda/Bengo), as empresas de água e saneamento das províncias de Malange, Namibe, Cabinda, Lunda Sul, Cuanza Sul, Bié.

A sociedade de desenvolvimento da Barra do Dande, a operadora móvel-Unitel, a Empresa de saneamento-Elisal, a Biocom, a Recredit-Gestão de Activos, a empresacde gestão de terrenos e infra-estruturas, a Pescangol e Edipesca completam o quadro dos aprovados sem reservas.

Contas com reservas

Na lista das empresas aprovadas com reservas, num total de 38, consta a Sonangol, o Banco de Desenvolvimento de Angola, Banco de Poupança e Crédito (BPC), SODIAM, Endiama, Prodel, ENDE.

Das grandes empresas aparece também na lista os caminhos-de-ferro de Benguela e Moçâmedes, a Empresa Nacional de Navegação, Angola Telecom, Ensa-Seguros de Angola, empresa de Transporte Colectivo de Luanda (TCUL), Sociedade Nacional Gestora de Aeroportos (SGA). A lista inclui a Televisão Pública de Angola (TPA), Agência Angola Press (ANGOP), Edições Novembro, a Rádio Nacional de Angola e a TVZimbo.

No ano em referência, o Sector Empresarial Público (SEP) integrou 92 empresas, sendo 66 empresas públicas, 20 empresas com domínio público e 6 participações públicas minoritárias.N

 

Standard & Poor’s mantém rating de Angola

Standard & Poor’s prevê inflação de 13% em Angola este ano

A agência de notação financeira manteve na sexta-feira o ‘rating’ de Angola em B- com perspetiva Estável, descendo o crescimento para 0,9% este ano.

Aagência de notação financeira Standard & ​​​​​​​Poor’s prevê que Angola chegue ao final do ano com uma inflação média de 13%, descendo para 10% no ano seguinte, com o crescimento económico a travar para 0,9% este ano.

Lucros da banca angolana caem 13,6% em 2022, arrastados por imparidades e prejuízos do BPC. Consultora Oxford Economics baixa crescimento de Angola de 2,5% para 1,9% este ano

“A quebra da moeda e menor oferta de moeda externa vai provavelmente também levar a uma subida da inflação e pesar no crescimento”, escrevem os analistas na nota divulgada na sexta-feira à noite, na qual mantiveram o ‘rating’ em B- com perspetiva Estável.

“A persistente tendência de descida da inflação vista entre 2022 e março de 2023 acabou, com os preços a subirem para 12,12% em julho, depois de se terem mantido estáveis à volta dos 10,7% de março a maio”, aponta a S&P.

A agência de notação financeira manteve na sexta-feira o ‘rating’ de Angola em B- com perspetiva Estável, descendo o crescimento para 0,9% este ano e antevendo uma forte subida da dívida pública, para 93% do Produto Interno Bruto (PIB).

“No seguimento da forte depreciação da moeda e da redução na produção de petróleo, o nível de dívida pública e os custos do serviço da dívida em percentagem do PIB vão aumentar significativamente este ano, e isso vai colocar uma pressão significativa nos pagamentos a partir de 2024”, escrevem os analistas da S&P na nota que acompanha a decisão de manter o ‘rating’ em B-, abaixo do nível de recomendação de investimento.

“A revisão em baixa da previsão de crescimento para este ano reflete principalmente a nossa expectativa relativamente a um nível de produção mais baixo, e o seu impacto noutros setores da economia”, acrescentam os analistas da S&P.

A desvalorização do kwanza em 40% face ao dólar desde o início do ano vai fazer com que os pagamentos da dívida em moeda estrangeira se tornem mais caros, com a S&P a notar que os custos da dívida de Angola podem subir mais de 60% na segunda metade deste ano.

O país vai ter de desembolsar mais de sete mil milhões de dólares este ano, e uma média de 7,8 mil milhões de dólares entre 2024 a 2026, “com a maioria do serviço da dívida este ano a estar relacionado com dívida bilateral à China”.

 Média pública ignora pedido de destituição do Presidente da República 

UNITA pede destituição do PR angolano alegando “consolidação de um regime autoritário”

A UNITA  apresentou  uma iniciativa de acusação e destituição do Presidente angolano, João Lourenço, por alegadamente ter subvertido o processo democrático no país e consolidar um regime autoritário que atenta contra a paz.

UNITA pede destituição do PR angolano alegando

A iniciativa de ‘impeachment’ (destituição) do chefe de Estado angolano, que foi apresentada hoje em conferência de imprensa pelo grupo parlamentar da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA, maior partido na oposição), alega que a governação de João Lourenço, que cumpre o seu segundo mandato desde setembro de 2022, “é contra a democracia, contra a paz social e contra a independência nacional”.

“A sua rejeição pela nação traduz-se na mais elevada taxa de reprovação já verificada em tempo de paz”, refere o partido.

Segundo o grupo parlamentar dos ‘maninhos’, o sentimento geral dos cidadãos é de que o Presidente da República traiu o juramento que fez, perdeu absolutamente a confiança dos eleitores e, por isso, “deve ser destituído do cargo”.

A UNITA recorda que João Lourenço, durante a sua posse em 15 de setembro de 2022, jurou desempenhar com dedicação as funções de que foi investido, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República de Angola e as leis e defender a independência, a soberania e a unidade da nação.

Volvidos nove meses, na opinião da UNITA, o Presidente angolano “subverteu o processo democrático” e consolidou no país “um regime autoritário, que atenta contra a paz e contra os direitos fundamentais dos angolanos”.

Sustenta, na sua iniciativa, que na atual governação de João Lourenço “não há pluralismo nem igualdade de oportunidades e de tratamento das diversas correntes de opinião política no espaço público”.

“Só há um poder efetivo numa República que funciona cada vez mais como uma autocracia. Tal subversão constitui um crime de violação da Constituição que atenta gravemente contra o Estado democrático de Direito”, aponta.

Os deputados da UNITA realçam que, enquanto titular do poder executivo, ao ter definido a orientação política do país, “por via do qual do Estado foi capturado por uma oligarquia que é dirigida, mantida e controlada pelo Presidente da República”, João Lourenço “atentou e atenta contra a dignidade da pessoa humana, a concretização da independência nacional e contra a construção da paz social e da unidade da nação”.

Acusam o chefe de Estado angolano de furtar-se ao cumprimento das tarefas fundamentais do Estado e promover, em vez disso, políticas erradas de governação e bloquear a fiscalização dos seus atos de governação pelos órgãos competentes e independentes do Estado.

Para a UNITA, João Lourenço tornou-se o “único responsável político” pela crise geral de governação que Angola vive e que se manifesta, entre outros aspetos, no “assalto” ao Tesouro Nacional para “financiar direta e indiretamente os investimentos privados da oligarquia que protege”.”Ao promover, manter, consolidar e cristalizar a partidarização e controlo direto ou indireto, aberto ou velado das instituições do Estado por um partido político, o Presidente da República, com flagrante desvio ou abuso das suas funções ou com grave violação dos inerentes deveres, destrói, altera ou subverte o Estado de Direito constitucionalmente estabelecido”, refere a UNITA.

O partido liderado por Adalberto Costa Júnior diz igualmente existirem “fortes evidências de coação” contra órgãos constitucionais, designadamente, a Assembleia Nacional (parlamento), a Procuradoria-Geral da República (PGR), o Banco Nacional de Angola (BNA) e os tribunais, “da parte do Presidente da República, que atentam contra o regular funcionamento das instituições”.

Em relação ao poder judicial, acrescenta, “há evidências claras de interferência do Presidente da República, controlo, instrumentalização e manipulação dos juízes dos tribunais superiores, para além de o Presidente da República não defender a Constituição ao não ter exatamente o mesmo procedimento em relação aos dois juízes conselheiros presidentes que alegadamente atuaram à margem da lei”.

De acordo com a UNITA, “aumentaram” igualmente “evidências de atos de corrupção ativa e passiva” no seio de titulares de cargos políticos dependentes do Presidente da República “que, mesmo depois de receber denúncias, queixas e reclamações diversas, manifesta inação, tolerância, conivência ou desdém”.

Economia sem makas: A Agência de Seguros obriga companhias a apresentarem contas

Economia sem macas com o tema: A Agência Reguladora de Seguros (ARSEG) obriga companhias a apresentarem contas.

Seguradoras deverão publicar contas anuais até Abril do ano seguinte

A Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG) apresentou, recentemente, em Luanda, para consulta pública, o projecto de Norma Regulamentar sobre a divulgação de informação das empresas de seguros, onde propõe a publicação das contas anuais até 30 de Abril do ano seguinte.

No novo regulamento, que se aplica aos exercícios económicos de 2022 e seguintes, as empresas de seguros devem proceder à publicação integral do relatório de gestão, balanço, contas de ganhos e perdas, demonstração de fluxo de caixa, notas às contas, parecer do auditor externo e parecer do órgão de fiscalização.

São ainda indicados para publicação anual, o relatório sobre a estrutura organizacional, os sistemas de gestão de riscos e de controlo interno, a estrutura de capital, os actos societários relevantes nos objectivos globais estratégicos e nas estruturas orgânicas e funcionais, os nomes dos membros dos órgãos sociais, o código de conduta da instituição e as políticas de identificação e mitigação de conflitos de interesses.

A publicação dos documentos e informações previstas no regulamento, segundo a ARSEG, deverá ser feita por via do website da respectiva instituição. Para as instituições que não disponham de website, a publicação será efectuada em área expressamente reservada e devidamente assinalada em website institucional do grupo empresarial do qual faça parte.

O regulador indica ainda que o Projecto de Norma Regulamentar aplica-se às empresas de seguros com sede em Angola, às sucursais de empresas de seguros com sede fora do território angolano, no que se refere à actividade exercida em território nacional e às empresas de resseguros com sede em Angola.

De acordo com o regulador, a divulgação regular e periódica de informações relevantes, que forneçam aos tomadores de seguros uma perspectiva clara da actividade comercial e situação económico-financeira da seguradora, contribui para facilitar a compreensão dos riscos a que estão expostos, assim como para a comparabilidade entre operadores e para uma tomada de decisão mais informada, esclarecida e consciente.

A norma regulamentar, ainda segundo a entidade reguladora, vem na sequência da entrada em vigor da Lei n.º 18/22 de 07 de Julho, Lei da Actividade Seguradora e Resseguradora (LASR) e como parte dos esforços contínuos para estabilizar o sector financeiro.

Requisitos de registo

A ARSEG apresentou, na mesma ocasião, o projecto de Norma Regulamentar sobre os requisitos e procedimentos para o registo dos membros dos órgãos de administração, fiscalização e responsáveis pelas funções-chaves.

A Norma Regulamentar estruturada em 14 artigos, quatro capítulos e duas secções prevê as condições para o registo dos membros dos órgãos sociais e gestores de funções relevantes, os elementos que acompanham a solicitação de registo, avaliação e análise do processo, exercício transitório de funções antes do registo, recondução ou registo superveniente, alterações supervenientes e renovação periódica da informação.

Data de Emissão: 18-08-2023 às 07:10
Economia sem makas: Um antigo ministro, dois ex-secretários de Estado e um ex-presidente do Banco Sol entram para os órgãos sociais do BFA

Um antigo ministro, dois ex-secretários de Estado e um ex-presidente do Banco Sol entram para os órgãos sociais do BFA.

Banco Nacional de Angola autorizou o registo especial dos orgãos sociais do BFA, Maria do Carmo Bastos Corte Real Bernardo como presidente do Conselho de Administração do referido banco

A administração Banco de Fomento de Angola será assim composta pelo seguinte elenco: Osvaldo Salvador de Lemos Macaia – Vice-Presidente do Conselho de Administração; Divaldo Kienda Feijo Palhares – Administrador Não Executivo; iFilomeno da Costa Alegre Alves de Ceita – Administrador Não Executivo; Jacinto Manuel Veloso- Administrador Não Executivo; Laura Maria Pires Alcantra Monteiro – Administradora Independente; Maria Amélia da Conceição Freitas Montenegro Duarte – Administradora Independente; Armando Manuel -Administrador Independente; Luis Roberto Fernandes Gonçalves – Presidente da Comissão Executiva; Natacha Sofia da Silva Barradas- Administradora Executiva; .Sebastião Machado Francisco Massango- Administrador Executivo; Paulo Lelis de Freitas Alves – Administrador Executivo; .Jose Alves do Nascimento – Administrador Executivo e Paulo Valódia Silva – Administrador Executivo; Francisca Ferrão Costa – Administradora Executiva;

Em relação ao Conselho Fiscal, Alcides Horácio Frederico Safeca assume a presidência e Adilson Manuel Sequeira a vice-presidência, tendo como membro efectivo Valdir de Jesus Lima Rodrigues e membros suplentes , Luzia de Castro Peres do Amaral e Henda Nzinga Pires Teixeira.

Coutinho Nobre Miguel é o presidente da Assembleia Geral e Flavia Nahari Furtado Gomes, secretária da Mesa da Assembleia Geral da nova equipa do BFA

Data de Emissão: 17-08-2023 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): BNA, GAFI, Isabel dos Santos, Unitel
Economia sem makas: MinFin pagou 361,7 mil milhões Kz de atrasados em 2022, mas credores do Estado continuam a queixar-se

MinFin pagou 361,7 mil milhões Kz de atrasados em 2022, mas credores do Estado continuam a queixar-se

BALANÇO DE 2022

O valor refere-se a 282 acordos que foram homologados com as empresas credoras durante o ano passado, cerca de 330 mil milhões Kz, ao que se juntaram mais 32 mil milhões de 82 contratos feitos em 2021 e que ainda não tinham sido pagos. 134 mil milhões Kz foram pagos com obrigações.

O Ministério das Finanças fez saber que foram pagos 362 mil milhões Kz de atrasados em 2022, menos 46% do que tinha acontecido em 2021, quando o Estado saldou 663 mil milhões de dívida acumulada. O valor refere-se a 282 acordos homologados com as empresas credoras durante o ano passado, cerca de 330 mil milhões Kz, ao que se juntaram mais cerca de 32 mil milhões Kz de 82 contratos celebrados em 2021 e que ainda não tinham sido pagos. Se olharmos para os últimos três anos, desde 2020, o Ministério das Finanças já procedeu ao pagamento de 1,53 biliões Kz de valores que estavam em dívida nas diversas unidades orçamentais do Estado.

Vale a pena recordar que, de acordo com o decreto presidencial n.º 235/21, o processo inicia-se com a reclamação do credor junto da respectiva unidade orçamental, sendo que esta tem que reconhecer o valor e inscrevê-lo no SIGFE (Sistema Integrado de Gestão Financeira do Estado), juntamente com toda a documentação de suporte. É então gerado um documento de reconhecimento de dívida, que deve ser homologado pelo gestor máximo da unidade orçamental (o ministro ou governador, na prática).

Uma vez em posse do Ministério das Finanças, passa por uma primeira triagem para conferir se está tudo de acordo com a lei, sendo que se houver necessidade de algum esclarecimento adicional é devolvido à unidade orçamental, se não é enviado à Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE) que tem que validar a dívida. Depois de validada, volta ao Ministério das Finanças que a inclui na programação de regularização, chamando posteriormente a empresa credora para negociar e elaborar o Acordo de Regularização (fundamentalmente para definir a forma de pagamento, que pode ser em numerário, títulos de dívida pública, créditos fiscais ou uma combinação destes). Se o credor tiver dívidas ao Estado, fiscais ou à segurança social, os valores são descontados à cabeça.

134 mil milhões Kz pagos em títulos

Dos 370 acordos pagos durante 2022, 326, que representavam um valor de 153 mil milhões Kz, foram pagos integralmente em dinheiro (as dívidas de valor mais baixo), enquanto que as dívidas maiores – 38 contratos no valor de um pouco mais de 169 mil milhões Kz – foram saldadas por combinação das diversas modalidades. Cinco contratos de 39,5 mil milhões Kz foram pagos integralmente com títulos de dívida, e um grande contrato de 60 mil milhões Kz foi saldado por compensação da Recredit, via diminuição da dívida que esta empresa tinha junto da instituição de recuperação de crédito.

 

Acrescente-se que as empresas não eram obrigadas a aceitar o pagamento de parte ou totalidade da dívida em títulos de dívida mas, caso de não aceitassem a proposta do ministério, ou pelo menos negociá-la, voltavam para o fim da lista dos pagamentos, para quando houvesse disponibilidade financeira para receber a totalidade em numerário.

Olhando para os números globais de 2022, 134 mil milhões Kz foram pagos em Obrigações do Tesouro Não Reajustáveis com maturidades entre 4 e 10 anos (ver gráfico), cerca de 219 mil milhões Kz em numerário, cerca de 4,8 mil milhões em crédito fiscal, e o restante por outros mecanismos de compensação. Sobre a maturidade dos títulos entregues aos credores, 38% são títulos a seis anos, 23,95% são títulos a 8 anos, 23,3% são títulos a 4 anos e 14,84% têm maturidade de dez anos. As maturidades também foram negociadas com os credores, sendo que a necessidade de tesouraria, as taxas de juro aplicáveis e a própria estratégia do Ministério das Finanças tiveram influência nesta divisão.

ENDE recebeu mais

Na lista dos pagamentos por credor, a ENDE aparece em primeiro lugar: recebeu 46,15 mil milhões Kz de dívida atrasada, fundamentalmente subvenções devidas pelo preço da energia eléctrica que estavam por acertar, cuja origem estava exactamente no Ministério das Finanças, responsável pela gestão desta verba. Aparece depois a Sinohydro Angola (35,34 mil milhões Kz), empresa ligada à construção de infraestruturas, e em terceiro está a Carrinho Empreendimentos (24,61 mil milhões Kz), que hoje é transversal a todas as áreas da economia. Fecham o Top 5 a Citic Construction (17,41 mil milhões Kz) e a Nova Ambiental (16,77 mil milhões Kz).

Já relativamente aos pagamentos por Unidade Orçamental, o Ministério das Finanças lidera destacado com 81,6 mil milhões Kz, 22,5% do total, sendo que as dívidas regularizadas estão relacionadas com a construção das centralidades, sob controlo do Fundo de Fomento Habitacional (FHH) e a já referida dívida com a ENDE no âmbito dos subsídios aos preços de energia, através do IGAPE.

Segue-se no ranking dos pagamentos o Governo Provincial de Luanda, 66,51 mil milhões Kz que valem 18,38% do regularizado em 2022, o Ministério da Energia e Águas, 37,68 mil milhões Kz, o Ministério do Interior com 32,3 mi milhões Kz, e o Ministério da Construção e Obras Públicas com 28,65 mil milhões Kz. Destaca-se na lista apresentada o Governo Provincial da Lunda Norte, que aparece na oitava posição com pagamentos de 13,33 mil milhões.

 

Data de Emissão: 16-08-2023 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): Jornal Expansão
Economia sem makas: Custo de vida sobe 1,6% entre Junho e Julho segundo o INE

Economia sem makas: Custo de vida sobe 1,6% entre Junho e Julho segundo o Instituto Nacional de Estatística.

O Índice de Preços Grossista (IPG) registou uma variação mensal, no período de Junho a Julho de 2023, de 1,91%, sendo 0,25 ponto percentual superior a registada no período anterior e 0,78 ponto percentual superior em relação a registada no mesmo mês do ano de 2022.

A variação homóloga de Julho situa-se em 16,46%, registando uma baixa de 9,26 pontos percentuais com relação a observada em igual período do ano anterior. A tendência da variação homóloga nos últimos 3 anos até ao mês de Março é crescente, invertendo o seu sentido a partir de Abril de 2022.

Durante o mês de Julho de 2023, os preços dos produtos nacionais aumentaram 2,38% comparados com os do mês de Junho, sendo a Secção D – Indústrias Transformadoras que maior aumento de preços registou com 2,45%. Os produtos que tiveram maior variação de preços neste grupo foram os seguintes: Farinha de trigo com 3,68%, Farinha de milho com 3,60%, Gasosa com 3,49%, Cachucho congelado com 3,17%, Carapau congelado com 3,07%, Cerveja com 2,81%, Vinho com 2,51%, Água mineral com 2,46%, Carne de porco com 2,42%, Bloco de cimento com 2,30%, Carne de vaca com 2,07%, Cimento com 1,71%, Sabão em barras e Carne seca com 1,64% respectivamente, Miudezas com 1,53%, Carapau seco com 1,49%, Sabonete com 1,45%, Frigorifico com 1,04% e Cabelo postiço com 0,85% entre os principais.

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Data de Emissão: 14-08-2023 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): BNA
Economia sem makas: Angola e Japão assinam Acordo para a Liberalização, Promoção e Protecção Recíproca de Investimentos

Economia sem makas com o tema: Angola e Japão assinam um acordo de proteção de investimentos, o Acordo para a Liberalização, Promoção e Protecção Recíproca de Investimentos.

 Os governos de Angola e do Japão assinaram hoje, em Luanda, o acordo para liberalização, promoção e proteção recíproca de investimentos, cujas negociações decorriam há já quase 10 anos, informou o chefe da diplomacia angolana.

O acordo foi assinado no âmbito da visita de três dias que o ministro da Economia, Comércio e Indústria japonês, Nishimura Yasutoshi, realiza a Angola.

O governante japonês, que se faz acompanhar de uma delegação que integra 26 empresários de vários setores, foi recebido pelo Presidente de Angola, João Lourenço.

Em declarações à comunicação social, o ministro japonês sublinhou que este acordo foi assinado na sequência da visita que o chefe de Estado angolano realizou em março deste ano ao país nipónico, sublinhando que existe entre os dois países uma cooperação notável nas áreas de infraestruturas, nomeadamente a do porto do Namibe e formação de quadros.

Nishimura Yasutoshi disse esperar que o acordo estimule de facto o investimento japonês no país africano, para o seu objetivo da diversificação da economia.

Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores angolano, Téte António, destacou que a visita de João Lourenço ao Japão propiciou o clima de confiança junto das autoridades e dos meios de negócios japoneses.

Nipónicos disponíveis para incrementar negócios no país    

 

O ministro japonês da Economia, Comércio e Indústria referiu que a “grande expectativa” do país é que o acordo sirva para promover o investimento das empresas nipónicas em Angola, no quadro da diversificação da economia, ao mesmo tempo que manifestou a disponibilidade do Governo para continuar a apoiar Angola nos mais variados sectores.

 

Nishimura Yasutoshi disse que a integração na comitiva de cerca de 26 empresas representativas da economia japonesa revela o interesse do Governo do seu país em investir no território angolano.

O governante japonês lembrou, a propósito, que o seu país já coopera com Angola no domínio da Construção de Infra-estruturas, apontando como exemplo o projecto que desenvolve no Porto do Namibe. Sublinhou que a visita a Angola vem reforçar e garantir a continuidade dos acordos assinados entre o Presidente João Lourenço e o Primeiro-Ministro japonês, em Março deste ano, em Tóquio.

O ministro japonês manifestou ainda o interesse de empresários do seu país investirem em Angola, no sector Agrícola, utilizando tecnologias de ponta, salientando que o Japão já participa na capacitação do pessoal angolano, no projecto da Toyota, que trabalha na formação de mecânicos automotivos.

No capítulo das relações bilaterais, dados disponíveis apontam que, entre 2020 e 2022, as exportações angolanas para o Japão fixaram-se em 108 milhões de dólares. No centro dessas transacções comerciais estão as exportações angolanas de petróleo bruto, gás propano e butano para o Japão, e importações de veículos, peças-auto, máquinas, aparelhos, plásticos, borracha, ferro e aço.

A cooperação entre Angola e o Japão iniciou em 1988 como Ajuda de Emergência, por via do UNICEF. Posteriormente, o Japão passou a realizar assistência nas áreas de Desminagem, Reinserção Social de ex-soldados e Reintegração de Refugiados.

TAGS: BNA, TOYOTA, EUROBONDS, Ministério das Finanças, Vera Daves, INE,

Data de Emissão: 11-08-2023 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): BNA
Economia sem makas: Os preços no consumidor na China desceram 0,3% em Julho e analistas já falam em riscos de deflação na maior economia do mundo

Economia sem makas com o tema: Os preços no consumidor na China desceram 0,3% em Julho e analistas já falam em riscos de deflação na maior economia do mundo e principal parceiro económico de Angola.

Os preços ao consumidor da China registaram seu primeiro declínio anual em mais de dois anos em julho, segundo dados divulgados. Eles seriam reflexo de uma a demanda fraca pesando sobre a economia. O índice de preços ao consumidor do mês caiu 0,3% na comparação anual, disse o Escritório Nacional de Estatísticas. Essa é uma queda ligeiramente mais lenta do que a estimativa mediana de 0,4%, segundo pesquisa da Reuters. Foi a primeira queda ano a ano desde fevereiro de 2021. O índice permaneceu inalterado em junho. O índice de preços ao produtor (IPP) caiu pelo décimo mês consecutivo, indo a 4,4% em relação ao ano anterior, após uma queda de 5,4% no mês anterior. Isso comparado com uma previsão de queda de 4,1%.

A recuperação econômica da China desacelerou após um início vigoroso no primeiro trimestre, com o enfraquecimento da demanda interna e externa. As autoridades lançaram uma série de medidas políticas para apoiar a economia, com mais medidas esperadas. A queda nos preços ao consumidor é mais motivo de preocupação com as crescentes pressões de deflação em meio ao crescimento econômico vacilante devido à persistente desaceleração imobiliária e quedas nas importações e exportações. No entanto, as autoridades minimizaram as preocupações com a deflação. O governo estabeleceu uma meta de inflação ao consumidor de cerca de 3% este ano, acima dos 2% registrados em 2022. Apesar do recente estímulo político, consumidores e fabricantes permaneceram cautelosos em meio ao mercado imobiliário ainda fraco e alto desemprego juvenil, e há um apetite cada vez menor entre as empresas estrangeiras para investir na China. Os investidores esperavam ansiosamente que os formuladores de políticas injetassem medidas de estímulo após a poderosa reunião do Politburo no mês passado, com o mercado de ações praticamente desapontado com a falta de ações concretas.

Data de Emissão: 10-08-2023 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): BNA
Economia sem makas: EMIS anuncia que se pode pagar com multicaixa fora do Pais, quando em Angola é um pesadelo levantar dinheiro

 

EMIS anuncia que se pode pagar com multicaixa fora do Pais, quando em Angola é um pesadelo levantar dinheiro

A Empresa Interbancária de Serviços (EMÍS) e a MasterCard assinaram, em Luanda, um acordo que vai permitir aos bancos angolanos emitirem cartões Multicaixas com aceitação no exterior do país.O presente acordo, os cartões de multimarca Multicaixa/MasterCard vão funcionar no país como cartão Multicaixa e no estrangeiro como Mastercard. As negociações entre a EMIS com a Mastercard culminaram na assinatura de um Memorando de Entendimento (MoU).

O referido MoU marca o assumir de uma parceria entre a EMIS e a Mastercard que permite a emissão de cartões de pagamento de débito multimarca, MULTICAIXA/Mastercard, para uso em Angola doméstico e no estrangeiro.Esta parceria vai permitir a coexistência de duas marcas em um único cartão de pagamento, emitidas pelos Bancos Comerciais angolanos, o que significa que sempre que o cartão de débito multimarca for utilizado em território nacional será considerado como sendo “cartão de débito MULTICAIXA” e no sentido inverso, sempre que for utilizado no estrangeiro, será considerado “cartão de débito. Mastercard”, estando sempre todas as operações ligadas à Conta de pagamento do Titular. Deste modo, o cartão multimarca permite transacionar (realizar pagamentos e levantamentos em numerário) quer em território nacional, quer no estrangeiro, tendo assim a vantagem de ser de aceitação universal, o que proporciona ao titular que esteja no exterior, um instrumento de pagamento de utilização mais cómodo. Em 2014, a MasterCard firmou parceria com a Empresa Interbacaria de Serviços (EMIS), permitindo que todos os caixas eletrônicos de Angola aceitem cartões de débito, crédito e pré-pagos MasterCard. A parceria permitiu que turistas, viajantes em negócios e cidadãos locais portadores de cartões de pagamento MasterCard levantem a moeda angolana, o Kwanza, em mais de duas mil caixas automáticas existentes à data, pertencentes aos bancos da rede EMIS.

Levantar dinheiro nos Multicaixas tem sido uma dor de cabeça, nos últimos dias. Nos locais onde tenha um Multicaixa, são visíveis as longas filas e o elevado tempo que as pessoas tem de enfrentar, para levantar dinheiro. Os Bancos Comerciais e a EMIS, empresa gestora da rede Multicaixa, trocam acusações sobre a quem recai a responsabilidade do problema que se vive.

 

TAGS: BNA, Bancos Comercias, Kwanza,Pedro Maiangala Puna, Presidente do Conselho de Administração

Data de Emissão: 09-08-2023 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): BNA, Emis, Jornal Expansão
Economia sem makas: Regime especial de crédito à habitação mais atractivo depois das alterações introduzidas pelo BNA

Regime especial de crédito à habitação mais atractivo depois das alterações introduzidas pelo BNA.

BNA inclui financiamento à construção no Regime Especial de Crédito à Habitação

O Regime Especial de Crédito à Habitação foi alterado para incluir o financiamento da auto-construção dirigida, com a publicação, na quinta-feira, o Aviso 9/23, do BNA, a elevar de 25 para 30 anos o prazo de reembolso do financiamento, no que é uma das principais mudanças da norma introduzida pela primeira em Abril de 2022.

Fundamentalmente, foram operadas três alterações, com a segunda a permitir que um só beneficiário contraia dívida de 100 milhões de kwanzas sob os regimes especiais de crédito à habitação e crédito à construção, o que, no Aviso anterior, o 9/22, era permitido a apenas dois contratantes.

No crédito à construção, está estabelecido que os compradores podem adquirir  terrenos infra-estruturados inscritos na Conservatória Predial, desde que possuam um orçamento para construção e conclusão da casa, por empreiteira com a contabilidade devidamente organizada.

Isso significa que o financiamento é concedido a favor da compra do terreno, bem como da construção da casa e não só para compra do terreno.

O Aviso 9/23 mantém a exigência documental para a habilitação ao crédito, algo de que se queixaram os clientes bancários interessados nesse financiamento, alegando que eram requeridos 15 documentos,embora fontes contactadas pela nossa reportagem considerem que o mais importante é a inscrição do imóvel na Conservatória Predial, que permite aos bancos o registo da hipoteca. Os demais documentos são os habitualmente exigidos pelos bancos.

O Aviso repete as condições do financiamento, com juros 7,00 por cento para a  aquisição de imóveis de até 100 milhões de kwanzas e de 10 por cento para a promoção imobiliária, como também é mantida a abordagem para as comissões dos bancos envolvidos, as quais nunca devem ser superiores a 1,00 por cento.

Apesar de, no novo Aviso, permanecerem as exigências relativas ao volume de reservas obrigatórias que os bancos podem empregar no crédito à habitação, as regras aparentam ser menos flexíveis para os promotores imobiliários e as cooperativas habitacionais.

Nesses últimos financiamentos, os bancos só podem ceder em crédito, fundos retirados das reservas obrigatórias que cobram  50 por cento do valor da obra o que, para as cooperativas habitacionais se sita em 75 por cento.

Isso significa que a diferença deverá ser integralizada com recursos do próprio banco, a juros não bonificados.

Ao falar, em Dezembro último, no 2º Fórum Banca e Seguros, do semanário “Expansão”, naquela altura governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José de Lima Massano, declarou que o Regime Especial de Crédito à Habitação, estava “ainda com poucos pedidos elegíveis” e que apenas 37,35 por cento dos 168 processos recebidos na banca tinham sido aprovados, ou seja, uns 63 pedidos aprovados.

O governador, em Junho investido como ministro de Estado para a Coordenação Económica, indicou, nessa ocasião, que o regime especial de crédito haveria de ser ajustado para considerar a auto-construção, definindo o curso das operações financiadas ao abrigo desse regime por estar a marcar os primeiros passos e por ter “regras de acesso precisam de ser mais bem compreendidas”.

“Podemos aqui anunciar que em 2023 este aviso (que estabelece o regime especial para o crédito à habitação a particulares e a construção de projetos de habitação) será ajustado para considerar a auto-construção para fins habitacionais”, afirmou José de Lima Massano, em Dezembro.

Data de Emissão: 08-08-2023 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): João Lourenço
Economia sem makas: Execução do 1.° trimestre do OGE 2023

[ ] Execução do 1.° trimestre do OGE 2023 confirma que o buraco está mesmo no financiamento

[ ] Aumentos das propinas do ensino privado

[ ] Confederação sindical UNTA dividida sobre salário mínimo

[ ] Leilão de automóveis recuperados

[ ] Regime especial de crédito à habitação revisto

Data de Emissão: 07-08-2023 às 07:10
Economia sem makas: O Grupo Castel Angola foi multado pela Autoridade Reguladora da Concorrência

O Grupo Castel Angola foi multado pela Autoridade Reguladora da Concorrência, que deu razão à Associação dos Grossistas e Distribuidores de Bebidas e Alimentos de Angola (AGEDBAA), que denunciava práticas anticoncorrenciais que levaram à falência dezenas de empresas.

De acordo com a decisão final, citada hoje pela Lusa,  “o Grupo Castel incorreu na prática de fixação de preços e outras condições aplicáveis à revenda por uma rede de distribuidores independentes no canal informal, por meios directos e indirectos em todo o território nacional”, violando a lei da concorrência, punível com multa.

Nesse sentido, segundo a mesma fonte, deve o Grupo Castel, empresa de origem francesa, pagar uma multa equivalente a 3,2% do seu volume de negócios, referente ao último exercício económico, conforme estabelecido na Lei da Concorrência.

O Grupo Castel detém as marcas de bebidas Cuca, Eka, Nocal, refrigerantes e bebidas energéticas.

Data de Emissão: 04-08-2023 às 07:10
Economia sem makas: Governo tira gestão da Reserva Estratégica Alimentar ao grupo Carrinho

Governo tira gestão da Reserva Estratégica Alimentar ao grupo Carrinho, suspende todas as importações não iniciadas e manda fazer auditoria independente.

O Grupo Carrinhos está fora da gestão da reserva Estratégica Alimentar, depois de uma onda de informações sobre as alegadas ligações com o Presidente da República.

A decisão foi ontem tomada pelo Ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, em reunião do Conselho económico do governo.

Na reunião de ontem, 02 de Julho, da Comissão Económica, ficou decidido que a REA deverá passar a ser exclusivamente gerida pelo Estado, na “pessoa” do Entreposto.

 Parece que a REA serviu bem os interesses políticos aquando das eleições e deu a ideia que consegue controlar os preços, desde a sua criação que o governo vem demonstrando desconhecimento sobre o papel de um Reserva Estratégica, e por isso espera que agora a equipa económica do governo consiga “finalmente dar o destino que se lhe espera, o de garantir a segurança alimentar ao país”.

Data de Emissão: 03-08-2023 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Agência de Classificação do Risco de Crédito reduziu a nota dos EUA pela segunda vez na história

Agência de Classificação do Risco de Crédito reduziu a nota dos EUA pela segunda vez na história.

A agência de classificação de risco Fitch rebaixou nesta terça-feira, 1º, o rating de longo prazo em moeda estrangeira dos Estados Unidos de “AAA” para “AA+”, apontando para uma esperada deterioração fiscal nos próximos três anos, bem como uma alta e crescente carga geral da dívida do governo.

O rebaixamento chega na esteira de um acordo sobre o teto da dívida do país realizado em junho, que veio depois de meses de negociações políticas difíceis. O teto de dívida foi elevado de 31,4 trilhões de dólares.

“Na visão da Fitch, houve uma deterioração constante nos padrões de governança nos últimos 20 anos, inclusive em questões fiscais e de dívida, apesar do acordo bipartidário de junho para suspender o limite da dívida até janeiro de 2025”, disse a agência de recomendação em comunicado. Investidores usam as classificações de crédito para avaliar o perfil de risco de empresas e governos quando obtêm financiamento nos mercados de capitais de dívida.A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, discordou do rebaixamento. “Discordo fortemente da decisão da Fitch Ratings. A mudança anunciada pela Fitch Ratings hoje é arbitrária e baseada em dados desatualizados”, afirmou Yellen em um comunicado.Em uma crise anterior do teto da dívida em 2011, a agência de risco Standard & Poor’s cortou a recomendação máxima dos EUA em um nível, de “AAA” para “AA+”, alguns dias após um acordo sobre o teto da dívida, apontando polarização política e medidas insuficientes para corrigir as perspectivas fiscais do país. Sua recomendação ainda é “AA+” — a segunda mais alta.A Fitch havia colocado sua recomendação “AAA” para a dívida soberana dos EUA em alerta para um possível rebaixamento em maio, citando riscos negativos, que incluem desgaste no debate político e um crescente peso da dívida.

Data de Emissão: 02-08-2023 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Governo volta a gastar mais com a Defesa e Segurança do que com a Educação

Governo volta a gastar mais com a defesa e a segurança do que com a educação e saúde, revela execução orçamental de 2021 finalmente publicada pelo ministério das finanças.

Data de Emissão: 01-08-2023 às 07:10
Economia sem makas: Operadores de TV por assinatura querem aumentar preços

Governo promete ao banco mundial alargar passes sociais aos candongueiros no âmbito de um pedido de empréstimos ao banco mundial que teve igualmente a extinção do fundo soberano e sua fusão com outros fundos

Operadores de TV por assinatura querem aumentar preços

Governo Provincial de Luanda estendeu passadeira vermelha ao acto de massas MPLA

Economia sem makas: Bancos centrais americanos e europeu sobem juros para máximos de 22 anos

Bancos centrais americanos e europeu sobem juros para máximos de 22 anos. Financiamento externo angolano fica mais complicado.

Data de Emissão: 28-07-2023 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Bilhetes de avião para Lisboa dispararam 3 e 4 vezes

Bilhetes de avião para Lisboa dispararam 3 e 4 vezes

Data de Emissão: 27-07-2023 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): Barril de Petróleo, Taag, TAP
Economia sem makas: Credito habitação e seus contornos

Ao fim de um ano, o crédito à habitação ao abrigo do aviso do BNA anunciado durante a campanha eleitoral pouco ultrapassa os 50 mil milhões de kwanzas.

O credito a habitação  concedido aos particulares totalizou 248, 57 mil milhões de Kwanzas, dos quais 52,77 mil milhões de kwanzas foram concedidos ao abrigo do Aviso n.º 09/2022, de 06 de Abril, uma representatividade de 21,23% sobre o montante total.

A iniciativa do Banco Nacional de Angola (BNA), apresentada à Comissão Económica do Conselho de Ministros, por via da qual os bancos comerciais poderão passar a conceder crédito à habitação, provavelmente, apenas peca por tardia.

O problema da “casa própria” continua a ser um desafio encarado por todos, desde as instituições do Estado, às famílias, pessoas singulares e empresas que, como sabemos, precisam  de soluções arrojadas para que o parque imobiliário não viva uma situação de insustentabilidade e de saturação. É verdade que já foram ensaiadas várias soluções, algumas das quais completamente fora do alcance das famílias  que serviam apenas para fins especulativos, outras que envolviam verdadeiras burlas e ainda outras que apenas alimentavam a ilusão de várias imobiliárias.

Com esta iniciativa em que o Estado pretende potenciar os bancos comerciais para que concedam até 100 milhões de kwanzas, esperemos que sejam criadas modalidades para que os  conhecidos excessos burocráticos dos bancos não emperrem o lado eminentemente social da iniciativa do Estado.

Não é segredo para ninguém que a grande maioria da população angolana é de baixa renda, uma situação também decorrente da própria condição do Estado angolano, tal como considerado internacionalmente, como país de baixo rendimento e que, por isso, as medidas associadas ao acesso ao futuro crédito à habitação devem ter em linha de conta essa realidade concreta.

De nada vai adiantar se as condições para o acesso ao crédito à habitação envolver uma excessiva e desnecessária “elitização”,  eventualmente condições draconianas, para as pessoas acederem ao mesmo se, na verdade, vier a estar acessível a um pequeno grupo de pessoas. E, pior de tudo, se o referido segmento de pessoas com rendimento minimamente aceitável para aceder ao referido crédito à habitação envolver na sua maioria pessoas que, provavelmente, não tenham necessidade da “primeira casa” própria.

Embora não saibamos por completo os procedimentos em que os bancos comerciais se vão basear para arrancar com o processo, na medida em que, segundo instruções do BNA, terão 60 dias para se organizarem, uma das questões que, seguramente, vai marcar o processo de concessão de crédito envolvem as garantias.

Acreditamos que quaisquer que sejam os procedimentos, jurídico-legais, para a efectivação do crédito à habitação, a relevância e impacto do mesmo apenas se poderão mensurar até onde a grande maioria vai beneficiar. Esperemos que as instituições bancárias, as famílias, pessoas singulares e empresas entrem para este processo com conhecimento e alguma preparação que as impeça de repetir erros e falhas das experiências do passado quando se tratou de crédito à habitação.

Não precisamos de repetir situações do passado que, nalguns casos, transformaram os créditos à habitação num luxo inalcançável para o segmento que, com algum rendimento, mais necessidade tinha da casa própria, em detrimento de uma fracção, com algum poder económico, mas sem necessidade da “primeira casa própria”, tanto quanto a primeira.

 

TAGS: Luísa Damião, MPLA, Eleições 2022, João Lourenço, BNA, Bancos Comercias, Kilamba, GTE, TPA, TV Zimbo, Jornal de Angola,

Data de Emissão: 26-07-2023 às 07:00
Economia sem makas: Balanço do primeiro semestre petrolífero confirma que o problema de Angola está na produção.

Balanço do primeiro semestre petrolífero confirma que o problema de Angola está na produção.

O Governo estimou um preço médio de 75 USD para uma produção petrolífera média de 1,18 milhões de barris de petróleo/dia, onde o sector petrolífero representa cerca de 53% do total de receitas previstas. O sector petrolífero representa um terço do PIB e mais de 90% das exportações angolanas.

TAGS: Jornal Expansão, Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG)

Data de Emissão: 25-07-2023 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): Banco Mundial
Economia sem makas: Deputados levam para casa (1 666 700,1 Kz) por mês líquidos de impostos
  • Deputados levam para casa (um milhao seiscentos e sessenta e seis mil e setecentos kwanzas e 10 cêntimos (1 666 700,1 Kz) por mês líquidos de impostos

 

  • Taxas de juro de referência para o crédito disparam
    O Comité de Política Monetária (CPM) reuniu-se nos dias 13 e 14 de Julho de 2023, em Luanda, tendo sido tomadas as seguintes deliberações:
    • Manter inalterada a taxa BNA em 17% (dezassete por cento);​
    • Aumentar a taxa de juro da Facilidade Permanente de Cedência de Liquidez para 17,5% (dezassete vírgula cinco por cento);
    • Manter a taxa de juro da Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez em 13,5% (treze vírgula cinco por cento).
     
    A decisão tomada sustenta-se no ressurgimento das pressões inflacionistas devido as alterações registadas no quadro macroeconómico com destaque para a redução das receitas de exportação e a consequente depreciação cambial. Para além disso, tiveram também impacto sobre os preços as expectativas geradas em torno da redução dos subsídios ao preço da gasolina, bem como os constrangimentos resultantes da reorganização da venda ambulante.
     
    Adicionalmente, o CPM decidiu flexibilizar o mecanismo da taxa de custódia sobre o excesso de liquidez dos Bancos Comerciais junto do BNA, cuja operacionalização será objecto de regulamentação específica.
  • Destituição do PR

    A UNITA (oposição) apresentou uma iniciativa de acusação e destituição do Presidente angolano, João Lourenço, por alegadamente ter subvertido o processo democrático no país e consolidar um regime autoritário que atenta contra a paz.

    A iniciativa de `impeachment` (destituição) do chefe de Estado angolano, que foi apresentada hoje em conferência de imprensa pelo grupo parlamentar da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA, maior partido na oposição), alega que a governação de João Lourenço, que cumpre o seu segundo mandato desde setembro de 2022, “é contra a democracia, contra a paz social e contra a independência nacional”.

    “A sua rejeição pela nação traduz-se na mais elevada taxa de reprovação já verificada em tempo de paz”, refere o partido.

    Segundo o grupo parlamentar dos `maninhos`, o sentimento geral dos cidadãos é de que o Presidente da República traiu o juramento que fez, perdeu absolutamente a confiança dos eleitores e, por isso, “deve ser destituído do cargo”.

    A UNITA recorda que João Lourenço, durante a sua posse em 15 de setembro de 2022, jurou desempenhar com dedicação as funções de que foi investido, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República de Angola e as leis e defender a independência, a soberania e a unidade da nação.

    Volvidos nove meses, na opinião da UNITA, o Presidente angolano “subverteu o processo democrático” e consolidou no país “um regime autoritário, que atenta contra a paz e contra os direitos fundamentais dos angolanos”.

    Sustenta, na sua iniciativa, que na atual governação de João Lourenço “não há pluralismo nem igualdade de oportunidades e de tratamento das diversas correntes de opinião política no espaço público”.

    “Só há um poder efetivo numa República que funciona cada vez mais como uma autocracia. Tal subversão constitui um crime de violação da Constituição que atenta gravemente contra o Estado democrático de Direito”, aponta.

    Os deputados da UNITA realçam que, enquanto titular do poder executivo, ao ter definido a orientação política do país, “por via do qual do Estado foi capturado por uma oligarquia que é dirigida, mantida e controlada pelo Presidente da República”, João Lourenço “atentou e atenta contra a dignidade da pessoa humana, a concretização da independência nacional e contra a construção da paz social e da unidade da nação”.

    Acusam o chefe de Estado angolano de furtar-se ao cumprimento das tarefas fundamentais do Estado e promover, em vez disso, políticas erradas de governação e bloquear a fiscalização dos seus atos de governação pelos órgãos competentes e independentes do Estado.

    Para a UNITA, João Lourenço tornou-se o “único responsável político” pela crise geral de governação que Angola vive e que se manifesta, entre outros aspetos, no “assalto” ao Tesouro Nacional para “financiar direta e indiretamente os investimentos privados da oligarquia que protege”.

    “Ao promover, manter, consolidar e cristalizar a partidarização e controlo direto ou indireto, aberto ou velado das instituições do Estado por um partido político, o Presidente da República, com flagrante desvio ou abuso das suas funções ou com grave violação dos inerentes deveres, destrói, altera ou subverte o Estado de Direito constitucionalmente estabelecido”, refere a UNITA.

    O partido liderado por Adalberto Costa Júnior diz igualmente existirem “fortes evidências de coação” contra órgãos constitucionais, designadamente, a Assembleia Nacional (parlamento), a Procuradoria-Geral da República (PGR), o Banco Nacional de Angola (BNA) e os tribunais, “da parte do Presidente da República, que atentam contra o regular funcionamento das instituições”.

    Em relação ao poder judicial, acrescenta, “há evidências claras de interferência do Presidente da República, controlo, instrumentalização e manipulação dos juízes dos tribunais superiores, para além de o Presidente da República não defender a Constituição ao não ter exatamente o mesmo procedimento em relação aos dois juízes conselheiros presidentes que alegadamente atuaram à margem da lei”.

    De acordo com a UNITA, “aumentaram” igualmente “evidências de atos de corrupção ativa e passiva” no seio de titulares de cargos políticos dependentes do Presidente da República “que, mesmo depois de receber denúncias, queixas e reclamações diversas, manifesta inação, tolerância, conivência ou desdém”.

    Nesta proposta de destituição de João Lourenço, a UNITA assinala ainda que, com as referidas práticas, João Lourenço “construiu e consolidou um regime político assente na subversão da lei e do Estado, na corrupção, contrariando o juramento da sua posse”.

    O grupo parlamentar da UNITA vai apresentar ao plenário da Assembleia Nacional – com maioria do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, liderado por João Lourenço) – esta iniciativa para o processo de acusação e destituição do Presidente angolano, João Lourenço.

     

  • Lista de activos recuperados  

A Procuradoria-Geral da República através do Serviço de Recuperação de Activos (SENRA) disponibilizou na Internet, com o endereço senra.pgr.ao, a lista contendo a totalidade dos activos apreendidos, recuperados e ar- restados, desde a implementação desde serviço em 2019 até à presente

O Serviço Nacional de Recuperação de Activos (SENRA) tornou pública, há dias, a lista dos activos recuperados no âmbito da luta contra a corrupção – um passo necessário à transparência dos seus procedimentos legais e da negociação para entrega voluntária de bens por parte de vários cidadãos visados pela lei.

A lista de activos, que pode ser consultada aqui, contempla apenas os activos já efectivamente recuperados e que estão na esfera do Estado, com uma excepção referente a três imóveis no Brasil, cuja transferência para o Estado angolano aguarda formalização. Não constam da lista activos apreendidos, arrestados ou, em linguagem simples, “congelados”, quer dizer, aguardando o término dos respectivos processos judiciais.

Segundo os cálculos que fizemos a partir dos dados apresentados (com mero papel e lápis), teremos um total aproximado de 8 mil milhões de dólares já realmente recuperados (incluindo algumas apreensões em euros devidamente convertidas), a que acresce cerca de um bilião de kwanzas.

Portanto, qualquer número acima deste total mais não representa do que uma expectativa, um desejo, um objectivo. O valor factual ronda os 8 mil milhões de dólares e o acréscimo em kwanzas. Os apregoados 19 mil milhões de dólares são uma esperança, não uma realidade.

A lista também evidencia um segundo aspecto muito relevante: as recuperações de activos tiveram lugar essencialmente em Angola ou foram realizadas por meios domésticos.

Do estrangeiro, apenas surgem duas moradias e um apartamento em Portugal (Algarve e Telheiras) e três imóveis no Brasil, com transacção ainda por formalizar.

Não há nada no Reino Unido, no Dubai, nos Estados Unidos, na Suíça, em Singapura, Hong Kong, etc. Isto significa que a cooperação judiciária internacional ainda não se traduziu em nenhuma recuperação efectiva de activos. Alguns activos podem estar “congelados”, mas não são devolvidos a Angola, seja porque os processos não estão terminados, seja por outros impedimentos.

O exemplo de Portugal é típico. Alega-se uma grande cooperação, foram publicados inúmeros títulos sobre buscas e apreensões (designadamente a Isabel dos Santos), todavia o resultado é mínimo: duas moradias e um apartamento, cujo valor total não chega a cinco milhões de dólares, e que provavelmente terão sido entregues de livre vontade.

Alguns dirão que esta ineficiência relativa à recuperação de activos no estrangeiro se deve à lentidão da justiça nos países concretos (será o exemplo de Portugal), mas também se aponta a falta de dinamismo da Procuradoria angolana (argumento utilizado por algumas autoridades portuguesas) ou desconfiança em relação aos intentos e boa-fé angolana (aparente fundamento de decisão na Suíça).

As razões poderão ser estas ou outras, mas o certo é que há uma visível dificuldade em recuperar activos no estrangeiro. Esse é um problema claro.

Em relação aos activos recuperados, vale a pena sublinhar alguns pontos muito interessantes.

Cerca de 40% dos activos recuperados (3,35 mil milhões de dólares) são provenientes do Fundo Soberano, referindo-se à gestão de José Filomeno dos Santos e Jean-Claude Bastos de Morais. Na realidade, estas verbas, pelo menos na sua maioria, não teriam saído do Fundo Soberano, antes tendo sido entregues para gestão a Jean-Claude, que se recusava a entregá-las. Não se trata propriamente de uma recuperação de activos, mas de controlo de gestão.

Dos restantes activos, sobressaem alguns conjuntos. Os 81 hotéis IKA e IU pertencentes a Carlos São Vicente representam uma larga fatia dos activos recuperados. Outro grupo interessante é composto por fábricas de têxteis avaliadas em mais de 500 milhões de dólares, aparentemente pertencentes a Joaquim Duarte da Costa David, Tambwe Mukaz e José Manuel Quintamba de Matos Cardoso. Outro item é uma fábrica de cerveja avaliada em 116 milhões de dólares, que pertenceria a Isabel dos Santos.

Mais de três mil imóveis no Kilamba, avaliados em 170 milhões de dólares, são outros activos apreendidos. Estes seriam propriedade do China Investment Fund (CIF), cujos beneficiários últimos serão alguns chineses ligados e Sam Pa; em relação a Angola, parece claro que Manuel Vicente era o coordenador de várias participações, embora não exista nenhum processo criminal referente a ele. Ligado ao CIF, temos também a entrega das Torres CIF 1 e 2, no valor aproximado de 200 milhões de dólares, e a gráfica Damer, avaliada em 120 milhões de dólares. Ainda de referir o edifício do Instituto Sapiens de Luanda, provavelmente de Pitra Neto (no valor de 22 milhões de dólares) e o Edifício Luanda Medical Center (44 milhões). Finalmente, merecem referência a TV Zimbo, avaliada em 99 milhões de dólares, e um depósito de 313 milhões de dólares.

Embora esta lista seja impressionante, acaba por representar uma “gota de água no oceano”, mesmo atendendo apenas a Angola.

Algumas considerações podem ser feitas em relação ao destino dos activos. Por exemplo, o valor em dinheiro de 313 milhões de dólares poderia ser utilizado directamente para iniciar um programa activo de combate ao desemprego. Aqui está uma oportunidade que não pode ser perdida.

Em relação aos outros activos, temos a opinião, que aqui repetimos, de que deveria ser criada uma sociedade de gestão que concentrasse esses activos. A cargo dessa sociedade ficaria a gestão destas empresas, que seria acompanhada de perto por um organismo independente. O esquema que propusemos em 2020 previa a criação de uma comissão independente composta por membros das auditoras reconhecidas – KPMG, Deloitte, etc. – e da sociedade civil, com o objectivo de proceder à proposta de nomeação dos gestores da sociedade de gestão dos activos recuperados, bem como de controlar a sua gestão. Na altura, escrevemos que “seria uma comissão transparente que prestaria contas ao público e teria poderes mistos de Assembleia-Geral e Conselho Fiscal. É fundamental a existência de um organismo independente para acompanhar e fiscalizar a gestão das empresas que estão a entrar no sector público” Voltamos a apresentar essa proposta.

Finalmente, um último tema é o da avaliação dos activos. Se é fácil avaliar imóveis, já mais difícil é calcular o valor de empresas ou saber o que se está a avaliar.

Por exemplo, os 81 hotéis de Carlos São Vicente foram avaliados tendo apenas em conta o valor dos edifícios ou contabilizou-se a operação hoteleira? A gráfica Damer vale 120 milhões pelos edifícios e máquinas ou pelo seu valor como empresa? E os passivos que estão contabilizados, foram incorporados na avaliação? As fábricas têxteis não tinham passivos? A TV Zimbo tem dívidas que são conhecidas. Estão incluídas nos 99 milhões de dólares de avaliação? E os custos de manutenção de três mil edifícios no Kilamba, quanto retirarão ao valor de 170 milhões de dólares?

São questões para as quais não temos respostas. Acreditamos, como se referiu acima, que só uma gestão centralizada e transparente destes activos poderá dar respostas e transformá-los em reais benefícios para a população, que é o que se pretende com a luta contra a corrupção.

Data de Emissão: 24-07-2023 às 07:00
Economia sem makas: Braço financeiro do Banco Mundial assinou acordo com ministério das Finanças para ajudar Angola a implementar seguro agrícola

Braço financeiro do Banco Mundial assinou acordo com ministério das Finanças para ajudar Angola a implementar seguro agrícola.

Data de Emissão: 21-07-2023 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): Banco Mundial
Economia sem makas: Oxford Economics revê em baixa crescimento de Angola para menos de 2% em 2023

Depois da Fitch Ratings e do Standard Bank, Oxford Economics revê em baixa crescimento de Angola para menos de 2% em 2023.

Data de Emissão: 20-07-2023 às 07:10
Economia sem makas: BPI suspendeu a venda de participação ao BFA devido a desvalorização do kwanza

BPI suspendeu a venda de participação ao BFA devido a desvalorização do kwanza.

A venda da participação de 48,1% que o BPI tem no Banco de Fomento Angola foi suspensa e “todas as partes envolvidas foram informadas”, disse fonte oficial do BPI ao Expresso.

Quanto à reabertura do processo e à possibilidade de tal acontecer ainda este ano, a mesma fonte afirmou que “ainda não há data para se retomar o processo”.

O banco refere que todas as partes – supervisores e outros acionistas – e não apenas os dois candidatos interessados foram informados da decisão de suspensão do negócio, confirmando ainda que esta pausa se devia a “condições de volatilidade do mercado”.

O facto de haver já dois candidatos poderia, não fossem as questões de desvalorização cambial, colocar um ponto final a um processo de venda que se arrasta há já seis anos.

O Jornal de Negócios noticiou na segunda-feira a suspensão da venda, referindo que foi enviada uma carta aos interessados que haviam “apresentado propostas de compra da participação, o grupo Carrinho e a Gemcorp”, dizendo que “a decisão tem efeitos imediatos”, e justificando-a pela contínua depreciação do kwanza, a moeda angolana.

O Expresso quis saber como ficariam os atuais candidatos nesta pausa do processo, se seriam chamados a voltar quando o mesmo fosse reaberto, mas sobre isso nada conseguiu apurar.

Desde maio a moeda angolana já registou uma queda de 37%, atingindo um valor de 804 kwanzas por dólar.

Recorde-se que o BPI está desde 2017 a tentar vender esta participação, devido a pressão do Banco Central Europeu.

No primeiro trimestre o contributo do BFA nas contas do BPI caiu de 14 milhões de euros, no primeiro trimestre de 2022, para 1 milhão de euros no corrente ano. O que, segundo o presidente executivo do BPI, João Pedro Oliveira e Costa, se explica por variações cambiais.

Já no que respeita ao ano completo de 2022, a participação de 48,1% no BFA valeu 96 milhões de euros ao BPI, que obteve um lucro total de 365 milhões de euros.

Economia sem makas: BNA deixa política monetária inalterada apesar de prever mais inflação

 

  • BNA deixa política monetária inalterada apesar de prever mais inflação

O Comité de Política Monetária (CPM) reuniu-se nos dias 13 e 14 de Julho de 2023, em Luanda, tendo sido tomadas as seguintes deliberações:

• Manter inalterada a taxa BNA em 17% (dezassete por cento);​
• Aumentar a taxa de juro da Facilidade Permanente de Cedência de Liquidez para 17,5% (dezassete vírgula cinco por cento);
• Manter a taxa de juro da Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez em 13,5% (treze vírgula cinco por cento).
A decisão tomada sustenta-se no ressurgimento das pressões inflacionistas devido as alterações registadas no quadro macroeconómico com destaque para a redução das receitas de exportação e a consequente depreciação cambial. Para além disso, tiveram também impacto sobre os preços as expectativas geradas em torno da redução dos subsídios ao preço da gasolina, bem como os constrangimentos resultantes da reorganização da venda ambulante.
Adicionalmente, o CPM decidiu flexibilizar o mecanismo da taxa de custódia sobre o excesso de liquidez dos Bancos Comerciais junto do BNA, cuja operacionalização será objecto de regulamentação específica. 
No contexto internacional, continua-se a observar a trajectória descendente das taxas de inflação nas principais economias, resultado do efeito conjugado da orientação restritiva da política monetária dos Bancos Centrais e da redução dos preços das commodities energéticas. Apesar da desaceleração da inflação, persistem pressões no curto prazo, facto que justifica a tendência de aumentos das taxas de juro. 
O actual curso da política monetária nas principais economias do mundo vem afectando adversamente a actividade económica particularmente nos Estados Unidos da América e na Zona Euro, com destaque para a produção industrial, o que coloca em risco as projecções de crescimento económico mundial.
Nesta perspectiva nos mercados das commodities energéticas, observou-se uma redução dos preços de petróleo, fruto da fraca procura. Assim, a OPEP decidiu estender os cortes de produção, a que se adiciona o corte unilateral declarado pela Arábia Saudita até ao final do ano de 2024, de forma a assegurar a estabilidade dos preços. 
A nível nacional, de acordo com as estatísticas das contas nacionais divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, apresentou um ligeiro crescimento em termos homólogos de 0,3%, inferior ao do trimestre anterior (2,6%). O desempenho abaixo do esperado deveu-se, essencialmente, à redução da produção petrolífera em 8,0%, não obstante o crescimento de 3,1% registado no sector não petrolífero.
A inflação mensal em Junho situou-se em 1,41%, tendo-se observado as maiores variações nas classes de Transportes (2,71%), Saúde (2,08%), Vestuário e Calçado (1,53%), assim como Alimentação e bebidas não alcoólicas (1,46%).
Em termos de contribuições, a classe de Alimentação e Bebidas Não Alcoólicas continua a ser a mais representativa, ao contribuir com 0,85 pontos percentuais, correspondente a 60,07% da inflação observada.
Como consequência, a inflação homóloga fixou-se em 11,25%, um acréscimo de 0,63 pontos percentuais em relação ao período anterior. 
No domínio monetário, a Base Monetária em moeda nacional registou uma contracção em termos mensais, acumulados e homólogos de 3,62%, 5,42% e 0,96%, respectivamente. O agregado monetário (M2) em moeda nacional contraiu 2,36% em Junho, reduzindo a variação acumulada desde o início do ano para 3,17% e a homóloga para 6,57%.  
No sector externo, assistiu-se à deterioração dos termos de troca, o que contribuiu para a redução do saldo superavitário da conta de bens no primeiro semestre em 52,89%, reflexo da redução das receitas de exportação em 38,16%. 
Em termos absolutos, o saldo da conta de bens passou de 18,34 mil milhões de dólares dos EUA no primeiro semestre de 2022 para 8,64 mil milhões de dólares dos EUA no primeiro semestre de 2023.  
O stock das Reservas Internacionais fixou-se em 13,68 mil milhões de dólares dos EUA no final do mês de Junho, o que representou um grau de cobertura de 6,01 meses de importações de bens e serviços.
Em termos de perspectivas, o CPM reviu em alta as previsões da taxa de inflação para o intervalo de 12% a 14%, justificada, essencialmente, pelo efeito da depreciação recente da moeda nacional.
Todavia, a revisão acima referida não compromete o objectivo de médio prazo de alcançar uma taxa de inflação de um dígito.
 

 

Data de Emissão: 18-07-2023 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas:Governo diz que défice derrapou mas não explica por quê
  •  Governo diz que défice derrapou mas não explica por quê

sob orientação do Presidente da República, a Comissão Económica do Conselho de Ministros aprovou várias medidas de emergência de carácter económico para fazer face ao agravamento do custo de vida no país.

O Orçamento Geral do Estado de 2023 registará, até ao final do ano, um défice na ordem dos 7.4 biliões de kwanzas, segundo as projecções apresentadas, esta sexta-feira, pelo secretário de Estado das Finanças e Tesouro, Ottoniel dos Santos Governo, numa conferência de imprensa presidida pelo Ministro de Estado para a Coordenação Económica José de Lima Massano.

Essas projecções resultam da análise feita pelo Ministério das Finanças sobre a execução do Orçamento Geral do Estado (OGE) 2023, que tem como pressuposto o preço do barril de petróleo a 75 dólares, uma produção de um milhão 180 mil barris por dia e uma execução de 20 biliões de kwanzas.

“Continuando tudo como está, do ponto de vista da execução do OGE, teremos que lidar, até ao fecho do ano, com uma situação de um diferencial de cerca de 10 mil milhões de dólares”, sublinhou o secretário de Estado.

 

Governo aperta o cinto nas despesas

Para atenuar o impacto das projecções, Ottoniel dos Santos avançou medidas para garantir três níveis de despesas, nomeadamente salários, serviço da dívida, despesas com bens e serviços de capitais essenciais para a normalidade e visão do compromisso do Governo.

.Avançou também que todos os projectos que têm uma execução acima de 50% e que tenham um financiamento garantido serão continuados, bem como aqueles que têm uma execução acima de 80% e que dependam dos recursos ordinários do Tesouro para a sua prossecução.

Um conjunto de medidas serão, igualmente, implementadas para assegurar, no sentido de atenuar não só neste exercício económico, mas noutros seguintes, o peso na execução orçamental sobre a tesouraria. Elas prevêem, além da revisão global da carteira do Projecto de Investimento Públicos (PIP), uma avaliação e consolidação da despesa.

Entre as medidas, o gestor apontou aquelas que têm a ver com as acções directas dos vários órgãos do Executivo angolano com vista a redução de despesas ligadas às deslocações para o exterior, redução da composição das delegações que fazem parte das saídas e de outros processos que reduzirão o peso sobre o OGE.

Do ponto de vista da utilização patrimonial, disse que prevê-se reduzir para já a renovação de frotas automóveis, que será suspensa, bem como definir plafonds mais económicos para a atribuição de novas viaturas para os detentores de cargos públicos.

Do ponto de vista dos imóveis, disse que se prevê a venda de todos que não são protocolares e pertencem ao Estado.

“Queremos, com estas medidas, que se juntarão a outras por anunciar, juntar esforços para garantir que estejamos dentro dos limites orçamentais definidos na lei que aprova o OGE e prosseguir com os seus compromissos orçamentais.

Governo assegura pagamento de salários

O secretário de Estado das Finanças e Tesouro, Ottoniel dos Santos, assegurou que o país dispõe de dinheiro para o pagamento de salários e outras despesas estratégicas até ao final do ano em curso.

O secretário de Estado precisou que, além das despesas com os salários, há condições para o pagamento do serviço da dívida pública e outras essenciais como saúde, educação (bolseiros) e subsídios para os veteranos e antigos combatentes.

José de Lima Massano toma firmemente as rédeas da coordenação económica do Executivo

Por sua vez, o ministro de Estado para a Área Económica, José de Lima Massano, na mesma ocasião, reafirmou que o Executivo tem acautelada a questão do pagamento do salários dos funcionários públicos a nível nacional e em tempo útil.

Na oportunidade, José de Lima Massano informou também que o Executivo assumiu o pagamento no mês de Junho, sem atrasos, e que para este (Julho) não será diferente.

“É este o caminho que queremos levar” prometeu José de Lima Massano, adiantando que em relação à emissão de Ordens de Saque e sua liquidação existem ainda algumas que não estão liquidadas.

Neste particular, afirmou que o compromisso do Executivo é ir regularizando todas as Ordens de Saque emitidas no prazo de até 90 dias.

“Daqui para frente terá de ser assim. Se não temos previsão de receita para honrar aqueles pagamentos, não vamos assumir essas responsabilidades ou estes compromissos “, rematou.

Disse que a partir do momento em que é emitida uma ordem de saque a obrigação doExecutivo será de assegurar a liquidação até 90 dias.

Governo reduz IVA de 14% para 7% em bens alimentares para atenuar o impacto da inflação no consumo. O governo vai reduzir, a partir de Janeiro de 2024, o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) de 14% para 7% em bens alimentares, informou o ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano. O ministro fez saber que existem outras medidas para o aumento da produção nacional, como apoio financeiro à produção, simplificação tributária e melhoria de ambiente de negócios.

O IVA foi implementado a 1 de Julho de 2019, com a entrada em vigor, também, pela primeira vez, com uma taxa inicial e única de 14%, no quadro da ampla Reforma Tributária em curso.

PR advoga equilíbrio entre produção interna e importações

Num outro evento, nesta sexta-feira, o Presidente da República, João Lourenço, apelou ao novo ministro da Indústria e Comércio, no sentido de trabalhar para o equilíbrio entre o aumento da produção interna, da indústria nacional e a necessidade da importação de bens para alimentar o sector industrial.“Precisamos de promover o “made in Angola” porque a produção interna, não apenas oferece uma gama maior de bens e serviços aos cidadãos e ao país, de uma forma geral, como também garante maior emprego para os nossos jovens e cidadãos”, sublinhou durante a cerimónia de posse de Rui Miguêns de Oliveira, como Titular da pasta da Indústria e Comércio, nomeado recentemente.Para o Titular do Poder Executivo, “o maior desafio que o país tem neste momento é, sem sombra de dúvidas, a diversificação da sua economia”, pelo que defendeu a necessidade de se “promover e acarinhar “a indústria nacional.“Embora se sinta que exista um esforço nessa direcção, estamos muito longe de nos darmos por satisfeitos com o que conseguimos alcançar até a presente data”, afirmou João Lourenço, numa alusão à diversificação da economia nacional.

  • BNA deixa política monetária inalterada apesar de prever mais inflação

O Comité de Política Monetária (CPM) reuniu-se nos dias 13 e 14 de Julho de 2023, em Luanda, tendo sido tomadas as seguintes deliberações:

• Manter inalterada a taxa BNA em 17% (dezassete por cento);​
• Aumentar a taxa de juro da Facilidade Permanente de Cedência de Liquidez para 17,5% (dezassete vírgula cinco por cento);
• Manter a taxa de juro da Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez em 13,5% (treze vírgula cinco por cento).
A decisão tomada sustenta-se no ressurgimento das pressões inflacionistas devido as alterações registadas no quadro macroeconómico com destaque para a redução das receitas de exportação e a consequente depreciação cambial. Para além disso, tiveram também impacto sobre os preços as expectativas geradas em torno da redução dos subsídios ao preço da gasolina, bem como os constrangimentos resultantes da reorganização da venda ambulante.
Adicionalmente, o CPM decidiu flexibilizar o mecanismo da taxa de custódia sobre o excesso de liquidez dos Bancos Comerciais junto do BNA, cuja operacionalização será objecto de regulamentação específica. 
No contexto internacional, continua-se a observar a trajectória descendente das taxas de inflação nas principais economias, resultado do efeito conjugado da orientação restritiva da política monetária dos Bancos Centrais e da redução dos preços das commodities energéticas. Apesar da desaceleração da inflação, persistem pressões no curto prazo, facto que justifica a tendência de aumentos das taxas de juro. 
O actual curso da política monetária nas principais economias do mundo vem afectando adversamente a actividade económica particularmente nos Estados Unidos da América e na Zona Euro, com destaque para a produção industrial, o que coloca em risco as projecções de crescimento económico mundial.
Nesta perspectiva nos mercados das commodities energéticas, observou-se uma redução dos preços de petróleo, fruto da fraca procura. Assim, a OPEP decidiu estender os cortes de produção, a que se adiciona o corte unilateral declarado pela Arábia Saudita até ao final do ano de 2024, de forma a assegurar a estabilidade dos preços. 
A nível nacional, de acordo com as estatísticas das contas nacionais divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, apresentou um ligeiro crescimento em termos homólogos de 0,3%, inferior ao do trimestre anterior (2,6%). O desempenho abaixo do esperado deveu-se, essencialmente, à redução da produção petrolífera em 8,0%, não obstante o crescimento de 3,1% registado no sector não petrolífero.
A inflação mensal em Junho situou-se em 1,41%, tendo-se observado as maiores variações nas classes de Transportes (2,71%), Saúde (2,08%), Vestuário e Calçado (1,53%), assim como Alimentação e bebidas não alcoólicas (1,46%).
Em termos de contribuições, a classe de Alimentação e Bebidas Não Alcoólicas continua a ser a mais representativa, ao contribuir com 0,85 pontos percentuais, correspondente a 60,07% da inflação observada.
Como consequência, a inflação homóloga fixou-se em 11,25%, um acréscimo de 0,63 pontos percentuais em relação ao período anterior. 
No domínio monetário, a Base Monetária em moeda nacional registou uma contracção em termos mensais, acumulados e homólogos de 3,62%, 5,42% e 0,96%, respectivamente. O agregado monetário (M2) em moeda nacional contraiu 2,36% em Junho, reduzindo a variação acumulada desde o início do ano para 3,17% e a homóloga para 6,57%.  
No sector externo, assistiu-se à deterioração dos termos de troca, o que contribuiu para a redução do saldo superavitário da conta de bens no primeiro semestre em 52,89%, reflexo da redução das receitas de exportação em 38,16%. 
Em termos absolutos, o saldo da conta de bens passou de 18,34 mil milhões de dólares dos EUA no primeiro semestre de 2022 para 8,64 mil milhões de dólares dos EUA no primeiro semestre de 2023.  
O stock das Reservas Internacionais fixou-se em 13,68 mil milhões de dólares dos EUA no final do mês de Junho, o que representou um grau de cobertura de 6,01 meses de importações de bens e serviços.
Em termos de perspectivas, o CPM reviu em alta as previsões da taxa de inflação para o intervalo de 12% a 14%, justificada, essencialmente, pelo efeito da depreciação recente da moeda nacional.
Todavia, a revisão acima referida não compromete o objectivo de médio prazo de alcançar uma taxa de inflação de um dígito.
 
  • BPI suspende venda do BFA ppr causa da desvalorização do Kwanza

Apesar do negócio ser em euros, a avaliação dos activos do BFA é feita em Kwanzas, pelo que o valor dos 48,1 % das acções do banco caiu de 414 milhões de euros para cerca de 280 milhões devido à desvalorização da moeda nacional. A venda vai ter que se fazer mas há novos cenários.

O BPI informou por carta enviada aos dois candidatos à compra dos 48,1% do BFA que o processo estava suspenso, devido à desvalorização do Kwanza, uma semana antes do prazo estabelecido para estes formalizarem a proposta final que devia acontecer a 18 de Julho. Os motivos são fáceis de perceber. Apesar de o negócio ser feito em euros, a avaliação de grande parte dos activos é feita em kwanzas, porque estão em Angola, o que significa que o valor das acções caiu drasticamente.

Em termos práticos, a avaliação dos 48,1% do banco que tinha sido feita por 411 milhões de euros, caiu para cerca de 280 milhões. “Para nós seria um excelente negócio, eram menos 130 milhões de euros. Entendo a posição do BPI, se estivesse do lado deles possivelmente faria o mesmo”, explica uma fonte ligada ao processo, que também refere que “o processo foi suspenso, não foi anulado. Embora seja necessário dizer que esta era uma porrogativa que tinham e podiam ter acionado”. Tal como o Expansão tinha noticiado na sua edição de 2 de Junho, no acordo assinado com Carlos Feijó e o grupo Carrinho, estava comtemplada a possibilidade de em qualquer momento do processo o BPI poder anular o processo de venda das acções.Estando suspensa, a operação pode ser retomada a qualquer momento, nesta ou noutra modalidade, uma vez que os compradores nacionais também não estão dispostos nestas condições a pagar os valores anteriormente negociados. O Expansão apurou que um valor de 380 milhões de euros seria o máximo até onde iriam as duas propostas. Recorde que anteriormente estariam dispostos a chegar até aos 500 milhões.

Os compradores também sabem que se este processo não for concluído com alguma brevidade, a pressão passa para o lado do BPI. Isto porque se o Governo cumprir com a promessa de vender 15% da participação do Estado no BFA até ao final de Outubro, o BPI torna-se sócio maioritário, o que não vai contra as exigências do Banco Central Europeu, que em caso similares tem dado 30 dias às instituições para vender a participação. Seria depois o BPI a ter que vender sob pressão, o que certamente implicaria um preço mais baixo para instituição europeia.Nesta altura equacionam-se diversos cenários, sendo que o primeiro passo terá de ser dado pelo BPI. Um dos que poderia acontecer seria o banco europeu tentar entender-se com o outro accionista, leia-se o Estado angolano, vender-lhes a participação sendo que depois seria levado à bolsa não apenas os 15% “prometidos”, mas 63% do capital do banco. Para isto acontecer, e de forma informal o BPI já sabe até onde poderiam chegar as propostas de compra dos candidatos, o Estado angolano através da Unitel teria de pagar um valor superior, que poderia rondar os 400 milhões de euros.

Numa altura em que o Tesouro Nacional passa por dificuldades, em que o Estado tem dificuldades de tesouraria, esta possibilidade parece economicamente inviável, ou pelo menos pouco racional. Mas em outros casos isso aconteceu, lembremo-nos do resgaste do capital da Unitel, que no global custou quase 900 milhões USD, também numa acção aparentemente pouco racional do ponto de vista económico, mas considerada estratégica para o Governo.

Há aqui um pormenor que não se deve esquecer quando se analisa este negócio. O BFA é um dos bancos mais rentáveis do País, nos últimos cinco anos gerou lucros que ultrapassaram os 1,9 mil milhões USD, e só em 2021 e 2022 distribuiu lucros de 284,9 milhões USD. Um investimento a rondar os 400 milhões EUR acaba por se pagar a ele próprio, apesar da desvalorização do kwanza, num período de 5/7 anos. Isto partindo do princípio que a instituição mantém uma rentabilidade similar.Um segundo cenário será o BPI iniciar a curto prazo um novo processo para a venda dos 48,1% do capital do BFA, chamando à mesa de negociações novos interessados, beneficiando do aparecimento de novos compradores para valorizar a sua participação. Isto pode perfeitamente acontecer, porque depois deste processo ter iniciado alguns grupos financeiros procuraram obter informações e terão passado a mensagem que se o negócio não se concretizasse, estariam disponíveis para conversar. O Expansão apurou em conversas informais que dois grupos sediados em Angola que ficaram de fora da operação, estariam agora dispostos a avançar se for aberto um novo processo.

  • PGR coloca activos recuperadqos na internet

A iniciativa vai conferir transparência ao processo e alargar o acesso à informação, segundo a directora do Serviço Nacional de Recuperação de Activos (SENRA), integrado na PGR.  Eduarda Rodrigues refere que o país tem recuperado muitos bens que foram desviados, informação que deverá estar disponível num site que está a ser melhorado.

 

  • Deputados recebem totalidade do subsidio de instalação contra o que diz o OGE
Economia sem makas: Instituto Nacional de Estatística-INE diz que os preços aumentaram 1,4% em Junho face a Maio.

Instituto Nacional de Estatística-INE diz que os preços aumentaram 1,4% em Junho face a Maio.

O Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) — instrumento utilizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para medir a variação de preços dos produtos no país — voltou a registar uma trajectória ascendente, acelerando 0,63 pontos percentuais para 11,25%.

De acordo com os dados do IPCN — que compara as variações mensais (de Maio a Junho de 2023) —, no último mês de Junho, houve uma aceleração de 0,46 pontos percentuais, assim como também se registou um aumento, mas de 0,57 pontos percentuais, em termos homólogos (entre Junho de 2022 e Junho deste ano).

A província de Luanda lidera a lista de províncias com maior variação de preços, com 1,69%, seguida da Lunda-Norte (1,50%) e Namibe (1,35%), ao passo que as províncias que registaram menor variação nos preços foram Cabinda (0,90%), Lunda-Sul (0,92%) e Moxico (0,94%).

Na variação por classes de despesa, o IPCN refere que, das 12 classes de consumo, oito apresentam taxas superiores à unidade, sendo a do ‘Transporte’ a que registou o maior aumento de preços, com uma variação de 2,71%, depois a ‘saúde’ (2,08%), o ‘Vestuário e calçado’ (1,53%) e ‘Alimentação e bebidas não alcoólicas’ (1,46%). ‘Saúde

Durante o mês de Junho, a classe ‘Alimentação e bebidas não alcoólicas’ foi a que mais contribuiu para o aumento do nível geral de preços, com 0,85 pontos percentuais, seguida das classes ‘Transporte’, com 0,15 pontos percentuais, ‘Bens e serviços diversos’, com 0,12 pontos percentuais e ‘Saúde’, com 0,08 pontos percentuais.

As restantes classes tiveram contribuições inferiores a 0,08 pontos percentuais.

Economia sem makas: PR nomeia Rui Miguêns de Oliveira novo ministro da Indústria e Comércio

O Presidente da República, João Lourenço, exonerou hoje,  o ministro do Comércio, Victor Fernandes, substituindo-o por Rui Miguêns de Oliveira, antigo gestor do Banco Nacional de Angola (BNA).

Rui Miguêns de Oliveira tem a ‘veia’ ligada ao sector bancário. Foi vice-governador do BNA no tempo do antigo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, e também no mandato de João Lourenço. 

De acordo com o seu perfil da rede social Linkedin, já ocupou cargos de destaque no Banco Valor, como vice- presidente e CEO, banco este que está ligado ao empresário luso-angolano,  Álvaro Sobrinho. Rui Miguêns de Oliveira desempenhou também funções executivas no Banco Keve, instituição ligada ao antigo deputado e governante, Higino Carneiro

 

 

 

 

Economia sem makas: Continua a confusão sobre os valores recuperados no âmbito do combate à corrupção

Continua a confusão sobre os valores recuperados no âmbito do combate à corrupção. Agora são 19 mil milhões USD, já foram 26 mil milhões USD

Mais de 19 mil milhões de dólares é o montante em valores e bens já recuperados pelo Serviço Nacional de Recuperação de Activos (SENRA) da Procuradoria Geral da República (PGR), em Angola e no exterior, no âmbito do combate à corrupção e branqueamento de capitais, revelou, ontem, em Luanda, a directora da instituição, Eduarda Rodrigues.De acordo com a responsável pelo Departamento da PGR encarregue de identificar, localizar, apreender e recuperar os valores financeiros e bens resultantes da prática de crimes ou proventos do crime, deste montante avançado, sete mil milhões de dólares foram recuperados no interior do país, enquanto 12 mil milhões, no exterior.Instada a actualizar os dados sobre o sector, à margem da sessão de abertura do workshop sobre “Recuperação de Activos para os Procuradores de todas as Províncias de Angola”, a decorrer em Luanda, até quinta-feira, numa organização conjunta com as Nações Unidas sobre Drogas e Crime (ONUDC), Eduarda Rodrigues assegurou que houve um crescimento nas estatísticas, fruto das novas recuperações efectuadas.”Até ao momento, o SENRA já recuperou, em Angola, mais de sete mil milhões de dólares. Portanto, já melhoramos os números, porque recentemente tivemos outras recuperações”, adiantou-se a esclarecer a directora do Serviço Nacional de Recuperação de Activos da PGR.”Em quatro anos, procedemos à apreensão de mais de 12 mil milhões de dólares em diversos processos, no estrangeiro. E, isto só foi possível com base na colaboração internacional”, acrescentou, a também procuradora-geral adjunta da República.

Cooperação internacional

Eduarda Rodrigues destacou a importância do papel desempenhado pelos países que cooperam com Angola em matérias de recuperação de activos, tendo confessado que muitos dos vários processos e litígios no exterior do país resultam em sucesso, “em virtude do apoio das nossas congéneres”.A recuperação de activos, disse, “não é um trabalho fácil”, pelo que, admitiu ainda, “jamais seria possível” a PGR recuperar alguma coisa, sem a participação de outros países. Sublinhou, por isso, ser um “trabalho multissectorial” e com apoio da “cooperação internacional”.A directora do SENRA afirmou, ainda, que os relatórios das Nações Unidas sobre os fluxos ilícitos revelam que os países só conseguem recuperar menos de um por cento dos valores desviados, facto que, segundo a procuradora-geral adjunta da República, “significa que todos os valores são branqueados e colocados no sistema financeiro, como se fossem legais”.O objectivo, reiterou a responsável da PGR, é combater o crime do branqueamento de capitais, ainda que o processo se mostre bastante difícil diante da resistência oferecida por muitas pessoas, que tendem a apegar-se aos bens, “mesmo sabendo que foram adquiridos de forma ilegal”.”Apesar de terem conhecimento disso, as pessoas tudo fazem para não perderem estes bens. Mas, o nosso trabalho é perseguir este património e tentar recuperá-lo, porque a base de tudo isso é clara: o crime não é título aquisitivo de propriedade”, sublinhou, lembrando que ninguém adquire património com a prática de um crime. “Qualquer património é adquirido porque compramos legalmente, através de doação, herança, contrato, ou qualquer coisa. Não deveríamos adquirir património pela via do crime. Quando isso acontece, temos de ir atrás para tentar recuperar”, justificou.O Workshop sobre Recuperação de Activos para os Procuradores das 18 Províncias de Angola, recorde-se, decorre no âmbito do Projecto PRO.REACT, numa organização conjunta entre a PGR e a ONUDC, com financiamento da União Europeia.

 

 

 

TAGS: BNA, José de Lima Massano

Data de Emissão: 12-07-2023 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Movicel procura novo accionista que lhe garanta a sobrevivência

Movicel procura novo accionista que lhe garanta a sobrevivência.

Movicel negoceia venda de parte do capital a um investidor africano

Apesar de ser uma marca de referência do nosso mercado, a Movicel está a “morrer” aos poucos. O Expansão apurou que o Estado está a negociar com um investidor africano a venda de parte do capital da empresa, o suficiente para lhe entregar a gestão. Anuncia-se um novo ciclo para a telefónica.

O Estado está a negociar com um investidor estrangeiro africano a entrada no capital social da Movicel, com capacidade para “pôr o dinheiro” necessário para salvar a empresa. A operadora que perdeu mais de dois milhões de clientes nos últimos cinco anos, tem muitos dos seus equipamentos desligados, o que implica graves problemas na cobertura de rede, além de ter perdido quase metade dos trabalhadores, passando de mais de um milhão para cerca de 600 mil.Ao que o Expansão apurou, os salários são pagos com atraso, os colaboradores queixam-se de descontos injustificados e perda de algumas regalias, como por exemplo o seguro de saúde para todos.Também numa visita que o Expansão fez às principais lojas de Luanda foi possível constatar que estavam sem movimento. As prateleiras das lojas que ficavam cheias de telemóveis e acessórios estão hoje praticamente vazias. Junta-se o aspecto degradado do exterior das lojas que levanta dúvidas sobre se estão a funcionar, com excepção daquelas que estão nos centros comerciais.Uma agonia agravada pelo estado das contas da empresa, com dívidas enormes ao Estado e aos fornecedores. Muitos destes já cortaram o fornecimento de serviços e outros estão já a avançar para cobranças coercivas. Um cenário que é muito pouco atractivo para os investidores, sejam eles nacionais ou estrangeiros. Ainda assim tem havido conversas com alguns interessados, sendo que o Expansão confirmou que nesta altura decorrem negociações avançadas com um operador africano, num negócio que poderá ficar fechado nas próximas semanas.

As infraestruturas

“Se for um economista a analisar o dossier, é um péssimo negócio. Agora se for um engenheiro, é um excelente negócio. A Movicel tem um activo que cobre todas as suas dívidas, as infraestuturas. Apesar de não estar a funcionar, a empresa tem uma capilaridade nacional semelhante à Unitel. A “parte de leão” deste negócio existe e só precisa de ser reactivada. Veja-se os problemas que a Africell tem tido para fazer crescer a sua actividade, exactamente porque não têm infraestruturas”, explica uma fonte ligada às negociações com o potencial investidor.

O Expansão apurou também que para pôr a funcionar estas infraestruturas e equipamentos de forma que possam cobrir eficazmente, pelo menos, os cinco principais centros de consumo do País – Cabinda, Luanda, Benguela, Huambo e Lubango – serão necessários cerca de 100 milhões USD. Que seriam gastos na compra de geradores para garantirem o funcionamento das antenas espalhadas pelos 164 municípios, compra de algum equipamento que foi roubado ou vandalizado, actualização de softwares, substituição de fibra que foi cortada, etc.A este valor tem de juntar-se o investimento em locais e meios para relançar a actividade comercial, modernização do sector administrativo e fundo de maneio para garantir a operação. Ou seja, no mínimo, a Movicel precisaria nesta fase de 150 milhões USD para voltar a trabalhar com “normalidade”. E ainda ficam a faltar as dívidas ao Estado e fornecedores.”No que se refere às dívidas ao Estado, posso informar que isso nunca será um problema para alavancar a Movicel. Sobre as outras dívidas a diversos fornecedores, nós podemos ajudar a renegociar, o que aliás temos feito, uma vez que conseguimos congelar nesta fase várias execuções coercivas paraque a operadora não parasse”, explicou uma fonte do ministério que está directamente ligada às negociações. Aliás, isto mesmo foi prometido ao potencial interessado. Isto quer dizer que o Estado vai ser flexível e dar tempo à empresa para que possa voltar a ter condições de gerar mais valias para pagar estes atrasados, ao mesmo tempo que vai “pressionar” os outros fornecedores a terem a mesma paciência.

 

 

 

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Data de Emissão: 11-07-2023 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Novo aeroporto será sumidouro de receitas nos próximos 20 anos
  • Novo aeroporto será sumidouro de receitas nos próximos 20 anos, segundo antigo secretário de Estado dos transportes Hélder Presa
  • Autoridade da concorrência analisou 42 actos de concentração em quatro anos no valor de 10 mil milhoes usd
  •  Escolas debaixo das arvores improvisadas e precárias acabam até 2027

A ministra da Educação, Luísa Grilo, ressaltou, quinta-feira, em Luanda, o compromisso do Executivo angolano de combater a pobreza da educação, até 2027, assim como a precariedade das escolas, num desafio reforçado através do Projecto de Empoderamento da Rapariga e Aprendizagem para Todos (PAT II), com a componente da reabilitação de antigas e construção de novas infra-estruturas escolares.

Luísa Grilo falava à imprensa no final da 1ª Sessão Ordinária da Comissão Multissectorial para a Implementação do Projecto de Empoderamento da Rapariga e Aprendizagem para Todos (PAT II), orientada pela Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, na qualidade de coordenadora da comissão.

“Estamos a assumir o desafio de, até 2027, ter zero escolas precárias, zero escolas improvisadas e zero escolas debaixo de árvores”, sublinhou.

Falando sobre as várias componentes do projecto, a ministra explicou que o mapeamento feito mostrou que no país, ainda, existe um número considerável de escolas precárias, improvisadas e debaixo de árvores, com destaque para as províncias de Benguela, Huíla e Uíge.

“O PAT II visa, fundamentalmente, empoderar as raparigas, através da melhoria da qualidade da educação oferecida e de oportunidades que lhe permitam concluir com êxito o ensino secundário. Para isso, as componentes contribuem de várias maneiras, para o combate à pobreza da educação, desde a precariedade das escolas”, frisou, acrescentando que o mapeamento permitiu, também, identificar as lacunas existentes em termos de infra-estruturas escolares, daí a construção de novas escolas.

Entre as acções realizadas no âmbito do PAT II desde o lançamento em Abril de 2022, estão a atribuição de bolsas, um subsídio no valor mensal de oito mil kwanzas que, numa primeira fase, em Luanda, vai beneficiar, até final deste Julho, cerca de 300 mil alunos.

A fase-piloto de atribuição de bolsas começou nos municípios do Icolo e Bengo, e Viana (em Luanda), no Dande, na província do Bengo. A previsão do projecto, em geral, é de atender cerca de 900 mil alunos. O projecto vai ser executado em 68 municípios do país, além da reabilitação de 58 escolas e construção de outras.

“O critério de atribuição da bolsa é a criança estar na escola, matriculada na sétima classe para iniciar, depois oitava e nona, e que frequente as aulas, um factor principal. Por isso, a importância do trabalho com os pais para que elas não desistam da escola”, explicou.

O projecto trabalha também na alfabetização, com alguns centros em termos de educação de jovens e adultos, nos módulos de formação e de materiais para estudantes e para os professores, além da capacitação dos directores.

Até então, disse a ministra, foram criados os regulamentos, os normativos de atribuição das bolsas de estudo, identificados os parceiros de implementação das bolsas como os bancos, através da EMIS, para a emissão dos cartões multicaixa, identificar as escolas que devem, em primeiro lugar, ser intervencionadas de imediato.

A ministra na qualidade de coordenadora adjunta da comissão, ressaltou que está a ser feito o cruzamento das acções do projecto com o Plano Quinquenal 2023-2027, para que não haja sobreposição,  em termos de execução das tarefas.

O projecto também capacita os gestores das escolas para possibilidade da melhoria e elevação das aprendizagens, através da gestão mais participativa, com o envolvimento da comunidade, da comissão de pais e encarregados de educação, e fazendo com que os próprios alunos participem de modo cívico nas actividades das suas escolas, na manutenção e conservação das mesmas.

“O que nós pretendemos com este projecto é que as escolas estejam cada vez mais voltadas para a qualidade da educação, através de toda a articulação, interacção com os demais órgãos do sector”, realçou Luísa Grilo.

 

  • Quatro casos de Gripe das aves e malária

Sílvia Lutucuta, que fazia ao princípio da noite de quinta-feira (06.07) uma comunicação no Centro de Imprensa Aníbal de Melo (CIAM), em Luanda, disse que os casos foram detetados muito recentemente pelo Instituto Nacional de Investigação em Saúde.

A ministra angolana deu conta que o sistema de vigilância epidemiológica verificou um aumento de casos de gripe sazonal desde abril passado e, além dos casos de gripe A, foram também registados casos de gripe rinovírus (relacionados com resfriados).

Os quatro casos de gripe A, dois em homens e dois em mulheres, foram registados apenas na capital angolana.

 

  • Ainda os subsídios de instalação e fim de mandato dos deputados 50%

    Os deputados da UNITA vão utilizar 50% dos valores do subsídio de Instalação e de Sessão de Mandato para acções sociais.

    A informação foi avançada pelo Grupo Parlamentar do Galo Negro, esta quinta-feira, 6, aos jornalistas.Durante a conferência de imprensa realizada em Luanda, o presidente da bancada parlamentar da UNITA, Liberty Chyiaca, recordou que o estatuto remuneratório da Assembleia Nacional existe há vários anos e só foi ajustado em função da desvalorização do kwanza.

    Os subsídios de Instalação e de Fim de Mandato são liquidados uma única vez na Legislatura, sendo pagos no início do mandato aos deputados que iniciam funções, e no fim do mandato para os Deputados que cessam definitivamente as suas funções.

 

 

TAGS: General Kopelipa, TAAG, ENANA, INAVIC, Gabinete de Obras Especiais, João Lourenço, Ricardo Viegas D´Abreu, M’Banza Congo, Jornal Expansão, Miguel Gomes, FMI, Privatização do Aeroporto, Aeroporto Internacional 04 de Fevereiro, Aeroporto de Lisboa, Despachantes de Angola, Boletim Estatístico, BCI, Carrinho, BP, ENI, Pumangol, Sonangol, Puna Energy, Total, Sonangalp, MPLA, TV Zimbo, COVID-19, Adalberto Costa Júnior, Mihaela Webba, Assembleia Nacional, 

 

Data de Emissão: 10-07-2023 às 08:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Aumentos das taxas de juro continuam a condicionar preço do Petróleo

Aumentos das taxas de juro continuam a condicionar preço do Petróleo.

Data de Emissão: 07-07-2023 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): BNA
Economia sem makas: Fundo Soberano de Angola registou prejuízos de quase 197 milhões USD em 2022

Fundo Soberano de Angola registou prejuízos de quase 197 milhões USD em 2022, elevando as perdas desde a sua fundação para 436 milhões 108 mil USD.

Fundo Soberano de Angola (FSDEA) terminou o exercício de 2022 com resultados negativos, situando-se em 196,6 milhões de dólares, representando uma aparatosa perda de cerca de 168,5 milhões, indicam ao relatório da instituição só agora publicado.

O resultado negativo sinaliza a queda do rendimento do Fundo que, em 2021, fechou com resultados, embora positivos, a cair para os 62,9 milhões, menos 11,6 milhões em comparação aos 74,6 milhões encaixados em 2020.

No entanto, a administração liderada por Carlos Alberto Lopes justifica os maus resultados com a guerra na Ucrânia.

“Os mercados foram fortemente impactados pela guerra na Europa, alta inflação e aumento das taxas de juros, tendo afectado, negativamente, tanto o mercado de acções quanto o mercado de títulos obrigacionistas, o que é bastante incomum”, justifica.

TAGS: BNA, Jean-Claude Bastos de Morais, José Filomeno “Zenu” dos Santos

 

Data de Emissão: 06-07-2023 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): BNA
Economia sem makas: Economia Angolana entrou em 2023 a desacelerar

Economia Angolana entrou em 2023 a desacelerar, indicam as contas nacionais do 1º trimestre do Instituto Nacional de Estatística, comparando com o último trimestre dev2022, ouve mesmo uma quebra do produto interno bruto.

Data de Emissão: 05-07-2023 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Autoridade da concorrência acusa câmara dos despachantes de combinar preços...

Autoridade da concorrência acusa câmara dos despachantes de combinar preços para prejudicar consumidores de serviços aduaneiros e manda suspender tabela de honorários mínimos

Data de Emissão: 04-07-2023 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Ministra Vera Daves exclui aumento dos impostos ...

Economia sem makas: Ministra das Finanças exclui aumento dos impostos e diz que o Governo está focado no controlo das despesas. 

 

 A ministra das Finanças de Angola afirmou hoje que os funcionários públicos podem ficar descansados com o pagamento dos salários, salientando que estão já liquidados a quase totalidade dos ordenados de junho.

Vera Daves de Sousa, que falava hoje à margem da apresentação dos resultados de um estudo sobre a inclusão financeira em Angola, tranquilizou os funcionários públicos angolanos, sublinhando que foram já pagos 207 mil milhões de kwanzas (279,8 milhões de euros) e falta apenas liquidar um valor residual, de 5,5 milhões de euros.

“Faltam 4,1 mil milhões de kwanzas por pagar, devem estar concluídos ainda hoje. Queremos tranquilizar as angolanas e os angolanos que o Estado continua a ser capaz de cumprir com os seus compromissos elementares – salários, serviços da dívida, despesas de funcionamento das principais instituições”, referiu a ministra.

Segundo Vera Daves de Sousa, os últimos atrasos salariais têm a ver com “algum desfasamento entre o momento em que entra a receita e a data dos nossos compromissos”.

“Isso faz com que algumas vezes aconteçam alguns atrasos, o que estamos a fazer para evitar esses atrasos, que temos consciência que tem impacto na vida das famílias, é com as unidades orçamentais calibrar prioridades”, disse Vera Daves de Sousa.Os deputados à Assembleia Nacional, eleitos no ano passado para a Legislatura de 2022/2027, vão a receber, de Subsídio de Instalação, mais 11,4 milhões de kwanzas a mais do que o anterior montante, após a fixação pelo Plenário do Parlamento do novo valor global de mais de 22,5 milhões de kwanzas.

A informação, tornada pública nesta quinta-feira, 29, em Diário da República, é parte da Resolução n.° 13/23, de 28 de Junho, que — à luz da Lei Orgânica do Estatuto Remuneratório dos Deputados e ouvido o Departamento Ministerial competente — fixa um novo Subsídio de Instalação na ordem dos 22 667 625,00kz (vinte e dois milhões, seiscentos e sessenta e sete mil, seiscentos e vinte e cinco Kwanzas) por deputado.

O diploma anterior, a Resolução n.º 7/09, de 9 de Janeiro, fixava um valor global para o Subsídio de Instalação dos Deputados à Assembleia Nacional no montante global de 11 250 000,00kz, o que significa dizer que os novos representantes do povo na ‘Casa das Leis’ vão passar a contar com um saldo adicional de mais 11 417 625,00kz (onze milhões, quatrocentos e dezassete mil e seiscentos e vinte e cinco kwanzas).

O Plenário da Assembleia Nacional justificou a aprovação do referido diploma, e respectivo valor, com a “necessidade de se ajustar o referido subsídio para que se cumpra os fins para os quais foi instituído”.

 

Entretanto, num outro diploma — Resolução n.° 14/23, de 28 de Junho —, também tornado público nesta quinta-feira, 29, em Diário da República, é, igualmente, fixado o montante global para o Subsídio de Fim de Mandato, que passa dos anteriores 12 160 000,00kz (doze milhões, cento e sessenta mil kwanzas) para os 24 501 184,00kz (vinte e quatro milhões, quinhentos e um mil e cento e oitenta e quatro kwanzas).

Com a aprovação do referido diploma, que revoga a Resolução n.º 19/08, de 7 de Agosto, os deputados passam a contar com um valor adicional de 12 341 184,00kz (doze milhões, trezentos e quarenta e um mil e cento e oitenta e quatro kwanzas).

A Assembleia Nacional é o Parlamento da República de Angola, que actua como um corpo unicamaral, representativo de todos os cidadãos angolanos, expressando a vontade soberana do povo e exercendo o poder legislativo do Estado.

Composta por 220 deputados, eleitos de acordo com os termos da Constituição e da Lei Eleitoral, a Assembleia Nacional tem como grupos políticos com assento parlamentar os seguintes partidos: MPLA (124); UNITA (90); FNLA (2); PRS (2); e PHA (2).

 

Economia sem makas: Será que o OGE deve ser revisto por causa da desvalorizacao cambial?

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[ ] Corredor do Lobito

Data de Emissão: 30-06-2023 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Famílias parece que adivinharam a crise ...

Economia sem makas:

Famílias parece que adivinharam a crise. Entraram o ano menos confiantes na economia temendo pela sua situação financeira e prevendo aumento do desemprego.

Data de Emissão: 29-06-2023 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: BNA proíbe petrolíferas de vender dólares aos bancos grandes

Economia sem makas:

Directiva n.º 07/2023, de 26 de Junho

O Banco Nacional Angola publica a Directiva n.º 07/2023, de 26 de Junho – que estabelece os Procedimentos para a Venda de Moeda Estrangeira por Sociedades do Sector Petrolífero e Diamantífero​….

BNA proíbe petrolíferas de vender dólares aos bancos grandes e tem que fazer no mercado

Procedimentos para a Venda de Moeda Estrangeira por Sociedades do

Sector Petrolífero e Diamantífero

Havendo necessidade de se assegurar maior transparência às operações de venda de

moeda estrangeira por parte das sociedades do sector petrolífero e diamantífero ,

considerando as disposições estabelecidas no Instrutivo n.º 02/2020, de 30 de Março, que

permite a determinadas empresas dos referidos sectores, vender moeda estrangeira às

Instituições Financeiras Bancárias através da Plataforma Bloomberg FXGO;

Serve a presente Directiva para estabelecer o seguinte:

  1. As operações à vista (spot) de venda de moeda estrangeira das sociedades do

sector petrolífero e diamantífero, que ocorrem na plataforma Bloomberg FXGO,

devem ser efectivadas através do comando de negociação BMatch.

  1. Os comandos para venda bilateral de moeda estrangeira, bem como para

realização de leilões, RFQ (Request for Quote) e STA (Single Tenor Auction),

são para uso exclusivo do Banco Nacional de Angola, Tesouro Nacional e Bancos

Comerciais.

  1. As dúvidas e omissões resultantes na interpretação e aplicação da presente

Directiva são esclarecidas pelo Banco Nacional de Angola.

  1. A presente Directiva entra em vigor no dia 01 de Agosto de 2023.
Data de Emissão: 28-06-2023 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): Ministério das Finanças
Economia sem makas: GAFI coloca Angola à porta da sua lista cinzenta

Economia sem makas:

Organismo mundial contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo coloca Angola à porta da sua lista cinzenta que integra os países que apresentam muitas insuficiências na matéria

Data de Emissão: 27-06-2023 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Aumento dos preços coloca reserva alimentar sob-fogo amigo

Economia sem makas: Aumento dos preços coloca reserva alimentar sob-fogo amigo

A agência de notação financeira Fitch Ratings desceu hoje a Perspetiva de Evolução da economia de Angola, de Positiva para Estável, mantendo o rating em B e piorando as previsões macroeconómicas.”A revisão do `outlook` de Angola de Positiva para Estável reflete as previsões de menor crescimento económico, maior inflação e um aumento no rácio da dívida face ao Produto Interno Bruto (PIB) em resultado da forte depreciação do kwanza”, lê-se na nota que explica também a decisão de manter o `rating` em B-.A Fitch Ratings reduziu a previsão de crescimento para 1,5% do PIB este ano 2% no próximo ano, face aos 3,1% registados em 2022, estimando também que a inflação suba de 14,7%, no final deste ano, para 17,1% em 2024, quando até agora previa que já no próximo ano os preços crescessem a apenas um dígito.”O crescimento económico mais fraco reflete a menor produção petrolífera face a 2022, que prevemos que vá descer para uma média de 1,09 milhões de barris por dia neste e no próximo ano, face aos 1,14 milhões de barris diários no ano passado”, explica a Fitch.Na nota, os analistas estimam ainda que o kwanza, que perdeu 30% do valor face ao dólar no primeiro semestre, chegue ao final do ano a valer 760 kwanzas por dólar, face aos 504 kwanzas por dólar no final de 2022, “mas uma depreciação maior é possível se a oferta interna continuar limitada”, alertam.Sobre o rácio da dívida pública, que está fortemente ligada à evolução da moeda, a Fitch Ratings prevê que Angola falhe as metas, chegando ao final deste com uma dívida de 78,9% do PIB, crescendo face aos 65,2% registados em 2022.”Isto reflete principalmente a desvalorização do kwanza, já que 71% do volume de dívida total é denominada em moeda estrangeira”, explicam, prevendo que um forte crescimento nominal do PIB no próximo ano sustente uma descida do rácio para 69,9% em 2024.”Isto contrasta com a nossa previsão anterior de um declínio na trajetória da dívida, para 58% e 54,5% em 2023 e 2024″, salientam.Para além de descerem a previsão de evolução da economia para Estável, o que significa que Angola não deverá assistir uma melhoria do rating nos próximos 12 a 18 meses, continuando em B-, ou seja, abaixo da recomendação de investimento, a Fitch Ratings anunciou também que decidiu manter a avaliação da qualidade de crédito soberano no nível atual: B- para as emissões em moeda externa, e B- para as emissões em moeda local.

“A manutenção do rating equilibra um conjunto de indicadores de governação fracos, elevada inflação e um dos maiores níveis de dependência das matérias primas entre os países analisados pela Fitch, com um nível maior de reservas externas face aos seus pares e riscos geríveis nos pagamentos de dívida devido ao preço favorável do petróleo, que prevemos ser de 80 e 75 dólares neste e no próximo ano”, concluem os analistas.

A Zâmbia chegou a um acordo de princípio para reestruturar $ 6,3 bilhões em dívidas com credores bilaterais e anunciará um acordo na quinta-feira, de acordo com uma autoridade francesa, estabelecendo um precedente para os países que lutam para cumprir suas obrigações. Anunciou a agência Bloomberg.

O acordo marca o primeiro grande alívio obtido por um país em desenvolvimento sob o Quadro Comum do Grupo dos 20, que coloca as tradicionais nações credoras do Clube de Paris em torno da mesma mesa de negociações com a China e a Índia.

Os detalhes ainda não estão claros, além de que os credores liderados pela China e pela França concordaram em estender os vencimentos de seus empréstimos em cerca de 20 anos, com um período de carência de três anos.

As partes assinarão o memorando de entendimento nas próximas semanas, disse o funcionário.

Isso pode abrir caminho para outras nações – incluindo Gana, Sri Lanka e Etiópia – travadas em negociações com credores da China, o Clube de Paris e detentores de títulos. Mais de 70 países de baixa renda enfrentam um fardo coletivo de US$ 326 bilhões, com mais da metade deles já em situação de super-endividamento ou próximo disso, de acordo com o Fundo Monetário Internacional .

A moeda da Zâmbia subiu 12% este mês em antecipação ao acordo, o maior ganho entre 150 moedas rastreadas pela Bloomberg. Os eurobonds da Zâmbia tiveram um desempenho superado apenas por El Salvador e Argentina.

Uma reunião para marcar o acordo terá a presença do líder francês Emmanuel Macron, do presidente da Zâmbia, Hakainde Hichilema, e do primeiro-ministro chinês, Li Qiang, à margem da Cimeira para um Novo Pacto de Financiamento Global que decorre em Paris.

É um passo importante no processo de acabar com o incumprimento da primeira nação africana a fazê-lo na era da pandemia.

“Hoje falaremos sobre a Zâmbia, que considero um grande caso de comemoração porque torna a reestruturação da dívida ágil e eficaz”, disse Kristalina Georgieva, diretora-gerente do FMI, na quinta-feira.

Anos de espera

Embora o Memorandum assinado hoje seja um marco importante, não é juridicamente vinculativo e a Zâmbia ainda precisa assinar acordos bilaterais com cada credor. O país também ainda não concluiu as negociações de reestruturação com detentores de US$ 3 bilhões em eurobonds, que acumularam mais de US$ 500 milhões em atrasos até o final do ano passado. Outros credores comerciais também ainda não chegaram a um acordo.

O Memorandum com os credores oficiais inclui uma cláusula exigindo a comparabilidade do tratamento das dívidas comerciais da Zâmbia, disse o funcionário francês.

Isso dá a Macron um avanço concreto numa Cimeira que ele convocou em Paris com a Primeira-Ministra de Barbados para rever os mecanismos de financiamento multilaterais e discutir a situação dos países mais pobres que enfrentam os maiores riscos de financiamento.

O governo francês também foi um dos principais proponentes da criação da Estrutura Comum do G20 para expandir o grupo de credores do Clube de Paris para incluir a China na reestruturação da dívida.

Para a Zâmbia, o acordo encerra anos de espera e liberta um desembolso de US$ 188 milhões do FMI. Uma moeda mais forte pode ajudar a domar a inflação no país que importa de tudo, de combustíveis a fertilizantes, reduzindo a pressão sobre o banco central depois que ele elevou as taxas em 25 pontos-base para 9,5% em maio.

Embora o pacto possa reacender o fraco apetite internacional por títulos do governo em moeda local, uma medida do Banco da Zâmbia para limitar a participação offshore em 5% do total limitará o impacto. Os investidores estrangeiros haviam evitado os títulos por meses por medo de que fossem reestruturados junto com a dívida em moeda estrangeira.

 

Data de Emissão: 26-06-2023 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: IGAPE diz que as reservas sobre as contas da Sonangol são relacionas com o património

 

 

IGAPE diz que as reservas sobre as contas da Sonangol são relacionas com o registo do património

IGAPE diz que SONANGOL UNEM ESFORÇOS PARA REDUÇÃO DAS RESERVAS DOS AUDITORES

 A questão das reservas às contas por parte dos auditores, dominou o encontro de trabalho que o Conselho de Administração do Instituto de Gestão de Activos (IGAPE) manteve, na manhã desta quarta-feira, 20, com o Conselho de Administração da Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola – Sonangol. 

Uma iniciativa que o PCA da Sonangol, Gaspar Martins, considerou positiva, uma vez que permitirá ao IGAPE maior aproximação e conhecimento mais amplo sobre o universo da empresa. 

“Coube agora a vez da Sonangol e neste encontro falamos do que fazemos, dos negócios e projectos em que estamos envolvidos, assim como o processo de prestação de contas”, disse Gaspar Martins. 

Sobre a qualidade das contas, o PCA do IGAPE, Patrício Vilar, disse tratar-se de um problema transversal à todo o sector empresarial público e que o mesmo está relacionado com a dificuldade que houve, durante vários anos, com o registo do património, nomeadamente nos cartórios. 

Ainda assim, Patrício Vilar mostrou-se satisfeito com o que considerou “evolução significativa” do processo na Sonangol, tendo salientado que esta melhoria se deve, em parte, à implementação do programa de regeneração da companhia, através da alienação das empresas não “core”.  

“O processo de retirada das reservas começa com o próprio programa de regeneração da Sonangol que, sejamos honestos, foi o início do programa de privatização. Se vocês olharem, um número significativo de empresas e unidades que constam do programa de privatização desde o início, vem precisamente da venda destes activos da Sonangol”, afirmou o PCA do IGAPE.

Entretanto, Patrício Vilar promete, juntamente com o Ministério da Justiça, trabalhar para acelerar o processo de regularização do património que a empresa detém aqui no país. Já em relação ao património que a petrolífera possui no exterior do país e, atendendo a sua dispersão pelo mundo, a Sonangol viu-se forçada a contratar uma empesa internacional especializada.  

O momento serviu ainda para que se recomendasse um ajuste no planeamento, para que a execução não esteja muito distante do programado, a adequação da estrutura organizativa e de “governance” à futura sociedade anónima, bem como a eliminação de todas as reservas antes da entrada da Sonangol na bolsa. 

Quanto a privatização da companhia, os dois PCAs, disseram que a assunto está a ser analisado, devendo em momento próprio ser comunicado ao mercado, deixando claro que o processo irá decorrer dentro do período do novo calendário do programa de privatizações 2023/2026.

O encontro realizou-se no âmbito das atribuições do IGAPE, de regular e monitorar a actividade do Sector Empresarial Público (SEP), bem como as de domínio público.

Data de Emissão: 23-06-2023 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): BNA, IGAPE
Economia sem makas: Se é investidor em acções ou obrigações de empresas cotadas em bolsa...

Se é investidor em acções ou obrigações de empresas cotadas em bolsa e investe através dos bancos tem ate ao fim do mês para encerrar a sua conta no banco e transferir para uma corretora ou distribuidora de valores mobiliários.

Data de Emissão: 22-06-2023 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): BAI, BFA, BNA, BODIVA
Economia sem makas: O quê que se passa com o reordenamento do comércio por grosso?

O quê que se com o reordenamento do comércio por grosso?

Inspector-geral da Aniesa entende que o encerramento de armazéns está a influenciar a subida de preços no mercado e que a transferência para locais não residenciais “não se faz da noite para o dia”.

Desde o início do ano que o Governo Provincial de Luanda (GPL) Manuel Homem deu início a uma campanha de encerramento de armazéns que comercializam produtos a grosso e a retalho em vários pontos da capital, no âmbito do que denomina ‘Plano de Reordenamento do Comércio.

Muito contestada por empresários, a decisão está à margem da lei segundo a Autoridade Nacional de Inspecção Económica e Segurança Alimentar (Aniesa).

O inspector-geral da Aniesa, Diógenes de Oliveira, explica que o GPL é “incompetente” para encerrar qualquer tipo de superfície comercial, acto que somente cabe à Aniesa por força do decreto presidencial 267/20 de 16 de Outubro. 

O Governador de Luanda, Manuel Homem, denunciou a existência de empresários que procuram subornar as autoridades do Estado, com vista a interromper o processo de reordenamento do comércio. Ao intervir numa reunião com empresários e associações empresariais, para esclarecimentos sobre o processo de reordenamento do comércio em Luanda, disse ter recebido, recentemente, uma caixa com dinheiro, sem, no entanto, revelar o valor nem os envolvidos no caso. “Quem está bem, está legal, organizado, com os procedimentos em dia, porquê que precisa de…
Data de Emissão: 21-06-2023 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Os recados do PR na tomada de posse do governador do BNA e do Presidente do Tribunal

. Os recados do PR na tomada de posse do governador do BNA e do Presidente do Tribuna

 

Presidente do Tribunal de Contas e governador do BNA tomam posse

O Presidente da República, João Lourenço, conferiu, esta segunda-feira, posse ao presidente do Tribunal de Contas, Sebastião Gunza, e ao novo governador do Banco Nacional de Angola, Tiago Dias.No mesmo acto, foram empossados mais quatro outros Juízes Conselheiros do mesmo Tribunal, nomeadamente, Manuel da Cruz Neto, Sebastião Jorge Diogo Bessa, Armindo Gideão Kunjiquisse Jelembi, Januário José Domingos (Tribunal de Contas) e Carlos Alberto Cavuquila (Tribunal Supremo).

Data de Emissão: 20-06-2023 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Pedido de desculpas Massano sobre atraso nos salários da função pública

[ ] Pedido de desculpas de José de Lima Massano sobre atraso nos salários da função pública
[ ] Audição do novo governador do BNA
[ ] Privatização da Kenya Airways sem interessados é aviso para a TAAG
[ ] Manifestações de protesto

Data de Emissão: 19-06-2023 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Manuel Tiago Dias vai hoje a exame no Parlamento

Manuel Tiago Dias vai hoje a exame no Parlamento, mas mesmo que apanhe negativa dos deputados o lugar é dele.

Exame para exercer o cargo de Governador do BNA.

O candidato indicado pelo Presidente da República, João Lourenço, para assumir a liderança do Banco Nacional de Angola (BNA), Manuel Tiago Dias, será ouvido sexta-feira, durante cerca de uma hora na Assembleia Nacional.

Manuel António Tiago Dias, actual governador interino do BNA vai  substituir no cargo José de Lima Massano, que renunciou recentemente o mandato, estando agora a exercer funções de ministro de Estado para Coordenação Económica.

“Além de conferir legitimidade democrática a nomeação do governador do Banco Nacional, o acto de audição permite aferir a idoneidade, capacidade de gestão, competência técnica e experiência reconhecida em economia, direito, contabilidade, banca, finanças e gestão do candidato”, lê-se num comunicado no site da Assembleia Nacional.

Data de Emissão: 16-06-2023 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem makas: Governo gastou 65 milhões USD a subsidiar empresas públicas

Governo gastou 65 milhões usd a subsidiar empresas públicas. Comunicação social do Estado recebeu maior fatia 50 milhões dólares. TPA é a campeão dos subsídios com mais de 18 milhões USD

Economia sem makas: José de Lima Massano, justificou o trambolhão do Kwanza com o ‘’choque petrolífero’’

 

Antigo Governador do BNA, José de Lima Massano, antes de ser Ministro de Estado e da Coordenação Económica, em reunião com Banqueiros, justificou o trambolhão do Kwanza com o ‘’ choque petrolífero’’.

BNA Realiza Encontro de Auscultação sobre a Evolução da Economia Nacional

No seguimento dos encontros periódicos com os principais agentes económicos, os membros do Comité Executivo do Banco Nacional de Angola reuniram no dia 07 de Junho, no Auditório Macuta, em Luanda, com os representantes de várias associações empresariais do País, para analisar os desenvolvimentos mais recentes da economia nacional, com particular destaque para a evolução do mercado cambial​​. 

Os representantes das associações convidadas, aproveitaram a oportunidade para expor as suas preocupações e sugestões relativamente aos desafios actuais da economia nacional, visando a busca constante de soluções concertadas para a resolução dos problemas que afligem a classe empresarial.

Na ocasião, o Governador José de Lima Massano acolheu com agrado as contribuições apresentadas, tendo afirmado que as reformas em curso no âmbito da normalização e funcionamento do mercado cambial iniciadas em 2018 devem continuar a ser implementadas com rigor, para assegurar a manutenção das conquistas alcançadas até à presente data, uma vez que a conjuntura actual decorre de uma alteração estrutural do mercado, que se deverá ajustar ao novo contexto, com base no alcance de uma nova taxa de câmbio de equilíbrio.

Por outro lado, no âmbito do fomento da produção nacional, segundo o Governador do Banco Nacional Angola, o actual desenvolvimento da economia nacional, representa mais uma oportunidade de exploração das suas potencialidades para o reforço da diversificação da economia e, por essa via, a redução da dependência excessiva da importação de bens e serviços. 

Para além do Vice-governador do BNA, Manuel Tiago Dias e de responsáveis dos Departamentos de Mercados, Estudos e Estatística do Banco Nacional Angola, o encontro ficou, igualmente, registado com a presença de representantes da Associação Angolana de Bancos, Associação Industrial de Angola, Associação de Empresas de Comércio e Distribuição de Angola, Associação das Indústrias Têxteis e Confecções de Angola, Associação das Indústrias dos Materiais de Construção de Angola e da Associação dos Concessionários de Equipamentos de Transporte Rodoviário e Outros.

Kwanza tornou-se na moeda africana mais fraca este ano depois de uma queda no seu valor de 21% no mês passado.

Angola tem de pagar nesta ano quase dez mil milhões de dólares de dívidas e a súbita queda nos mercados cambiais da moeda nacional, o kwanza, vai tornar difícil alcançar esse objectivo, aumentar a inflação e a proporção da dívida em relação ao produto interno bruto, disseram economistas.

A queda do preço do petróleo tornou insustentável o apoio do Banco Nacional de Angola (BNA) ao kwanza que, com efeito, tornou-se na moeda africana mais fraca este ano, depois de uma redução do seu valor de 21% no mês passado.

Analistas disseram à agencia Reuters que os baixos preços do petróleo e um aumento no pagamento de dívidas levaram o banco central a não poder continuar a apoiar o kwanza nos mercados cambiais

Na segunda-feira, 12, o kwanza estava a ser comercializado a 637. 30 por dólar americano, uma queda dos 506 kwanzas por dólar, registados em Maio.

A moeda angolana tinha estado a ser comercializada entre 502 e 506 kwanzas desde Novembro do ano passado.

O petróleo constitui mais de 90% das exportações do país e as exportações do petróleo angolano no primeiro trimestre deste ano caíram cerca de 30% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O preço do petróleo Brent estava a ser comercializado a 82.10 dólares o barril em média no primeiro trimestre deste ano, comparado com 97.90 dólares no mesmo período do ano passado

Gerrit van Rooyen, economista da Oxford Economics, disse à Reuters que entre Novembro e Abril o kwanza foi supreendentemente estável o que, segundo ele, sugere que o banco central de Angola usou reservas cambiais para estabilizar o valor da moeda nacional.

Desvalorização do kwanza preocupa economistas, mas governador do BNA diz não haver motivos para pânico

Desvalorização do kwanza preocupa economistas, mas governador do BNA diz não haver motivos para pânico

Mas, acrescentou van Rooyen , essa intervenção tornou-se insustentável devido à queda constante do preço do petróleo, a ser comercializado agora abaixo do preço previsto no orçamento de Estado preparado pelo Ministério das Finanças, no valor de 75 dólares o barril.Hoje, o preço do Brent nos mercados internacionais ronda os 73 dólares o barril.

Consequências

A queda do valor do kwanza deverá aumentar a inflação, que caiu de 27,7% em Janeiro de 2022 para 10,6% em Abril, e vai fazer subir também o custo do pagamento das dívidas.

Sarah Baynton-Glen, do banco Standard Charter, disse à Reuters que a valorização do kwanza tinha estabilizado a proporção da dívida em relação ao PIB desde 2020 mas a desvalorização da moeda vai reverter a redução da proporção dívida/PIB que tinha caído de 130%, no final de 202,0 para 63% no final de 2022.

Refira-se que 80 por cento da divida angolana é em moeda estrangeira e o país tem que pagar este ano 9.900 milhões de dólares.

Data de Emissão: 14-06-2023 às 07:10
Economia sem makas, Inflação anual aumentou em Maio

Inflação anual aumentou em Maio, ao fim de 15 meses de queda, impulsionada pela subida do custo de vida mensal que está a acelerar desde Janeiro. Tendência de perder poder de compra dos  angolanos deverá acentuar-se nos próximos meses com desvalorização e aumento da gasolina

 Aumento da gasolina e desvalorização do kwanza pressionam preços

Investimento directo estrangeiro em queda livre

 

Data de Emissão: 13-06-2023 às 07:10
Economia sem makas, O "desmentido" do Tribunal Supremo sobre os cartões para os juízes conselheiros

O “desmentido” (entre aspas) do Tribunal Supremo sobre os cartões para os juízes conselheiros

A nomeação de Massano para ministro da Coordenação Económica e a Independência do BNA

 Aumento da gasolina e desvalorização do kwanza pressionam preços

Investimento directo estrangeiro em queda livre

 

O Presidente da República, João Lourenço, nomeou, esta quinta-feira, dia 08 de Julho de 20223,  José de Lima Massano para o cargo de Ministro de Estado para a Coordenação Económica, em substituição de Manuel Nunes Júnior.

 

Antes da nomeação, segundo uma nota da Secretaria de Imprensa do Palácio Presidencial, José de Lima Massano foi exonerado do cargo de Governador do Banco Nacional de Angola, para o qual havia sido nomeado a 7 de Dezembro de 2022.

 

De acordo com a nota, Manuel Nunes Júnior foi exonerado, por conveniência de serviço, do cargo de Ministro de Estado para a Coordenação Económica, para o qual havia sido nomeado a 19 de Setembro de 2022.

 

Numa nova versão, enviada posteriormente, a expressão “conveniência de serviço” foi retirada da nota de imprensa, a qual acrescenta que o governador do BNA saiu “a seu pedido”.

 

Manuel Nunes Júnior sai como Ministro de Estado para a Coordenação Económica uma semana depois de o governo anunciar a subida do preço da gasolina em consequência da retirada parcial dos subsídios aos combustíveis.

 

A medida suscitou protestos de taxistas e moto taxistas em várias províncias, de que resultaram mortos e feridos, com estes profissionais, que beneficiam de isenções, a queixarem-se de atrasos na entrega dos cartões que lhes permitem aceder ao beneficio.

 

Às autoridades angolanas assumiram falhas na comunicação e têm organizado sessões de esclarecimento com diversos setores ao longo desta semana

 

José de Lima Massano foi Governador do Banco Nacional de Angola (BNA) entre Outubro de 2010 e Janeiro de 2015. Antes foi presidente da comissão executiva do Banco Africano de Investimento (BAI).

 

José Massano tem um mestrado em gestão e auditoria, pela City University de Londres e uma licenciatura em economia, pela Universidade de Salford, de Manchester, Inglaterra.

O Tribunal Supremo (TS) desmentiu, este sábado, a alegada aquisição de cartões de compras para os juízes conselheiros, no valor de 760 mil kwanzas para cada um/mês.

 

Em nota, a que a ANGOP teve acesso, o TS refere que “não existe procedimento concursal nenhum para aquisição de cartões de compra para os juízes conselheiros, com esse montante, conforme  veiculou o Novo Jornal.

 

Sublinha que a nenhum juiz conselheiro será atribuído um cartão de compras no valor de 760 mil kwanzas, tendo afirmado que as contas feitas pelo Novo Jornal são da sua inteira responsabilidade e desconhecidas do tribunal.

 

Na sua edição de quarta-feira,  7,  o Novo Jornal adiantou que o presidente do TS, Joel Leonardo, autorizou a realização de um concurso limitado por convite para aquisição de cartões de supermercado para distribuir aos juízes conselheiros, no volar de 760 mil kwanzas/mês.

 

Conforme o TS, o que está em andamento é um procedimento concursal para o fornecimento de víveres e outros géneros alimentícios para atender as necessidades globais do órgão judicial, considerando as actividades programadas para 2023, no quadro do orçamento disponível para o efeito, com a celebração de um Acordo-Quadro. 

 

O TS dá conta que, como dispõe o do art.º 168º Lei 41/20 de 23 de Dezembro (Lei dos Contratos Públicos), as Entidades Públicas Contratantes podem celebrar Acordos-Quadro para regular as relações contratuais futuras mediante a fixação antecipada dos respectivos termos e condições”.

 

Adianta que o procedimento obedece as regras impostas pela Lei dos Contratos Públicos vigente, e permitirá a celebração de Contratos Públicos de Aprovisionamento, evitando que o Estado se endivide com tais fornecedores. 

 

Segundo o TS, os valores constantes da comunicação enviada ao Serviço Nacional de Contratação Pública são “valores previsionais” e passíveis de ajustamento pelo mesmo, por ser Órgão de Regulador da Contratação Pública. 

Informa que, no âmbito dos mecanismos da gestão transparente dos recursos do Estado do OGE-2023 aprovado, remeteu ao Serviço Nacional de Contratação Pública (SNCP) o seu Plano Anual de Contratação (PAC) definitivo. 

 

Refere, entretanto, que essa não é a primeira vez que se procede a contratação para essa despesa. “Trata-se de uma contratação regular, que agora, no quadro da transferência da gestão do erário, este procedimento contratual e outros são publicitados no referido portal”.

 

Esta Corte Suprema apela para um exercício da actividade jornalística com a responsabilidade que a profissão impõe, a fim de salvaguardar a honra, o bom nome e a reputação das Instituições Públicas.

 

“O Tribunal Supremo lamenta a fabricação de notícias por parte de alguns Órgãos de Comunicação Social do País, tendentes a manchar o bom nome desta Corte Suprema e do seu Presidente, numa postura que nada dignifica tais Órgãos”, observa. DC/VM

Data de Emissão: 12-06-2023 às 08:00
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): João Lourenço, MPLA
Economia sem makas, analise as mudanças na equipa económica

 

 

O Presidente da República, João Lourenço, nomeou, esta quinta-feira, dia 08 de Julho de 20223,  José de Lima Massano para o cargo de Ministro de Estado para a Coordenação Económica, em substituição de Manuel Nunes Júnior.

 

Antes da nomeação, segundo uma nota da Secretaria de Imprensa do Palácio Presidencial, José de Lima Massano foi exonerado do cargo de Governador do Banco Nacional de Angola, para o qual havia sido nomeado a 7 de Dezembro de 2022.

 

De acordo com a nota, Manuel Nunes Júnior foi exonerado, por conveniência de serviço, do cargo de Ministro de Estado para a Coordenação Económica, para o qual havia sido nomeado a 19 de Setembro de 2022.

 

Numa nova versão, enviada posteriormente, a expressão “conveniência de serviço” foi retirada da nota de imprensa, a qual acrescenta que o governador do BNA saiu “a seu pedido”.

 

Manuel Nunes Júnior sai como Ministro de Estado para a Coordenação Económica uma semana depois de o governo anunciar a subida do preço da gasolina em consequência da retirada parcial dos subsídios aos combustíveis.

 

A medida suscitou protestos de taxistas e moto taxistas em várias províncias, de que resultaram mortos e feridos, com estes profissionais, que beneficiam de isenções, a queixarem-se de atrasos na entrega dos cartões que lhes permitem aceder ao beneficio.

 

Às autoridades angolanas assumiram falhas na comunicação e têm organizado sessões de esclarecimento com diversos setores ao longo desta semana

 

José de Lima Massano foi Governador do Banco Nacional de Angola (BNA) entre Outubro de 2010 e Janeiro de 2015. Antes foi presidente da comissão executiva do Banco Africano de Investimento (BAI).

 

José Massano tem um mestrado em gestão e auditoria, pela City University de Londres e uma licenciatura em economia, pela Universidade de Salford, de Manchester, Inglaterra.

Data de Emissão: 09-06-2023 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): João Lourenço, MPLA
Economia sem makas, Juízes do Supremo Tribunal vão receber cartões de compras de 760 mil kz

Juízes do Supremo Tribunal vão receber cartões de compras de 760 mil kz por mês para usarem no supermercado

O presidente do Tribunal Supremo, Joel Leonardo, deu aval para a realização de um concurso limitado por convite para aquisição de bens alimentícios, num valor estimado em 345 mil dólares norte-americanos, equivalente a 210 milhões de kwanzas, segundo fez saber o Novo Jornal.

Fonte: Novo Jornal

De acordo o referido órgão, o procedimento se destina à aquisição de cartões de supermercado para distribuir pelos juízes conselheiros da mais alta instância da jurisdição comum do poder judiciário de Angola.

O anúncio do concurso promovido pelo Tribunal Supremo está publicado no Portal da Contratação Pública. O referido jornal adianta ter conseguido obter junto do responsável por acompanhar o concurso determinado pelo Presidente do Tribunal Supremo, o concurso destina-se à compra de cartões para os 23 juízes conselheiros usarem em compras de supermercado e prevê a celebração de um acordo-quadro.

E de acordo os cálculos feitos, os 210 milhões de kwanzas pelos 12 meses do ano e pelo número de juízes conselheiros, o total por cada um dos magistrados rondará os 760 mil kwanzas (1,2 mil dólares), valor que se junta às demais regalias.

Refira-se que os juízes conselheiros auferem mensalmente um vencimento-base, suplementos, prestações sociais, diuturnidades, abonos complementares e extraordinários previstos na lei, que integram abono para despesas de representação, subsídio de férias, ajudas de custo e subsídio diário, subsídio de instalação, subsídio de risco, subsídio de chefia, subsídio de atavio.

Incluem igualmente, para além da casa de função ou subsídio de renda, passaporte diplomático e serviço protocolar, viatura do Estado para apoio às necessidades de casa (uma), dois motoristas, um cozinheiro, uma lavadeira, e um empregado doméstico

 

Data de Emissão: 08-06-2023 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): João Lourenço, MPLA
Economia sem makas, Lucros líquidos da Sonangol baixaram 33%

Lucros líquidos da Sonangol baixaram 33% mas resultados correntes melhoraram, segundo o relatório e contas.

Data de Emissão: 07-06-2023 às 07:00
Economia sem makas, Angola com receio do relatório internacional sobre combate à lavagem de dinheiro

 Angola com receio do relatório internacional sobre combate à lavagem de dinheiro

 Angola com o coração nas mãos com receio do relatório internacional sobre combate à lavagem de dinheiro

Em 2010, Angola foi incluída na “lista negra” do GAFI e considerada como jurisdição não cooperante, devido às fragilidades do seu sistema financeiro, tendo, entretanto, transitado para uma “lista cinzenta”, e em 2016 deixou de ser considerada uma jurisdição de alto risco.

Data de Emissão: 06-06-2023 às 07:10
Economia sem makas, Kwanza perdeu 10% este mês 

[ ] Kwanza perdeu 10% este mês 

[ ] IGAPE subavalia gastos com subsídios aos combustiveis

[ ] Primeiro ministro português visita Angola 

[ ] BFA reconduz maior parte da administracao 

[ ] Angola com o coração nas maos com receio do relatório internacional sobre combate à lavagem de dinheiro

Economia sem makas, Falta um calendário para a eliminação aos subsídios aos combustíveis

Falta um calendário para a eliminação aos subsídios aos combustíveis.

Data de Emissão: 02-06-2023 às 07:00
Género(s): Opinião
 
Economia Sem Makas: Governo tem luz verde do BP do MPLA para aumentar gasolina

Governo tem luz verde do BP do MPLA para aumentar gasolina.

Data de Emissão: 01-06-2023 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): BNA, IGAPE
Economia Sem Makas: Governo tem pronto plano para eliminação dos subsídios aos combustiveis

Governo tem pronto plano para eliminação dos subsídios aos combustiveis que deverá começar no mais curto espaço de tempo pela gasolina por ser a que menos impacto tem sobre a inflação. Ainda assim aumento da gasolina poupará os táxis que utilizam este combustível os quais terão um cartão de abastecimento que lhes permitirá pagar o preço actual sendo a diferença para o novo preço paga pelo Estado. Subida do gasóleo começa no primeiro semestre de 2024 e deverá demorar dois anos ao contrario da gasolina que devera ser de uma so vez. Táxis, transportes de mercadorias e de passageiros agricultura e pescas serão poupados. Arranque do plano do governo depende de uma reunião do bureua político do MPLA que se realiza esta manhã

Data de Emissão: 31-05-2023 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): BNA, IGAPE
Economia Sem Makas: Venda da participação do BPI no BFA quem sao os interessados e quanto vale o banco

 ] Venda da participação do BPI no BFA quem sao os interessados e quanto vale o banco

[ ] Kwanza ja perdeu 10% este mês 

[ ] Angola é rainha africana das bananas desde 2012

[ ] Ordem dos advogados pede saída de joel Leonardo 

[ ] Alteracao da lei das ONG

Data de Emissão: 29-05-2023 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): BNA
Economia Sem Makas: Investidores e financiadores atento às empresas ESG, isto é com boas práticas ambientais sociais e ambientais

Investidores e financiadores atento às empresas ESG, isto é com boas práticas ambientais sociais e ambientais.

Data de Emissão: 29-05-2023 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): BNA
Economia Sem Makas: Ajustes directos valem 95% da contratação pública no primeiro trimestre de 2023

Ajustes directos valem 95% da contratação pública no primeiro trimestre de 2023.

Data de Emissão: 26-05-2023 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): BNA
Economia Sem Makas: Futuro económico de África

Futuro económico de África.

Data de Emissão: 25-05-2023 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): BNA
Economia Sem Makas: BNA começou a divulgar previsões sobre a economia e as notícias não são nada boas

BNA começou a divulgar previsões sobre a economia e as notícias nao sao nada boas. Apontam para uma forte desaceleracao do crescimento que se deverá quedar pelos 1,6% em 2005 metade do crescimento da população

Data de Emissão: 24-05-2023 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): BNA
Economia Sem Makas: Programa de reordenamento do Comércio, será que é desta?

Programa de reordenamento do Comércio, será que é desta?

Data de Emissão: 23-05-2023 às 07:00
Economia Sem Makas: BNA mantém inalterada Política Monetária

[ ] BNA mantém inalterada Política Monetária 

[ ] Kwanza já perdeu 5% 

[ ] TAAG ainda sem plano de voo

[ ] Estrategia de Longo Prazo 2050 

[ ] Aniesa quer autorizar promoções e saldos

Data de Emissão: 22-05-2023 às 07:00
Economia Sem Makas: Manuel Nunes Junior convida portugueses a investirem em Angola

Manuel Nunes Junior convida portugueses a investirem em Angola, em quase todos os sectores, particularmente nos solos férteis

Data de Emissão: 19-05-2023 às 07:00
Género(s): Opinião
Tópicos(s): BFA, Unitel
Economia Sem Makas: TAAG melhora resultados mas continua uma empresa deficitária

TAAG melhora resultados mas continua uma empresa deficitária cuja sobrevivência depende do apoio do accionista ou seja do Estado, ou melhor de todos nós contribuintes

Data de Emissão: 18-05-2023 às 07:00
Género(s): Opinião
Tópicos(s): BFA, Unitel
Economia Sem Makas: Angola gastou cerca de dois biliões de kz com subsídios aos combustíveis em 2022 quase tanto como em educação e saúde juntas

Angola gastou cerca de dois biliões de kz com subsídios aos combustíveis em 2022 quase tanto como em educação e saúde juntas.

Data de Emissão: 17-05-2023 às 07:00
Género(s): Opinião
Tópicos(s): BFA, Unitel
Economia Sem Makas: Inflação mensal volta a subir em Abril, quarta vez em quatro meses e ameaça meta do BNA

[ ] BNA desvaloriza Kwan em 3%

[ ] Inflação mensal volta a subir em Abril, quarta vez em quatro meses

[ ] Empresa de rating Fitch aconselha Governo a manter reformas

[ ] Ainda a Comparticipação no SNS. Angola é o país africano onde a população gasta maior percentagem do orcamento com a saúde

[ ] Joao Lourenço nao afasta terceiro mandato

Data de Emissão: 16-05-2023 às 07:00
Género(s): Opinião
Tópicos(s): BFA, Unitel
Economia Sem Makas: BNA desvaloriza Kwanza em 3%

[ ] BNA desvaloriza Kwan em 3%

[ ] Inflação mensal volta a subir em Abril, quarta vez em quatro meses

[ ] Empresa de rating Fitch aconselha Governo a manter reformas

[ ] Ainda a Comparticipação no SNS. Angola é o país africano onde a população gasta maior percentagem do orcamento com a saúde

[ ] Joao Lourenço nao afasta terceiro mandato

Data de Emissão: 15-05-2023 às 07:00
Género(s): Opinião
Tópicos(s): BFA, Unitel
Economia Sem Makas: Os Angolanos vão começar a participar no serviço nacional de saúde

Os Angolanos vão começar a participar no serviço nacional de saúde

Data de Emissão: 12-05-2023 às 07:00
Género(s): Opinião
Tópicos(s): BFA, Unitel
Economia Sem Makas: IGAPE disse ao Jornal de Angola que a maioria das empresas públicas apresentou as contas de 2022...

IGAPE disse ao Jornal de Angola que a maioria das empresas públicas apresentou as contas de 2022 a tempo e que o relatório agregado sai em Junho

Data de Emissão: 11-05-2023 às 07:00
Género(s): Opinião
Tópicos(s): BFA, Unitel
Econimia Sem Makas: Remessas para o estrangeiro dispararam 66% em 2022 para mais de mil milhões de dólares

Remessas para o estrangeiro dispararam 66% em 2022 para mais de mil milhões de dólares

Data de Emissão: 09-05-2023 às 07:00
Género(s): Opinião
Tópicos(s): BFA, Covid-19, FMI, Jornal de Angola, OMS
Econimia Sem Makas: BFA ainda não renovou a Administração definição do acionista Estado via UNITEL

BFA ainda não renovou a Administração definição do acionista Estado via UNITEL

Data de Emissão: 09-05-2023 às 07:00
Género(s): Opinião
Tópicos(s): BFA, Unitel
Econimia Sem Makas: COVID Angola em contra mão com a OMS

[ ] Nigéria suspende eliminação dos subsídios aos combustíveis

[ ] Missão fmi em Angola

[ ] Crédito à habitação

[ ] Remessas emigrantes 

[ ] BFA nova administração atrasada

[ ] COVID Angola em contra mão com a OMS

[ ] Liberdade de imprensa Jornal de Angola põe Angola a subir

Data de Emissão: 08-05-2023 às 07:00
Género(s): Opinião
Tópicos(s): BFA, Covid-19, FMI, Jornal de Angola, OMS
Econimia Sem Makas: BCE e Reserva Federal aumentam taxas de juro

BCE e Reserva Federal aumentam taxas de juro. Reduziram passada dos aumentos mas avisam que subidas devem continuar. Receios de abrandamento da economia mundial derrubam petróleo que negoceia na casa dos 73 usd, abaixo dos 76 usd que serviu de base ao OGE23

Data de Emissão: 05-05-2023 às 07:00
Género(s): Opinião
Tópicos(s): Cimeira do Ambiente, COP26
Econimia Sem Makas: Índice de Liberdade de imprensa em Angola está aos níveis mais baixos desde 2010

Índice de Liberdade de imprensa em Angola está aos níveis mais baixos desde 2010. País é o 76.° menos livre em 2023 caindo  27 lugares face a 2022, no ranking dos repórteres sem fronteitas 2023 Angola divulgado ontem

Data de Emissão: 03-05-2023 às 07:00
Género(s): Opinião
Tópicos(s): Cimeira do Ambiente, COP26
Econimia Sem Makas: Governo explica prorrogação do programa das privatizações até 2026

Governo explica prorrogação do programa das privatizações até 2026.

Data de Emissão: 03-05-2023 às 07:00
Género(s): Opinião
Tópicos(s): Cimeira do Ambiente, COP26
Economia sem makas, Falta de dólares faz abanar Kwanza

Economia sem makas, 

Falta de dólares faz abanar Kwanza.

Data de Emissão: 02-05-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
 
Economia sem makas, Crédito malparado em mínimos de seis anos

Economia sem makas, 

Crédito malparado em mínimos de seis anos.

Data de Emissão: 28-04-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
 
Economia sem makas, Equipa económica faz balanço positivo da legislatura

Economia sem makas, 

Equipa económica faz balanço positivo da legislatura e apresenta perspectivas económicas optimistas em conferência inédita.

Data de Emissão: 27-04-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
Tópicos(s): BNA, FMI
Economia sem makas, BCE dividido sobre a subida das taxas de juro revelam actas da última reunião

Economia sem makas,

BCE dividido sobre a subida das taxas de juro revelam actas da última reunião.

Data de Emissão: 26-04-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
 
Economia sem makas, Governo estuda criação de fundo para gerir activos recuperados no combate à corrupção

Economia sem macas,

Governo estuda criação de fundo para gerir activos recuperados no combate à corrupção.

Data de Emissão: 25-04-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
Tópicos(s): BNA, FMI
Economia sem makas, Clientes dos bancos angolanos já pode ver se o seu nome está na lista dos caloteiros 

Economia sem macas,

[ ] Clientes dos bancos angolanos já pode ver se o seu nome está na lista dos caloteiros 

[ ] Donos de alguns terminais de pagamento vulgo TPA aproveitam mau serviço do multicaixa para ganhar dinheiro

[ ] Standard Bank diz que crescimento da economia continuará abaixo do da população 

[ ] Governo estuda fundo para gerir activos recuperados 

[ ] Cobertura das chuvas em Luanda e no País

Data de Emissão: 24-04-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
 
Economia sem makas, Jornal de Angola titula que egípcios investiram mil milhões usd no País

Economia sem makas,

Jornal de Angola titula que egípcios investiram mil milhões usd no País. Segundo as estatísticas do BNA esse País não pode ter sido Angola

Data de Emissão: 21-04-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
Tópicos(s): BNA, Egipto
Economia sem makas, A Somoil, apresentou as contas pelo segundo ano consecutivo.

Economia sem makas,

A Somoil, a maior empresa petrolífera privada angolana que produz cerca de 2% do petróleo angolano apresentou as contas pelo segundo ano consecutivo. Um exemplo a ser seguido pelas empresas do sector e não só.

Data de Emissão: 20-04-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
Tópicos(s): BNA
Economia sem makas, Já há relatório parecer a recomendar a aprovação da Conta Geral do Estado de 2020...

Economia sem macas,

Já há relatório parecer a recomendar a aprovação da Conta Geral do Estado de 2020 mas ninguém conhece a dita Conta Geral do Estado à excepção dos deputados que não a partilharam com quem os elegeu

Data de Emissão: 19-04-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
 
Economia sem makas, Governo estuda melhor altura para emitir dívida pública em Eurobonds

Economia sem macas,

Governo estuda melhor altura para emitir dívida pública em Eurobonds

Data de Emissão: 18-04-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
Tópicos(s): BNA, EUA, Europa
Economia sem makas, Quarto aniversário do economia 100 makas

Economia sem macas,

[ ] Quarto aniversário do economia 100 makas

[ ] Chieneses nao aparecem na assinatura do acordo para a Concessão do Porto do Lobito causando fortes prejuízos ao Estado angolano

[ ] MinFin divulga lista de pagamentos em atraso

[ ] Saídas de investimento estrangeiro maiores do que entradas

[ ] Acordo Brasil China

[ ] Medidas Covid

Data de Emissão: 17-04-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
Tópicos(s): BNA
Economia sem makas, A inflação anual voltou a cair em março, pelo décimo quarto mês consecutivo,

Economia sem macas,

A inflação anual voltou a cair em março, pelo décimo quarto mês consecutivo, ao contrário da inflação mensal que aumentou pelo segundo mês consecutivo

Data de Emissão: 14-04-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
Tópicos(s): BNA
Economia sem makas, BNA estabelece regras para contas bancárias para menores

Economia sem macas,

BNA estabelece regras para contas bancárias para menores

Data de Emissão: 13-04-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
Tópicos(s): BNA
Economia sem makas, FMI mantém previsões de crescimento de Angola.

Economia sem macas,

FMI mantém previsões de crescimento de Angola. 

Data de Emissão: 12-04-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
 
Economia sem makas, Zâmbia queixa-se que rivalidades entre os EUA e a China está a atrapalhar reestruturação da dívida dos países pobres

Economia sem macas,

Zâmbia queixa-se que rivalidades entre os EUA e a China está a atrapalhar reestruturação da dívida dos países pobres

Data de Emissão: 11-04-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
Tópicos(s): BNA
Economia sem makas, Assembleia nacional em silencio com os carros dos deputados

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Assembleia nacional em silencio com os carros dos deputados

Data de Emissão: 10-04-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
Tópicos(s): BNA
Economia sem makas, PIB Angolano
 

Economia sem macas,

PIB Angolano

Data de Emissão: 06-04-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
Tópicos(s): BNA
Economia sem makas, Paz e Economia

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Paz e Economia.

Data de Emissão: 04-04-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
Tópicos(s): BNA
Economia sem makas, Os problemas da TAAG

Economia sem macas,

Os problemas da TAAG

Data de Emissão: 03-04-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
Tópicos(s): BNA
Economia sem makas, É preciso acelerar a criação de pólos industriais...

Economia sem macas,

É preciso acelerar a criação de pólos industriais e dar melhores condições para desenvolver o sector

Data de Emissão: 31-03-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
Tópicos(s): BNA
Economia sem makas: Presidente João Lourenço, promulga prolongamento do PROPRIV

Presidente João Lourenço, promulga prolongamento do PROPRIV. Maior destaque é a privatização da Unitel e do BFA já este ano de 2023 por venda em bolsa

 

Governo angolano encaixou, desde 2019, 567 mil milhões de kwanzas (mil milhões de euros) com a privatização de 96 ativos, no âmbito do Programa de Privatizações (Propriv), que poderá prorrogar-se por mais cinco anos. A informação foi avançada esta segunda-feira pelo secretário de Estado para as Finanças e Tesouro, Ottoniel dos Santos, no final de uma reunião de balanço do programa de privatizações de empresas e ativos do Estado em curso.

 

O Propriv, executado pelo Instituto de Gestão de Ativos e Participações do Estado (IGAPE), arrancou em 2019, com um total de 195 empresas e ativos para privatização, tendo ficado com um total de 178 ativos, depois de sofrer alterações.

 

 

Ottoniel dos Santos referiu que, dos 567 mil milhões de kwanzas encaixados, estão ainda por receber, contratualmente, um total de 394 mil milhões de kwanzas (750,8 milhões de euros), estando neste momento algumas prestações já vencidas, no valor de 15,1 milhões de kwanzas (28,7 mil euros). Segundo o governante angolano, foram privatizados até à data 96 empresas e ativos, sobrando 82 ativos, dos quais 27 têm neste momento os processos em curso, 31 estão pendentes e 25 por retirar do programa de privatizações.

 

 

O secretário de Estado para Finanças e Tesouro salientou que, relativamente aos ativos que ainda estão por privatizar, e que têm os seus processos em curso, serão desenvolvidos ao longo deste primeiro trimestre, enquanto os outros processos deverão ser ajustados.

 

“Aqui estamos a referir-nos nomeadamente a processos que dependem de uma intervenção jurídica, outros, de algum ajuste do ponto de vista organizacional das empresas para que possam ser privatizadas e finalmente formalizar a retirada de 24 ativos do Propriv. Vinte e quatro mais um, que hoje a nível da reunião foi também deliberada a sua retirada”, frisou, sem mais detalhes.

 

Relativamente aos novos ativos a serem inseridos, Ottoniel dos Santos avançou que serão inicialmente 68, incluindo os que ainda estavam em curso no primeiro ciclo e os que derivam dos processos de recuperação de ativos, que o Estado quer privatizar, bem como levantamentos feitos por governos provinciais e gestores setoriais, que entendem que determinados ativos podem passar para a esfera privada.

 

Com a alienação de empresas e ativos foram já garantidos um total de 2.747 empregos, dos quais 1.462 são novos e 1.285 anteriormente existentes, adiantou. O governante angolano disse ainda que será proposta a prorrogação do programa por mais cinco anos, ao longo do mandato, por duas razões fundamentais: primeiro, o conjunto de processos do ciclo que agora encerra que ainda estão por concluir e, segundo, por conta dos novos ativos que serão inseridos no programa.

 

Ottoniel dos Santos disse que, entre as empresas propostas para serem retiradas do Propriv, algumas têm pouca capacidade de atrair o setor privado e outras empresas deverão ser liquidadas. Ottoniel dos Santos fez um balanço positivo do Propriv tendo em conta a conjuntura vivida nos últimos cinco anos, marcada pela pandemia de covid-19, a fase de reestruturação e reformas que Angola está a implementar.

 

“Somado estes dois grupos [os ativos privatizados e os que têm processos a decorrer] e tendo em conta o total de ativos que estavam para privatizar, nós prevemos um percentual de 69% de efetivação do programa. Penso que para uma primeira experiência sistematizada – porque Angola já teve outros processos de privatizações (…) – dadas as circunstâncias que referi, o programa está a ter um resultado promissor”, sublinhou.

Data de Emissão: 30-03-2023 às 07:10
Género(s): Comentário, Economia
 
Economia sem makas, Jovens da Huíla pedem ao Governo para acabar com exigência de cinco anos de experiência

Jovens da Huíla pedem ao governo para acabar com exigência de cinco anos de experiência pelo sector privado nas admissões de trabalhadores

 

 

Data de Emissão: 29-03-2023 às 07:10
Economia sem makas, FMI diz que o governo reconhece “deficiências” no regime de declaração de bens dos titulares de cargos públicos

Economia sem macas,

FMI diz que o governo reconhece “deficiências” no regime de declaração de bens dos titulares de cargos públicos e pretende reformular a Lei da Probidade Pública de acordo com os padrões internacionais. As melhores práticas prevêem a consulta pública dos rendimentos e património dos políticos, prática que João Lourenço já classificou como “devassa da vida privada”

Data de Emissão: 28-03-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
Tópicos(s): BNA
Economia sem makas, Desabamento de prédio Luanda é um aviso para todos

Economia sem macas,

[ ] Só 14% dos Investimento registados nos últimos 4 anos foram totalmente implementados

[ ] Luanda é a 9.a cidade mais cara do mundo para viagens de negócios 

[ ] Desabamento prédio Luanda é um aviso para todos

[ ] Dívidas centralidades

[ ] Estudo académico confirma que eleições não foram livres nem justas 

[ ] Declaração de bens políticos

Data de Emissão: 27-03-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
Tópicos(s): BNA
Economia sem makas, Fuga de africanos de África

Economia sem macas,

Fuga de africanos de África.

Data de Emissão: 23-03-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
 
Economia sem makas, BNA voltou a aliviar a política monetária baixando os juros

Economia sem macas,

BNA voltou a aliviar a política monetária baixando os juros

Data de Emissão: 22-03-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
Tópicos(s): BNA
Economia sem makas, TAAG suspende voos para Uíge, Bié e Accra

Economia sem makas,

TAAG suspende voos para Uíge, Bié e Accra.

Data de Emissão: 21-03-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
Tópicos(s): Acra, Bié, Taag, Uíge
Economia sem makas, Lavagem de dinheiro em Angola

Economia sem makas,

[ ] Lavagem de dinheiro em Angola

[ ] Petróleo abaixo do preco de referencia do OGE com a crise bancaria 

[ ] BPC perdeu maos de 1 bilião de kwanzas em 5 anos

[ ] Agência de petróleos vai mesmo comprar sede do Económico 

[ ] Crise na Justiça

Data de Emissão: 20-03-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
Tópicos(s): BNA
Economia sem makas, Nigéria acumula dívidas com companhias aéreas devido a penúria cambial

Economia sem macas,

Nigéria acumula dívidas com companhias aéreas devido a penúria cambial

Data de Emissão: 20-03-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
Tópicos(s): BNA
Economia sem makas, Ambiente de Negócios em Angola

Economia sem macas,

Ambiente de Negócios em Angola

Data de Emissão: 20-03-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
Tópicos(s): BNA
Economia sem makas, Refinarias em construção vão comprar petróleo para refinar a preços de mercado

Economia sem macas,

Refinarias em construção vão comprar petróleo para refinar a preços de mercado. Como os combustíveis em Angola dão vendidos abaixo do preço de custo todos combustíveis produzidos pelas novas refinarias serão exportados

Data de Emissão: 20-03-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
Tópicos(s): BNA
Economia sem makas, Turbulência na banca

Economia sem makas,

O que se passa com os bancos e quais as consequências para o mundo e Angola

Data de Emissão: 17-03-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
Tópicos(s): BNA
Economia sem makas, Numerosa comitiva Angolana regressa do Japão com os bolsos cheios de dívidas

Economia sem macas,

Numerosa comitiva Angolana regressa do Japão com os bolsos cheios de dívidas

Data de Emissão: 16-03-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
Tópicos(s): BNA, FMI
Economia sem makas, A inflação anual continua a descer e já está abaixo dos 12%

Economia sem macas,

A inflação anual continua a descer e já está abaixo dos 12%. Mas o aumento da inflação mensal indicia que o processo de desinfecção encontrou resistências

Data de Emissão: 15-03-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
Tópicos(s): BNA, FMI
Economia sem makas, Novas regras do BNA para transferências para o estrangeiro

Economia sem makas, 

[ ] FMI quer acabar com subsídios aos combustíveis gradualmente em 12 meses após o primeiro aumento

[ ] Confiança dos empresários na evolução da economia a curto prazo em máximos de sete meses 

[ ] Novas regras do BNA para transferências para o estrangeiro

[ ] Lucros dos cinco maiores bancos recuando 17% para 700 milhões usd

Data de Emissão: 13-03-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
Tópicos(s): BNA, FMI
Economia sem makas, Demissão do CEO do Banco Económico

Economia sem makas,

Demissão do CEO do Banco Económico

Data de Emissão: 13-03-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
Tópicos(s): BNA, FMI
Economia sem macas, Funcionários públicos recebem tarde

Economia sem macas, Funcionários públicos recebem tarde e a más horas sem qualquer explicação.

Data de Emissão: 10-03-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
 
Economia Sem Makas: Edição Alargada de Segunda-feira (06 de Março de 2023)

Gabão acolhe cimeira One Forest: “Esperamos que se cumpram os acordos climático”

 

Emmanuel Macron vai estar nos dias 1 e 2 de Março em Libreville, no Gabão. O Presidente francês vai co-organizar o One Forest Summit, uma cimeira sobre a preservação das florestas tropicais, evento para o qual foram convidados vários chefes de Estado.

 

 

 

A visita do Presidente Macron a Angola

O Presidente francês, Emmanuel Macron, efectua, a partir de hoje, uma visita de dois dias a Angola, numa viagem que o levará a três outros países africanos: Gabão, República Democrática do Congo (RDC) e Congo.

 

  A visita insere-se no âmbito de uma nova relação que Emmanuel Macron quer estabelecer com o “continente berço”. Ele defende “uma nova política francesa para África”, cujas relações sejam baseadas em parcerias em que sobrassaiam o respeito mútuo.

 

No caso particular de Angola, a visita do Presidente Macron é, como considerou a nossa embaixadora acreditada em Paris, a demonstração da importância que a França atribui ao nosso país como “parceiro prioritário”.

 

Além disso, a visita – afirmamos nós – vai, certamente, dar um novo impulso à cooperação entre os dois países, que assinaram o primeiro acordo em 1982. Desde então, a cooperação tem-se expandido, incluindo visitas de delegações de alto nível de ambos os países.

 

Em 2018, numa visita a Luanda do ministro francês da Europa e dos Negócios Estrangeiros, Jean-Yves Le Drian, Angola e França assinaram três acordos, sendo um nos Transportes Aéreos, outro no sector da Agricultura e o último no Turismo.

 

A França é, hoje, o segundo maior investidor estrangeiro e um dos principais empregadores privados em Angola. Dados da Embaixada de França em Luanda dão conta que, nos primeiros nove meses de 2021, as exportações para Angola se situaram em 178,2 milhões de euros, um aumento de 26,4% em relação ao mesmo período de 2020.

 

Tragédia na Educação: Uma em cada quatro crianças do ensino básico não concluiu o ano escolar  em 2019, porque reprovou ou abandonou o ensino

Confusão na Justiça Angolana

Alguma animação no imobiliário em Luanda

Data de Emissão: 06-03-2023 às 08:00
Género(s): Comentário, Economia, Opinião
 
Economia sem macas, Emanuel Macron em Angola para uma visita de curta duração.

Emanuel Macron chega hoje a Angola para uma visita de médico face à sua curta duração. Luanda é a segunda paragem de um périplo por quatro países africanos. Agricultura será um dos temas principais da agenda.

Emmanuel Macron recebido na Cidade Alta pelo homólogo João Lourenço

O Presidente da República Francesa, Emmanuel Macron, que chegou, quinta-feira, ao país, já se encontra no Palácio Presidencial, na Cidade Alta, onde mantém, neste momento, um encontro em privado com o Chefe de Estado, João Lourenço, no quadro da visita oficial de 72 horas.

Data de Emissão: 03-03-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
 
Economia sem macas, Viajar em África é um desafio

Economia sem macas, Viajar em África é um desafio pelos preços e pela pressa da Viagem

Data de Emissão: 03-03-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
 
Economia sem macas, Mulheres no emprego

Economia sem macas,

Em dia internacional da mulher vamos falar das mulheres no emprego.

Data de Emissão: 03-03-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
 
Economia sem macas, Fundo Monetário Internacional "desanca" governo de João Lourenço

Economia sem macas,

Fundo Monetário Internacional “desanca” governo de João Lourenço por não publicar relatórios e despesas com a covid auditados por entidade independente. Até já

Data de Emissão: 03-03-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia
 
Economia sem macas, A demissão da Presidente do Tribunal de Contas é uma oportunidade para mudar os critérios das nomeações para os cargos de topo do Estado

A demissão da Presidente do Tribunal de Contas é uma oportunidade para mudar os critérios das nomeações para os cargos de topo do Estado.

O Presidente angolano, João Lourenço, anunciou hoje que a presidente do Tribunal de Contas (TdC) “deixou de ter condições” para exercer o cargo e convidou-a a demitir-se, o que ainda não aconteceu.

O anúncio foi divulgado na página oficial da Presidência da República na rede social Facebook.

Nesta publicação, João Lourenço afirmou que tem acompanhado “com alta preocupação” as “ocorrências” que envolvem o nome de Exalgina Gamboa, sublinhando que são “suscetíveis de comprometer o normal funcionamento deste importante órgão do poder judicial e manchar o bom nome da Justiça angolana”.

Por isso, considerou que “a Veneranda Juíza Conselheira Presidente do Tribunal de Contas deixou de ter condições para o exercício das suas funções e convidou-a, no passado dia 21 de fevereiro, a renunciar ao seu mandato, o que não aconteceu até à presente data”.

Em nota, a PGR informou que “findo o referido inquérito e em função dos factos nele apurados foi aberto um processo-crime, por crimes de peculato, extorsão e corrupção, em cuja instrução preparatória foi constituída arguida a Dra. Exalgina Gambôa, juíza conselheira presidente do Tribunal de Contas, já notificada”.

O documento enviado às redacções assinado pelo director do Gabinete de Comunicação e Imprensa da PGR, Álvaro João, acrescenta que “também foi constituído arguido Hailé Vicente da Cruz pelos crimes de extorsão e corrupção, não tendo sido notificado por encontrar-se no exterior do país”.

A PGR informa ainda ter aberto um inquérito para averiguação de factos “alegadamente ocorridos no Tribunal de Contas” em reacção a “denúncias e informações públicas de que teve conhecimento”.

 

Data de Emissão: 02-03-2023 às 07:00
Economia sem macas, Começa hoje em Libreville, Gabão, a One Forest Summit

Começa hoje em Libreville, Gabão, a One Forest Summit, a cimeira para a exploracao sustentável da floresta da bacia do Congo, que abrange Angola.

Data de Emissão: 01-03-2023 às 07:00
Economia sem macas, Privatização da TCUL

MAERSK,
Lei Geral do trabalho,
Privatização da TCUL
e a avaliação da Sonangol

Data de Emissão: 27-02-2023 às 07:00
Economia sem macas, Mercado de Trabalho - Emprego e Desemprego

Mercado de Trabalho – Emprego e desemprego

Data de Emissão: 23-02-2023 às 07:00
Economia sem makas: Como funciona o acordo entre o BNA e a sua congénere da Namíbia

Banco Nacional de Angola e o Banco da Namíbia reforçam Cooperação

O Governador do Banco Nacional de Angola, José de Lima Massano e o Governador do Banco da Namíbia, Johannes Gawaxab, assinaram, nesta sexta-feira, 17 de Fevereiro, em Luanda, um Memorando de Entendimento no domínio da cooperação técnica mútua e profissional, que actualiza o âmbito das relações institucionais existentes entre ambas entidades.

Com a assinatura do referido Memorando, além da partilha de informações sobre as melhores práticas nas áreas de monitoramento cambial, mercados financeiros e gestão de reservas internacionais, estudos económicos e estatísticas, gestão de sistemas de pagamentos e gestão do meio circulante, gestão de risco e compliance, os dois bancos centrais passam a cooperar de modo mais estreito nos domínios da regulação e supervisão bancária, resolução de instituições financeiras e de prevenção e combate à ilícitos financeiros fronteiriços.

No encontro de Luanda entre os dois bancos centrais, foram retomados temas abordados no encontro de Windhoek, ocorrido em Junho de 2022, com realce para a interligação dos sistemas locais de pagamentos, com o intuito de se facilitar o investimento e a realização de trocas comerciais entre operadores económicos dos dois países.

Também mereceu destaque a troca de experiências no domínio da inclusão financeira, tendo sido destacada a importância das iniciativas em curso nos dois países que visam tanto o fomento da bancarização, bem como à dinamização dos serviços de pagamentos móveis.

​No final da missão, a delegação do Banco da Namíbia visitou o Museu da Moeda, tendo tomado contacto com a história da moeda em Angola e partilhado as iniciativas em curso para a futura edificação de estrutura similar.

Data de Emissão: 21-02-2023 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia, Opinião
Tópicos(s): BNA
Economia Sem Makas: Ofertas milionárias no mundo do Desporto

Ofertas milionárias no mundo do Desporto

Data de Emissão: 17-02-2023 às 07:30
Género(s): Opinião
 
Economia Sem Makas: Governo devia aumentar as taxas sobre a exportação de Madeira em bruto e não simplesmente proibir as exportações

Governo devia aumentar as taxas sobre a exportação de Madeira em bruto e não simplesmente proibir as exportações

Data de Emissão: 16-02-2023 às 07:30
Género(s): Opinião
 
Economia sem macas, A inflação anual voltou a baixar, mas os dados de Janeiro confirmam que o ritmo de descida desacelerou

A inflação anual voltou a baixar, mas os dados de Janeiro confirmam que o ritmo de descida desacelerou.

Inflação em Angola atinge valor mais baixo, dos últimos três anos. A taxa de inflação do mês de Janeiro ficou fixada nos 12, 55 por cento, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística. A trajetória de estabilidade atingiu os 17, 95 por cento em 2020; 24, 41 por centro em 2021 e os 27,66 por cento em 2022. Vale assinalar que, em 12 meses, os preços em todo o país recuperaram no acumulado mais de 15 pontos percentuais.

E o Ministro da Economia e Planeamento anunciou trabalho do Governo, para assegurar o segmento privado angolano. Mário Caetano João fala em Um Mil Milhão de Dólares que serão aplicados no Banco de Desenvolvimento Angolano, para o empresariado  privado.

Data de Emissão: 15-02-2023 às 07:30
Economia Sem Makas: Embaixador Chines diz não perceber porque Angola continua a pedir dinheiro a China, se falamos tão mal dos empréstimos chineses

Embaixador Chines diz não perceber porque Angola continua a pedir dinheiro a China, se falamos tão mal dos empréstimos chineses

Data de Emissão: 14-02-2023 às 07:30
Género(s): Opinião
 
Economia Sem Makas: João Lourenço dá um carro de 200 mil dólares a cada membro do conselho económico e social;

[ ] João Lourenço dá um carro de 200 mil dólares a cada membro  do conselho económico e social;

[ ] A polémica dos Vidros fumados;

[ ] Para que servem as Audições parlamentares se são à porta fechada?

[ ] Comércio livre tripartido COMESA, EAC e SADC

[ ] Embaixador chinês diz que não percebe porque continuamos a pedir dinheiro emprestado se critiamos tanto os empréstimos garantidos por petróleo

[ ] Governo devia usar taxas aduaneiras altas em vez de proibir exportações de Madeira em bruto

[ ] Privatizar a TCUL é boa ideia?

Data de Emissão: 13-02-2023 às 07:30
Género(s): Opinião
Tópicos(s): BNA
Economia Sem Makas: Relações económicas entre Angola e Espanha

As relações económicas entre Angola e Espanha são marcadas por muitas visitas oficiais mútuas, mas poucos negócios…

Data de Emissão: 10-02-2023 às 07:30
Género(s): Opinião
Tópicos(s): BNA
Economia Sem Makas: O BNA apresentou  as perspectivas económicas aos maiores importadores.

O BNA apresentou  as perspectivas económicas aos maiores importadores. A novidade é que as divulgou publicamente. Um passo no bom sentido mas que sabe a pouco

Importação de alimentos custa ao país 2,8 mil milhões de dólares

Angola gastou, em 2022, um total de 2,8 mil milhões de dólares com a importação de alimentos.

A informação foi avançada, quarta-feira, em Luanda, pelo director de Estatística do Banco Nacional de Angola. Joel Futi apresentou os números quando abordava sobre a Conjuntura  Económica Nacional aos operadores da indústria alimentar do país.

Conforme detalhou, do ponto de vista do volume de importação de bens, o indicador registado é de 13,6 por cento, isto é, representando um volume de importação de bens alimentares de cerca de três milhões de toneladas de bens.

Com relação aos custos dos bens alimentares, Joel Futi explicou ter havido um aumento ainda maior em cerca de 40 por cento. Significa que, neste sector, existem dois efeitos, nomeadamente, o da quantidade que aumentou em cerca de 14 por cento e, certamente, o preço, que também aumentou.

Ainda de acordo com o director de Estatísticas do BNA, as importações de bens alimentares, em 2022, tiveram uma tendência de aumento. O registo é de cerca de 46 por cento.

“Tendo em conta aquilo que é o segmento dos alimentos, os bens alimentares tiveram também uma evolução estável com um aumento na parte final do ano, fruto da pressão da quadra festiva, porque muitas empresas tendem a colocar os produtos em reservas em níveis altos, para a posterior não sofrerem risco de rotura durante época”, frisou.

No que toca aos bens alimentares essenciais, Joel Futi destacou como principais o arroz, coxa de frango, óleo de palma, óleo alimentar e açúcar. Todos estes produtos, disse, registaram aumento com excepção do sal. Esta subida, traduzida para o peso, refere-se a um aumento de cerca de 420 mil toneladas, que em termos de valor isso gira em torno de 535 milhões de dólares, correspondendo a 54 por cento.

 

Compra de arroz

Na questão das quantidades, o país importa cerca 600 mil toneladas de arroz, cerca de 200 toneladas métricas de óleo de palma e quase 300 toneladas de coxa de frango. No caso da farinha de trigo ronda nos 106 mil toneladas e a massa alimentar 14 mil toneladas.

Os níveis de baixa importação são absolvidos ou compensados pela produção, realçou Joel Futi.

“São quantidades acentuadas que mostra a necessidade também de se investir no segmento da produção, ao invés de continuarmos, recorrentemente, a importar esses bens. Sabemos que algumas empresas têm já estratégia de investir na produção dos mesmos localmente”, frisou.

Joel Futi reconheceu, no entanto, que o país já representa uma produção satisfatória para atender o mercado.

“A economia internacional teve alguns factores que influenciaram negativamente nos preços dos alimentos”, afirmou. De acordo com aquele responsável do BNA, os operadores de bens alimentares representam mais de 55 por cento do cabaz do Índice de Preços no Consumidor (IPC).

Com relação às perspectivas, tal como anunciado na última reunião do Comité de Política Monetária, o BNA alinha uma taxa de inflação até final do corrente ano em torno de 9 a 11 por cento e também que a economia cresça este ano em torno de 3,3 por cento.

Compras de divisas

Com relação à compra de moeda estrangeira, Joel Futi  reconheceu  que houve um período de algum “stress”, época em que a compra de divisas teve uma redução, sentiu-se uma pressão na taxa de câmbio, mas que, rapidamente, a situação foi revertida, tendo já voltado nos níveis habituais. Houve ainda, segundo disse, um aumento substancial em Novembro, sobretudo, quando o Tesouro Nacional voltou a intervir de forma regular no mercado cambial.

Estes factores fizeram com que os bancos realizassem uma compra em 2022 de cerca de 15,6 mil milhões de dólares.

Segundo Joel Futi, o valor é referente às compras de divisas ao Tesouro Nacional, empresas do sector petrolífero, diamantíferas e outros clientes, licenciados a operar no sistema FXGO da Bloomberg.

Nesse capítulo, os registos assinalam um aumento de 65 por cento em relação ao ano transacto, período que se contabilizaram vendas de 9,4 mil milhões de dólares.

“Houve melhores condições para termos um mercado cambial estável e mesmo a nível dos preços internos a taxa de câmbio tem um peso significativo. Logo, havendo esta estabilidade no mercado cambial e uma apreciação da taxa de câmbio, certamente, os preços também tendem a estabilizar”, apontou.

 

Indústrias moageiras

No encontro do BNA com os operadores económicos do sector alimentar, o vice-presidente da Associação das Indústrias Moageiras de Angola (AIMA), Kidy Aragão, realçou que o resultado é positivo, porque o banco central, como entidade reguladora, tem criado políticas monetárias necessárias para a produção nacional e da parte dos operadores, sobretudo, no sector da produção de cereais no país, têm-se beneficiado de todas as políticas gizadas.

“Já vivemos momentos muito difíceis, mas, actualmente, começamos a ver conjuntura mais favorável em termos de política monetária. Contudo, faltam ainda as políticas fiscais que devem acompanhar o dinamismo que tem sido aplicado pelo BNA, para podermos ter um mercado cada vez melhor e atrair-se futuros investimentos visando ao melhor desenvolvimento do país”. Disse.

Kidy Aragão disse falar-se de mais de 12 unidades fabris, que actuam no segmento das moageiras.

Para ele, se as referidas unidades tivessem em pleno funcionamento isto geraria uma produção de farinha de trigo em torno de 1,3 milhões de toneladas, quantidade muito acima daquilo que é consumida no mercado nacional.

As unidades em funcionamento, segundo avançou Kydy Aragão, são seis unidades de moagem de milho em grandes escalas.

 

Dados mais actuais

Actualmente, defendeu o operador, Angola já deveria falar-se em exportação deste produto.

“É aqui onde o Executivo deve criar condições e balizas para que os operadores económicos neste sector consigam começar a exportar esse produto”, disse.

O gestor destacou ainda que, o processo de exportação só será possível se haver de facto competição, concorrência que também só será possível se haver um aumento considerado em termos da produção nacional, sobretudo, os operadores económicos que devido a baixa de preço ainda fruto da importação da farinha trigo não conseguem produzir nem sequer 60 por cento da sua capacidade.

A título de exemplo, as Grandes Moagens têm uma capacidade de produção de moer o grão de trigo de 1 200 toneladas/dia. A moageira Kikolo e a Carinhos têm a mesma capacidade. No caso da Induve, produz 700 toneladas. Já a Naval mostra-se com 500 toneladas métricas.

Data de Emissão: 09-02-2023 às 07:30
Género(s): Opinião
Tópicos(s): BNA
Economia Sem Makas, Fomento a Agricultura

Economia Sem Makas, Fomento a Agricultura

Data de Emissão: 08-02-2023 às 07:30
Género(s): Opinião
 
Economia Sem Makas, Entrada da AFRICEL alarga mercado das comunicações móveis

Entrada da AFRICEL alarga mercado das comunicações móveis, cresceu em quase 50% em apenas um ano

Data de Emissão: 07-02-2023 às 07:30
Género(s): Opinião
 
Economia Sem Makas: Subsídios para trabalhar em zonas remotas

[ ] Subsídios para trabalhar em zonas remotas

[ ] Crédito bna prodesi e pac

[ ]  Angola melhora no Índice corrupção 

[ ] Laranjas sul-africanas proibidas de entrar na europa

[ ] Entrevista ex-comandante polícia nacional

Data de Emissão: 06-02-2023 às 07:30
Género(s): Opinião
 
Economia Sem Makas: Estado “queimou” 3,9 mil milhões de kwanzas por dia a subsidiar combustíveis no primeiro semestre de 2022.

Estado “queimou” 3,9 mil milhões de kwanzas por dia a subsidiar combustíveis no primeiro semestre de 2022. O equivalente a cerca de 7,3 milhões de dólares por dia

Data de Emissão: 03-02-2023 às 07:30
Género(s): Opinião
Tópicos(s): Cimeira do Ambiente, COP26
Economia Sem Makas: Banco central volta aumentar as taxas de juro

Banco central volta aumentar as taxas de juro mas menos do que em ocasiões anteriores justificando que o processo de desinflação já começou

Banco central norte americano

Data de Emissão: 02-02-2023 às 07:30
Género(s): Opinião
 
Economia Sem Makas: Termina hoje workshop sobre a estratégia nacional para as indústrias culturais e criativas

Termina hoje workshop sobre a estratégia nacional para as indústrias culturais e criativas

Data de Emissão: 01-02-2023 às 07:30
Género(s): Opinião
 
Economia Sem Makas, Raio x aos impostos em Angola

 Vamos fazer o raio x aos impostos em Angola, a única coisa certa que temos na vida além da morte.

Data de Emissão: 27-01-2023 às 07:30
Género(s): Opinião
 
Economia Sem Makas, Desordem na Ordem dos Contabilistas e Peritos Contabilistas de Angola.

Desordem na Ordem dos Contabilistas e Peritos Contabilistas de Angola. Os dirigentes da associação que reúne os profissionais que fazem as contas das empresas em Angola não se entendem sobre as suas próprias contas a ponto de ter sido pedida uma sindicância ao presidente e vice-presidente

Data de Emissão: 26-01-2023 às 07:30
Género(s): Opinião
 
Economia Sem Makas, Carrinho obrigado a injectar 15 mil milhões Kz no BCI em aumento de capital

Carrinho obrigado a injectar 15 mil milhões Kz no BCI em aumento de capital, POUCO mais de um ano depois de ter comprado o banco por 15 mil milhões

Data de Emissão: 24-01-2023 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia Sem Makas: BNA taxas de juro

[ ] BNA taxas de juro

O Comité de Política Monetária (CPM) reuniu no dia 20 de Janeiro de 2023 e decidiu reduzir as suas taxas de juro, nomeadamente:
 
• a Taxa Básica de Juro (BNA) de 19,5% para 18%;
• a taxa de juro da Facilidade Permanente de Cedência de Liquidez de 21% para 18%;
• a taxa de Juro da Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez de 15% para 14%;
 
Esta decisão fundamenta-se na redução da inflação observada ao longo de 2022 e das pressões inflacionistas, bem como no alinhamento das condições monetárias com o objectivo da inflação de médio e longo prazo.
 
Para a tomada de decisão, o CPM analisou o contexto económico, monetário e financeiro internacional e nacional, destacando-se:
 
A nível internacional, perspectiva-se uma desaceleração acentuada da economia mundial.
Após um crescimento de 2,9% em 2022, de acordo com os dados do Banco Mundial publicados no seu relatório Global Economic Prospect em Janeiro de 2023, espera-se uma desaceleração da economia mundial em 2023 para 1,7%. Esta perspectiva de desaceleração justifica-se pela implementação de uma política monetária restritiva, a deterioração das condições financeiras, o conflito militar entre a Rússia e a Ucrânia, bem como pela crise energética na Europa ocidental.
 
Para as economias avançadas, perspectiva-se um crescimento de 0,5% em 2023, inferior aos 2,5% registados em 2022, influenciado pela esperada estagnação da Zona Euro. 
 
Nas economias emergentes e em desenvolvimento, espera-se um crescimento de 3,4% em 2023, igual ao observado em 2022, com a África Subsariana a ser a região com o melhor desempenho, com uma taxa de crescimento de 3,6%.
 
Relativamente à inflação mundial, espera-se uma redução em 2023 como resultado da politica monetária restritiva, da desaceleração da actividade económica, normalização das cadeias de abastecimento e dos preços das commodities não energéticas.
 
No plano nacional, os fundamentos macroeconómicos continuam favoráveis.
No ano de 2022, o sector externo teve um desempenho positivo com a conta de bens a registar um saldo superavitário de 30,92 mil milhões de dólares norte-americanos, um aumento de 41,92% comparativamente a 2021, reflexo do crescimento das exportações em 43,49%, apesar do crescimento das importações em 46,40% no mesmo período.
 
As Reservas Internacionais situaram-se em 14,48 mil milhões de dólares norte-americanos, o que corresponde a uma cobertura de cerca de 6 meses de importações de bens e serviços. 
 
No sector real, estimamos que o Produto Interno Bruto em 2022 tenha crescido em torno de 3,17%, suportado essencialmente pela dinâmica do sector não petrolífero com destaque para os serviços mercantis, sector diamantífero, agricultura e sector de construção.   
 
Em 2022, observou-se uma forte desaceleração do nível geral dos preços, com a taxa de inflação no final do ano, a alcançar os valores mais baixos dos últimos cinco anos, tendo-se fixado em 13,86%, contra os 27,03% no final de 2021. O comportamento da inflação deveu-se ao curso da política monetária, à apreciação da moeda nacional em relação às moedas usadas nas trocas comerciais, bem como ao aumento e regularidade da oferta de bens de amplo consumo, com destaque para os bens alimentares. 
 
No domínio monetário, a trajectória da Base Monetária em moeda nacional mostrou-se consistente com o objectivo de médio e longo prazo da política monetária, tendo-se observado uma contracção anual de 0,65%. 
 
Para o crescimento económico em 2023, prevemos que a economia nacional prossiga a sua trajectória ascendente, crescendo a uma taxa em torno de 3,3%. 
 
Quanto à taxa de inflação, perspectiva-se que continue o seu percurso de desaceleração em 2023, terminando o ano entre 9% a 11%, como resultado do comportamento favorável das variáveis acima referidas.
 
A próxima reunião do Comité de Política Monetária, realizar-se-á no dia 21 de Março de 2023.

[ ] João Lourenço adjudicou mil milhões usd de contratos públicos por contratação directa só no dia 30 de Dezembro 

[ ] Contratacao AGT 

[ ] Carros Juízes 

[ ] Aumento do capital BCI em 15 mil mil milhões kz

Data de Emissão: 23-01-2023 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia Sem Makas: Subsídios aos combustíveis não atam nem desatam

Subsídios aos combustíveis não atam nem desatam. Expansao diz que governo está dividido sobre o assunto

Data de Emissão: 20-01-2023 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): BNA
Economia Sem Makas: BNA obriga bancos a registarem no sistema todos os pedidos de crédito recebidos dos clientes

BNA obriga bancos a registarem no sistema todos os pedidos de crédito recebidos dos clientes

BNA

DIRECTIVA N.º 01/2023

GABINETE DE ACOMPANHAMENTO DE CRÉDITO (GAC)

Reporte de Informação de Crédito

Havendo necessidade de se monitorizar e acompanhar o cumprimento dos prazos de

resposta para análise e comunicação da decisão final, formalização e disponibilização

do crédito aos mutuários, de acordo com o estabelecido no Instrutivo n.º 07/2020, de

20 de Abril, sobre Concessão de Crédito;

Considerando a uniformização de reportes periódicos sobre o crédito ao sector real da

economia, crédito à habitação e à construção, nos termos do disposto nos Avisos n.º

09/2022 e 10/2022, ambos de 06 de Abril;

Nos termos das disposições combinadas dos artigos 147.º e 235.º, ambos da Lei n.º

14/21, de 19 de Maio, Lei do Regime Geral das Instituições Financeiras.

Serve a presente Directiva para estabelecer o seguinte:

  1. As Instituições Financeiras Bancárias devem remeter, ao Banco Nacional de Angola,

as informações sobre os pedidos de concessão de crédito, independentemente da

sua natureza.

  1. Para efeitos do disposto no número anterior, as Instituições Financeiras Bancárias

devem reportar as informações sobre os pedidos de crédito, através da Central de

Informação e Risco de Crédito (CIRC), semanalmente, até às 08h:30 min de

segunda-feira da semana seguinte.

  1. As informações a que se referem os números anteriores, devem obedecer o

preenchimento dos campos definidos no Manual de Especificações Técnicas da

CIRC, sobre o reporte de pedidos de concessão de crédito, observadas as

disposições, requisitos e especificações da mensagem XML, constante no referido

aplicativo, de acordo com a natureza do crédito.

  1. As Instituições Financeiras Bancárias devem proceder ao registo do crédito

concedido na CIRC até 30 (trinta) dias após a data de desembolso.

CONTINUAÇÃO DA DIRECTIVA N.º 01/2023 Pág. 2 de 2

  1. A falta de registo do crédito concedido nos termos do número anterior, implica a

retenção ou suspensão de benefício dos direitos creditórios, nos termos

estabelecidos pelos Avisos n.º 09/2022 e 10/2022, ambos de 06 de Abril.

  1. Ficam revogadas todas as disposições que contrariem o disposto na presente

Directiva, nomeadamente as Directivas n.º 03/GAC/2022, de 20 de Abril, e

04/GAC/2022, de 21 de Abril.

  1. O incumprimento do disposto na presente Directiva constitui contravenção prevista

e punível nos termos da Lei n.º 14/21, de 19 de Maio, Lei do Regime Geral das

Instituições Financeiras.

  1. As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e aplicação da presente Directiva

são resolvidas pelo Banco Nacional de Angola.

  1. A presente Directiva entra em vigor 30 (trinta) dias após a sua publicação

 

Data de Emissão: 19-01-2023 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): BNA
Economia Sem Makas: População da China voltou a baixar 60 anos depois

População da China voltou a baixar 60 anos depois. Mas ao contrário do que aconteceu nos anos 60 em que a descida foi episódica devido à fome agora a diminuição da população veio par ficar

Data de Emissão: 18-01-2023 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia Sem Makas: Devedores das empresas privatizadas contestam rescisão dos contratos por parte do Estado

Devedores das empresas privatizadas contestam rescisão dos contratos por parte do Estado

Data de Emissão: 17-01-2023 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia Sem Makas: Discussão sobre o OGE. Quem gere o OGE?

Discussão sobre o OGE. Quem gere o OGE?

Data de Emissão: 16-01-2023 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia Sem Makas: Em 2022 o custo de vida em Angola aumentou 13,9%

Em 2022 o custo de vida em Angola aumentou 13,9%, o valor mais baixo desde 2015, revelou esta quinta feira o instituto nacional de estatística. Os preços continuam aumentar e o Kwanza a perder poder de compra, mas a um ritmo mais baixo

Data de Emissão: 13-01-2023 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem macas, Governo acaba de fazer novo balanço das privatizações

Governo acaba de fazer novo balanço das privatizações mas tarda fazer o balanço das nacionalizações. O estado está hoje mais gordo do que estava antes do início das privatizações

Data de Emissão: 12-01-2023 às 07:30
Economia Sem Makas: Sonangol diz que não vende as participações na petrolífera Galp nem no banco Millennium bcp

Sonangol diz que não vende as participações na petrolífera Galp nem no banco Millennium bcp, justificando que as duas empresas portuguesas são estratégicas

Data de Emissão: 10-01-2023 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia Sem Makas: Kwanza fez ontem 45 anos

[ ] Deputados recebem Toyota Hilux para apoio à residência. A carrinha da marca japonesa custa 30 milhões em Angola na versão com todos os extras

[ ] Kwanza fez ontem 45 anos

[ ] Sonangol diz que não vende as participações na petrolífera Galp nem no banco Millennium bcp, porque diz que as duas empresas portuguesas são estratégicas

[ ] Brasil sequestrado

Data de Emissão: 09-01-2023 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia Sem Makas: Ano económico de 2023 promete

Ano económico de 2023 promete. Crescimento vai acelerar, inflação e desemprego vão baixar e as conta públicas e externas vão registar excedentes. Tudo novamente graças ao “santo petroleo”

Data de Emissão: 06-01-2023 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia Sem Makas: Estados Unidos, China e Europa dançam em simultâneo a dança da recessão

Estados Unidos, China e Europa dançam em simultâneo a dança da recessão. O mundo económico te decretar atento em particular Angola

Data de Emissão: 04-01-2023 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia Sem Makas: Angola mantém-se como principal devedor africano da China.

Angola mantém-se como principal devedor africano da China, diz estudo da britânica Chatam House

Data de Emissão: 04-01-2023 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia Sem Makas: Crescimento da economia em 2022 deverá ficar acima da meta de 2,7%

Crescimento da economia em 2022 deverá ficar acima da meta de 2,7% do governo, indicam os dados do INE sobre os primeiros 9 meses do ano

Data de Emissão: 03-01-2023 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia Sem Makas: Ano económico de 2023 promete.

Ano económico de 2023 promete. Crescimento vai acelerar, inflação e desemprego vão baixar e as conta públicas e externas vão registar excedentes. Tudo novamente graças ao “santo petroleo”

Data de Emissão: 02-01-2023 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Econômia Sem Makas: 6,8 milhões de Angolanos passam fome

6,8 milhões de Angolanos passam fome

Data de Emissão: 30-12-2022 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Econômia Sem Makas: Privatização da SGA a empresa que gere os aeroportos nacionais

Privatização da SGA a empresa que gere os aeroportos nacionais

Data de Emissão: 29-12-2022 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Econômica Sem Makas: Economistas do FMI aconselham Angola e outros países petrodependentes

Economistas do FMI aconselham Angola e outros países petrodependentes a imitarem a formiga poupar quando o petróleo está alto para terem o que comer quando o petróleo está baixo

Data de Emissão: 28-12-2022 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Econômica Sem Makas: Tribunal supremo arrresta bens de Isabel dos Santos

Tribunal supremo arrresta bens de Isabel dos Santos no valor de mil milhões usd que estavam arrestados preventivamente a pedido do ministério público no âmbito de um processo crime envolvendo a criação da UNITEL

Data de Emissão: 27-12-2022 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Econômica Sem Makas: Balanço económico do ano.

Balanço económico do ano. 2022 foi o melhor dos últimos oitos anos consolidando a saída da recessão. A nomeação do novo(?) PGR

Data de Emissão: 26-12-2022 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Econômica Sem Makas: Os Preços na quadra festiva já estão a fazer das suas

Os Preços na quadra festiva já estão a fazer das suas, ou seja, aumentar como é costume.

Data de Emissão: 23-12-2022 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Econômica Sem Makas: Divida dos 19 países da  Africa subsariana seguidos pela agencia de rating a FISH

Os 19 países da  Africa subsariana seguidos pela agencia de rating a FISH, irão pagar 23 mil milhões de dólares de divida em 2023,  Angola irá pagar 7 mil milhões de dólares

Data de Emissão: 22-12-2022 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Econômica Sem Makas: Consumidores angolanos menos pessimistas

[ ] Consumidores angolanos menos pessimistas

[ ] FMI pressiona governo sobre subsídios aos combustíveis 

[ ] Contratação pública por ajuste directo mais do que duplica no primeiro semestre 

[ ] A marcha pela iberdade de informação

Data de Emissão: 20-12-2022 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Econômica Sem Makas: FMI Pressiona Governo sobre os subsídios aos combustíveis.

FMI Pressiona Governo sobre os subsídios aos combustíveis.

Data de Emissão: 19-12-2022 às 07:30
Econômica Sem Makas: Terminou ontem à cimeira EUA África

Terminou ontem à cimeira EUA África em que se falou de muitos milhões para o Continente a fundo perdido ou financiamento.

Data de Emissão: 16-12-2022 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Econômica Sem Makas: A Presidente do Tribunal de Contas visitou ontem as obras do novo aeroprto

A Presidente do Tribunal de Contas visitou ontem as obras do novo aeroprto e desfez-se em elogios ao investimento que muitos consideram um elefante branco sobredimencionado para as necessidades do país…

Data de Emissão: 15-12-2022 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Econômica Sem Makas: O número de fraudes com cartões bancários duplicou em 2021

O número de fraudes com cartões bancários duplicou em 2021. A empresa que gere a rede multicaixa diz que a principal causa é o descuido dos titulares dos cartões

Data de Emissão: 14-12-2022 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia Sem Makas: A inflação mensal subiu ligeiramente em Novembro

A inflação mensal subiu ligeiramente em Novembro mas a taxa anual continua o percurso descendente.

Data de Emissão: 13-12-2022 às 07:30
Género(s): Comentário, Economia, Opinião
 
Economia Sem Makas: BNA Extinguiu o departamento de controlo cambial

BNA Extinguiu o departamento de controlo cambial, por achar não é necessária no quadrado liberalização de taxa de cambio do kwanza.

Data de Emissão: 08-12-2022 às 07:30
Género(s): Comentário, Economia, Opinião
 
Economia Sem Makas: Conselho de ministros apreciou ontem o OGE para 2023

O conselho de ministros apreciou ontem o OGE para 2023 que, como é costume, prevê fortes aumentos nos gastos com educação e saúde. Nos anos anteriores a execução ficou abaixo. Vamos ver como será.

Data de Emissão: 08-12-2022 às 07:30
Género(s): Comentário, Economia, Opinião
 
Econômica Sem Makas: O Petróleo está em mínimos de um ano com receios de receção

O Petróleo está em mínimos de um ano com receios de receção

Data de Emissão: 07-12-2022 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia Sem Makas: IGAP anuncia criação de comissão de trabalho para re-privatização da UNITEL

IGAP anuncia criação de comissão de trabalho para re-privatização da UNITEL

Data de Emissão: 06-12-2022 às 07:30
Género(s): Comentário, Economia, Opinião
 
Economia Sem Makas: Confiança dos empresários baixou no terceiro trimestre após Sete trimestres a subir

Confiança dos empresários baixou no terceiro trimestre após Sete trimestres a subir

Data de Emissão: 05-12-2022 às 07:30
Género(s): Comentário, Economia, Opinião
 
Economia Sem Makas: Presidente da república  já autorizou créditos adicionais ao OGE

Presidente da república  já autorizou créditos adicionais ao OGE de quase um bilião de kwanzas mais de 10% da despesas orçamentada

Data de Emissão: 01-12-2022 às 07:30
Género(s): Comentário, Economia, Opinião
 
Economia Sem Makas: Privatização da Sonangol não deverá acontecer antes de 2027

Privatização da Sonangol não deverá acontecer antes de 2027

Data de Emissão: 01-12-2022 às 07:30
Género(s): Comentário, Economia, Opinião
 
Economia Sem Makas: Angola é o quarto pior país na atração e capacitação de talentos num ranking de 133 países

Angola é o quarto pior país na atração e capacitação de talentos num ranking de 133 países

Data de Emissão: 29-11-2022 às 07:30
Género(s): Comentário, Economia, Opinião
 
Economia Sem Makas: José de Lima Massano foi ouvido ontem na Assembleia Nacional

José de Lima Massano foi ouvido ontem na Assembleia Nacional na qualidade de candidato a Governador do Banco Nacional de Agola. Está cumprida a formalidade para ser nomeado novo Governador do BNA pelo PR João Lourenço

Data de Emissão: 29-11-2022 às 07:30
Género(s): Comentário, Economia, Opinião
 
Economia Sem Makas: BNA mantém política monetária 

[ ] Governo quer aumentar pagamentos dos angolanos para o serviço nacional de saúde através de taxas pela utilização dos serviços 

[ ] BNA mantém política monetária 

[ ] Proposta do Governo de nova divisão política administrativa de Angola a circular nas redes sociais prevê 20 Províncias e 581 municípios 

[ ] Governo injecta 187,6 mil milhões Kz em empresas públicas 

[ ] Angola no penúltimo lugar do ranking mundial par atrair e capacitar talentos

Data de Emissão: 28-11-2022 às 07:30
Género(s): Comentário, Economia, Opinião
 
Economia Sem Makas: Termina hoje no Níger a semana da industrialização de África

Termina hoje no Níger a semana da industrialização de África, iniciativa da União Africana que decorreu no Níger. Como fazer da indústria infractor decisivo como dizia Agostinho Neto e a questão

Data de Emissão: 25-11-2022 às 07:30
Género(s): Comentário, Economia, Opinião
 
Economia Sem Makas: Os lucros dos bancos não param de crescer

Os lucros dos bancos não param de crescer. Nos nove primeiros meses de 2022 os bancos lucraram 307 mil milhões  Kwanza mais 26,7% do que no mesmo período do ano passado segundo as contas do Expansão

Data de Emissão: 24-11-2022 às 07:30
Género(s): Comentário, Economia, Opinião
 
Economia Sem Makas: 349 das 4284 obras visitadas pelo INE no segundo trimestre estavam paralisadas

349 das 4284 obras visitadas pelo INE no segundo trimestre estavam paralisadas

Data de Emissão: 23-11-2022 às 07:30
Género(s): Comentário, Economia, Opinião
 
Economia Sem Makas: Taxa de desemprego baixou 0,2 pontos percentuais no terceiro trimestre

Taxa de desemprego baixou 0,2 pontos percentuais no terceiro trimestre taxa de desemprego baixou 0,2 pontos percentuais no terceiro trimestre para 30,2% correspondente a quatro milhões novecentos e treze mil setecentos e quarenta e cinco desempregados

Data de Emissão: 22-11-2022 às 07:30
Género(s): Comentário, Economia, Opinião
 
Economia Sem Makas: Edição de 21 de Novembro de 2022

[ ] Privatização  UNITEL será por concurso público internacional 

[ ] Mandado de captura de Isabel dos Santos

[ ] FMI recomenda prudência fiscal ao Governo 

[ ] Oito em cada 19 obras paradas

Econômica Sem Makas: Os preços dos Combustíveis em Angola

O Litro de gasolina nas bombas em Angola devia custar 398,4 Kz e o do gasóleo 405,79 de acordo com cálculos a partir dos subsidios aos combustíveis do primeiro trimestre de 2022 divulgados pelo IGAPE. Uma pessoa que faça diariamente Kilamba-Mutamba num carro que gaste 13 litros aos 100 km poupa quase 50 mil Kz mês

Data de Emissão: 17-11-2022 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia Sem Makas: Petróleo e Diamantes, que força têm na nossa Economia

Petróleo e Diamantes, que força têm na nossa Economia

Data de Emissão: 17-11-2022 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Econômica Sem Makas: População mundial atingiu 8 mil milhões de pessoas

População mundial atingiu 8 mil milhões de pessoas

Data de Emissão: 16-11-2022 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Econômica Sem Makas: Os gigantes da tecnologia estão a despedir dezenas de milhar de trabalhadores para cortar custos

Os gigantes da tecnologia estão a despedir dezenas de milhar de trabalhadores para cortar custos. Será apenas uma correção ou o fim da era de ouro d ruma indústria que parecia invencível?

Data de Emissão: 15-11-2022 às 07:31
Género(s): Economia, Opinião
 
Econômica Sem Makas: Contas do INE revelam aumento da petrodependéncia com João Lourenço

[ ] Contas do INE revelam aumento da petrodependéncia com João Lourenço 

[ ] Descida da inflação mensal chegou ao fim?

[ ] Economistas de acordo que valorização do Kz foi forçada por motivos eleitorais

[ ] Quénia revela acordo de financiamento chinês para construção de caminho de ferro

Data de Emissão: 14-11-2022 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Econômica Sem Makas: Vamos falar sobre a nossa dipanda

Vamos falar sobre a nossa dipanda. Sobre a multiplicação de narrativas de que no templo colonial as coisas eram melhores

Data de Emissão: 11-11-2022 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Econômica Sem Makas: Governo quer cobrar aos automobilistas que circulam nas estradas do país

A maka das portagens volta à actualidade. Governo quer cobrar aos automobilistas que circulam nas estradas do país chamando-lhe uma nova de financiamento

Data de Emissão: 10-11-2022 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Econômica Sem Makas: Cimeira do ambiente

Cimeira do ambiente em particular da necessidade dos países ricos financiarem os países em desenvolvimento

Data de Emissão: 09-11-2022 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Econômica Sem Makas: Luanda vai ter centro de congressos e conferências

Luanda vai ter centro de congressos e conferências no que parece ser a recuperação de uma parte do bairro dos ministérios.

Data de Emissão: 08-11-2022 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Econômica Sem Makas: Plano Integrado de Intervenção de Luanda 

[ ] Plano Integrado de Intervenção de Luanda 

[ ] Informalidade mulheres angolanas entre as mais empreendedoras do mundo

[ ] Espanhóis reafirmam que BFA continua à venda 

[ ] Concessão corredor do Lobito assinada 

[ ] Guerra Ruanda RDC 

Data de Emissão: 07-11-2022 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia sem macas, BNA quer incentivar a poupança

BNA quer incentivar a poupança

O Banco Nacional de Angola promove, de 31 de Outubro a 5 de Novembro, em Luanda e nas Delegações Regionais, a Oficina de Educação Financeira sob o lema “Construir Independência e Resiliência Financeira”, acto que terá lugar na praça Saydi Mingas, Museu da Moeda. 
 
A iniciativa visa promover a educação financeira no seio das crianças, jovens e adultos, através da partilha de conhecimento sobre gestão de finanças pessoais, com foco na poupança e na elaboração do orçamento familiar. 
 
O evento prevê várias acções, incluindo palestras sobre empreendedorismo, investimento, seguros e fundos de pensões, digitalização do sistema financeiro e actividades lúdicas como teatro, música e dança. 
 
A Oficina de Educação Financeira faz parte das iniciativas estratégicas do Banco Nacional de Angola para o aumento da literacia financeira e envolve múltiplos parceiros, nomeadamente, a Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG), Ministério da Educação (MED), Comissão de Mercado de Capitais, Instituto Nacional de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (INAPEM), Programa de Reconversão da Economia Informal (PREI), entre outras instituições públicas e privadas. 
 
A oficina de Educação Financeira tem sido realizada desde 2017, tendo já ocorrido nas províncias de Benguela e Huila. 
Data de Emissão: 03-11-2022 às 07:30
Género(s): Comentário, Economia, Entrevista
Tópicos(s): BNA, poupança
Econômica Sem Makas: Zona franca da barra do Dande prevê um investimento de 1.550 milhões USD

A primeira fase da Zona Franca da Barra do Dande, província do Bengo, em Angola, envolve um investimento de 1.550 milhões de dólares em infraestruturas, dos quais 960 milhões do setor privado e vai criar 21.000 postos de trabalho.

Os números foram avançados pelo secretário de Estado secretário de Estado para a Aviação Civil, Marítima e Portuária, Emílio Londa, numa apresentação do projeto que teve lugar hoje em Luanda.

Armazenagem, processamento alimentar, metalomecânica, montagem e peças automóveis, painéis solares e energias alternativas são as áreas definidas como prioritárias, estando a decorrer atualmente o concurso público por prévia qualificação para subconcessão  de quatro componentes: terminal portuário, reserva nacional de cereais, refinaria de óleo alimentar e parque de energias renováveis.

Emílio Londa apontou ainda a criação de um Centro de Inovação, Formação Técnico-Profissional e de Desenvolvimento Tecnológico como “um instrumento essencial e diferenciador para este projeto”.

“O desenvolvimento de Angola será certamente mais equilibrado e sustentável, se soubermos priorizar e fomentar as competências locais dos nossos trabalhadores, através da formação”, sublinhou.

Em julho, a Sociedade de Desenvolvimento da Barra do Dande e o Ministério da Economia e Planeamento, enquanto entidade reguladora e de supervisão das Zonas Francas, assinaram um contrato de concessão de gestão que atribui a esta a responsabilidade de implementar os objetivos estratégicos preconizados para o território abrangido pela Zona Franca da Barra do Dande.

Entre estes contam-se: promoção da competitividade industrial e do comércio externo com produtos “Made in Angola”; criação de reservas estratégicas nacionais; participação do sector privado na economia; criação de emprego e desenvolvimento da formação profissional; e sustentabilidade ambiental da Zona Franca, projectada para os próximos 50 anos da economia nacional

 
Data de Emissão: 02-11-2022 às 07:20
Género(s): Economia, Opinião
 
Econômica Sem Makas, Importação de carros mais do que duplicou em 2021. Um em cada quatro carros vieram da China

Importávamos de carros mais do que duplicou em 2021. Um em cada quatro carros vieram da China

Data de Emissão: 01-11-2022 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Econômica Sem Makas, Crédito à habitação do BNA é um “flop” 

[ ] Crédito à habitação do BNA é um “flop” 

[ ] Governo cumpre metas da dívida

[ ] Associação de Trabalhadores Angolanos quer sindicalismo mais aguerrido 

[ ] Bolsonaro prejudicou relações  económicas Brasil-Angola? Não, dizem estatísticas 

Data de Emissão: 31-10-2022 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): BFA, BNA, BPC, Movicel
Econômica Sem Makas, É o regresso das nacionalizações em Angola.

É o regresso das nacionalizações em Angola. PR nacionalizou participações de Isabel dos Santos e da Geni, controlada pelo General Dino, na UNITEL usando a lei da apropriação pública aprovada na sequência da última revisão constituição.

Onda nacionalizadira abrangeu ainda a participação da LL International, holding com ligações a Sam Pa, na Catoca

Data de Emissão: 27-10-2022 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): BFA, BNA, BPC, Movicel
Econômica Sem Makas, Porquê que o Dólar está a ficar caro no mercado

Porquê que o Dólar está a ficar caro no mercado

Data de Emissão: 26-10-2022 às 07:30
Econômica Sem Makas, Arrancou a semana do Café no Camões

Arrancou a semana do Café no Camões

Data de Emissão: 25-10-2022 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Econômica Sem Makas: Mudis, melhorou a sua perspectiva de Angola, a pagar as dividas

Mudis, melhorou a sua perspectiva de Angola, a pagar as dividas

Data de Emissão: 24-10-2022 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Econômica Sem Makas: Pequenas e medias empresas vão poder financiar-se na Bodiva

Pequenas e medias empresas vão poder financiar-se na Bodiva

Data de Emissão: 21-10-2022 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Econômica Sem Makas: A ministra das finanças diz que está a pagar antecipadamente dívida a um dos maiores credores de Angola

A ministra das finanças diz que está a pagar antecipadamente dívida a um dos maiores credores de Angola aproveitando o espaço orçamental criado pelo facto de o petróleo estar acima dos 60 USD. Essa possibilidade está prevista nos acordos para suspensão do pagamento do serviço da dívida no quadro do G20

 

Data de Emissão: 20-10-2022 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Econômica Sem Makas: A escola de Viana já tem carteiras. Será que cabem todas na sala com 100 alunos?

A escola de Viana já tem carteiras. Será que cabem todas na sala com 100 alunos? Agora falta colocar num número não determinado de outras escolas. Afinal a educação a par da saúde é o principal problema do país…

 

Data de Emissão: 19-10-2022 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Econômica Sem Makas: Mensagem sobre o Estado da Nação 

[ ] Mensagem sobre o Estado da Nação 

[ ] Governo quer criar regulador preços cesta básica 

[ ] O novo Banco Económico

[ ] BNA obriga grandes bancos a estar presentes em todos os municípios

 

Data de Emissão: 17-10-2022 às 07:00
Econômica Sem Makas: Contas públicas registaram um saldo positivo de 1,3 biliões Kz

Contas públicas registaram um saldo positivo de 1,3 biliões Kz no primeiro semestre graças ao petróleo caro e à produção em alta

 

Data de Emissão: 17-10-2022 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): IGAPE
Econômica Sem Makas: Inflação continua a descer e atinge meta do BNA com 3 meses de avanço

Inflação continua a descer e atinge meta do BNA com 3 meses de avanço. Governador Massano já fala em novos cortes nos juros

 

Data de Emissão: 14-10-2022 às 07:00
Econômica Sem Makas: Está concluída a recapitalização do banco económico

Está concluída a recapitalização do banco económico. Agora falta a reestruturação o segundo R do chamado PRR, plano de recapitalização e reestruturação.  O económico vai ter de fazer pela vida ir à procura de dinheiro para sobreviver sem a muleta do BNA

 

Data de Emissão: 13-10-2022 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): José de Lima Massano
Econômica Sem Makas: Angola vai crescer menos do que o mundo e África Subsariana

FMI cortou 0,1 pontos percentuais o crescimento de Angola para 2022 e aumentou na mesma percentagem o crescimento de 2023 e 2024. Angola vai crescer menos do que o mundo e África Subsariana

 

Data de Emissão: 12-10-2022 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Econômica Sem Makas: Os Vencedores do Nobel da Economia

Por que devemos salvar os bancos? Porque são fundamentais para a economia em especial durante as crises financeiras respondem os três Nobel da economia de 2022 premiados justamente pelas suas investigações sobre a importância dos bancos par a economia em particular durante as crises financeiras

 

Data de Emissão: 11-10-2022 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Econômica Sem Makas: Edição de 10 de Outubro de 2022

[ ] Ser banqueiro em Angola ficou mais difícil com decisão do BNA de aumentar capital social mínimo dos bancos BNA

[ ] BAI e Caixa disparam na bolsa e já estão muito mais caros do que os bancos sul africanos e nigerianos

[ ] Finibanco vendido ao maior banco da Nigéria

[ ] PR precisa de dialogar mais com parceiros sociais e conselho de concertação social é o local certo

[ ] Positivo e negativo do combate à pobreza

 

Data de Emissão: 10-10-2022 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Econômica Sem Makas: O Mercado Petrolífero está em alta

O Mercado Petrolífero está em alta o Ouro negro deve fechar esta semana e subir à 10% depois de depois do corte de 10 milhões de Barril da OPEP mais.

 

Data de Emissão: 07-10-2022 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Econômica Sem Makas: Sentença de um juiz do tribunal supremo que nega a liberdade condicional ao antigo ministro dos transportes António Tomás

Sentença de um juiz do tribunal supremo que nega a liberdade condicional ao antigo ministro dos transportes António Tomás que deixou em estado de choque a comunidade jurídica angolana que alega que a decisão é política e não jurídica

 

Data de Emissão: 06-10-2022 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Econômica Sem Makas: Angola tem cerca de 11,3 milhões de pobres, mais 2,2 milhões do que em 2018, diz banco mundial

Angola tem cerca de 11,3 milhões de pobres, mais 2,2 milhões do que em 2018, diz banco mundial

 

Data de Emissão: 05-10-2022 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Econimia Sem Makas: Economia cresceu 3,6% no segundo trimestre.

Economia cresceu 3,6% no segundo trimestre. Meta do Governo deverá ser cumprida com uma perna às costas

Data de Emissão: 04-10-2022 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia, Opinião
 
Economia Sem Makas: A TAAG quer triplicar o número de passageiros transportados pata três  milhões de passageiros em 2027

A TAAG quer triplicar o número de passageiros transportados pata três  milhões de passageiros em 2027, contra um milhão em 2022, mais 60% do que em 2019, anunciou o PCE da companhia em entrevista à  ANGOP

Data de Emissão: 04-10-2022 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia, Opinião
 
Economia Sem Makas: Economia Angolana passa no exame do FMI com mais crescimento, menos inflação e excedente nas contas públicas e externas

Economia Angolana passa no exame do FMI com mais crescimento, menos inflação e excedente nas contas públicas e externas. Tudo isso graças ao são petróleo com os preços e a produção em alta. Governo e BNA são elogiados pela veia reformista.

Data de Emissão: 04-10-2022 às 07:00
Género(s): Comentário, Economia, Opinião
 
Econimia Sem Makas: BNA fecha Prestígio 

[ ] BNA fecha Prestígio 

[ ] Governo estuda quando e como acabar com subsídios aos combustíveis

[ ] Arranque da Zona de Comércio Livre Africana a oito

[ ] PIB cresceu 3,6% no segundo trimestre

Data de Emissão: 03-10-2022 às 00:00
Género(s): Opinião
 
Economia Sem Makas:  Maca grande no Reino Unido com uma tempestade nos mercados

 Maka grande no Reino Unido com uma tempestade nos mercados, em especial à libra que se encontra em queda livre, depois do governo ter apresentado um mini orçamento prevendo cortes nos impostosBom dia. Maka grande no Reino Unido com uma tempestade nos mercados, em especial à libra que se encontra em queda livre, depois do governo ter apresentado um mini orçamento prevendo cortes nos impostos

Data de Emissão: 30-09-2022 às 07:00
Género(s): Opinião
Tópicos(s): Cimeira do Ambiente, COP26
Economia Sem Makas:  Crescimento economico mundial pode desacelerar para 1,9% este ano o mais baixi em várias décadas

Crescimento económico mundial pode desacelerar para 1,9% este ano o mais baixo em várias décadas alertam as perspectivas económicas da ONU3

Data de Emissão: 30-09-2022 às 07:00
Género(s): Opinião
 
Econimia Sem Makas: Rescaldo da balança de pagamentos no primeiro semestre

balança de pagamentos no primeiro semestre em especial das importações de alimentos que dispararam quase 50% desmentindo a tese do aumento da importação interna

Data de Emissão: 29-09-2022 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
 
Econimia Sem Makas: Destino dado ao património imobiliário recuperado no âmbito da corrupção

 Destino dado ao património imobiliário recoperado no âmbito da corrupção

O Ministério das Finanças publicou um anúncio para arrendar restaurantes e ginásios nos prédios CIF. Precisamos de mais informação sobre o destino do património recuperado, em especial o imobiliário

Data de Emissão: 28-09-2022 às 07:20
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia Sem Makas: A redução da taxa básica BNA em meio ponto percentual de 20 para 19,50%

Comunicado do Comité de Política Monetária
Considerando a consistência do abrandamento da evolução de preços na economia nacional, particularmente desde o início do ano em curso, como resultado do contínuo e rigoroso controlo da liquidez, da apreciação do kwanza em relação às principais moedas utilizadas nas transacções com o exterior e do aumento da oferta de bens essenciais de amplo consumo, o Banco Nacional de Angola entende estarem reunidas condições para a redução da taxa de juro directora.

 
Assim, o Comité de Política Monetária decidiu: 
 
Reduzir a Taxa Básica de Juro de 20% para 19,50%;
 
Reduzir taxa de juro da Facilidade Permanente de Cedência de Liquidez de 23% para 21%;
Manter inalterada a taxa de Juro da Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez em 15%. 
 
Além do ambiente interno, a decisão tomada teve em consideração o contexto externo e riscos inerentes, dada a exposição da economia angolana ao sector petrolífero e ao peso dos bens alimentares importados no cabaz de oferta ao mercado interno. O Banco Nacional de Angola continuará a acompanhar de perto os desenvolvimentos internacionais mais impactantes sobre a nossa economia, de modo a poder actuar atempadamente caso a evolução justifique.  
 
A nível global, a larga maioria das economias continua a observar taxas de inflação elevadas, provocadas pelo conjunto de medidas tomadas para contrariar os efeitos da pandemia da Covid-19 e pelo choque negativo dos preços dos combustíveis e dos alimentos, em consequência de um contexto internacional influenciado pelo conflito militar no leste europeu. 
 
Face a esta situação, os bancos centrais têm vindo a optar por políticas monetárias com sentido contracionista, operacionalizadas principalmente através do aumento continuado das taxas de juro de referência.
 
No plano nacional, os fundamentos macroeconómicos continuam animadores.
O sector externo da economia tem vindo a beneficiar da melhoria dos termos de troca, com a conta de bens a registar um saldo superavitário de 23,3 mil milhões de dólares norte-americanos em termos acumulados até Agosto de 2022, um aumento de 78,5% comparativamente a igual período de 2021. Este desempenho positivo reflecte o aumento do valor das exportações em 67,8% que excedeu o crescimento de 49,2% observado nas importações. 
 
As projecções do sector externo para os restantes meses do ano em curso mantêm-se positivas, não obstante a previsão de pressão em baixa do preço do barril de petróleo nos mercados internacionais, dadas as expectativas de abrandamento do ritmo de crescimento das principais economias mundiais.
 
As Reservas Internacionais, no final do mês de Agosto, situaram-se em 13,8 mil milhões de dólares norte-americanos, o que se traduz numa cobertura de cerca de 7 meses de importações de bens e serviços.
 
No sector real, os dados sobre o emprego e o clima de confiança dos gestores e empresários, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), referentes ao segundo trimestre de 2022, evidenciam a consolidação do crescimento da actividade económica. O desemprego reduziu pelo terceiro trimestre consecutivo, atingindo uma taxa de 30,2%, abaixo da registada no mesmo período do ano transacto que foi de 31,6%, ao passo que a confiança dos gestores e empresários do sector não financeiro relativamente à evolução da economia nacional no curto prazo se mostrou optimista.
 
Não obstante as incertezas sobre a economia internacional e potencial impacto sobre a economia nacional, a perspectiva do crescimento da actividade económica no país é positiva, tanto para último trimestre do corrente ano, como para 2023.
 
No que se refere à actividade financeira, comparativamente a Dezembro de 2021, destaca-se o crescimento em 7,1% do stock de crédito concedido em moeda nacional. Apesar da preocupação com o crédito mal parado que se situa em 21%.
 
No domínio monetário, a trajectória da Base Monetária em moeda nacional continua consistente com os objectivos de política monetária, tendo recuado 0,12% no mês de Agosto, correspondendo a contração no ano de 2,74%. 
 
A inflação prossegue o seu percurso de desaceleração e no mês de Agosto fixou-se em 19,8%, abaixo dos 21,4% do mês anterior e dos 26,1% do período homólogo. As classes de (i) Alimentação e bebidas não alcoólicas, (ii) Hotéis, cafés e restaurantes e de (iii) Lazer recreação e cultura foram as que mais contribuíram para a queda do ritmo de crescimento da inflação homóloga. 
 
O Comité de Política Monetária mantém a perspectiva de a taxa de inflação no final do ano em curso situar-se abaixo da previsão inicial de 18%, caminhando para o objectivo de um dígito no médio prazo.
 
A próxima reunião do Comité de Política Monetária, realizar-se-á no dia 25 de Novembro de 2022, devendo ocorrer na cidade do Uíge.

 

Data de Emissão: 27-09-2022 às 07:00
Género(s): Opinião
Tópicos(s): Cimeira do Ambiente, COP26
Economia Sem Makas, edição de 26 de Setembro de 2022

[ ]  Em 10 anos a CMC, a polícia das bolsas, já vai em 6 comandantes gerais

[ ] Fitch Solutions diz que Angola vai crescer 3,5% 

[ ] Europa caça talentos em África

[ ] Afinal é possível fazer manifestações grandes e pacíficas em Angola sem confusão

Data de Emissão: 26-09-2022 às 07:00
Género(s): Opinião
Tópicos(s): Cimeira do Ambiente, COP26
Econimia Sem Makas: Aumentos salariais dos militares e polícias

Aumentos salariais dos militares e polícias

Data de Emissão: 22-09-2022 às 07:00
Género(s): Opinião
Tópicos(s): Cimeira do Ambiente, COP26
Econimia Sem Makas: Investimento publicitário cresce 8,3%

Investimento publicitário cresce 8,3%no primeiro semestre graças a tv e rádio. Imprensa cai

Data de Emissão: 21-09-2022 às 07:00
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): MPLA, RNA, Teixeira Cândido, TPA
Economia Sem Makas: Tomada de posse dos membros do novo Governo e o discurso do João Lourenço

 

João Lourenço dá hoje dia 19 de Setembro posse ao novo governo angolano nomeado por si

João Lourenço dá hoje posse ao novo governo angolano nomeado por si Pedro Parente-Epa

A cerimónia de tomada de posse dos membros do novo Governo de Angola tem lugar esta segunda-feira, às 9h00 (mesma hora em Lisboa) no Palácio Presidencial, em Luanda.

 

O presidente angolano nomeou na sexta-feira um novo executivo com 28 membros, incluindo quatro ministros de Estado, em que apenas cinco são estreantes, entregando o governo de Luanda, a Manuel Homem, ex-ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social.

 

Adão de Almeida é reconduzido como ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, tal como Manuel José Nunes Júnior, ministro de Estado para a Coordenação Económica do Presidente da República, e Francisco Pereira Furtado mantém-se como ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República.

 

Dalva Ringote Allen, ex-secretária de Estado da Economia é promovida a ministra de Estado e Área Social.

Permanecem inalterados nos cargos João Ernesto dos Santos, como ministro da Defesa Nacional, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, Eugénio Cesar Laborinho, ministro do Interior, e Téte António, ministro das Relações Exteriores.

 

Marcy Cláudio Lopes, até agora na Administração do Território transita para a Justiça e Direitos Humanos, sendo substituído no cargo anterior por Dionísio Manuel da Fonseca, que foi vice-governador para o setor Político e Social em Luanda.

 

Vera Daves de Sousa volta a ser ministra das Finanças, o mesmo acontece com Mário Caetano João, que mantém a tutela da Economia e Planeamento, Teresa Rodrigues Dias, que continua na Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, e António Assis, que se mantém com a Agricultura e Florestas.

 

Victor Fernandes é reconduzido como ministro da Indústria e Comércio, Diamantino Pedro Azevedo, como ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Ricardo Viegas D´Ábreu, nos Transportes, João Baptista Borges, na Energia e Águas, e Felipe Zau, na Cultura e Turismo, deixando de ter a tutela do Ambiente.

 

Mantém-se também Maria do Rosário Sambo, no Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Luísa Grilo, na Educação, e Sílvia Lutucuta, na Saúde.

 

A bióloga Carmen Neto dos Santos estreia-se nas Pescas e Recursos Marinhos, cuja tutela estava anteriormente fundida com a da Agricultura.

 

Carlos Alberto Gregório dos Santos, ascende a ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, tal como Mário Augusto da Silva Oliveira, nas Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Ana Paula do Sacramento Neto assume a Ação Social, Família e Promoção da Mulher, na Juventude e Desportos fica Palmira Leitão Barbosa.

 

Ana Paula de Carvalho, ex-governadora de Luanda será a nova ministra do Ambiente

 

 

“O vencedor perdeu” foi como a Economist titulou a sua análise às eleições gerais em Angola, realizadas no mês passado e envoltas em séria controvérsia desde então. Reconhecendo o desfasamento entre os resultados tidos como oficiais e o sentimento da sociedade civil, expondo o domínio do MPLA sobre o Tribunal Constitucional e a Comissão Nacional Eleitoral, a publicação inglesa traça um retrato sombrio da nação africana. Um regime miserável com um povo na miséria, resumindo.

Data de Emissão: 20-09-2022 às 07:20
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): João Lourenço
Economia Sem Makas, Edição 19 de Setembro de 2022

BNA admite baixar taxa de juro de referência

O abrandamento da inflação, influenciado pela valorização da moeda nacional, o kwanza, nos últimos meses, pode ser determinante para a redução da taxa de juro de referência.

BNA prevê que a inflação venha a abrandar para menos de 18%, até ao final deste ano. (Foto: D.R.)O Banco cional de Angola (BNA) poderá, futuramente, baixar a taxa de juro de referência, tendo em conta o abrandamento da inflação, influenciado pela valorização da moeda nacional, o kwanza, nos últimos meses, disse o seu governador, José de Lima Massano.

Até ao fim de 2022, o BNA prevê que a inflação venha a abrandar para menos de 18%. O desejo do banco central angolano de baixar a taxa de juro não é novo. Numa conferência que decorreu perto de Lisboa, em Junho, Massano admitiu esta vontade, salientando, entretanto, que não havia ainda condições.

“Temos grande vontade de tornar as condições mais relaxadas, mas temos de fazer este caminho com realismo. A nossa missão primeira é a estabilidade de preços”, afirmou, na altura, José de Lima Massano.

Numa entrevista à Bloomberg, o responsável disse prever que as taxas de juro “sigam a mesma tendência de abrandamento da inflação”, que tem vindo a baixar, embora que, de acordo com o regulador do sistema bancário angolano, em Julho, foi registada uma taxa de 21,4%.

 Novo governo mais gordo

O Presidente João Lourenço, nomeou, esta sexta-feira (16.09), os membros que integram o novo Governo angolano.

 

Não há novidades em 15 dos 23 Ministérios. Vera Daves voltará a chefiar o Ministério das Finanças, João Ernesto dos Santos volta a assumir a pasta da Defesa, Eugénio Laborinho continuará a ser ministro do Interior e Téte António mantém-se como chefe da diplomacia.

 

Uma das poucas alterações neste Executivo é a criação de um Ministério do Ambiente, independente da pasta da Cultura e Turismo.

 

Por outro lado, o Ministério da Agricultura e Pescas passará somente a ser responsável pela Agricultura e Florestas. Foi entretanto criado um novo Ministério das Pescas e Recursos Marinhos, chefiado por Carmen Sacramento Neto, uma das poucas novas caras novas do Governo.

 

ECO Angola Plastik Umwelt

Angola passa a ter um Ministério dedicado exclusivamente ao Ambiente: Será chefiado por Ana Paula de Carvalho, que desempenhava até agora o cargo de governadora de Luanda

 

De acordo com a informação disponibilizada na página na Presidência de Angola, são integrantes do novo Executivo angolano os seguintes nomes:

 

  1. João Ernesto dos Santos, Ministro da Defesa Nacional e Veteranos da Pátria;

 

  1. Eugénio Cesar Laborinho, Ministro do Interior;

 

  1. Téte António, Ministro das Relações Exteriores;

 

  1. Dionísio Manuel da Fonseca, Ministro da Administração do Território;

 

  1. Marcy Cláudio Lopes, Ministro da Justiça; e dos Direitos Humanos;

 

  1. Vera Esperança dos Santos Daves de Sousa, Ministra das Finanças;

 

  1. Mário Caetano João, Ministro da Economia e Planeamento;

 

  1. Teresa Rodrigues Dias, Ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social;

 

  1. António Francisco de Assis, Ministro da Agricultura e Florestas;

 

  1. Carmen Sacramento Neto, Ministra das Pescas e Recursos Marinhos;

 

  1. Victor Francisco dos Santos Fernandes, Ministro da Indústria e Comércio;

 

  1. Diamantino Pedro Azevedo, Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás;

 

  1. Ricardo Daniel Sandão Queirós Viegas D´Ábreu, Ministro dos Transportes;

 

  1. João Baptista Borges, Ministro da Energia e Águas;

 

  1. Carlos Alberto Gregório dos Santos, Ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação;

 

  1. Mário Augusto da Silva Oliveira, Ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social;

 

  1. Maria do Rosário Bragança Sambo, Ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação,

 

  1. Luísa Maria Alves Grilo, Ministra da Educação,

 

  1. Sílvia Paula Valentim Lutucuta, Ministra da Saúde,

 

  1. Ana Paula do Sacramento Neto, Ministra da Ação Social, Família e Promoção da Mulher,

 

  1. Felipe Silva de Pina Zau, Ministro da Cultura e Turismo;

 

  1. Ana Paula Chantre Luna de Carvalho, Ministra do Ambiente;

 

  1. Palmira Leitão Barbosa, Ministra da Juventude e Desportos,

 

  1. Ana Maria de Sousa e Silva, Secretária do Conselho de Ministros.

 

Edeltrudes Costa

Edeltrudes Costa continuará como chefe de Gabinete de João Lourenço, apesar das polémicas em que se viu envolvido

 

Gabinete do Presidente da República

Para o seu gabinete, volta a ser nomeado Edeltrudes Maurício Fernandes Gaspar da Costa como ministro e diretor do Gabinete do Presidente da República.

 

Felix de Jesus Cala assume o cargo de secretário-geral do Presidente da República; Avelina Escórcio dos Santos e Santos é nomeada para o cargo de diretora  adjunta do Gabinete do Presidente da República; e Edson Ulisses de Carvalho Alves Barreto para o cargo de diretor do Gabinete de Quadros do Presidente da República. 

 

O chefe de Estado angolano nomeou ainda Adão Francisco Correia de Almeida para o cargo de ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República; Manuel José Nunes Júnior, para o cargo de Ministro de Estado para a Coordenação Económica do Presidente da República; e Dalva Maurícia Calombo Ringote Allen, para o cargo de Ministra de Estado para Área Social do Presidente da República.

 

Angola Luanda Wahlen Stadtansicht

Novo governador de Luanda será Manuel Gomes Homem, antigo ministro da Informação

 

Governadores provinciais

Também, esta sexta-feira, foram conhecidos os nomes que vão liderar os governos provinciais. Segundo a Presidência da República, são nomeadas as entidades para os cargos abaixo designados:

 

Manuel Gomes da Conceição Homem, para o cargo de Governador da Província de Luanda;

 

Pereira Alfredo, para o cargo de Governador da Província do Bié;

 

Maria Antónia Nelumba, para o cargo de Governadora da Província do Bengo;

 

Luis Manuel da Fonseca Nunes, para o cargo de Governador da Província de Benguela;

 

Mara Regina da Silva Baptista Domingos Quiosa, para o cargo de Governadora da Província de Cabinda;

 

Gerdina Ulipamue Didalewa, para o cargo de Governadora da Província do Cunene;

 

José Martins, para o cargo de Governador do Cuando Cubango

 

Pedro Maquita Armando Júlia, para o cargo de Governador da Província do Cuanza Norte;

 

Job Pedro Castelo Capapinha, para o cargo de Governador da Província do Cuanza Sul;

 

Lotti Nolika, para o cargo de Governadora da Província do Huambo;

 

Nuno Bernabé Mahapi Dala, para o cargo de Governador da Província da Huíla;

 

Deolinda Ódia Paulo Satula Vilarinho, para o cargo de Governadora da Província da Lunda Norte;

 

Daniel Felix Neto, para o cargo de Governador da Província da Lunda Sul;

 

Marcos Alexandre Nhunga, para o cargo de Governador da Província de Malanje;

 

Ernesto Muangala, para o cargo de Governador da Província do Moxico;

 

Augusto Archer de Sousa Mangueira, para o cargo de Governador da Província do Namibe;

 

José Carvalho da Rocha, para o cargo de Governador da Província do Uíge;

 

Adriano Mendes de Carvalho, para o cargo de Governador da Província do Zaire.

 Chineses não querem Porto de Contentores e Carga Geral do Lobito

Data de Emissão: 19-09-2022 às 08:00
Econômica Sem Makas: Análise ao discurso do PR João Lourenço na tomada de posse

Vamos abordar o discurso do presidente da república que me pareceu apontar para a continuidade da governação do primeiro mandato

 

Data de Emissão: 16-09-2022 às 07:30
Econômica Sem Makas: Os desafios de João Lourenço para os próximos 5 anos

Os desafios de João Lourenço para os próximos cinco anos

 

Data de Emissão: 15-09-2022 às 08:00
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): Eleições Gerais 2022
Economia Sem Makas: Contratação publica simplificada

Contratação publica simplificada

Data de Emissão: 14-09-2022 às 08:00
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): INE
Economia Sem Makas: A inflação voltou a descer em Agosto

A inflação voltou a descer em Agosto e está já abaixo dos 20%

Data de Emissão: 13-09-2022 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): INE
Economia Sem Makas, edição de 12 de Setembro de 2022

Angola está entre os países de desenvolvimento médio

Angola obteve um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,581, que coloca o país na categoria de “desenvolvimento médio”, no relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com dados relativos a 2017.

 

Angola está na posição 147 de 189, com IDH a crescer todos os anos. Este ano, as categorias foram alteradas e fazem parte da categoria média os países com IDH entre 0,550 e 0,699, o que dá um total de 39 países na categoria, entre os quais cinco países de língua portuguesa.

“Falando de países de língua portuguesa, têm um bom exemplo de Angola, que aumentou e está no desenvolvimento médio”, disse à Lusa Milorad Kovacevic, chefe de estatística do relatório, na apresentação do documento em, Nova Iorque.

 Os censos em Angola, em 2015, que não existiam depois da independência em 1974, vieram melhorar as estatísticas obtidas e mostrar que o país está em “muito melhor forma e em nível de desenvolvimento melhor do que se acreditava anteriormente”.

O director do PNUD, Achim Steiner, afirmou que os desafios no panorama angolano são as políticas aplicadas e a distribuição dos rendimentos e comparou Angola a Cabo Verde, países com rendimentos per capita similares: 5.790 dólares em Angola e 5.983 em Cabo Verde, mas com uma diferença de 22 lugares no ‘ranking’ (Cabo Verde está na posição 125).

Num índice de percepção de bem-estar, com valores de 0 a 10, a população angolana obteve 3,8 pontos na escala de satisfação. Apenas 29 por cento dos angolanos se consideram satisfeitos com a qualidade dos cuidados de saúde prestados.

Os angolanos têm uma esperança média de vida de 61,8 anos, enquanto Cabo Verde é de 73 anos. O desemprego é de 8,2 por cento e, desde 2010, Angola sofre uma inflação nos preços, que aumentaram 2,81 vezes. A taxa de fertilidade é de 5,6 filhos por mulher.

 

– Petro Atletico de Luanda, apresenta relatório e contas com uma previsão de gastos de 21 milhões de Dólares anos

– O Banco Caixa Geral Angola (BCGA) é a segunda empresa a entrar na bolsa angolana, com uma oferta pública inicial de 25% das ações detidas pela Sonangol, que deve render quase 60 milhões de euros à petrolífera estatal.

A operação, que teve início na segunda-feira e decorre até 16 de setembro, foi apresentada na terça-feira em Luanda.

Data de Emissão: 12-09-2022 às 08:00
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): BAI, BODIVA
Economia Sem Makas: Banco central europeu faz aumento recorde das taxas de juro para combater inflação

Banco central europeu faz aumento recorde das taxas de juro para combater inflação

Data de Emissão: 09-09-2022 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia Sem Makas: Baixa do preço do barril de petróleo

Baixa do preço do barril de petróleo 11 meses depois 

Data de Emissão: 08-09-2022 às 07:30
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): Petróleo
Economia Sem Makas: Índice de confiança dos empresários angolanos aumentou

Índice de confiança dos empresários angolanos atingiu o máximo dos últimos 7 anos

Empresários mais optimistas com a evolução da economia no final de 2022

Expectativas dos empresários sobre a economia angolana no curto prazo melhoraram, ou seja o pessimismo dos gestores e patrões está a cair, embora as dificuldades em desenvolver um negócio no País ainda persistam. Especialistas apontam a recuperação do preço do petróleo como estando na base deste optimismo. Ainda assim, há relatos da fraca procura por serviços, dificuldades financeiras e falta de matérias-primas.

Data de Emissão: 06-09-2022 às 07:30
Economia Sem Makas, edição de 05 de Setembro de 2022

– Voo turbulento da TAAg

– BAI dispara na bolsa

– INE divulga PIB na óptica da despesa

– Eleições comparação dos diferentes resultados

Data de Emissão: 05-09-2022 às 08:00
Género(s): Economia, Opinião
 
Economia Sem Makas, edição de 02 de Setembro de 2022

Fundo Soberano de Angola vence premio internacional 

Data de Emissão: 02-09-2022 às 07:30
Género(s): Opinião
Tópicos(s): BODIVA, PIMM
Economia Sem Makas, edição de 01 de Setembro de 2022

Banco Económico com novo presidente para comandar a Instituição depois da Restruturação

Data de Emissão: 01-09-2022 às 08:00
Género(s): Opinião
Tópicos(s): Cimeira do Ambiente, COP26
Economia Sem Makas, edição de 31 de Agosto de 2022

Direcção da TAAG nega venda da companhia

As Linhas Aéreas de Angola – TAAG desmentiram, neste fim-de-semana, em comunicado, os rumores sobre a venda da companhia e a terceirização de serviços prestados pelos escritórios de Lisboa, a favor de familiares do actual presidente da Comissão Executiva.

Numa nota designada “Voo DT Mudança 180º”, a presidente do Conselho de Administração, Ana Major, explica todo o processo em curso na companhia angolana de bandeira e sobre os resultados pretendidos com a implementação do modelo.

 

Sobre a venda da companhia, Ana Major disse, claramente, que não. A TAAG não foi vendida. É uma entidade SA (Sociedade Anónima) cuja estrutura accionista é composta pelo Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE), com 50 por cento, a Empresa Nacional de Navegação Aérea (ENNA), com 40 por cento e o Fundo Social dos Funcionários e Trabalhadores do Sector dos Transportes, que têm 10 por cento.

 

Apesar de ser do domínio público, disse a PCA, a intenção do Executivo de Angola é a privatização da TAAG dentro de um lote de outras companhias. Todavia, a concretização deste processo dependerá de várias condicionantes do contexto de mercado (volatilidade global no pós-pandemia) e do que nos cabe a todos fazer no sentido da valorização da companhia e dos activos. O processo de transformação e reestruturação da TAAG em curso visa valorizar a empresa no médio e longo prazo, sendo prematuro falar da venda.

 

 

 

Favorecimento a estrangeiros

 

Sobre a suposta entrega da empresa a estrangeiros, Ana Major nega tal possibilidade. Para a gestora, a TAAG é uma empresa com sede em Angola, e mais de 95 por cento da força de trabalho é angolana. Importa, todavia,  esclarecer, que a transportadora aérea é, igualmente, uma empresa internacional com aspirações de crescimento à escala global e implantada em diversas geografias.

 

Por outro lado, continuou, com o novo aeroporto e com a implementação dos acordos de “Céus Abertos”, à TAAG coloca-se num grande desafio de internacionalização e globalização para responder não apenas a privatização, mas também a competição agressiva que já se faz sentir. Como tal, aceita-se a diversidade e respeita-se todos os colaboradores expatriados e consultores, que, temporariamente, trabalham e contribuem para a reerguer a companhia, não pactuando, em razão disso, com expressões de xenofobia, racismo e discriminação de nenhuma forma.

 

 

 

Escritórios de Lisboa

 

Segundo Ana Major, a TAAG em Portugal não vai fechar, porém será mantido um núcleo mínimo e essencial de colaboradores na escala de Lisboa. A exemplo de outras escalas internacionais Espanha/Brasil/África do Sul, onde já se adoptou o modelo de agenciamento, também Lisboa irá adoptar o mesmo modelo em substituição de escritórios próprios, dando continuidade a sua operação no formato GSA (General Sales Agent) e com um mínimo de colaboradores. A escala de Lisboa será então gerida por uma entidade denominada “Summerwind GSA”. Estamos também a acautelar os direitos legais dos colaboradores e a tratar dos mesmos com a dignidade que merecem.

 

Questionada, na mesma nota, se a empresa está a entregar os escritórios de Lisboa a pessoas próximas ao actual presidente da Comissão Executiva, Eduardo Fairen Soria, de nacionalidade espanhola, Ana Major disse tratar-se de confusão pela semelhança de nomes, mas que tal afirmação não corresponde a verdade. Realçou que «Soria» é um nome muito comum em Espanha; como Silva, António ou Costa em Angola ou Portugal e que não existe nenhuma ligação familiar entre o presidente da Comissão Executivo – CEO da Summerwind, Federico Lledo Soria e o CEO da TAAG, Eduardo Fairen Soria.

 

Logo, a questão é: porquê a preferência pela Summerwind, o que a presidente do Conselho de Administração da TAAG resume ao facto de esta empresa contratada possuir mais de 25 anos de experiência nos domínios da representação de companhias aéreas e um registo de excelência quanto à qualidade de serviço e atendimento personalizado ao cliente. Este desempenho valeu-lhe já a confiança de mais de 15 companhias aéreas, enquanto clientes de diversos países do mundo incluindo na América latina, mercado onde a TAAG projecta crescimento.

 

 

Conheça as razões da opção ao modelo GSA

 

No centro de toda esta polémica à volta da TAAG está a adopção pela administração do formato “General Sales Agent – GSA”, traduzido por Agente Geral de Vendas na tradução livre.

 

De acordo com a PCA, Ana Major, ao analisar-se a estrutura de custos da TAAG, a administração diagnosticou que as escalas internacionais no modelo tradicional (escritório próprio + staff) eram bastante onerosas e pouco flexíveis para situações de crise (como a pandemia de Covid-19) ou a volatilidade do mercado, que é uma característica da fase pós-pandemia. Estudos mais recentes validaram, igualmente, que tendo em conta os custos e os benefícios, a me-lhor opção é a adopção do mo-delo de representação através de um GSA.

 

O modelo de GSA, explica, já foi aplicado com sucesso pela TAAG em outras geografias, nomeadamente no Brasil e África do Sul onde, a exemplo de Portugal, se mantém uma equipa mínima essencial da TAAG.

 

O modelo GSA demonstra ser o formato mais eficiente, com maior economia de custos e mais ágil para lidar com volatilidade actual de mercados externos.

 

A implementação deste modelo tem trazido resultados bastante positivos ao nível do desenvolvimento do negócio, entre os quais, maior volume de receitas, mais atractividade comercial nas escalas e mais eficiência no atendimento ao cliente.

 

 

Despedimentos de pessoal  e relação com sindicato

 

Quanto aos despedimentos, a TAAG declara, mais uma vez, que não está a despedir pessoal, tão pouco Pessoal Navegante de Cabine (PNC). Existem, contudo, disse Ana Major, alguns poucos colaboradores – PNC sem vínculo permanente. Ou seja, com contrato de trabalho por tempo determinado, tendo estes contratos atingido a data de término, não foram os mesmos renovados, à luz da legislação em vigor e com o devido aviso prévio. Tal não significa que os mesmos não possam ser reintegrados no futuro quando a operação crescer e assim se justificar.

 

“A administração é chamada a  tomar medidas de gestão alinhadas com as boas práticas. Não faria sentido num momento em que temos que optimizar o quadro de pessoal da empresa renovar contratos temporários”, disse.

 

Ana Major assume, por outro lado, que a administração da TAAG está aberta a receber todas as forças sindicais e mantém firme o compromisso com uma escuta activa das preocupações dos colaboradores. Para tal, foi criada na direcção de capital humano uma área de relações laborais para equacionar as questões imediatas e correntes e o director de recursos humanos iniciou já contactos regulares com os sindicatos nesse âmbito, tendo reunido pelo menos duas vezes com o Sindicato do Pessoal Navegante de Cabine (SINPROPNC), durante o mês de Julho.

 

 

Substituição de frota e entrada da companhia HiFly

 

A TAAG celebrou, recentemente, um acordo ACMI  Aircraft, Crew, Maintenance and Insurance (Avião, Tripulação, Manutenção e Seguro). Trata-se do típico contrato operacional em que uma empresa disponibiliza a outra todos os meios para a realização do voo.

 

Com a companhia aérea HiFly, a TAAG acordou um regime de “leasing” de Airbus A330 por períodos de curto-prazo (passível de renovação) de forma a assegurar a continuidade da operação e o plano de crescimento previsto (mais frequências e maior disponibilidade de aeronaves), na mesma medida em que trabalhos de manutenção que deveriam ter sido devida e antecipadamente planeados estão a decorrer agora com parte da frota Boeing. Este tipo de acordo, segundo a gestora, foi o formato mais ágil, célere, e “chave-na-mão” para responder de imediato à necessidade emergente de ter-se aeronaves disponíveis num período de pico no mercado.

 

O aluguer de Boeing 773 foi também considerado. O processo de aluguer iria ser mais moroso em termos de tempo, pois os aviões seriam entregues em “dry lease” (sem tripulação incluída) contando para o efeito com as tripulações da TAAG. Porém isso faria com que perdessemos oportunidades durante o pico do verão. Assim, e como as necessidades eram imediatas, avançamos pelo formato de “wet lease” até porque, se trata de aluguer de curta duração e com preço competitivo.

 

“A TAAG celebrou um acordo comercial com a ALC (Air Lease Corporation) para a disponibilização de seis (6) aeronaves Airbus A220-300 com entregas faseadas a partir de Agosto de 2023. A operação dessas aeronaves Airbus A220-300 contará exclusivamente com pilotos e pessoal de cabine angolano, bem como, a gestão da manutenção será feita por equipas locais”, explica.

 

 

SEIS PROVÍNCIAS

11 novos voos reforçam rotas domésticas

 

As Linhas Aéreas de Angola (TAAG) adicionaram, desde o dia 23, nas rotas domésticas, 11 novos voos, com saídas de Luanda para as cidades de Catumbela (Benguela), Lubango (Huíla), Dundo (Lunda-Norte), Luena (Moxico), Huambo e Cunene com ligações asseguradas pelas aeronaves Dash 8 Q400.

 

A transportadora de bandeira nacional justifica o reforço, em comunicado, devido ao registo de um crescimento sustentado no segmento doméstico reflectido numa maior mobilidade e interesse de passageiros particulares e corporativos nas deslocações dentro do território angolano.

 

Os voos adicionais entraram nas rotas Luanda/Catumbela a frequências semanal passou de 4 para 7 voos; Luanda/Lubango (4 para 6); Luanda/Dundo (4 para 5); Luanda/Luena (4 para 5 voos); Luanda/Ondjiva (2 para 4); Luanda/Huambo (2 para 4 voos).

 

Uma referência especial para a rota Luanda/Cabinda um dos destinos domésticos de maior procura por parte dos passageiros, onde aproximadamente 90 por cento dos voos serão operados por uma aeronave tipo Boeing 737-700.

 

“Significa que 23 dos 26 voos semanais para Cabinda são realizados num avião de maior porte, o modelo B737 (transporta 120 passageiros no total) de forma a responder ao elevado volume de passageiros e carga em trânsito entre Luanda e Cabinda”, indica o comunicado.

 

Para a TAAG, a aposta nas conexões internas irá proporcionar aos passageiros mais opções de ida/regresso, “permitindo aos viajantes uma estadia mais prolongada naquelas províncias com impacto positivo para a economia local, nomeadamente ao nível da hotelaria, turismo, serviços ou prospecção de negócios”.

 

 

 

Aposta forte

 

Fundada em 1938, agora com 84 anos, a TAAG lidera o mercado de aviação em Angola, disponibilizando actualmente 14 destinos domésticos e 12 destinos internacionais.

 

Além do transporte de passageiros, a sua frota realiza igualmente transporte de carga, um serviço cada vez mais essencial para o desenvolvimento do ecossistema local.

 

Data de Emissão: 31-08-2022 às 07:30
Economia Sem Makas, edição de 30 de Agosto de 2022

– Balanço das eleições de 24 de Agosto de 2022, onde participaram o MPLA, UNITA, PRS, FNLA, APN, PH e P-Njango) e uma coligação (CASA-CE).

 

Só comissários do MPLA e da FNLA aprovaram acta dos resultados. Reações dos Estados Unidos da America  e União Europeia.

 

 

Data de Emissão: 30-08-2022 às 07:30
Género(s): Opinião
Tópicos(s): CNE, Eleições Gerais 2022
Economia Sem Makas, edição de 29 de Agosto de 2022

– Balanço das eleições de 24 de Agosto de 2022, onde participaram o MPLA, UNITA, PRS, FNLA, APN, PH e P-Njango) e uma coligação (CASA-CE).

– Resultados provisórios das Eleições ( Actas, método Hondt é um modelo matemático utilizado para converter votos em mandatos com vista à composição de órgãos de natureza colegial)

 

 

 

Data de Emissão: 29-08-2022 às 08:00
Género(s): Opinião
Tópicos(s): CNE, Eleições Gerais 2022
Economia Sem Makas, edição de 26 de Agosto de 2022

Resultado das Eleições em Angola

Resultados provisórios: MPLA vence eleições gerais com 51,7 por cento dos votos

Quando faltam apenas 2,7 por cento das mesas por apurar, o MPLA mantém-se à frente da contagem de votos com 51,7 por cento, o permite eleger 124 deputados, seguido da UNITA (oposição) com 44,5 por cento, o equivalente a 90 deputados.

De acordo com a segunda e última actualização do dia de hoje, feita pelo porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Lucas Quilundo, o PRS, FNLA e PHA conseguem eleger dois deputados cada, enquanto CASA-CE, APN e P-JANGO sem hipótese de eleger deputados. 

Data de Emissão: 26-08-2022 às 08:00
Género(s): Opinião
 
Economia Sem Makas, INSS aperta cerco a devedores

Governo convida cinco empresas para gerirem porto do Lobito depois da desistência dos chineses  INSS aperta cerco a devedores

Zâmbia negoceia com credores reestruturação da dívida

Luanda palco da nova guerra fria com visita de Sergei Lavrov

Data de Emissão: 26-08-2022 às 08:00
Género(s): Opinião
 
Economia Sem Makas, edição de 25 de Agosto de 2022

– Balanço das eleições de 24 de Agosto de 2022, onde participaram o MPLA, UNITA, PRS, FNLA, APN, PH e P-Njango) e uma coligação (CASA-CE).

 

 

Data de Emissão: 25-08-2022 às 07:30
Género(s): Opinião
Tópicos(s): CNE, Eleições Gerais 2022
Economia Sem Makas, edição de 22 de Agosto de 2022

– Balanço campanha eleitoral

– Salários BNA

– Petróleo aos níveis da pré-invasão da Ucrânia 

– RDC e Banco Africano desenvolvimento discutem Corredor rodoviário com Angola

Data de Emissão: 22-08-2022 às 08:00
Economia Sem Makas, edição de 18 de Agosto de 2022
Data de Emissão: 18-08-2022 às 07:30
Género(s): Opinião
Tópicos(s): Cimeira do Ambiente, COP26
Economia Sem Makas, edição de 16 de Agosto de 2022

Desemprego baixou 0,6pontos percentuais no segundo trimestre de 2022 de 30,8% para 30,2%

Data de Emissão: 16-08-2022 às 07:30
Género(s): Opinião
Tópicos(s): Cimeira do Ambiente, COP26
Economia sem makas, edição de 15 de Agosto de 2022

[ ] Inflação volta a descer em Julho

[ ] Congelamento das propinas de fenprof aplaude

[ ] Balanço BAI 2 meses de bolsa

[ ] Quebra das RIL

[ ]  Campanha eleitoral

[ ] Debate programas económicos

Data de Emissão: 15-08-2022 às 08:00
Economia sem makas, edição de 12 de Agosto de 2022

A edição angolana do global management challange um jogo que simula a gestão de uma empresa virtual

Data de Emissão: 12-08-2022 às 07:30
Género(s): Comentário, Economia, Opinião
 
Economia se macas, edição de 10 de Agosto de 2022

BNA criou novas regras para atribuição de Cartão de Credito

Data de Emissão: 10-08-2022 às 08:00
Economia sem macas, edição de 11 de Agosto de 2022

Crédito à habitação do aviso do BNA. Dois meses depois há muitas solicitações de informação poucos pedidos de crédito entrados diz o Expansão

Data de Emissão: 10-08-2022 às 08:00
Economia sem macas, edição de 08 de agosto de 2022

A Banca Angolana perde mais de 2,5 mil empregos em 5 anos

Data de Emissão: 08-08-2022 às 08:00
Género(s): Economia, Entrevista
 
Economia sem macas, edição de 05 de Agosto de 2022

O petróleo afundou mais de 10% esta semana penalizado pelas preocupações sobre uma recessão global

 

 

Data de Emissão: 05-08-2022 às 07:30
Género(s): Comentário, Economia, Opinião
 
Economia sem macas, edição de 03 de Agosto de 2022

Os angolanos da diáspora mandaram 12,7 milhões para Angola em 2021. Já os estrangeiros em Angola mandara 624 milhões para os seus países

 

 

Data de Emissão: 03-08-2022 às 07:30
Género(s): Comentário, Economia, Opinião
Tópicos(s): Banco Mundial, PIB
Economia sem macas, edição de 04 de Agosto de 2022

 Economia do mar ou azul.

Os problemas dos agentes económicos no mar são os mesmos que em terra

No seguimento da conferência da Revista Economia e Mercado sobre o Mar

 

 

Data de Emissão: 03-08-2022 às 07:30
Género(s): Comentário, Economia, Opinião
Tópicos(s): Catamarã
Economia sem macas, edição de 01 de Agosto de 2022

O desempenho das empregas públicas em 2021, através do IGAPE

Empresas Públicas saem de prejuízos para lucros de 1,2 biliões Kz em 2021

As maiores contribuições saíram do sector dos recursos minerais e petróleo. Com 1,34 biliões Kz, a Sonangol foi a empresa que mais lucrou, seguindo-se a Endiama e a Angola Telecom. Juntas, formam o top 3 das empresas públicas que mais lucram em 2021. Se por um lado, temos os três maiores resultados, por outro, o gigante público BPC, a companhia aérea de bandeira nacional TAAG e a ENDE, apresentaram os maiores prejuízos. Quanto aos subsídios à exploração pagos pelo Estado, TPA, RNA e Edições Novembro são os que mais se beneficiaram no ano passado.

– Promessa do aumento do salário minino nas eleições gerais de 2022 pelos partidos politicos : 

-O Comité de Política Monetária (CPM) do Banco Nacional de Angola (BNA) decidiu, esta quinta-feira (29), manter a taxa básica de Juro (Taxa BNA) em 20%, persistindo numa política monetária restritiva para segurar a inflação, no segundo encontro fora de Luanda

Avaliação dos primeiros dias de campanha política das eleições gerais de 2002

PHA, Partido Humanista de Angola,Partido Ndjango, UNITA, FNLA, CASA-CE,APN, PRS, MPLA

 

 

 

Data de Emissão: 01-08-2022 às 08:00
Economia sem macas, edição de 29 de Julho de 2022

Economia americana voltou a recuar no segundo trimestre aumentando os riscos de recessão

 

 

Data de Emissão: 29-07-2022 às 07:30
Género(s): Comentário, Economia, Opinião
 
Economia sem macas, edição de 02 de Agosto de 2022

 TAAG perdeu 296 milhões usd em 2021 elevando para quase mil e cem milhões usd prejuízos dos últimos cinco anos

 

 

Data de Emissão: 29-07-2022 às 07:30
Género(s): Comentário, Economia, Opinião
 
Economia sem macas, edição de 28 de Julho de 2022

O Regresso da Sonangol aos Lucros.

Data de Emissão: 28-07-2022 às 08:00
Género(s): Comentário, Economia, Opinião
 
Economia sem macas, edição de 27 de Julho de 2022

As empresas de comunicação social receberam no ano passado subsídios de 26,3 mil milhões Kz ou 42 milhões usd

Data de Emissão: 27-07-2022 às 08:00
Género(s): Entrevista
 
Economia sem macas, edição de 26 de Julho de 2022

A CGE de 2020 que devia ter sido discutida em Junho só deverá ser discutida no segundo trimestre do próximo ano

Data de Emissão: 26-07-2022 às 08:00
Género(s): Comentário, Economia, Opinião
 
Economia se macas, edição de 25 de Julho de 2022

O segundo resgate do Económico, antigo BESA

[ ] BNA estuda aumento capital dos bancos

[ ] Não aceitação de moedas pelos comerciantes 

[ ] Economia cresce acima dos 3% até 2025

[ ] Cobertura eleições comunicação social

Data de Emissão: 25-07-2022 às 10:00
Economia sem macas, edição de 22 de Julho de 2022

O Banco Central Europeu (BCE) anunciou nesta quinta-feira (21) que elevou a principal taxa de juros da zona do euro em 0,5 ponto percentual, iniciando com isso um ciclo de alta para conter níveis recordes de inflação. Com isso, a taxa de depósito passa a ser de 0%, ante -0,5% anteriormente.

 

Em junho, a inflação da região, formada por 19 países, atingiu o maior valor da história, com um acumulado de 12 meses de 8,1%. Desse total, quase metade está ligada a preços recordes de energia.

 

O banco central havia sinalizado em junho que faria uma elevação de 0,25 p.p., mas muitos investidores defendiam que o BCE precisaria ser mais agressivo na elevação, defendendo um aumento de 0,5 p.p. Alguns dirigentes da autarquia, considerados mais linha dura, também defenderam o movimento.

 

O BCE busca equilibrar um esforço de combate à inflação via taxa de juros sem, entretanto, estabelecer níveis que desacelerariam excessivamente a economia, jogando a zona do euro em uma recessão.

Data de Emissão: 22-07-2022 às 07:30
Economia sem macas, edição de 21 de Julho de 2022

Inauguração das centrais fotovoltaicas em Benguela

Data de Emissão: 21-07-2022 às 00:08
Economia sem macas, edição de 20 de Julho de 2022

Ministério dos Transportes confirma atribuição do corredor  do Lobito a consórcio europeu

Data de Emissão: 20-07-2022 às 00:08
Género(s): Debate, Economia, Entrevista
 
Economia sem macas, edição de 19 de Julho de 2022

Angola quer ser dos maiores produtores de grãos em África e até do mundo

Data de Emissão: 19-07-2022 às 00:08
Economia sem macas, edição de 18 de Julho de 2022

[ ] Os dinheiros das eleições e dos partidos

[ ] Angola entre os 12 países do mundo com maior risco de não pagar as dívidas  

[ ] Euro abaixo do dólar 

[ ] Cobertura eleições comunicação social

Data de Emissão: 18-07-2022 às 00:08
Género(s): Economia, Entrevista
 
Economia sem macas, edição de 13 de Julho de 2022

 A inflação voltou a baixar em Junho e está agora nos 23% nos mínimos de dois anos

Índice de preços no consumidor (IPC)

Data de Emissão: 13-07-2022 às 07:30
Economia sem macas, edição de 14 de Julho de 2022

 redução do horário de trabalho da função pública da e do pagamento antecipado dos salários

Data de Emissão: 13-07-2022 às 07:30
Economia sem macas, edição de 15 de Julho de 2022

 a propósito da publicação de uma nova lei para o sector de seguros

A proposta de Lei da Actividade Seguradora e Resseguradora passou, por unanimidade, nesta quarta-feira, 19 de Maio, pelo crivo dos Deputados à Assembleia Nacional, após discussão e votação na generalidade.

Com a presente proposta de Lei, pretende-se regular as condições de acesso à actividade seguradora e resseguradora, as condições de exercício da actividade, as vicissitudes no exercício das mesmas, a institucionalização da figura do micro-seguro, as medidas de recuperação das empresas de seguros e de resseguros em situação financeira insuficiente, a liquidação de empresas de seguros e de resseguros, assim como o regime de supervisão e regulação, onde se destaca o papel preponderante do organismo de supervisão da actividade seguradora e o regime sancionatório substantivo.

Ao falar ao Plenário sobre as vantagens da referida proposta, o Secretário de Estado para as Finanças e Tesouro, Ottoniel dos Santos esclareceu que os pontos expressos no documento estão alinhados às melhores práticas internacionais no sector.

“A presente proposta de Lei da Actividade Seguradora e Resseguradora visa atingir, na esteira dos melhores princípios e práticas internacionais da Associação Internacional dos Supervisores de Seguros (IAIS) e do Comité de Seguros, Valores Mobiliários e Instituições Financeiras Não-Bancárias da África-Austral (CISNA), dois principais objectivos que passam pela protecção dos tomadores de seguros, segurados e beneficiários e ainda a prevenção e repressão de actuações contrárias à lei”, disse.

Adiantou, de igual modo, que a mesma está estruturada em oito títulos, nomeadamente o título I, referente às disposições gerais, e que está subdividido em três capítulos, em que se disciplinam a delimitação do (i) objecto e do (ii) âmbito de aplicação, bem como (iii) a exclusão das mútuas de seguros, por inexistência de iniciativas do género.

Integra ainda o título II, referente ao acesso à actividade seguradora, subdividido em dois capítulos, onde se destacam (i) o reforço dos poderes de supervisão da ARSEG, outrora concentrados no Ministro das Finanças, com realce para os poderes para aprovação dos actos e concessão de autorizações, bem como para efectuar os registos previstos na lei; e, (ii) a instituição de regras mais claras e precisas de modo a promover a efectiva observância do princípio da gestão distinta no quadro da exploração cumulativa da actividade do seguro directo e do resseguro do ramo «Vida» com a do seguro directo e do resseguro do ramo «Não Vida».

O título III, referente às condições de exercício da actividade seguradora, integra seis capítulos, em que se destacam (i) as inovações no domínio da governação corporativa, mediante a obrigatoriedade do registo de pessoas com funções relevantes, bem como a definição de funções de controlo interno, nomeadamente as funções de compliance, auditoria interna e actuarial; bem como (ii) as inovações no domínio das garantias financeiras, com a introdução de novos elementos a considerar no cálculo da margem de solvência, bem como introdução de outras provisões técnicas para garantir a robustez das empresas de seguros face aos compromissos assumidos;

Por seu turno, o título IV, referente às vicissitudes no exercício da actividade seguradora e resseguradora, é composto por 03 (três) capítulos, em que se destacam as principais alterações a que as empresas de seguro e de resseguro estão sujeitas, nomeadamente a transformação e transferência de carteira, aquisição e diminuição de participações, bem como a revogação da autorização de constituição das empresas de seguros e de resseguros;

Já o título V, referente à recuperação e liquidação de empresas de seguro, é composto por dois capítulos, onde se destacam (i) as competências da ARSEG em face de eventual insuficiência das garantias financeiras; e (ii) a previsão de normas substantivas específicas, acompanhadas de um regime processual específico para a liquidação de empresas de seguros, com a criação da garantias creditórias específicas para o cumprimento de obrigações perante os credores que sejam tomadores de seguros;

Ao passo que o título tulo VI, faz referência ao micro-seguro, composto por quatro capítulos, cujo principal destaque consiste no facto de introduzir o exercício da actividade seguradora voltada para a protecção de pessoas e bens mediante seguros destinados à população de baixa renda, dando corpo ao objectivo de inclusão financeira no sector dos seguros;

A estes, junta-se ainda o título VII, referente ao regime sancionatório substantivo, constituído por 02 (dois) capítulos, sendo o primeiro referente aos ilícitos penais e o segundo referente aos ilícitos transgressionais, em que se destaca a sua classificação em: (i) transgressões simples; (ii) transgressões graves; e (iii) transgressões muito graves, aplicáveis a pessoa singular ou colectiva; e por último, o título VIII,  referente às disposições finais e transitórias, onde se destacam os regimes transitórios referentes àquelas matérias que, pela sua complexidade, impõem que seja dado um prazo adequado às nossas empresas para que se adaptem ao novo paradigma imposto.

“Importa sublinhar que o presente diploma resulta de um conjunto de consensos conseguidos no quadro de um amplo processo de consulta pública, no âmbito qual, foram recolhidos contributos do Banco Mundial, Banco Nacional de Angola, Comissão do Mercado de Capitais e Associação das Seguradoras Angolanas, entre outros importantes stakeholders do sector”, conclui o Secretário de Estado para as Finanças e Tesouro.

Em função da aprovação e entrada em vigor da presente Lei, será revogada a Lei n.º 1/00, de 03 de Fevereiro, Lei da Actividade Seguradora, bem como outros normativos, nomeadamente, o Decreto n.º 7/02, de 09 de Abril; o Decreto Executivo n.º 6/03, de 24 de Janeiro; o Decreto Executivo n.º 74/07, de 29 de Junho e o Decreto Executivo n.º 464/16, de 01 de Dezembro.

A semelhança do que acontece com a Lei n.º 1/00, de 03 de Fevereiro, a presente proposta de lei absorve integralmente os aspectos constantes da regulamentação acima referida e ajusta os respectivos institutos jurídicos.

Por outro lado, em virtude da alteração do figurino constitucional em 2010, os referidos diplomas passaram a constituir matérias de reserva de lei.

 “ARSEG – Supervisão Credível, Protecção Garantida, Angola Segura“

Data de Emissão: 13-07-2022 às 07:30
Economia sem macas, edição de 12 de Julho de 2022

Guerra na Ucrânia tem duro impacto na África, trazendo risco de aumentar fome e instabilidade social, alertam FMI e ONU

Aumento do preço de alimentos gerado pela invasão russa enfraquece a recuperação econômica da África Subsaariana, o que deve elevar taxas de pobreza e aumentar o número de pessoas sem ter o que comer

Data de Emissão: 12-07-2022 às 07:30
Economia sem makas, edição de 11 de Julho de 2022

BAI fez apenas 9 negócios e subiu 30% em 1 mês de bolsa

 O ministro da Energia e Água, João Baptista Borges confirma que energia vai subir

Filipe Zau ministro da Cultura, Turismo e Ambiente, alerta para fragilidades do sector nos seis anos da AHRA

 Morte do ex-presidente José Eduardo dos Santos  e a cobertura da comunicação social

Data de Emissão: 11-07-2022 às 08:00
Género(s): Comentário, Economia, Opinião
Tópicos(s): OPEP
Economia sem makas, edição de 08 de Julho de 2022

 

Data de Emissão: 08-07-2022 às 07:30
Género(s): Comentário, Economia, Entrevista, Opinião
Tópicos(s): OPEP
Economia sem makas, edição de 07 de Julho de 2022

Vamos falar do petróleo quebrada a negociar abaixo dos 100 dólares com receios de recessão

Petróleo cai 10% com temor de recessão e alta do dólar

Investidores permanecem atentos à relação oferta e demanda

Os contratos futuros de petróleo recuaram, nesta quarta-feira (6). A commodity chegou a mostrar recuperação modesta, após forte perda na sessão anterior, mas sem impulso, com dúvidas sobre a demanda futura diante dos riscos de recessão global.

O petróleo WTI para agosto fechou em queda de 0,97% (-US$ 0,97), em US$ 98,53 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para setembro caiu 2,02% (-US$ 2,08), a US$ 100,69 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

A força do dólar também colaborou para pressionar o petróleo, que neste caso fica mais caro para os detentores de outras moedas. Além disso, a perda de fôlego econômica global influencia as perspectivas para a demanda. Segundo a High Frequency Economics, a forte queda recente nos preços reflete temores de uma recessão por parte de operadores.

 

Data de Emissão: 07-07-2022 às 07:30
Género(s): Comentário, Economia, Entrevista, Opinião
Tópicos(s): OPEP
Economia sem makas, edição de 06 de Julho de 2022

TEMA : EPAL e da falta de água em Luanda a propósito da entrevistas do PCA Manuel Cruz à TPA

Data de Emissão: 06-07-2022 às 07:30
Economia sem makas, edição de 05 de Julho de 2022

Segundo a ONU, atualmente 55% da população mundial vive em áreas urbanas e a expectativa é de que esta proporção aumente para 70% até 2050.

Este crescimento coincide com um período em que muitos países estão implementando processos de políticas descentralizadas. Isso estaria resultando num aumento das responsabilidades de governos locais.

Neste contexto, cidades estariam tendo que assumir papeis mais ativos ao contribuir com as iniciativas de governos nacionais para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODSs.

 

Desenvolvimento econômico

Agência ONU-Habitat vê momento crítico para debate com desafios como pandemia, clima e conflitos; levantamento aponta que centros urbanos devem abrigar 68% da população global até 2050; secretário-geral da ONU quer apoio para que cidades possam zerar emissões de gases de efeito estufa e serem mais inclusivas.

 

O Fórum Urbano Mundial, evento bianual convocado pelo Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos. ONU-Habitat, começou neste domingo em Katowice, na Polônia.

 

Segundo a agência, este é um momento crítico para o desenvolvimento urbano e a reunião levará um apelo para que os participantes dobrem os esforços para enfrentar os desafios apresentados às cidades por conflitos, pandemia e emergência climática.

 

Participantes do Fórum Urbano Mundial realizado em Katowice, Polônia.UN Habitat

Participantes do Fórum Urbano Mundial realizado em Katowice, Polônia.

Cidades no centro dos desafios atuais

Em mensagem de vídeo, o secretário-geral da ONU, António Guterres, agradeceu a solidariedade do país na recepção dos refugiados ucranianos.

 

O programa foi significativamente modificado para refletir o conflito no país vizinho. Mais de 3 milhões de ucranianos se refugiaram na Polônia desde o início da guerra.

 

Para Guterres, as cidades são centrais para “praticamente todos os desafios que enfrentamos” atualmente. E à medida que o mundo busca se recuperar da crise de saúde, será necessário considerar a igualdade de gênero na promoção de infraestrutura e serviços urbanos para dar a todas as pessoas, especialmente jovens, mulheres e meninas, acesso a um futuro melhor.

 

Ele lembra que os centros urbanos geram mais de 80% do PIB global, mas também são responsáveis por 70% das emissões de gases de efeito estufa e, assim, devem ser líderes de ação climática para manter a meta de 1.5oC ao alcance.

 

O secretário-geral afirmou que muitas cidades do mundo todo estão se comprometendo em zerar as emissões de gases de efeito estufa até 2050 ou antes, no entanto, ele acredita que elas precisam de apoio mais coordenado de todos os níveis de governo, bem como parcerias o setor privado e a sociedade civil.

 

Densidade populacional

O ONU-Habitat estima que a população global vivendo em áreas urbanas deve aumentar de 56% para 68% até 2050, principalmente na África e no Oriente Médio.

 

Para a subsecretária-geral da ONU e diretora executiva da agência Maimunah Mohd Sharif, embora a realidade atual seja muito desafiadora, “devemos manter nosso foco e dobrar nossos esforços no desenvolvimento sustentável”.

 

Ela acredita que “um futuro melhor continua sendo possível” e que já existem roteiros para chegar lá, como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, Nova Agenda Urbana e o Acordo de Paris sobre Mudanças Climáticas.

 

A chefe da agência pediu “ação real” para implementar esses compromissos, e como um novo contrato social que inclua renda básica universal, cobertura de saúde e moradia acessível.

 

Evento

O Fórum Urbano Mundial segue até dia 30 de junho e é coorganizado com o governo da Polônia e a cidade de Katowice.

 

O local foi escolhido para a primeira realização do evento na Europa Oriental, em grande parte devido à transição bem-sucedida de um centro das indústrias de carvão e aço para uma cidade tecnológica e cultural.

 

Segundo o ONU-Habitat, mais de 16 mil pessoas são esperadas no Centro Internacional de Congressos, construído em uma antiga mina de carvão.

 

Entre os participantes estão mais de 50 ministros e vice-ministros do governo, mais de 800 funcionários e representantes do governo, além de 400 palestrantes em dezenas de eventos discutindo e elaborando políticas e soluções inovadoras.

 

Os cinco dias do Fórum devem terminar com as Ações Declaradas de Katowice, um compromisso e plano de apoio a urbanização.

 

O documento deve ser construído por representantes do governo, sociedade civil, setor privado e partes interessadas na Nova Agenda Urbana, um roteiro para a urbanização sustentável adotado em 2016 em Quito

Data de Emissão: 05-07-2022 às 07:30
Economia sem makas, edição de 04 de Julho de 2022

[ ] Porto do Lobito atribuído a consórcio europeu
[ ] Contas Nacionais economia cresce pelo quarto trimestre consecutivo
[ ] Investimento estrangeiro em queda
[ ] Despedimentos no BCI
[ ] Cobertura das eleições

Data de Emissão: 04-07-2022 às 08:00
Economia sem makas, edição de 01 de Julho de 2022

Governo criou cerca de 490 mil empregos dos 500 mil previstos alcançando 98 por cento das previsões .

 

Ministra Teresa Dias garantiu que o Executivo vai reforçar políticas que visam a empregabilidade © Fotografia por: Arimateia Baptista | Edições Novembro| Huíla

Teresa Rodrigues Dias, que falava durante o Conselho Consultivo do MAPTSS, testemunhado pelo governador da Huíla, Nuno Mahapi Dala, disse que os números alcançados representam 98 por cento, dos 500 empregos previstos pelo Executivo.

 

Na presença dos secretários de Estado do sector, a ministra Teresa Rodrigues Dias reconheceu que, por causa da pandemia da Covid-19 e da situação financeira das empresas, pelo menos 271.562 cidadãos perderam os postos de trabalho, entre 2019 e 2020.

 

Mas, a responsável ministerial realçou que os esforços do Executivo permitiram conservar um total de 219.206 postos de trabalho e manter a retoma em função da economia. Quanto ao Conselho Consultivo, procedeu-se ao balanço das actividades do Ministério, no âmbito das metas estabelecidas pelo Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2018-2022, tendo concluído que foram cumpridos 17 dos 21 objectivos previstos, o que representa 81% de execução.

 

Quanto aos efectivos da Função Pública, Teresa Rodrigues Dias avançou que, em 2018, estavam contabilizados 398.815 funcionários, números que estão, actualmente, em 400.024 trabalhadores.

Data de Emissão: 01-07-2022 às 07:30
Economia sem makas, edição de 30 de Junho de 2022

Pagamentos do Impostos sobre os veículos Automóveis

O Imposto sobre os Veículos Motorizados (IVM) foi aprovado pela Lei n.º 24/20, de 13 de Junho, que revogou a Taxa de Circulação – aprovada pelo Diploma Legislativo n.º 3837, de 30 de Julho de 1968.
Estão sujeitos ao IVM os veículos motorizados, designadamente, os automóveis ligeiros e pesados, motociclos, ciclomotores, triciclos e quadriciclos, bem como as embarcações e as aeronaves.
Todos os veículos motorizados, isentos ou não, devem estar cadastrados. Para os veículos não isentos, o pagamento do imposto deve ocorrer no período de Janeiro a Junho de cada ano, independentemente da viatura estar ou não em circulação.

0 IVM é pago, voluntariamente, no período de 1 de janeiro até ao último dia útil do mês de Junho.

Data de Emissão: 30-06-2022 às 07:30
Economia sem makas, edição 29 de Junho de 2022
A moeda nacional de Angola, o kwanza, ganhou 23% à moeda norte-americana este ano, com um dólar a valer 554,9 kwanzas a 1 de janeiro e a melhorar para 449,8 no final de março e foi a moeda mais valorizada em África

De acordo com a análise feita aos câmbios oficiais do kwanza, a moeda nacional de Angola tem-se valorizado consistentemente desde o início do ano, impulsionada pela subida dos preços do petróleo e motivando diversas implicações positivas nos indicadores económicos de Angola.

Para o governador do Banco Nacional de Angola, o valor atual a rondar os 450 kwanzas por dólar está equilibrado: “Temos estado a assistir a um aumento na confiança na moeda, gerando consideráveis ganhos para o kwanza”, disse José Lima Massano, em declarações à agência de informação financeira Bloomberg em meados de março.

“O equilíbrio do kwanza foi reposto”, considerou o governador, referindo-se à diferença que existia entre a cotação do kwanza no mercado formal e no informal, com diferenças que podiam ir até 150%, mas que agora estão praticamente anuladas.

O kwanza está a ganhar valor devido à melhoria da previsão de evolução da economia de Angola, o segundo maior produtor de petróleo na África subsaariana, e à liberalização parcial da taxa de câmbio, argumentou o governador, referindo-se à medida tomada em 2018 e que, na prática, desindexou o kwanza ao dólar, o que causou nos anos seguintes uma depreciação de “mais de 80%”.

A medida, disse Massano, era necessária para eliminar “grandes disfuncionalidades e desequilíbrios no mercado cambial angolano”, mas teve como efeito a perda do poder de compra e a subida do rácio da dívida pública face ao PIB, já que uma boa parte da dívida de Angola foi emitida em dólares.

Além do fortalecimento do kwanza face ao dólar nos últimos trimestres e do aumento das receitas fiscais por via do aumento do preço do petróleo, “os consumidores também estão a ser beneficiados pela decisão do Governo, em outubro de 2021, de cortar a taxa de IVA dos bens essenciais de 14% para 7%”, apontam os analistas da Oxford Economics Africa numa nota recente sobre a evolução da moeda angolana.

A economia de Angola saiu da recessão de cinco anos em 2021, crescendo 0,7%, segundo o Instituto Nacional de Estatística de Angola, e deverá crescer 3% este ano, de acordo com a previsão do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Data de Emissão: 29-06-2022 às 07:30
Economia sem makas, edição 28 de Junho de 2022

 

 

Joe Biden anuncia implantação de sistema fotovoltaico em Angola

O presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, anunciou, este domingo, em Elmau, Alemanha, a implantação de sistemas de produção de energia fotovoltaica em Angola.

 

O programa faz parte de uma parceria público-privada, anunciada pelo Estadista Americano, Joe Biden, à margem da cimeira do G7, que decorreu na Alemanha.

 

A parceria prevê a mobilização de dois mil milhões de dólares em capital público e privado, como doações, investimento federal e do sector privado, nos próximos cinco anos, para a construção de infra-estruturas e investimentos globais em todo o mundo.

 

Alguns projectos iniciais anunciados hoje incluem, também, a tecnologia solar em zonas rurais em Angola, a fabricação de vacinas no Senegal e um cabo submarino de telecomunicações ligando Cingapura à França, passando pelo Egito e pelo Chifre de África.

 

Hoje, Biden, ao lado dos líderes do G7, disse que os programas de investimento em infra-estruturas voltado para países de baixa e média renda, visa oferecer melhores opções para que os governos ao redor do mundo invistam em infra-estruturas que melhorem as vidas das populações, proporcionando ganhos reais para todos “e não apenas para o G7”.

 

Os Estados Unidos da América e Angola estabeleceram relações diplomáticas formais em 1993, com sector da Energia no centro das relações entre os dois países.

 

 

Desde 2002, os objectivos da política externa dos Estados Unidos da América em Angola têm sido a promoção e o fortalecimento das instituições democráticas, promover a prosperidade económica, melhorar a saúde, bem como consolidar a paz e a segurança.

 

O Presidente dos Estado Unidos da América, Joe Biden, destacou este domingo, 26 de Junho, o investimento na área da energia solar em Angola, no valor de 2 mil milhões de dólares. Joe Biden falava na Cimeira dos G7, que está a decorrer na Alemanha.

 

Joe Biden destaca, na Cimeira do G7, investimento americano em Angola

De referir que, o G7 , que junta os países mais industrializados do mundo, quer avançar com um programa de investimentos para países em desenvolvimento, e mobilizar 600 mil milhões de dólares em resposta aos imensos projectos financiados pela China.

Data de Emissão: 28-06-2022 às 07:30
Edição de 27 de Junho 2022
 

Recredit como está a recuperação do credito malparado do BPC

 

Recredit já recuperou 12,8% do valor de aquisição do crédito malparado do BPC

Até ao momento, são cerca de 37 mil milhões de Kz que a gestora de activos recuperou do seu investimento de 288 mil milhões de Kz, na compra do malparado do maior banco público.

 

Aviso BNA informação pública dos bancos 

 

Aviso BNA remessas para o exterior 

Um novo Instrutivo do Banco Bacional de Angola (BNA), determina um novo limite máximo mensal de cinco mil dólares americanos mensais por cada ordenador, para o envio de moeda para o exterior do país, mas para as remessas recebidas do exterior do país não estão sugeitas a limites.

 

Sobre operações cambiais, o instrutivo nº 06/2022, assinado pelo Governador José Massano, limita também a 5 mil dólares às operações de venda de moeda estrangeira em notas ou para o carregamento de cartões pré-pagos, por viajante residente cambial maior de 18 anos, por mês, podendo ser entregue ao cliente em notas ou carregado num cartão pré-pago.

 

Gestão do tempo de antena na TPA em pré campanha politica

Data de Emissão: 27-06-2022 às 08:00
Edição de 24 de Junho de 2022
 

O Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado angolano (IGAPE) pôs fim à privatização de 51% da seguradora ENSA por concurso e vai avançar para a alienação de acções em bolsa

Data de Emissão: 24-06-2022 às 07:30
Género(s): Economia
 
Edição de 23 de Junho de 2022
 

 

O Grupo de Prevenção e Branqueamento de Capitais da África Oriental e Austral está no   nosso país, para uma avaliação do sistema financeiro angolano.

 Um total de 15 especialistas de Portugal, EUA, Botsuana, Moçambique, Maláui, Lesoto, Namíbia, Etiópia, Zimbabué, África do Sul, Tanzânia  e Quénia integram a equipa de avaliação, que tem agendados encontros com várias instituições angolanas, entre elas a Unidade de Informação Financeira.

A avaliação mútua do sistema financeiro angolano vai decorrer entre 27 de junho e 15 de julho.

O relatório de avaliação mútua do Grupo de Ação Financeira Internacional, GAFI, sobre o sistema de prevenção e combate ao branqueamento de capitais, financiamento ao terrorismo e proliferação de armas de destruição em massa , teve  inicio em outubro de 2021 e deverá estar concluído entre Março e Abril de 2023.

Angola está a ser avaliada no âmbito do sistema de prevenção e combate ao branqueamento de capitais, em que os peritos vão avaliar  o grau de cumprimento e implementação das recomendações desde 2012, quando foi aprovado o relatório anterior e o nosso país foi admitido como membro do grupo regional do GAFI

Data de Emissão: 23-06-2022 às 07:30
Edição de 22 de Junho de 2022
 

 

VENDEDORES USAM LICENÇAS DAS FARMÁCIAS PARA SE ABASTECEREM NOS DEPÓSITOS

Um levantamento do Sindicato dos Médicos em Angola constatou que uma receita que pode custar 18.500 Kz numa farmácia é comprado por 2.000 Kz no mercado clandestino dos Kwanzas, município do Cazenga, um valor nove vezes mais baixo.

 

Graciete Xavier – Jornal Expansão

20 de Junho 2022 

Venda ilegal de medicamentos continua em Luanda 12 anos após proibição

“Temos todos os medicamentos que a senhora quiser. “Esta é a frase ouvida por todas as pessoas que entram no portão principal daquele que já foi considerado um dos maiores mercados de venda ilegal de medicamentos, o Mercado dos Kwanzas, situado no município do Cazenga. A venda, que foi proibida em 2011, ocorre de maneira clandestina, mas à vista de toda a gente, e é usada por centenas de pessoas que encontraram aqui o seu “ganha-pão”.

 

Apesar de ilegal, é nos depósitos de medicamentos que os vendedores se abastecem. Usam as licenças das farmácias para adquirir os fármacos que depois vendem, sem qualquer critério ou rigor na comercialização. Mesmo os que compram medicamentos sujeitos a receita médica conseguem comprar o fármaco. A venda ilegal e avulsa de medicamentos persiste em Luanda, apesar de ser proibida a comercialização de fármacos fora das farmácias, desde 2011.

 

Centenas de pessoas dedicam-se a este negócio, como constatou o Expansão, durante uma ronda no mercado dos Kwanzas. Apesar da venda ser feita de maneira clandestina o Expansão soube, durante uma conversa com algumas vendedoras de roupa do fardo que vendem neste mesmo mercado, que os medicamentos ficam empilhados num quintal não muito longe do mercado, expostos ao sol, alguns até fora do prazo de validade. Há ainda casos de vendedores que deixam a mercadoria nas próprias casas, por medo de a polícia descobrir a existência destes quintais.

 

Ao chegar ao Mercado dos Kwanzas, é notória a presença de vários homens espalhados pela entrada, que vão atrás de quem chega. Todos eles sussurram aos ouvidos a variedade de medicamentos que têm para oferecer e garantem que os medicamentos estão em bom estado. “Temos todo o tipo de medicamentos. Qual a senhora quer? Podemos vender com receita ou sem receita. É só dizer que dores sentes que eu vou-te vender o medicamento certo e a dor vai passar”.

 

Estas foram as frases soltas pelo senhor Jacinto, vendedor de medicamentos há mais de 22 anos no Mercado dos Kz. A todo custo o homem tentou convencer-nos a comprar medicamentos. Sob disfarce, com a intenção de obter informações, a equipa de reportagem apresentou-se como proprietária de uma farmácia nova, que precisa de se abastecer. Passada a informação, o senhor Jacinto e outros colegas empolgaram-se a explicar rapidamente como funciona o negócio e, sem qualquer receio, desvendaram os segredos do negócio. “Os medicamentos são comprados nos depósitos certificados pelo Ministério da Saúde, compramos com a licença das farmácias e depois voltamos a revender os medicamentos para elas. A verdade é que a compra de medicamentos nos depósitos só pode ser realizada se for em grandes quantidades e nem sempre as farmácias querem comprar grandes quantidades, porque na maioria dos casos só querem aumentar o stock. Por esta razão, ela nos entrega a licença, nós compramos em grandes quantidades e revendemos aqui no mercado dos Kz e nas próprias farmácias”, explicou Jacinto.

 

O vendedor, que é oriundo da República Democrática do Congo, veio para Angola há 30 anos à procura de melhores condições de vida. Esteve na província do Uíge, mas o principal objectivo era chegar à capital, onde acreditava que encontraria uma fonte de rendimento para o sustento dos quatro filhos. Hoje, como um dos vendedores mais antigos do mercado, esclarece que a venda de medicamentos acontece de forma clandestina, porque a Polícia Económica aparece com bastante frequência e se alguém for encontrado a vender é multado. O valor da multa chega até aos 316 mil Kz.

 

Mário, outro vendedor, diz que o mercado recebe clientes que vêm à procura de todo o tipo de medicamentos, desde fármacos a produtos tradicionais, e até aquilo que os vendedores chamam de “medicamentos secretos”. Estes últimos não são vendidos nas bancadas, por medo polícia. Por esta razão, os vendedores ficam à porta do mercado para chamar os clientes e assim que dizem o que querem vão buscar o medicamento que fica no “processo” (quintal ou armazém onde ficam guardadas as mercadorias que são vendidas nos mercados informais, desde roupa, calçado, comida, fruta e também medicamentos, que ficam em condições impróprias para consumo face à grande exposição ao calor).

 

Santos Nicolau, bastonário da Ordem dos Farmacêuticos de Angola, diz que o comércio de remédios nos mercados informais está longe de acabar, devido ao seu baixo preço. Outros recorrem a eles por não terem receita médica.

 

Um levantamento do Sindicato dos Médicos em Angola permitiu constatar que uma receita que pode custar 18.500 numa farmácia chega a ser comprada por 2.000 Kz na clandestinidade. Este esquema não envolve apenas os vendedores e os proprietários das farmácias. Segundo Santos Nicolau, os gerentes dos depósitos de medicamentos, em muitos casos, até vendem os medicamentos aos comerciantes sem licença das farmácias, com o objectivo de vender com maior rapidez.

 

“Isso é um esquema que convém aos donos dos depósitos dos medicamentos. Há depósitos que só têm cinco clientes oficiais, o que faz com que os produtos demorem mais tempo para sair. O que esses gestores fazem é conseguir pelo menos mais 20 comerciantes informais, a quem vendem a um preço mais baixo em relação às farmácias, garantindo sempre o lucro. Isto é uma máfia”, resumiu.

 

 

Data de Emissão: 22-06-2022 às 07:30
Género(s): Comentário, Economia
 
Edição de 21 de Junho de 2022
 

Sobre os direitos dos trabalhadores em Angola a propósito do acordo do projecto Hidroeléctrico de Caculo Cabaça, município de Cambambe, Cuanza-Norte

Caculo Cabaça é uma vila e comuna angolana que se localiza na província de Cuanza Norte, pertencente ao município de Banga.

 

 

Data de Emissão: 21-06-2022 às 07:30
Edição de 20 de Junho de 2021
 

O Novo Aeroporto Internacional de Luanda baptizado com o nome “Dr. António Agostinho Neto” realizou na  sexta-feira,17, o primeiro voo experimental, através de uma aeronave do tipo Boeing 777 da companhia de bandeira nacional TAAG.

Preços baixos da energia afastam investidores do sector

 Angola adere à transparência indústria extractiva

Ainda o orçamento do Petro

Recenseamento eleitoral

Data de Emissão: 20-06-2022 às 08:00
Género(s): Comentário, Economia
 
Edição de 13 de Junho de 2022
 

Subida dos juros para combater inflação na Europa e nos EUA ameaça economia mundial (e angolana)

Reestruturação das grandes Empresas públicas reafirmada no conselho consultivo do MinFin

As Profissões dos deputados angolanos

Este sábado, TPA deu 108m30s ao comício do MPLA no Moxico e 1m11s ao comício da UNITA em Cabinda

Data de Emissão: 13-06-2022 às 08:00
Género(s): Debate, Entrevista, Opinião
 
Edição de 06 de Junho de 2022
 

Temas:

[ ] Angola tem a taxa mais alta de empreendedorismos do mundo mas também é o País onde é mais difícil empreender
[ ] BNA crédito à habitação
[ ] Contas das empresas públicas IGAPE
[ ] Jornal diz que Indicador de confiança melhorou antes do indicador sair
[ ] A “incompetência” de Chivukuvuku na recolha de assinaturas para formar PRA JA

Data de Emissão: 06-06-2022 às 08:00
Género(s): Economia
 
Edição de 01 de Junho de 2022
 

BNA baixa coeficiente de reservas obrigatórias em moeda nacional

Segundo o governador do BNA, José Massano, pese embora as incertezas e os riscos associados ao contexto económico externo e potenciais impactos sobre a economia nacional, ainda em fase de recuperação, o actual curso da política monetária mantém-se adequado ao alcance do objectivo da inflação.

 

O Banco Nacional de Angola (BNA) reduziu o coeficiente das reservas obrigatórias dos Bancos Comerciais, em moeda nacional, de 22% para 19%, este mês e até Julho chega a 17%.

A decisão saiu esta terça-feira da 105ª Reunião Ordinária do Comité de Política Monetária (CPM) do Banco Nacional de Angola (BNA), realizada no Lubango, província da Huíla, tendo analisado o comportamento recente e as perspectivas dos principais indicadores económicos, com o propósito de avaliar o quadro macroeconómico e buscar soluções que contribuam para uma contínua estabilidade dos preços.

O CPM decidiu, igualmente, manter inalterado o coeficiente das reservas obrigatórias em moeda estrangeira em 22%, assim como as taxas básica de juro (Taxa BNA) em 20%, de facilidade permanente de cedência de liquidez em 25% e a de absorção de liquidez em 15%.

Segundo o governador do BNA, José Massano, que falava em conferência de imprensa no final dos trabalhos, pese embora as incertezas e os riscos associados ao contexto económico externo e potenciais impactos sobre a economia nacional, ainda em fase de recuperação, o actual curso da política monetária mantém-se adequado ao alcance do objectivo da inflação.

Ainda assim, segundo o responsável, face à necessidade de fortalecimento dos instrumentos de transmissão da política monetária, o CPM decidiu reduzir os níveis de imobilização financeira, iniciando o processo gradual de redução do coeficiente das reservas obrigatórias, em moeda nacional, em cinco pontos percentuais e intensificar as operações de mercado aberto.

A próxima reunião ordinária do CPM do Banco Nacional de Angola realizar-se-á no dia 29 de Julho de 2022, na província de Cabinda.

Data de Emissão: 01-06-2022 às 07:00
Género(s): Economia
Tópicos(s): BNA
Edição de 31 de Maio de 2022
 

ECONOMIA

Gás volta a superar diamantes e é o segundo maior produto de exportação de Angola

EXPORTAÇÃO DE GÁS MAIS DO QUE TRIPLICOU EM 2021

Caminho da diversificação económica de Angola também está atrelado a um produto associado ao petróleo. Em 2012 as exportações de gás valiam menos de 1% do total das exportações e em 2021 já valem 11%. No ano passado, o gás rendeu mais do dobro do valor das vendas de diamantes para o exterior.

Data de Emissão: 31-05-2022 às 07:00
Género(s): Economia
Tópicos(s): Gás, Sonangol
Edição de 30 de Maio de 2022
 

Petro de Luanda, custa 36,4 milhões de Dólares ano a Sonangol em 2022, segundo o seu orçamento 

REGIME JURÍDICO APROVADO

Estado pode apropriar-se de bens e participações sociais

 

Bens móveis e imóveis, e participações sociais de pessoas singulares ou colectivas privadas, podem ser objecto de apropriação pública, no todo ou em parte, quando estejam em causa motivos de interesse nacional, como a segurança nacional e alimentar, a saúde pública, o sistema económico e financeiro, o fornecimento de bens ou a prestação de serviços essenciais. 

A Proposta de Lei que estabelece o Regime Jurídico da Apropriação Pública que consagra este princípio foi aprovada, na generalidade, pelos deputados esta quarta-feira, 2 de Março, com 123 votos a favor, nenhum contra e 36 abstenções. 

O diploma consagrada igualmente os princípios do respeito pela propriedade privada, da proporcionalidade, da subsidiariedade e da igualdade, bem como estabelece os procedimentos de apropriação pública por via da nacionalização, da entrega voluntária de bens e por via da declaração judicial de transferência de bens para o Estado.

Com este diploma, segundo o ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, a nacionalização realiza-se por acto próprio do Presidente da República. 

Outro acto administrativo para a nacionalização deve justificar a razão de ser e o interesse público subjacente a tal medida. 

O mecanismo de entrega voluntária de bens, explicou o ministro, pretende reforçar o actual procedimento de entrega voluntária de bens adquiridos pela prática de actos ilícitos lesivos ao património público, introduzindo determinadas formalidades que permitem garantir maior certeza e segurança jurídica ao procedimento. 

“Nos termos desta Proposta de Lei, a entrega voluntária não extingue os procedimentos criminais ou de outra natureza, relacionados com bens objectivos de entrega, mas pode funcionar como circunstância atenuante nos termos da Lei Penal”, clarificou.  

O diploma consagra também o direito à indemnização que ocorre na apropriação pública, por meio da nacionalização, e na declaração judicial de transferência de bens a favor do Estado, e permite que os bens apropriados sejam reprivatizados.

 

FMI elogia esforços de Angola, mas avisa que o país continua muito dependente do petróleo

Edição de 26 de Maio de 2022
 

O presidente do Senegal, Macky Sall, atual presidente da União Africana, apelou à criação de uma agência de notação financeira pan-africana, considerando que as agências internacionais exageram o risco de investimento em África, aumentando o custo de financiamento.

 

O presidente do Senegal, Macky Sall reclama uma reforma do Conselho de Segurança da ONU por considerarem que não serve os interesses do continente africano.

Data de Emissão: 26-05-2022 às 07:30
Género(s): Comentário, Economia
 
Edição de 25 de Maio de 2022
 

Aumento dos Salários da Função pública e Pensões de Reforma

Data de Emissão: 25-05-2022 às 08:00
Edição de 23 de Maio de 2022
 

 

[ ] Aumento dos angolanos não disponíveis para trabalhar reduz desemprego

[ ] Administradores do BNA ganham mais do que os colegas americanos 

[ ] As acções do BAI estão caras ou estão baratas?

[ ] Por que o preço da gasolina não pode ou pelo menos não deve baixar

Data de Emissão: 23-05-2022 às 08:00
Edição 11 de Maio de 2022
 

TEMA…

Emprestimo de usd 500 milhões do Banco Mundial a Angola assinado ontem.

Como não almoços grátis Angola compromete-se a fazer uma seriende reformas como retirar os subsídios aos combustíveis e a energia e água

Edição 04 De Maio 2022
 

ECONOMIA SEM MAKAS 

Fraudes com multicaixa express obrigam EMIS a fazer comunicado alertando utilizadores do serviço sobre medidas de segurança

Data de Emissão: 04-05-2022 às 07:10
Género(s): Comentário
 
Edição 26 Abril 2022
 

 intervenção do BNA no mercado de câmbios comprando diamantes para evitar a volatilidade da taxa de câmbio que já apreciou 31,3% este ano

Data de Emissão: 26-04-2022 às 07:00
Género(s): Comentário
 
Edição 19 Abril 2022
 

TEMA

Banco mundial diz que Sub investimento no capital humano em capital físico é humano ameaça a redução da pobreza é a diversificação da economia e deixa Angola exposta ao petróleo, à pandemia e as alteração climáticas

Data de Emissão: 19-04-2022 às 07:30
Género(s): Economia
 
Edição 18 Abril 2022
 

TEMA:

[ ] BNA prepara mudança de método de controlo da inflação que desceu pelo segundo mês consecutivo em Março
[ ] FMI pede calma nas privatizações
[ ] Banco Standard Chartered sai de Angola
[ ] Governo aprova financiamento para o Santuário da Muxima

Data de Emissão: 18-04-2022 às 08:00
Edição 15 Abril 2022
 

TEMA:

Hoje fazemos 3 anos e por isso proponho falarmos de nós. Se tivermos tempo podemos abordar a inflação que voltou a desacelerar em Março para 27% face aos 27,33 de Fevereiro

Data de Emissão: 15-04-2022 às 07:30
Género(s): Economia
 
Edição 14 Abril 2022
 

TEMA:

Vamos voltar ao tema do tribunal de contas que respondeu em comunicado dizendo que não tem de prestar contas ao ministério das finanças. Em alternativa podemos falar das privatizações onde o FMI aconselha prudência ao governo.

Data de Emissão: 14-04-2022 às 07:30
Género(s): Economia
 
Edição 13 Abril 2022
 

MANCHETE:

Os 21 de anos do tribunal de contas. O tribunal que tem a missiones fiscalizar as contas públicas nao presta contas segundo a conta geral do estado preliminar do MinFin de 2020 o TC foi o unico órgão de soberania que não remeteu ao ministério das finanças o relatório de gestão de 2020

Data de Emissão: 13-04-2022 às 07:30
Género(s): Economia
 
Edição 12 Abril 2022
 

TEMA:

Banco mundial prevê que cerca de metade do PIB ucraniano desapareça com a invasão russa só este ano. Decisão de Putin pode custar uma recessão superior a 11% ao seu próprio país.

Data de Emissão: 12-04-2022 às 08:34
Género(s): Economia
 
Edição 08 Abril 2022
 

TEMA:

Entrada no Mercado da Africell

Data de Emissão: 12-04-2022 às 07:34
Género(s): Economia
 
Edição 11 Abril 2022
 

TEMA:

Temas 100 makas 
[ ] Banca: Bodiva regista compra do bci pela Carrinho
[ ] BNA renova programa de crédito à economia
[ ] Angola emite 1,75 milhões eurobonds
[ ] Correios e CFB reactivam serviços de remessas postais
[ ] Oxford Economics prevê que Angola cresça 3% este ano

Data de Emissão: 11-04-2022 às 08:00
Edição 7 Abril 2022
 

Presidente da caixa geral de depósitos o banco público angolanos que tem 51% da caixa geral Angola

Data de Emissão: 07-04-2022 às 07:12
Género(s): Comentário
 
Edição de 31 de Março de 2022
 

Oitocentos e cinquenta e oito mil (858) milhões de kwanzas é o montante disponibilizado pelo Executivo angolano no quadro de um fundo destinado ao crédito à habitação.

A informação foi prestada pelo governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Massano Júnior, em declarações à imprensa, esta quarta-feira, no final de uma reunião da Comissão Económica do Conselho de Ministros, orientada pelo Presidente da República, João Lourenço.

Adiantou que o montante, equivalente a 1,7 milhões de dólares, visa estimular o acesso à casa própria com recurso ao crédito bancário.

Explicou que a medida visa permitir com que os bancos comerciais  concedam crédito até 100 milhões kwanzas, por mutuário, para aquisição de casa própria a casais.

Referiu que o empréstimo, a título individual, pode ir até 50 milhões de kwanzas.

O governador do BNA informou que o crédito deve ter uma maturidade máxima de 25 anos, com taxa de juros de 7,5 %.

Salientou que a banca exigirá, para concessão da facilidade bancária, garantias que podem ser pessoal ou fiança.

Massano Júnior disse que, criadas as facilidade de crédito até 10%, as  as entidades promotoras de projectos de construção para fins habitacionais.

Deu conta que os bancos comerciais terão até 60 dias para organizar o processo de facilitação do créditos à habitação e a construção de moradias nas modalidades a indicadas.

EMPRÉSTIMOS A HABITAÇÃO ANUNCIADO HOJE PELO GOVERNADOR DO BNA.

CÁLCULOS FEITOS ATÉ AO TETO MÁXIMO ISTO É 100 MILHÕES E 50 MILHÕES
===============================

Prazo: 25 anos = 300 Prestações
Taxa de juros = 7%
Montante: 100.000.000,00 (Para Casal)
50.000.000,00 (Para solteiro/Individual.
=============================
Contas Básicas para um empréstimo de 100.000.000,00
Prestação mês = 333.333,00 Akz
Juros Mês = 575.342,00 Akz
=========
Total Amort+Juros 908.675,00 Akz

Suponhamos que a taxa de esforço seja de 40%

Só pode pedir o empréstimo quem tiver uma remuneração mensal de Akz. 2.324.000,00 neste caso o casal.

Alguém me pode explicar qual o trabalhador ou casal que pode se candidatar a este empréstimo?

Quem aufere este salário ?
================================

Contas Básicas para um empréstimo de 50.000.000,00
Prestação mês = 166.666,00 Akz
Juros Mês = 287.671,00 Akz
=========
Total Amort+Juros 454.337,00 Akz

Suponhamos que a taxa de esforço seja de 40%

Só pode pedir o empréstimo quem tiver uma remuneração mensal de Akz. 1.200.000,00 neste caso individual

===============================
Contas feitas por alto pois os juros mensais vão baixar atendendo a que o capital em dívida vai diminuindo com as prestações pagas.

 

 

Data de Emissão: 31-03-2022 às 08:00
Género(s): Comentário, Economia
Tópicos(s): BNA, José de Lima Massano
Edição 30 De Março 2022
 

O petróleo Brent fechou em queda de US$ 2,25, ou 2%, a US$ 110,23 o barril, enquanto o petróleo dos EUA (WTI) caiu US$ 1,72, ou 1,6%, a US$ 104,24.

As ações europeias subiram nesta terça-feira (29), acompanhando a força dos mercados asiáticos e de Wall Street, uma vez que as discussões de paz entre Rússia e Ucrânia renderam o sinal mais tangível de progresso para a negociação do fim da guerra.

Data de Emissão: 30-03-2022 às 07:29
Género(s): Comentário
 
Edição 29 de Março 2022
 

TEMA:

  1. Concessão do Porto de carga geral
  2. Contentores Lobito aos chineses da CITIC e SPG
Data de Emissão: 29-03-2022 às 07:15
Edição 28 de Março 2022
 
  1. Semana passada falou-se muito de dívida: Universidade chinesa disse que Angola tem o maior serviço da dívida com a China; ministra Vera Daves de Sousa disse que Angola pode emitir eurobonds a qualquer momento; chefe da equipa económica Manuel Nunes Júnior disse que dívida vai baixar para 84% do PIB.
  2. Relatório centro investigação económica da universidade lusíada teme por Angola com a aproximação do fim do Cinvestec
  3. Novo aeroporto de Luanda pronto dentro de um ano com excesso de capacidade
  4. Porto do Lobito entregue aos chineses da CITIC
Edição 25 de Março 2022
 

MANCHETES

SÃO VICENTE EX PATRÃO DAS TRÊS AS CONDENADO NOVE ANOS DE PRISÃO; 

JORNALISTAS PREOCUPADOS COM CONFISCO DE MAIS ÓRGÃOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL; 

ALIMENTOS ESCASSOS. COMIDA DIFICIL. ALERTA DA ONU DEVIDO AO AUMENTO DE TESSÕES E GUERRAS PELO MUNDO;

UM MÊS DEPOIS DA GUERRA DA RUSSIA CONTRA A UCRANIA. CONTINUAM AS INCERTEZAS; 

NATO AUMENTA TROPAS E APOIA A UCRANIA;

Data de Emissão: 25-03-2022 às 07:15
Género(s): Noticiário
 
Edição 25 de Março 2022
 

Estamos sempre a falar do que nós devemos aos outros, hoje vamos falar do que os outros nos devem: em 31 de Dezembro de 2020, 12 países, dos quais 11 africanos, deviam a Angola usd 925 milhões

Data de Emissão: 25-03-2022 às 07:13
Género(s): Comentário
 
Edição 24 Março 2022
 

sobre a transferência de competências do governo central para os governos provinciais (234 segundo o Expansão) e dos governos provinciais para os municípios (2389) no âmbito da desconcentrarão administrativa

Data de Emissão: 24-03-2022 às 07:13
Género(s): Comentário
 
Edição 23 Março 2022
 

uma conferência Pan africana sobre a dívida em que um dos temas era se podemos criar formas de financiamento do desenvolvimento em que sejam os africanos a ditar as regras dos financiamentos.

Data de Emissão: 23-03-2022 às 07:12
Género(s): Comentário
 
Edição 22 De Março 2022
 

o primeiro trimestre do mercado segurador que registou um crescimento de 23%

Data de Emissão: 22-03-2022 às 07:13
Género(s): Comentário
 
Edição 21 De Março 2022
 

ECONOMIA ‘’100’’ MAKAS
1. Consumidor confiança
2. Relatório social CEIC
3. Valorização do Kz
4. 1.º de Agosto
5. Derrame em Cabinda (A MFM foi a primeira a fazer a denuncia e retomou o caso sábado, com a informação do inicio da contenção do vazamento)
6. Congresso UNITA TC

Data de Emissão: 21-03-2022 às 08:00
Género(s): Comentário
 
Edição 16 Março 2022
 

A inflação que desceu pela primeira vez em 8 meses.

Data de Emissão: 16-03-2022 às 07:12
Género(s): Comentário, Economia
 
Edição 15 Março 2022
 

e o inquérito de conjuntura do INE que revela que revela que os empresários optimistas sobre a evolução da economia no curto prazo estão praticamente empatados com os pessimistas

Data de Emissão: 15-03-2022 às 07:12
Género(s): Comentário
 
Edição 14 Março 2022
 

] Combustíveis: dados da Sonangol sugerem que igape subavalia subsídios aos combustíveis
[ ] SODIBA asfixiada financeiramente
[ ] Governo mantém previsões OGE apesar da subida do petróleo
[ ] Banco Mundial diz que comida vai subir 20%

Data de Emissão: 14-03-2022 às 08:00
Género(s): Comentário
 
Edição 10 Março 2022
 

ECONOMIA SEM MAKAS EDIÇÃO DE 10 03 2022

COM CARLOS ROSADO DE CARVALHO MODERAÇÃO DE MANUEL VIERA E O SUPORTO TECNICO DE PEDRO OLIVEIRA 

Data de Emissão: 14-03-2022 às 07:09
Género(s): Comentário
 
Edição 08 Março 2022
 
  1. A economia da invasão da Ucrânia com ênfase no petróleo que está em máximos desde 2008

2.Embaixador da China acredita que Angola vai pagar as dívidas

  1. Embaixador da Noruega aconselha Angola a replicar organização do sector petrolífero para outros sectores
  2. BPC com prejuízo 80,7 milhões
Data de Emissão: 08-03-2022 às 07:12
Género(s): Comentário
 
Edição 07 Março 2022
 

telecomunicações mais problemas com chamadas na UNITEL que é acusada pela Africell de extorsão

Data de Emissão: 07-03-2022 às 07:12
Género(s): Comentário
 
Edição 04 Março 2022
 

 alterações aos limites de entrada e saída de Angola com moeda estrangeira decididos pelo BNA.

Data de Emissão: 04-03-2022 às 07:11
Género(s): Comentário
 
Edição 03 Março de 2022
 

O governo  gastou 858,11 mil milhões KZ   nos primeiros nove meses de 2021 a subsidiar combustíveis.

Data de Emissão: 03-03-2022 às 07:11
Género(s): Comentário, Economia
 
Edição 2 Março 2022
 

o novo record do petroleo nos 110 usd máximo desde junho de 2014. 

 

Data de Emissão: 02-03-2022 às 07:14
Género(s): Comentário, Economia
 
Edição 1 Março 2022
 

Temas 100 makas 20220228
[ ] Invasão da Ucrânia e a economia
[ ] Sonangol regressa aos lucros
[ ] Grandes importadores com acesso ao mercado grossista de divisas
[ ] Angola quer liderar economia digital no continente

Data de Emissão: 01-03-2022 às 07:12
Género(s): Comentário
 
Edição 28 Fevereiro 2022
 

TEMAS 100 MAKAS 20220228

 

1 – Invasão da Ucrânia e a economia

A invasão a Ucrânia pela Rússia, chegou  numa altura delicado para a economia mundial, que estava apenas a começar a se recuperar dos estragos do COVID.

A guerra pode agora ter consequências econômicas de longo alcance, à medida que os mercados financeiros caem e o preço do petróleo dispara.

2 – SONANGOL regressa aos lucros

-A Sonangol perspetiva fechar as contas de 2021, com resultados operacionais positivos, contrariamente do que aconteceu em 2020.

– O homem forte da Sonangol revelou também, que a empresa conseguiu reduzir, significativamente, o volume da sua dívida que anda à volta, agora, em 1,712 mil milhões de dólares.

– A venda de 18 activos da Sociedade de Combustíveis de Angola (Sonangol) no país e no exterior renderam, até ao momento, USD 84 milhões, desde o início do processo de privatizações em curso.

– Em 2021, no quadro deste processo de privatizações, coordenado pelo Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE),  adstrito ao Ministério das Finanças, a Sonangol  desinvestiu 13 activos  avaliados em cerca de USD 35 milhões.

-.-

2 – Grandes importadores com acesso ao mercado grossista de divisas

3  – Angola quer liderar economia digital no continente

– O país pretende posicionar-se como uma economia digital líder em África através da implementa­ção da Iniciativa Smart Angola, que trará benefícios, quer para o mercado nacional, como para os cidadãos.

– Manuel Homem – ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Manuel Homem, no encontro que manteve com um dos membros da família governante do Emirado do Dubai, sheikh Ahmed Al Maktoum.

Data de Emissão: 28-02-2022 às 07:09
Género(s): Comédia
Tópicos(s): Rússia, Sonangol, Ucrânia
Edição 25 Fevereiro 2022
 

O balanço do primeiro dia da invasão da Ucrânia. 

Data de Emissão: 25-02-2022 às 07:15
Género(s): Comentário
 
Edição 24 Fevereiro 2022
 

O livros dos 3 maiores bancos que dispararam em 2021

Data de Emissão: 24-02-2022 às 07:14
Género(s): Comentário
 
Edição 23 Fevereiro 2022
 

Vamos falar sobre os livros dos 3 maiores bancos que dispararam em 2021

Data de Emissão: 23-02-2022 às 07:16
Género(s): Comentário
 
Edição 22 Fevereiro 2022
 

Inevitavelmente As potenciais consequências económicas da situação na Ucrânia. 

 

Data de Emissão: 22-02-2022 às 07:13
Género(s): Comentário
 
Edição 21 Fevereiro 2022
 

1.Ministro da economia e o crédito à economia

2.Preço do BAI versus preço BCI

3.150 mil milhões da UE para África

4.Aumento dos juros e da inflação ameaçam África

  1. Despesas com Institutos públicos aumentam
Data de Emissão: 21-02-2022 às 08:00
Género(s): Comentário
 
Edição 18 Fevereiro 2022
 

falta de gás de botija no país e a negação das evidências pela Sonangol.

Data de Emissão: 18-02-2022 às 07:17
Género(s): Comentário
 
Edição 17 Fevereiro 2022.
 

Vamos falar sobre o desemprego no IV trimestre de 2021:

desceu globalmente de 34,1% para 32,9% mas subiu ligeiramente entre os jovens de 59,2% para 59,8%

 

Data de Emissão: 17-02-2022 às 07:14
Género(s): Comentário
 
Ediçao 16 Fevereiro 2022
 

A reabertura da ZAP. O novo fiel depositário – o Ministério da Comunicação Social – meteu uma cunha à tutela – o Ministério da Comunicação Social – e resolveu o problema da suposta falta de licença. Será tráfico de influências?

 

#ECONOMIA_SEM_MAKAS

Data de Emissão: 16-02-2022 às 07:16
Género(s): Comentário
 
Edição de 15 Fevereiro de 2022
 

CONFUSÃO NA TITULARIDADE DO CAPITAL SOCIAL ADIA MAIS UMA VEZ A ASSEMBLEIA DA UNITEL

Data de Emissão: 15-02-2022 às 07:16
Género(s): Comentário
 
Edição 14 Fevereiro 2022
 
  1. Inflação abre ano em alta, ignorando reserva estratégica
  2. Contas nacionais salários continuam a perder peso no PIB
  3. Angola entre os cinco países mais frágeis em termos de endividamento
  4. Cada acção do BAI vale Kz 18 100
Data de Emissão: 14-02-2022 às 07:20
Género(s): Comédia
 
Edição 11 Fevereiro 2022
 

# A proposta das mulheres deputadas que pretendem alargar para 6 meses a baixa pós parto.

Data de Emissão: 11-02-2022 às 07:18
Género(s): Comentário
 
Edição 10 Fevereiro 2022
 

#- conferência do Tribunal Constitucional

sobre os 12 anos de constituição que aconteceu ontem num hotel de Luanda e que colocou como principal desafio a resolver o método de eleição do Presidente da República

Data de Emissão: 10-02-2022 às 07:13
Género(s): Musical
 
Edição de 09 Fevereiro de 2022
 

A agência de notação financeira Standard & Poor’s (S&P) melhorou na semana passada o rating de Angola para B-, a terceira melhoria recente pelas 3 principais agências

Data de Emissão: 09-02-2022 às 07:16
Género(s): Comentário
 
Edição 07 de Fevereiro de 2022
 

Temas 100 makas:
[ ] BNA alerta para pirâmide
[ ] Angola 10.° melhor destino para investir
[ ] Privatização Pumangol
[ ] Mudanças na liderança do INE
[ ] BCE muda discurso sobre subida dos juros

Data de Emissão: 07-02-2022 às 08:00
Género(s): Comentário
 
Edição 8 Fevereiro 2022
 

O balanço de quarto meses da nova administração da TAAG

Data de Emissão: 04-02-2022 às 07:15
Género(s): Comentário
 
Edição 4 Janeiro 2022
 

Economia Sem Makas:

A proposito do 4 de Fevereiro vamos falar dos apelos para a necessidade de diálogo entre políticos e até de um pacto de regíme vindos de diversos quadrantes como a CEAST e de líderes de opinião.

Data de Emissão: 04-02-2022 às 07:13
Género(s): Comentário
 
Edição 03 Fevereiro de 2022
 

CREDITOS MALPARADO DO BPC.

RECREDIT FICOU COM O CREDITO TODO

Data de Emissão: 03-02-2022 às 07:10
Género(s): Comentário, Economia
 
Edição de 02 Janeiro de 2022
 

notícia exclusiva do 100 makas: a ICTSI recorreu da decisão da comissão de avaliação da concessão do Porto do Lobito que propôs como vencedor os chineses da CITIC/SPG.

Data de Emissão: 02-02-2022 às 07:18
Género(s): Comentário
 
Edição 02 de Fevereiro de 2022
 

TOPICO

1 ICTSI recorreu da decisão da comissão de avaliação da concessão do Porto do Lobito que propôs como vencedor os chineses da CITIC/SPG

2 O grupo filipino International Container Terminal Services (ICTSI) venceu.

Data de Emissão: 02-02-2022 às 07:09
Género(s): Economia
 
Edição de 01 de Fevereiro de 2022

Angola: Governo aprova aumento do salário mínimo nacional em 50%

O Conselho de Ministros angolano aprovou esta segunda-feira (31.01) a proposta de aumento do salário mínimo nacional na ordem dos 50%. Medida deixa de fora titulares de cargos de cargos políticos, lideranças e chefias.

   Esta medida, que visa devolver o poder de compra das famílias angolanas, afetado pela conjuntura económica do país, foi anunciada na sexta-feira (28.01) pelo líder do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no poder, João Lourenço.

No final da reunião de Conselho de Ministros, presidida pelo chefe de Estado angolano, João Lourenço, a ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS), Teresa Dias, disse que antes da decisão foi realizado um trabalho por um grupo técnico, integrado pelo Governo e parceiros sociais, entre os quais as principais forças sindicais do país.

Teresa Dias disse que este estudo permitiu encontrar um ponto de equilíbrio entre os dois grupos, chegando-se à conclusão de que devia haver um impacto do salário mínimo nacional na ordem do 50%.

“Aí ficou perfeitamente ajustado entre as partes, que, quer nos vários setores, da agricultura, a título meramente exemplificativo, sairíamos dos 21.454 kwanzas (36 euros) para 32.181,15 kwanzas (54 euros), passaríamos, nos transportes, serviços e indústria transformadora, como salário mínimo de 26.817 kwanzas (45 euros) para 40.226,00 Kwanzas (67,5 euros), no comércio e indústria de 32.000 kwanzas (53,7 euros) para 48.271 kwanzas (80,9 euros)”, referiu a ministra.

Para a ministra, nesta proposta estão representados todos os interesses, no âmbito das negociações que tiveram, quer com os sindicatos, quer com as entidades patronais.

“O que se entendeu é que deveríamos, numa primeira fase, ter uma abordagem que permitisse, pela primeira vez, termos uma diferenciação positiva, isto é, dentro dos vários cenários feitos e, de acordo com as nossas disponibilidades financeiras, entendemos que deveríamos impactar mais nas classes mais baixas, para poder ir diminuindo percentualmente as classes mais altas”, salientou.

No primeiro cenário, explicou a ministra a título de exemplo, os auxiliares de limpeza passam dos 33.598,36 kwanzas (56,4 euros) para os 67.807,59 kwanzas (113,8 euros), correspondente a um impacto de 102% sobre o salário anterior.

“Este exercício de maior impacto foi das classes não técnicas até às classes técnicas, dos técnicos superiores de terceira, até ao professor catedrático, nós apenas fizemos uma sinalização como um impacto no valor de 4% apenas, sendo as classes mais baixas aquelas que mais incrementamos”, frisou.

Data de Emissão: 01-02-2022 às 07:20
Género(s): Economia
Tópicos(s): Aumentos salariais
Edição 31 Janeiro 2022
 

 

A nacionalização da ZAP
Governo seduz trabalhadores com aumentos salariais e a alteração da lei do trabalho
BNA mantém juros
O que se passa com o Finibanco? Vai fundir-se com o BNI ou com a Caixa Geral
Melhorias sustentada do Índice de Corrupção, mas…

 
 
Edição 28 Janeiro 2022
 

Petróleo brema sobe a números já mais vistos desde 2014 :

O petróleo  brema subiu nesta quarta-feira (26 De Janeiro 2022 ), chegando a US$ 90 o barril pela primeira vez em sete anos, apoiado em uma oferta apertada e crescentes tensões políticas entre Rússia e Ucrânia somadas a preocupações sobre mais interrupções em um mercado já apertado.

Data de Emissão: 28-01-2022 às 07:15
Género(s): Comentário, Economia
 
Edição 27 Janeiro 2022
 

Emissão de eurobonds que Angola irá fazer este ano, confirmação feita por Vera Daves de Sousa a seguir à reunião da comissão económica

Data de Emissão: 27-01-2022 às 07:14
Género(s): Comentário
 
Edição 26 Janeiro 2022
 
  • CONCURSO DO CORREDOR DE LOBITO 
Data de Emissão: 26-01-2022 às 07:15
Género(s): Comentário
 
Edição 25 Janeiro 2022
 

o mercado automóvel que em 2021 registou o primeiro aumento de vendas em 7 anos.

Data de Emissão: 25-01-2022 às 07:26
Género(s): Comentário
 
Edição 24 de Janeiro de 2022
 

1- Fitch melhora classificação de risco de Angola
2- Relatório FMI
3- Entreposto Aduaneiro de Angola na falência
4- Carros chineses lideram mercado
5-  Incubadora empresas

Data de Emissão: 24-01-2022 às 08:00
Género(s): Economia
Tópicos(s): Fitch
Edição 21 Janeiro 2022
 

Receitas das privatizações.

  • Metade das receita são de facto um swap (troca) em que a Sonangol trocou, a participação na puma energy pela totalidade do capital da Pumangol ou seja a Pumangol foi nacionalizada
Data de Emissão: 21-01-2022 às 07:21
Género(s): Comentário
 
Edição de 21 de Janeiro de 2022

O Executivo encaixou 850 mil milhões de kwanzas ao longo de três anos de implementação do Programa de Privatizações (Propriv) e alienou 64 activos entre 2020 e 2021.

 

 

 

Edição 20 Janeiro 2022
 

Falta de financiamento das organizações africanas a propósito da cimeira da comunidade económica da África Central.

Data de Emissão: 20-01-2022 às 07:22
Género(s): Comentário
 
Edição 19 Janeiro 2022
 

Poupança – lucro de 262 mil milhões.

pagamento em atrasos feitos pelo estado.

Data de Emissão: 19-01-2022 às 08:00
Género(s): Comentário
 
Edição de 18 de Janeiro de 2022
Data de Emissão: 18-01-2022 às 07:11
Género(s): Comentário, Noticiário
 
Edição de 17 de Janeiro de 2022

Banco de Fomento Angola (BFA)  diz que economia ainda vai crescer 3,9% em 2022

 

Centro de investigação económica da Universidade Lusíadas de Angola (Cinvestec,), fala do despesas ocultas do OGE

 

Índice da Transparência mostra que divulgação pública dos rendimentos dos políticos fortalece o combate à corrupção

 

Os países onde são conhecidos os bens dos servidores públicos lideram o Índice de Percepção de Corrupção e têm melhores ambientes de negocio. Por cá, as declarações de bens dos políticos e servidores públicos continuam “trancadas a sete chaves” e só podem ser desbloqueadas por ordem judicial e ainda assim o seu conteúdo fica em segredo de justiça.

 

 

 

 

Economia Sem Makas- Edição 14 Janeiro 2022

Visita do PR de Cabo Verde a Angola.

 

Balanço

Data de Emissão: 14-01-2022 às 16:00
Género(s): Comentário
Tópicos(s): PR de Cabo Verde
Edição de 13 Janeiro 2022
 

A inflação estabilizou em Dezembro, fechando o ano nos 27%, o pior ano desde 2016. Mas há sinais positivos. O aumento do preço da comida desacelerou registando o aumento mensal mais baixo desde Agosto de 2019

Data de Emissão: 13-01-2022 às 07:13
Género(s): Comentário
 
Edição de 12 Janeiro 2022
 

Activos recuperados 

Encerramento da ZAP Viva

  Encerramento da zap viva provasse que o governo não tem plano para os activos recuperados ou intervencionados

Data de Emissão: 12-01-2022 às 07:12
Género(s): Comentário
 
Edição de 07 Janeiro 2022
 

entrevista colectiva do PR

Abordagem mais política nomeadamente o modelo escolhido.

Data de Emissão: 07-01-2022 às 07:23
Género(s): Comentário
 
Edição de 11 Janeiro de 2022
 

Greve dos taxistas e atos relacionados

Causas e consequências  da greve

 Vandalismo em Luanda

 

Data de Emissão: 07-01-2022 às 07:19
Género(s): Comentário
 
Economia Sem Makas- Edição 6 de Janeiro de 2022

Reserva federal do banco central norte americano pode aumentar os juros mais cedo e a ritmo mais rápidos do que o imprevisto para combate a inflação 

Data de Emissão: 06-01-2022 às 07:17
 
 
Edição de 05 Janeiro 2022
 
Data de Emissão: 05-01-2022 às 07:10
Género(s): Comentário
 
Edição de 04 Janeiro 2022
 
Data de Emissão: 04-01-2022 às 07:24
Género(s): Comentário
 
Economia Sem Makas -Edição De 3 de Janeiro de 2022
Data de Emissão: 03-01-2022 às 08:00
Género(s): Comentário
 
Economia Sem Makas -Edição 29 de Dezembro de 2021
Data de Emissão: 29-12-2021 às 07:30
Género(s): Comentário
 
Edição 28 de Dezembro de 2021
 

Rede Multicaixa regista recorde de transacções

A rede Muiticaixa (ATM, TPA e MCX Express) registou, quinta-feira (23), um total de 5,4 milhões de transacções financeiras, com um pico de 200 movimentações por segundo, um número sem precedentes na história destes serviços.

 

Segundo um comunicado da Empresa Interbancária de Serviços (EMIS), no caso particular dos Terminais de Pagamento Automático (TPA), foram efectuados 1,8 milhões de operações de pagamentos, totalizando 26,5 mil milhões kwanzas, “inédito quando observada a série histórica dos pagamentos em TPA”. 

Em relação à actividade em ATM, a EMIS destaca o levantamento numerário fixado em 16,5 mil milhões kwanzas, diz o comunicado a que o Jornal de Angola teve hoje acesso. 

Quanto às transferências, foram registadas 414 mil operações, totalizando 43,1 mil milhões de kwanzas. Foram ainda registadas 271 mil operações de pagamento de serviços, perfazendo 11,9 mil milhões de kwanzas, com predominância do canal MCX Express.

“As estatísticas acima revelam uma procura recente por parte dos cidadãos quer por numerário como por pagamentos electrónicos. A EMIS está em coordenação com os bancos comerciais, a monitorar a situação, com objectivo de garantir que a oferta suficiente de numerário para que possam ser feitos levantamentos quer por via dos ATM como dos TPA”, lê-se no comunicado. 

Por outro lado, e dada a actual situação sanitária, caracterizada pelo aumento exponencial de casos positivos de SARS-COV-2, a EMIS apela que, aproximando-se o final do ano, os consumidores bancários procedam ao levantamento de numerário ao longo da próxima semana, evitando assim aglomerações no dia imediatamente anterior ao do fim de ano.

Data de Emissão: 28-12-2021 às 07:00
Edição de 24 de Dezembro de 2021

A Administração Geral Tributária (AGT) impõe o uso de selos fiscais em bebidas alcoólicas e tabacos, a partir de 1 de Março de 2022, no âmbito do Programa Nacional de Selagem Obrigatória dos produtos abrangidos pelo Imposto Especial de Consumo (IEC).

Data de Emissão: 24-12-2021 às 07:30
Edição de 22 de Dezembro de 2021
Edição De 20 De Dezembro de 2021

Temas 100 makas 20- 12-2021:
[ 1] Privatização BCI
[ 2] Conselho analisa sanções a Dino e Kopelip
[ 3] Bancos centrais aumentam juros
[ 4] Prova de vida detecta 77 mil falsos pensionistas em 147 mil
[ 5] Execução física do PRODESI não chega a 12%

Data de Emissão: 20-12-2021 às 08:00
Género(s): Comentário
Tópicos(s): BCI, Kopelipa, prodesi
Economia Sem Makas- Edição de 17 De Dezembro.
Data de Emissão: 17-12-2021 às 07:15
Género(s): Comentário
 
Edição 14 de Dezembro de 2021
 

Inflação voltou a subir em Angola, segundo o relatório de Novembro do INE.

 

 

Data de Emissão: 14-12-2021 às 07:30
Edição de 13 de Dezembro de 2021
  • Questão da fome em Angola

 Estatística  da FAO sobre a Fome em Angola, fala em 5, 5 milhões Angolanos com Fome, cerca de 17 , 3 % da População Angolana. Angola tem cerca de 8, 4 % da fome na  África Austral.

 

  • Privatização do Banco de Comércio e Indústria (BCI), em leilão da Bolsa.

No âmbito do Programa de Privatizações (PROPRIV), o Instituto de Gestão de Ativos e Participações do Estado, enquanto entidade estatal responsável pela sua execução, deu início à privatização integral do Banco de Comércio e Indústria, SA (“BCI”), conforme homologado pelo Presidente da República Despacho nº 66/20, de 5 de maio de 2020.

 

  • Instituto Nacional de Estatística (INE) assina um memorando de entendimento com o Banco Nacional de Angola (BNA), que visa estreitar as relações entre os dois organismos públicos.
Edição de 10 Dezembro de 2021
 

Decisão do estado coloca general Dino e Kopelipa na lista negra pessoas com quem não se pode fazer negócios

Data de Emissão: 10-12-2021 às 07:26
Género(s): Comentário
 
Edição de 09 de Dezembro de 2021

Instrutivo de BNA que eleva o monatante diário de levantamento no multicaixa para 100 mil Kz

Data de Emissão: 09-12-2021 às 07:25
Género(s): Comentário
 
Edição de 08 de Dezembro de 2021
Edição de 07 de Dezembro de 2021

O Sistema de contratação pública representa em Angola um peso de 8% no Produto Interno Bruto (PIB) e 20% sob o Orçamento Geral do Estado (OGE). Estes números que remontam de 2020 foram avançados nesta sexta-feira, 3 de Dezembro, em Luanda, pelo Secretário de Estado para as Finanças e Tesouro Ottoniel dos Santos.

 Ottoniel dos Santos avança também que, até à data, foram desencadeados um total de 56 procedimentos pelo Sistema de Contratação Pública Electrónica, cujos resultados permitiram ao Estado uma poupança, até ao momento, superior a Kz 108 800 000 000,00 (cento e oito mil e oitocentos milhões de kwanzas), um ganho de 26% quando comparados os valores estimados e os valores contratualizados.

CNE vai abrir concurso público para contratar empresa de tecnologia 

Data de Emissão: 07-12-2021 às 07:30
Edição de 06 de Dezembro de 2021

Congresso UNITA ignorado pela comunicação social pública

Data de Emissão: 06-12-2021 às 08:06
Edição de 03 de Dezembro de 2021
Edição 02 De Dezembro.
 

Reformas massivas na TAAG fazem accionar alarme na aviação – Processo atinge dezenas de trabalhadores

Dezenas de trabalhadores «apanhados» num processo «brusco» de reforma. Funcionários alertam para riscos de desfalque em áreas técnicas e chamam atenção para a inobservância de procedimentos graduais de sucessão, o que deixa a empresa à mercê de quadros «em fase de aprendizado»

Data de Emissão: 02-12-2021 às 07:25
Género(s): Comentário
Tópicos(s): reformas massivas na TAAG
Edição de 01 de Dezembro de 2021

Revisão da Lei de bases da função pública concretamente da proposta do governo que prevê redução do horário de trabalho e aumento da idade limite para entrar na função pública

Edição de 30 de Novembro de 2021

Privatização do BAI que será feita por venda em bolsa naquele que deverá ser o pontapé de saída para o mercado de acções. Mas antes deviam de explicar como o estado perdeu a maioria do capital.

Data de Emissão: 30-11-2021 às 07:20
Género(s): Comentário
 
Edição de 29 de Novembro de 2021

Exclusivo Economia 100 makas: BNA volta a intervir no mercado cambial limitando o lucro dos bancos na compra e venda de moeda estrangeira

Desemprego atinge nível mais elevado desde que há registos nos 34,1% da população activa, taxa correspondente a 5 517 016 indivíduos

Angola quer ser terceiro maior produtor de diamantes do mundo. Haverá dinheiro para investir para atingir esse objectivo?

 

Data de Emissão: 29-11-2021 às 08:06
Género(s): Comentário
 
Edição de 26 de Novembro de 2021

o preço do petróleo que se apresenta volátil após o presidente biden anunciar que vai libertar 50 milhões de barris das reservas decisão seguida por outros países consumidores

Data de Emissão: 26-11-2021 às 07:25
Género(s): Comentário
 
Edição de 25 de Novembro de 2021

Conferência internacional sobre diamantes. Vamos falar sobre isso. Angola tem oportunidade de mostrar ao Mundo as suas potencialidades e captar investidores para aumentar a importância dos diamantes na economia

Data de Emissão: 25-11-2021 às 07:35
Género(s): Comentário
 
Edição de 24 de Novembro de 2021
Data de Emissão: 24-11-2021 às 07:28
Género(s): Comentário
 
Edição de 23 de Novembro de 2021
Edição de 22 de Novembro de 2021

Economia 100 Makas, Edição de 22 de Novembro

Aumentos de salario na função publica

Supermercados Kero está entregue a Grupo Anseba da Eritreia

Xu-Ning diz que “os empresários chineses em Angola têm medo da sexta-feira”

Criação Liga Angolana de Futebol

Edição de 19 de Novembro de 2021

dívidas fiscais. O secretário de estado das finanças e Tesouro falou em Kz 500 mil milhões

Economia Sem Makas - Edição de 18 de Novembro de 2021

Reconversão da economia informal. O governo está de olho nos 40 mil milhões usd que a economia informal representará

Economia Sem Makas- Edição de 17 de Novembro de 2021

Indiferente à suspensão dos direitos aduaneiros e às orações do MPLA, os preços aumentaram 2,1% em Outubro elevando a inflação anual para 26,9% máximo desde Agosto de 2017. A comida foi a que mais subiu 2,4% mensais e 33,6% anuais

Data de Emissão: 17-11-2021 às 07:25
Género(s): Comentário
Tópicos(s): Inflação anual, MPLA
Economia Sem Makas- Edição de 16 de Novembro de 2021

Economia Sem Makas- Edição de 16 de Novembro de 2021

Emissão de eurobonds em 2022 anunciada ontem pela ministra das Finanças.

Data de Emissão: 16-11-2021 às 07:25
Género(s): Comentário
 
Economia Sem Makas- Edição de 15 de Novembro de 2021
  • Aumentos na função pública
  • Inflação INE
  • Poupanças com a moratória
  •  Preços combustíveis: gasolina devia custar 502
  • Preço do Combustivel
Data de Emissão: 15-11-2021 às 08:03
Economia Sem Maksas - Edição de 11 de Novembro de 2021
Economia Sem Makas- Edição de 10 de Novembro de 2021

RESTAURAÇÃO DO PALÁCIO DA MUSICA E DO TEATRO EM LUANDA CUSTA 85 MILHÕES DE DÓLARES, SEGUNDO DESPACHO PRESIDENCIAL Nº186/21

Data de Emissão: 10-11-2021 às 07:25
Género(s): Comentário
Tópicos(s): Despacho Presidencial 186/21
Economia Sem Makas - Edição de 09 de Novembro de 2021

Economia Sem Makas – Edição de 09 de Novembro de 2021

Data de Emissão: 09-11-2021 às 07:20
Género(s): Comentário
Tópicos(s): Economia Angolana
Economia Sem Maksas - Edição de 08 de Novembro de 2021
Economia Sem Makas – Edição de 05 de Novembro de 2021
Data de Emissão: 05-11-2021 às 00:07
Economia Sem Makas - Edição de 04 de Novembro de 2021
Data de Emissão: 04-11-2021 às 07:24
Género(s): Comentário
Tópicos(s): Banco Central Europeu, BCP
Economia Sem Makas - Edição de 03 de Novembro de 2021
Data de Emissão: 03-11-2021 às 07:23
Género(s): Opinião
Tópicos(s): Regaste do Banco Economico
Economia Sem Makas, edição de 17 de Agosto de 2022

refinaria de Luanda que já estará a laborar em Plena capacidade

Data de Emissão: 02-11-2021 às 07:15
Género(s): Opinião
Tópicos(s): Cimeira do Ambiente, COP26
Economia Sem Makas, Petróleo deixa de ser usado como garantia para os empréstimos Chineses.

Petróleo deixa de ser usado como garantia para os empréstimos Chineses.

Data de Emissão: 02-11-2021 às 07:15
Género(s): Opinião
 
Econimia Sem Makas: Subida das taxas de juro da reserva federal do banco central norte-americano

Subida das taxas de juro da reserva federal o banco central norte-americano

Data de Emissão: 02-11-2021 às 07:15
Género(s): Opinião
Tópicos(s): Cimeira do Ambiente, COP26
Economia sem makas, Edição de 01 de Novembro de 2021
Economia sem makas, Edição de 29 de Outubro de 2021
Data de Emissão: 29-10-2021 às 07:15
Género(s): Opinião
Tópicos(s): IVA, OGR, Orçamento Geral do Estado
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