Economia sem makas: IGAPE diz que as reservas sobre as contas da Sonangol são relacionas com o património

 

 

IGAPE diz que as reservas sobre as contas da Sonangol são relacionas com o registo do património

IGAPE diz que SONANGOL UNEM ESFORÇOS PARA REDUÇÃO DAS RESERVAS DOS AUDITORES

 A questão das reservas às contas por parte dos auditores, dominou o encontro de trabalho que o Conselho de Administração do Instituto de Gestão de Activos (IGAPE) manteve, na manhã desta quarta-feira, 20, com o Conselho de Administração da Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola – Sonangol. 

Uma iniciativa que o PCA da Sonangol, Gaspar Martins, considerou positiva, uma vez que permitirá ao IGAPE maior aproximação e conhecimento mais amplo sobre o universo da empresa. 

“Coube agora a vez da Sonangol e neste encontro falamos do que fazemos, dos negócios e projectos em que estamos envolvidos, assim como o processo de prestação de contas”, disse Gaspar Martins. 

Sobre a qualidade das contas, o PCA do IGAPE, Patrício Vilar, disse tratar-se de um problema transversal à todo o sector empresarial público e que o mesmo está relacionado com a dificuldade que houve, durante vários anos, com o registo do património, nomeadamente nos cartórios. 

Ainda assim, Patrício Vilar mostrou-se satisfeito com o que considerou “evolução significativa” do processo na Sonangol, tendo salientado que esta melhoria se deve, em parte, à implementação do programa de regeneração da companhia, através da alienação das empresas não “core”.  

“O processo de retirada das reservas começa com o próprio programa de regeneração da Sonangol que, sejamos honestos, foi o início do programa de privatização. Se vocês olharem, um número significativo de empresas e unidades que constam do programa de privatização desde o início, vem precisamente da venda destes activos da Sonangol”, afirmou o PCA do IGAPE.

Entretanto, Patrício Vilar promete, juntamente com o Ministério da Justiça, trabalhar para acelerar o processo de regularização do património que a empresa detém aqui no país. Já em relação ao património que a petrolífera possui no exterior do país e, atendendo a sua dispersão pelo mundo, a Sonangol viu-se forçada a contratar uma empesa internacional especializada.  

O momento serviu ainda para que se recomendasse um ajuste no planeamento, para que a execução não esteja muito distante do programado, a adequação da estrutura organizativa e de “governance” à futura sociedade anónima, bem como a eliminação de todas as reservas antes da entrada da Sonangol na bolsa. 

Quanto a privatização da companhia, os dois PCAs, disseram que a assunto está a ser analisado, devendo em momento próprio ser comunicado ao mercado, deixando claro que o processo irá decorrer dentro do período do novo calendário do programa de privatizações 2023/2026.

O encontro realizou-se no âmbito das atribuições do IGAPE, de regular e monitorar a actividade do Sector Empresarial Público (SEP), bem como as de domínio público.

Data de Emissão: 23-06-2023 às 07:10
Género(s): Economia, Opinião
Tópicos(s): BNA, IGAPE

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