Estado da economia, edição de 28 de outubro de 2022

 O economista Yuri Kixina esteve a analisar os vários económico nacionais e internacionais.

Data de Emissão: 28-10-2022 às 09:00
Género(s): Economia
 
O estado da economia, edição de 09 de Setembro 2022

-Apenas 2,3 milhões de angolanos têm emprego formal no país

-Africanos têm confiança na evolução das economias

-Apenas 2,3 milhões de angolanos têm emprego formal no país

INFORMALIDADE ATINGIU OS 79,3% NO II TRIMESTRE DE 2022

A taxa de desemprego em Angola ronda os 30,2%, representando uma quebra de 1,4 pontos percentuais, face ao II trimestre de 2021, quando o indicador se fixou nos 31,6%. O fenómeno do desemprego agrava-se nos jovens entre os 15-24 anos. Em Angola, oito em cada dez trabalhadores vivem de biscates.

No final de Junho, apenas quase 2,4 milhões de angolanos tinham emprego formal, um número que contrasta com os mais de 9,0 milhões que sobrevivem na informalidade, ou os 4,9 milhões de desempregados, de acordo com cálculos do Expansão com base nos dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) no seu inquérito referente ao II trimestre de 2022 Os 2.358.728 de angolanos com emprego formal valem apenas 14% do total da população economicamente activa, 16.284.279 de pessoas, mais 608.883 que as que se encontravam nesta situação no final de Junho do ano passado.

Segundo o inquérito do INE a população empregada cresceu 6,1%, já que 11.370.798 de pessoas (+655.565) declararam que trabalharam, entre Abril e Junho, num emprego por conta de outrem, conta própria ou trabalharam num negócio familiar, durante pelo menos uma hora. Só que a maioria, 468.450 pessoas, foram obrigadas a recorrer ao mercado informal de trabalho para poder sobreviver.

Ao todo, o INE indica que a informalidade ronda os 79,3% do total da população empregada. Mas nem tudo são más noticias para o País, já que no espaço de um ano há mais 187.113 empregos formais, um sinal da recuperação económica levada a cabo desde o ano passado, quando a economia angolana saiu formalmente da recessão. Ainda assim, a economia continua incapaz de gerar os empregos formais que o País precisa.

Quanto aos desempregados, o número diminuiu entre o II trimestre de 2021 e o mesmo período de 2022, passando de 4.960.162 para 4.913.481, ou seja, menos 46.682 pessoas responderam que não tinham trabalho remunerado nem qualquer outro e estavam disponíveis para trabalhar no período de referência ou nos 15 dias seguintes. A taxa de desemprego fixou-se nos 30,2%, uma queda de 1,4 pontos percentuais face ao verificado no II trimestre de 2021. Nas cidades o desemprego é maior, tendo passado dos 42,6% no II trimestre de 2021 para 40,0% entre Abril e Junho de 2022, contrastando com a taxa das zonas rurais, que baixou dos 16,2% para os 14,3% no mesmo período.

Informalidade domina

Face ao número de pessoas em idade activa no país, o trabalho informal está em níveis considerados elevados e preocupantes. São várias as razões apontadas para os níveis preocupantes de emprego informal no país. E vão desde o crescimento da população a uma média de 3,1% anual, muito abaixo do crescimento da economia angolana, logo está-se a criar pobreza e desempregados ano após ano. Especialistas admitem que é preciso dinamizar o crédito para estimular as empresas a criar negócios e emprego formal.

O economista José Lopes reage aos números e explica que não é de estranhar o aumento no informal, que atinge sobretudo as mulheres (70,4% entre homens e 88,0% entre mulheres): “não há oferta de empregos formais e se existem, não são para todos”. Ironizando, afirma que nem o Programa de Reconversão da Economia Informal (PREI) do Ministério da Economia e Planeamento (MEP) ajudou na inversão da marcha ascendente da informalidade em Angola. “O que podemos deduzir dos dados do INE é que em cada 10 angolanos empregados, oito estão num negócio ou trabalho informal”, revela, explicando que são números que não abonam o País quando se propõe atingir os Objectivos Sustentáveis do Milénio e para o investimento estrangeiro. Por isto, sugere, no entanto, que se aumente mais a despesa pública e se amplie o crédito à economia.

A classificação do INE indica que os empregados no sector informal, na sua maioria foram trabalhadores por conta própria (49,5%), trabalhadores familiares (29,8%) e trabalhadores para o consumo próprio (12,2%), ou seja, hoje há cada vez mais angolanos a empreenderem numa actividade para sustentar as famílias, tudo porque o mercado de trabalho não tem soluções para absorver toda a população economicamente activa. A zona rural tem maior taxa de emprego informal que na área urbana, 95,0% e 65,4% respectivamente.

AFRICANOS TÊM CONFIANÇA NA EVOLUÇÃO DAS ECONOMIAS

O secretário-geral da Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA), Wamkele Mene, mostrou-se confiante de que em 20 ou 30 anos África poderá ser a 7ª ou 8ª maior economia do mundo.

“Se aproveitarmos o sector privado e fornecermos as condições necessárias para o sector privado, não há absolutamente razão nenhuma para que o continente africano, em 20 ou 30 anos, não possa ser tão competitivo como outros países com populações semelhantes”, disse o responsável numa intervenção no primeiro fórum de comércio e investimento entre África e as Caraíbas, que decorreu em Bridgetown, Barbados.

Ao introduzir um painel sobre o papel do sector privado no reforço da cooperação comercial entre África e as Caraíbas, Wamkele Mene disse acreditar que, se o continente usar o acordo comercial que criou a ZCLCA para trazer benefícios para o sector privado, verá a industrialização e a criação de empregos que quer ver.

Reconhecendo que África enfrenta desafios como a sobredependência das exportações de commodities primárias, a pequena dimensão das economias ou a fraca in-dustrialização, o secretário-geral disse que a ZCLCA pretende responder a essas dificuldades, pretendendo consolidar o mercado africano, de 1,3 mil milhões de pessoas e um PIB combinado de 3,4 biliões de dólares (sensivelmente o mesmo em euros).

 

 

Data de Emissão: 09-09-2022 às 09:00
Género(s): Economia
 
Edição 12 de Agosto 2022
 

Trocas comerciais chinesas crescem 16,6%

As trocas comerciais em yuan (moeda local) entre a China e o resto do mundo aumentaram 16,6 por cento em Julho, em termos anuais, informou, este domingo, a Administração Geral das Alfândegas da China.

Segundo a fonte, as exportações aumentaram 23,9 por cento, um ritmo muito mais rápido do que as importações (+7,4). No sétimo (Julho) mês do ano, o comércio com outros países totalizou 552.931 milhões de euros (3,81 biliões de yuan).

Por outro lado, as exportações em Junho aumentaram 17,9 por cento em relação ao ano anterior, o crescimento mais rápido desde Janeiro, em comparação com um ganho de 16,9 por cento visto em Maio e muito acima da expectativa de um aumen-to de 12,0. Na altura, as ex-portações de automóveis contribuíram para o crescimento robusto, tendo atingido 248.000 veículos em Junho, 30,5 por cento a mais do que no ano anterior.

Quebra na receita

Ainda na China, as receitas  gigantes de comércio electrónico “Alibaba” registaram uma quebra na receita trimestral (Abril a Junho de 2022), ascendendo a 29.850 milhões de euros.

Este valor é “ligeiramente” abaixo do período homólogo de 2021 (quase 1 por cento), detalhou o grupo em comunicado, evocando um “declínio” das actividades de comércio compensado assentes na ‘cloud’ (nuvem).

Data de Emissão: 12-08-2022 às 00:00
Género(s): Economia
 
Edição 5 de Agosto 2022
 
  • Cinco países dominam investimento estrangeiro na economia angolana

 

  • Focus economics prevê crescimento da economia angolana acima dos 3%

 

  • Sociedade mineira do lulo extrai diamante de 170 quilates cor-de-rosa

 

  • EUA entra em recessão técnica

 

 

Em relação ao saldo do investimento directo, no I trimestre deste ano, o mesmo foi deficitário em 1 358,3 milhões USD, contra um défice de 1 480,8 milhões USD registado no trimestre precedente, justificado pela redução da recuperação dos investimentos no sector petrolífero.

 

Estados Unidos da América, França, Itália, China e o Reino Unido foram os países que, no I trimestre deste ano, se destacaram no que se refere à origem do investimento directo estrangeiro do sector petrolífero em Angola, segundo o relatório do Banco Nacional de Angola (BNA).

Relativamente ao sector não petrolífero, a mesma fonte diz que o destaque recai para a África do Sul e a Bielorrússia.

 

Em relação ao saldo do investimento directo, no I trimestre deste ano, o mesmo foi deficitário em 1 358,3 milhões USD, contra um défice de 1 480,8 milhões USD registado no trimestre precedente, justificado pela redução da recuperação dos investimentos no sector petrolífero.

No relatório sobre a Balança de Pagamentos e a Posição do Investimento Nacional, o BNA diz que os fluxos do investimento directo estrangeiro em Angola foram avaliados em 1 509,4 milhões de USD, sendo maioritariamente do sector petrolífero, com cerca de 99,6% do valor total.

Do lado das saídas, importa realçar a recuperação das despesas de investimento do sector petrolífero que se situaram em 2 866,2 milhões USD, contra os 4 294,3 milhões USD do trimestre anterior.

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2-FOCUS ECONOMICS PREVÊ CRESCIMENTO DA ECONOMIA ANGOLANA ACIMA DOS 3%

 

O crescimento previsto de 3,2% para este ano, 3,4% para 2023 e 3,6% para 2024 fica sempre abaixo da média prevista para os países da região, que deverão crescer 3,6% este ano, 3,7% em 2023 e 3,9% em 2024.

 

A consultora FocusEconomics antevê que a economia de Angola cresça 3,2% este ano e acelere para até 3,6% em 2024, mas prevê também uma expansão sempre abaixo da média dos países da África subsaariana.

“O crescimento deve acelerar significativamente este ano, num contexto em que o abrandamento das restrições relacionadas com a pandemia potencia a subida da procura interna, ao passo que o sector externo beneficia dos preços elevados das matérias-primas”, escrevem os analistas da FocusEconomics, na análise mensal das economias da África subsaariana.

No relatório, esta consultora sediada em Barcelona escreve que os preços elevados do petróleo e a vontade de os países europeus diversificarem as fontes energéticas, afastando-se do gás russo, são positivos para Angola, que beneficia também de boas condições externas, melhorando as contas públicas.

Ainda assim, o crescimento previsto de 3,2% para este ano, 3,4% para 2023 e 3,6% para 2024 fica sempre abaixo da média prevista para os países da região, que deverão crescer 3,6% este ano, 3,7% em 2023 e 3,9% em 2024.

 

3- SOCIEDADE MINEIRA DO LULO EXTRAI DIAMANTE DE 170 QUILATES COR-DE-ROSA

 

Descoberto maior diamante rosa na mina do Lulo

A mina do Lulo, na província da Lunda-Norte, voltou, hoje, a fazer história ao ter descoberto o maior diamante rosa, que “acredita ser o maior descoberto nos últimos 300 anos”, denominado “Rosa do Lulo”.

 

Num comunicado conjunto, enviado ao Jornal de Angola, a A ENDIAMA E.P., a Lucapa Diamond Company Limited e a Rosas & Pétalas, sócios da Sociedade Mineira do Lulo (“SML”) avançam, também, que o diamante é o 5º maior e o 27º com mais de 100 quilates descoberto na concessão do Lulo.

Segundo o comunicado, o referido diamante será comercializado, brevemente, em leilão organizado pela SODIAM em conformidade com as Política de comercialização de Diamantes.

“A concessão do Lulo orgulha-se pela recuperação dos dois maiores diamantes registados em Angola, sendo o maior deles a pedra de 404 quilates conhecida por “Pedra 4 de Fevereiro”, lê-se no documento.

Para o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás de Angola, Diamantino Azevedo, citado no mesmo comunicado, “este recorde e espectacular diamante cor-de-rosa recuperado do Lulo continua a mostrar que Angola é um actor importante à escala mundial na extracção de diamantes e demonstra o potencial e as recompensas do compromisso e investimento feito na nossa florescente indústria diamantífera”.

 

A mesma está localizada em Capenda Camulemba, província da Lunda Norte.

Atribui-se à mesma sociedade, uma facturação de 34 milhões de dólares só no primeiro semestre do ano passado, valor, equivalente a 21,5 mil milhões de kwanzas, resulta de uma produção e comercialização de 23 mil quilates de diamantes,

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4-EUA ENTRA EM RECESSÃO TÉCNICA

Maior economia do planeta encolheu pelo segundo trimestre consecutivo, a definição técnica de uma recessão.

 

O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA encolheu 0,9% no segundo trimestre a um ritmo anualizado, o segundo trimestre consecutivo de contracção económica (ajustando os dados à inflação, a queda foi de 0,2%).

A informação foi revelada esta quinta-feira pelo Departamento do Comércio norte-americano.

Esta contracção coloca a maior economia do mundo numa recessão técnica, um dia depois de a Fed ter promovido uma nova subida dos juros de 75 pontos base para tentar controlar a inflação.

Ainda assim, na quarta-feira, o presidente do banco central, Jerome Powell, defendeu que os indicadores económicos disponíveis ainda não sinalizam que o país esteja mesmo em recessão.

A definição clássica de recessão indica que esta ocorre quando há dois trimestres consecutivos de contracção económica. Porém, na prática, uma recessão representa um período em que a fraca actividade económica leva à subida do desemprego e redução do consumo, o que gera quebras nos resultados das empresas e dificuldades financeiras para as famílias mais expostas.

Ora, na conferência de imprensa desta quarta-feira, Jerome Powell disse que o mercado laboral nos EUA continua pujante. Aliás, a incerteza é tal que a Fed vai aguardar por mais dados económicos para decidir se será adequada outra subida de 75 pontos base na próxima reunião, ainda que o presidente tenha afirmado que, a certa altura, será necessário reduzir o ritmo das subidas.

Data de Emissão: 05-08-2022 às 00:00
Género(s): Economia
 
O Estado da economia, edição 08 de Julho 2022
  • PIB CRESCE 2,6 POR CENTO NO PRIMEIRO TRIMESTRE

PIB cresce 2,6 por cento no primeiro trimestre

O Produto Interno Bruto (PIB) registou um crescimento homólogo de 2,6 por cento no primeiro trimestre de 2022, sob a influência do desempenho do sector petrolífero, segundo dados das Contas Nacionais Trimestrais, divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com os dados do INE, publicados quinta-feira, o Valor Acrescentado Bruto do Petróleo teve um crescimento de 1,9, no I trimestre de 2022, em comparação com o mesmo período de 2021, contribuindo em 0,47 pontos percentuais na variação total do PIB.

O INE justifica este crescimento com vários factores, entre eles o aumento da procura da Europa e da Índia “devido à normalização paulatina do modo de viver das pessoas” e tentativa de golpe de Estado no Cazaquistão associada à redução da quantidade produzida pela Líbia que impulsionaram o aumento da procura do petróleo na África Ocidental, incluindo as ramas angolanas.

Todos os sectores não-petrolíferos cresceram, em termos homólogos, excepto o dos diamantes e a intermediação financeira.

A Agropecuária e Silvicultura tiveram uma variação homóloga de 3,0 por cento, no primeiro trimestre, que se deveu ao aumento da produção das culturas agrícolas e da pecuária, enquanto a Pesca teve um aumento de 5,4 por cento, em relação ao trimestre homólogo, devido ao ligeiro aumento da captura no período em referência.

O documento assinala, ainda, uma retracção de 14,7 por cento na Intermediação Financeira e de Seguros, motivada pela queda dos rendimentos dos bancos comerciais.

Já o sector dos diamantes teve uma queda homóloga brusca de 28,3 por cento, justificada com a suspensão do terminal da Socomar, aumento da tarifa portuária e instabilidade nos mercados de origem do produto associados ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

A Indústria Transformadora avançou 2,0 por cento, reflectindo a variação positiva na ordem dos 11 por cento na produção no ramo alimentar, particularmente no sector das moageiras, massas e produtos de padaria que pesa mais de 60 por cento no total dos sectores industriais.

O sector dos Transportes aumentou 31,3 por cento, traduzindo um crescimento no subsector aéreo, fruto do aumento de frequências de voos, devido ao alívio das medidas de combate à Covid-19 e, por outro lado, à entrada em funcionamento de novos operadores no serviço de transporte urbano em Luanda.

O Valor Acrescentado Bruto da Telecomunicação subiu 2,4 por cento, devido ao aumento da produção das Unidades Tarifárias de Telecomunicações (Utt) motivadas pelo maior consumo de serviços de comunicações, associado à entrada da nova empresa Africell no mercado interno.

O Valor Acrescentado Bruto da Electricidade teve um aumento de 2,5 por cento, o da Construção registou um crescimento na ordem de 4,1, devido ao ligeiro aumento de materiais de construção de origem nacional e importada, e o Comércio um acréscimo de 1,6, registando-se  aumentos significativos na produção agrícola, pesca e bens manufacturados destinados a essa actividade.

O Valor Acrescentado Bruto do Governo teve uma subida de 7,2 por cento resultante do facto de o sector público incrementar o valor da remuneração declarada face ao período homólogo, bem como as actualizações, promoções faseadas das distintas categorias e entrada de funcionários públicos.

No caso do imobiliário, o crescimento de 2,9 por cento, justifica-se pelo facto de ser usada a taxa de crescimento da população, bem como a oferta de imóveis em modalidade de renda resolúvel

O Valor Acrescentado Bruto dos Outros serviços registou um crescimento de 4,8 por cento, associado ao aumento significativo da actividade de hotelaria e restauração, com maior peso nesta categoria.

Em termos trimestrais, o PIB cresceu 4,3 por cento na passagem do quarto trimestre de 2021 para o I trimestre de 2022, levando-se em consideração a série com ajuste sazonal.

As actividades que contribuíram positivamente para a variação do PIB no primeiro trimestre de 2022 face ao trimestre anterior foram a Extracção e Refinação de Petróleo, com 4,93 por cento; Electricidade e Água 0,004; Construção 4,69; Correios e Telecomunicações 0,58; Intermediação Financeira 0,56; Administração Pública 0,41 e Outros Serviços 0,31.

 

  • GOVERNO VAI SIMPLIFICAR DOCUMENTOS PARA IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO

Governo vai simplificar documentos para importação e exportação

Gaspar dos Santos-ANGOP

 

Luanda – O Governo vai reduzir o Documento Único (DU) provisório e o Documento Único definitivo a Documento Único, de formas a facilitar o processo de importação e exportação de produtos, revelou, esta quarta-feira, a administradora da Administração Geral Tributária (AGT), Nerethz Tati.

Falando à margem da 1ª sessão  plenária de 2022 do Comité  Nacional de Facilitação  do Comércio (CNFC), na qualidade de membro do secretariado do CNFC, sublinhou que a substituição do DU provisório e definitivo para DU vai facilitar a cadeia de importação e exportação, evitando o preenchimento repetido de documentos.

De acordo com a responsável, o que se pretende é, no âmbito da Plataforma Integrada do Comércio Externo, “que já está em vigor, garantir que o DU reflicta exactamente o mesmo formulário que o DU definitivo contempla, permitindo que os campos sejam os mesmos”.

Explicou que com esse processo, ao nível da cadeia, conseguirão ter uma fiscalização mais assertiva e também ao nível da facilitação os contribuintes não terão de preencher vários formulários na cadeia.

Referiu ainda que a facilitação prevê a redução de etapas de preenchimento a nível dos operadores da cadeia.

A estratégia, segundo a fonte, foi criada pela equipa técnica, que assegura haver condições para a entrada em vigor do formulário a partir deste mês de Julho.

“Perspectiva-se que, a partir deste mês de Julho, o Instituto Modernização Administrativa “possa a garantir que a plataforma tenha as condições criadas para que Agosto e Setembro o formulário entre em vigor”, reforçou.

Na ocasião, o ministro  da Indústria  e Comércio, Victor Fernandes, que presidiu a 1ª sessão  plenária de 2022 do CNFC, destacou a importância da implementação do acordo de facilitação do comércio, considerando-o um marco importante de cariz obrigatório no país.

Salientou que o acordo obriga a adopção de diversos instrumentos e práticas internacionais para a facilitação da cadeia logística do comércio externo.

Realçou que há ainda a necessidade de se trabalhar em estreita colaboração com os órgãos que compõem a Comissão de Mercado de Capitais (CMC) na implementação das medidas que concorrem para a melhoria do tempo do despacho, trânsito de mercadorias, simplificação dos encargos e taxas incidentes no Comércio Externo.

O Documento Único  (DU) é o formulário comum de declaração aduaneira de importação.

A plenária abordou, entre outros temas, a situação do Programa do Operador Económico Autorizado (OEA), da Gestão Coordenada de Fronteiras (GCF), bem como o estado da Plataforma Integrada do Comércio Externo (PICE), além de uma abordagem sobre o Plano de Formações do CNFC.  

O CNFC é composto por representantes dos ministérios da Indústria e Comércio, da Economia e Planeamento, das Finanças, das Relações Exteriores, do Interior, dos Transportes, da Saúde, da Agricultura e Pescas, do Banco Nacional de Angola, de associações empresariais, câmara dos despachantes oficiais e outras entidades.

 

 

  • PRORROGADO PRAZO DO PAGAMENTO DO IMPOSTO SOBRE OS VEÍCULOS MOTORIZADOS
  • Prorrogado prazo do pagamento do Imposto sobre os Veículos Motorizados
  • O pagamento do Imposto sobre os Veículos Motorizados (IVM) foi prorrogado até o dia 8 de Julho do corrente, sendo a data limite para o pagamento sem multa, anunciou, sexta-feira, a Administração Geral Tributária (AGT).

O IVM incide sobre automóveis ligeiros e pesados, motociclos, ciclomotores, triciclos e quadriciclos, aeronaves e embarcações.

  • Para o pagamento do IVM, os proprietários de veículos motorizados podem dirigir-se às repartições fiscais ou acessar o website www.agt.minfin.gov.ao e o portal https://portaldocontribuinte.minfin.gov.ao, de acordo com uma nota de imprensa da Administração Geral Tributária (AGT), a que a ANGOP teve acesso esta sexta-feira.
  • O incumprimento da obrigação de pagamento do IVM implica a aplicação de uma multa, à taxa de 25% sobre o valor do imposto. 
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  • O imposto, que substitui a antiga Taxa de Circulação (extinta em 2020), é pago voluntariamente, todos os anos, entre 1 de Janeiro e o último dia útil de Junho.

 

  • EURO CONTINUA SOB PRESSÃO E CADA VEZ MAIS PERTO DE ATINGIR A PARIDADE CONTRA O DÓLAR

 

Euro continua sob pressão e cada vez mais perto de atingir a paridade contra o dólar

Investidores estão a apostar na queda da moeda única europeia perante a perspetiva de uma recessão. Analistas falam em “tempestade perfeita” que se abate sobre o euro.

Oeuro continua sob enorme pressão e está cada vez mais perto de atingir a paridade contra o dólar. Com a economia europeia a encaminhar-se para uma recessão, penalizada pelos altos preços da energia, os investidores estão a apostar forte na desvalorização da moeda única, com os analistas a falarem numa “tempestade perfeita” que se abate sobre a divisa da Zona Euro.

Pela primeira vez desde 2002, o euro transacionou esta quarta-feira abaixo da fasquia dos 1,02 dólares, estando a recuar 0,87% para 1,0177 dólares. Está na iminência de atingir a paridade contra a divisa americana, isto é, um euro equivale a um dólar. Isto já não acontece há duas décadas.

Apostar na queda do euro virou uma moda por estes dias, segundo os analistas do Nomura e do HSBC. A agência Bloomberg antecipa que há uma probabilidade de 50% de o euro atingir a paridade contra o dólar no próximo mês.

Euro sob pressão

O que vai na mente dos investidores? A possibilidade de a Rússia cortar o fornecimento de gás à Europa poderá atirar a economia para uma recessão, originando um choque que tornará mais difícil ao Banco Central Europeu (BCE) para aumentar as taxas de juro e acompanhar assim as subidas promovidas pela Reserva Federal norte-americana para conter a inflação. Subir os juros tende a dar força à moeda. O BCE conta subir os juros em 25 pontos base na próxima reunião de 21 de julho, enquanto a Fed já aumentou as suas taxas em 1,5% desde março.

“Se assistirmos a um racionamento do petróleo na Europa por causa dos cortes da Rússia, vamos ter uma recessão significativa na Europa. Poderá ser um longo inverno”, disse Kaspar Hense, analista da Blue Asset Management, citado pela Bloomberg, apontando para uma queda do euro para os 90 cêntimos de dólar se os russos cortarem a energia aos europeus.

A Agência Internacional de Energia não excluía cortes nos fluxos de gás para a Europa dado o “comportamento imprevisível” da Rússia.

“A Europa está a reduzir a dependência da energia da Rússia, mas não a um ritmo acelerado o suficiente para evitar uma recessão se os pipelines forem fechados. Se isso acontecer, a taxa Euro/Dólar poderá cair outros 10% ou mais”, considera Kit Juckes, do Société Générale.

Van Luu, da Russel Investment, acrescentou outro fator que está a criar enorme perturbação no mercado cambial do euro: o aumento dos spreads da dívida italiana. “É a tempestade perfeita para o euro neste momento”, disse.

Desde que o BCE anunciou em junho que ia aumentar as taxas de referência, os investidores têm castigado mais a dívida de Itália e a aumentar os riscos de fragmentação na Zona Euro. O banco central anunciou uma ferramenta anti-crise que está longe de ser consensual.

Data de Emissão: 08-07-2022 às 00:00
Género(s): Economia
 
O Estado da Economia, edição de 01 de Julho de 2022

ESTRATÉGIA DE EMPREGABILIDADE DO GOVERNO ATINGE 98% DAS PREVISÕES

ANGOLA DEPENDE MENOS DO PETRÓLEO – PR

“A DISPUTA PELA ÁGUA É JÁ HOJE UM FATOR DE GUERRA EM VÁRIOS PONTOS DO MUNDO”

 ESTRATÉGIA DE EMPREGABILIDADE DO GOVERNO ATINGE 98% DAS PREVISÕESA

Lubango – Quatrocentos e 90 mil 768 empregos directos em diversos sectores da economia, de 500 mil previstos pelo Governo, foram gerados nos últimos cinco anos no País, revelou hoje, quarta-feira, no Lubango, a ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS), Teresa Rodrigues Dias.

A ministra que falava na abertura do Conselho Consultivo do MAPTSS, que decorre na Huíla, afirmou que a cifra corresponde a uma percentagem de execução de 98 por cento, considerada positiva.

Destacou que a nível da economia, os sectores que mais empregaram foram os do comércio e da indústria, já na administração pública destaca-se a saúde e a educação.

Apesar dos números “animadores”, a fonte declarou que por força da covid-19, no quinquénio, com maior destaque nos anos de 2019 e 2020, 271 mil 562 cidadãos perderam o emprego.

Realçou que o Executivo conseguiu ainda conservar 219 mil 206 postos de trabalho e estão num período em que se regista já a retoma da empregabilidade.

No que se refere a expansão dos centros de formação profissional, a responsável avançou ter sido construídos 11, mais um que as previsões, instalados nas províncias da Lunada Sul, Bié, Namibe, Uíge, Huambo, Huíla, Cabinda, Malanje, Zaire, Luanda e Moxico.

Já no Plano de Promoção para Empregabilidade (PAPE), Teresa Rodrigues Dias, destacou a distribuição de 21 mil 243 kits de trabalho, dos 37 mil previstos, a atribuição de 11mil 597 microcréditos para jovens empreendedores de diversos ramos.

Segundo a responsável, foram ainda atribuídos duas mil 423 carteiras profissionais, facilitados três mil 392 estágios profissionais. O programa gerou 70.537 postos de trabalho directos, sendo que a meta estabelecida é de 83 mil 500 postos de trabalho.

Por sua vez, o governador da Huíla, Nuno Mahapi, salientou que o MAPTSS tem um papel preponderante na condução da política de emprego e condições de trabalho, em articulação com outros departamentos, adequando as necessidades económicas, financeiras e sociais impostas pelo contexto.

Considerou que o Executivo tem apostado na elevação técnica e profissional do capital humano, com maior incidência para os estágios profissionais, formação de cursos de curta e longa duração, auto-emprego, inserção no mercado de trabalho e incentivo ao empreendedorismo, acções desenvolvidas pelo PAPE.

O Conselho Consultivo do MAPTSS decorre sob o lema “Análise dos resultados e metas do sector no quinquénio 2018-2022” e está a abordar o Programa de Reforma da Administração Pública (PREA), PAPE, Programa de Requalificação dos centros e Serviços  de Emprego (PREMCSE).

O Sistema Integrado de Gestão de Dados das Empresas e Profissões Em Angola (SIGEPA) , o salário mínimo nacional e seu impacto no OGE e perspectivas do sector para 2023-2027 são entre outros temas a serem abordados durante o encontro.

ANGOLA DEPENDE MENOS DO PETRÓLEO – PR

Lisboa (Dos enviados especiais) – O Presidente da República, João Lourenço, afirmou esta terça-feira, em Lisboa, que Angola depende cada vez menos das receitas do petróleo, em função dos investimentos  privados em outros domínios  da economia.

Segundo o Chefe de Estado, em cinco anos de mandato, apesar da pandemia da Covid-19, o país conseguiu criar um bom ambiente de negócios, onde se destaca a luta contra a corrupção. 

Em entrevista exclusiva à Rádio Televisão Portuguesa (RTP África), João Lourenço apontou também  a diversificação da economia como um facto a ter em conta neste período.

Explicou que existem projectos em curso, nomeadamente a conclusão da rede rodoviária nacional, acabar com a seca no sul do país, a electrificação do território e implantar os parques de produção fotovoltaica.

Referiu ainda a conclusão do Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto, nos arredores de Luanda, as obras do Porto de Águas Profundas do Caio, em Cabinda, bem como a barragem de Caculo Cabaça.

Questionado sobre os níveis de vida da população, disse que a inflação está a baixar, assim como os preços  dos principais produtos de maior consumo.

O Estadista afirmou que por força do aparecimento da Reserva da Estratégica Alimentar houve um certo equilíbrio nos preços, sublinhado que o Executivo aumentou o  salário mínimo nacional e fez um incremento salarial na Função Pública. 

Por outro lado, João Lourenço ressaltou o investimento forte no sector da saúde, que reduziu, consideravelmente, a ida de pacientes ao exterior para se tratarem.

Emprego

O Presidente da República considerou que o país está muito próximo de atingir os 500 mil empregos prometidos pelo partido no poder (MPLA) durante a campanha eleitoral de 2017.

Lamentou, entretanto, o facto de durante o período da Covid-19 algumas unidades terem encerrado ou reduzido a sua força de trabalho, sendo, agora, necessário reverter a situação.

Citou, como exemplo, a indústria  têxtil que regressou, em força, em Luanda, Benguela e Cuanza Norte e a criar vários empregos.

João Lourenço afirmou que em quatro anos, o sector público admitiu milhares de profissionais da saúde e educação e este ano vão ser admitidas mais pessoas nestas áreas.

Justiça

O Chefe de Estado deu a conhecer que a justiça angolana está a agir em todos os níveis e não somente à caça de ministros ou de outros responsáveis, mas sim contra todos os prevaricadores, da base ao topo.

O Presidente valorizou os feitos do sistema judiciário angolano nos últimos cinco anos não só pelo número de casos que chegaram ao tribunal e foram julgados, mas também pela qualidade dos próprios réus.

João Lourenço afirmou que mantém uma boa relação com o antigo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, sublinhando que durante os últimos tempos sempre tomou a iniciativa de visitar o seu antecessor.

O presidente da República frisou que a Comunidade Internacional demonstra mais confiança em relação a  Angola e olha para o futuro breve com muito optimismo.

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“A DISPUTA PELA ÁGUA É JÁ HOJE UM FATOR DE GUERRA EM VÁRIOS PONTOS DO MUNDO” 

A poucos dias da Conferência dos Oceanos, em Lisboa, o secretário-geral das Nações Unidas quer garantir que o futuro dos oceanos é uma batalha travada por todos. Em entrevista à Agência Lusa, António Guterres não excluiu a participação da Rússia no combate à poluição.

… aqueles que contribuem para os problemas têm de contribuir para as soluções…

António Guterres 

Secretário-geral da ONU

“A Rússia é um país que tem um contributo importante para a poluição dos oceanos e tem um contributo importante para as alterações climáticas. Acho que aqueles que contribuem para os problemas têm de contribuir para as soluções e, por isso, acho que não faz sentido excluí-los daquelas reuniões em que precisamente se procura fazer com que todos os países mudem os seus comportamentos,” afirmou o Secretário-geral da ONU, António Guterres.

Tempestades fortes mais frequentes em várias regiões. A seca e desertificação noutros pontos do globo, são fatores de instabilidade provocados pelas alterações climáticas para as quais o secretário-geral da ONU quer ver encontradas respostas globais e coletivas.

A disputa pela água é já hoje um fator de guerra em vários pontos do mundo

António Guterres 

Secretário-Geral das Nações

“As alterações climáticas são um dos piores perigos para a nossa segurança coletiva. (…) A disputa pela água é já hoje um fator de guerra em vários pontos do mundo, (…) e, por isso, combater as alterações climáticas, defender uma economia verde, é defender a nossa segurança coletiva. As energias renováveis são hoje um projeto de paz,” acrescentou António Guterres.

A Conferência dos Oceanos decorre na capital portuguesa, de 27 de junho a 1 de julho.

1-EDUARDO DE ALMEIDA-500 mil empregos

2-MALAMBA ALEXANDRE-500 MIL EMPREOS

3-JOSÉ SANTANA PEDRO-TRABALHA AONDE? COMO PASSA O SEU CONHECIMENTO AO GOVERNO?

4-RICARDO KAYAVI-desculpas da covid-19

5-EDUARDO SILVA-O SENTIDO DA VIDA, OS GOVERNANTES SABEM O SENTIDO DA VIDA

6-salvador tavares-mobilidade no Cazenga kima kieza zona do pavilhão-remodelação da escola do pavilhão e está num beco

Data de Emissão: 01-07-2022 às 00:00
Género(s): Economia
 
Edição 24 de Junho 2022
 

ANGOLA MELHORA SISTEMA FINANCEIRO

https://www.angop.ao/noticias/economia/angola-fez-progressos-assinalaveis-no-sistema-financeiro-lima-massano/

Vera Daves: “Corrupção deve ser banida da contratação pública”

https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/vera-daves-corrupcao-deve-ser-banida-da-contratacao-publica/

Executivo focado em “afastar” 72,6% da população na informalidade

https://www.angop.ao/noticias/economia/executivo-foca-se-em-afastar-72-6-da-populacao-da-informalidade/

 

Subsídio para investigação e inovação vale 22% do salário base dos docentes universitários

https://expansao.co.ao/universidade/interior/subsidio-para-investigacao-e-inovacao-vale-22-do-salario-base-108611.html

 

Na cúpula do BRICS, China prepara palco para divulgar seu modelo de governança

https://www.aljazeera.com/economy/2022/6/22/at-brics-summit-china-seeking-stage-for

DESENVOLVIMENTO

ANGOLA MELHORA SISTEMA FINANCEIRO

O governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José de Lima Massano, considera que o país fez progressos assinaláveis no seu sistema financeiro, depois de sair das listas negra e cinzenta do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI).

“Evoluímos no ano de 2016, saímos em definitivo desta lista. Saímos da lista negra, passámos na cinzenta e saímos”, disse José de Lima Massano aquando da realização do 105ª Sessão do Comité de Política Monetária (CPM), que decorreu na Huíla, a 31 de Maio,deste ano.

Respondendo à jornalistas locais, na altura, sobre a vinda a Angola da equipa do Grupo de Prevenção ao Branqueamento de Capitais da África Oriental e Austral  (ESSAMLG), referiu ser o caminho que o país  vem trilhando, desde 2010, período em que estava bloqueado por fazer parte de uma lista de países que eram considerados não cooperantes.

“Queremos continuar fora dessas listas. O  trabalho é permanente e as regras são alteradas e algumas são determinadas pelo próprio GAFI, que regula essas matérias e outras são de iniciativas das nossas próprias autoridades, incluindo o próprio Banco Nacional de Angola”,  assegurou o governador do Banco Central.

José de Lima Massano Júnior referiu que os bancos fazem mais perguntas e querem saber de onde veio o dinheiro, para assegurar que às orientações do ponto de vista normativo, no que se refere a eficácia,  também são uma realidade.

Neste campo, afirmou que está a evoluir, olhando o para o  trabalho a ser feito  e  ao espaço existente para melhorias em torno desta matéria.

O responsável disse que quer contar um pouco mais com as entidades supervionadas pelo BNA,  afirmando que a avaliação que está a ser feita é a ao país, e não apenas ao sistema financeiro.

“O trabalho que temos efectuado dá-nos o conforto de que estamos no caminho certo. A  preocupação não é apenas existir um acto de branqueamento do sistema financeiro, mas também a origem dessas transacções”, sublinhou.

A avaliação mútua do sistema financeiro de Angola, por parte equipa do ESAAMLG- braço do GAFI, vai decorrer de 27 de Junho a 15 Julho, deste ano, com a vinda da comitiva agendada para esta quinta-feira, 23.

A mesma avaliação será de conformidade de eficácia, depois da disposição de diplomas legais e regulamentos que movimentam o sistema financeiro angolano.

Os resultados dos avaliados  será conhecido no primeiro trimestre de 2023, numa plenária a ser realizada em Arusha, Tanzânia.

VERA DAVES: “CORRUPÇÃO DEVE SER BANIDA DA CONTRATAÇÃO PÚBLICA”

A ministra das Finanças de Angola apelou, quinta-feira, à perseverança na transparência, integridade e probidade dentro da contratação pública, pressupostos que aos poucos têm afastado “o fantasma da corrupção” nesta área.

 Vera Daves falava na abertura de um seminário sobre “Contratação pública, arquitectura e engenharias em prol da consolidação fiscal”, promovido pelo Serviço Nacional da Contratação Pública.

“De facto, paulatinamente, temos sido capazes de esconjurar o fantasma da corrupção na contratação pública, nesta nova rota que estamos a trilhar, já com uma certa estabilidade e onde se notam melhorias na qualidade dos quadros e dos instrumentos afectos à administração pública”, referiu Vera Daves.

A titular da pasta das Finanças frisou que, entre os anos de 2018 e 2021, o Serviço Nacional de Contratação Pública registou mais de quatro mil procedimentos, dos quais 1.722, ou seja, 37,4 por cento do total, eram referentes a contratos de empreitadas de obras públicas.

Um protocolo de cooperação foi, ontem, rubricado entre o Serviço Nacional de Contratação Pública e a Ordem dos Arquitectos de Angola, com vista ao estreitamento de relações e à definição de estratégias para o desenvolvimento de acções conjuntas.

As acções a desenvolver incidem no domínio da formação e capacitação, inovação, realização de estudos e eventos no âmbito da elaboração de projectos, execução, fiscalização e acompanhamento de obras públicas e demais especialidade de arquitectura e urbanismo, com impacto na contratação pública.

A ministra considerou a iniciativa como “uma excelente oportunidade”, apelando a todos intervenientes “que continuem perseverantes no zelo pela conformidade, transparência, integridade e probidade dentro da contratação pública”.

A governante desejou que os temas ajudem a reflectir sobre “a cautela a ter na gestão dos contratos públicos, num contexto que continua a ser de adversidade económica e financeira e de alguma resistência institucional”.

EXECUTIVO FOCADO EM “AFASTAR” 72,6% DA POPULAÇÃO NA INFORMALIDADE

Luanda – O Executivo angolano continua a trabalhar para retirar 72,6% da população empregada na informalidade, avançou, esta terça-feira, a secretária de Estado da Economia, Dalva Ringote.

Com base em estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI), referente a 2018, dão conta que representa um peso entre 40 a 60% do Produto Interno Bruto (PIB).

Os dados acrescem ainda que a mesma franja da população movimenta, por ano, entre 43 a 64 mil milhões de dólares norte-americanos.

Face aos números, que ainda servem de referência nos dias hoje, a responsável referiu que o Executivo, com os parceiros locais, engaja-se para a retirada do referido grupo da informalidade, apesar de considerar ser um trabalho árduo. 

Dalva Ringote falava na abertura da primeira sessão plenária do Observatório Económico Informal (OEI), um órgão que vem reforçar toda a agenda de formalização económica a que Angola se tem vindo a dedicar nos últimos anos.

Face à definição e operacionalização do Programa de Reconversão da Economia Informal (PREI), apontou que o Observatório Económico Informal tem, entre outras funções, propor medidas  que propiciem  a redução dos níveis de informalidade, apoiar nos mecanismos de monitoria e avaliação de políticas públicas, indicar  projectos e estudo dedicados  à investigação  da economia informal, para promoção da formalização.

O observatório, que conta com parceiros para o desenvolvimento de projectos, com destaque para a União Europeia (UE), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNCEF), passa a articular e concertar com o Executivo aspectos ligados à formalização económica.  

Indicou que, no quadro dos desafios do combate à informalidade, muito se espera dos representantes legítimos deste órgão, para que o país possa assegurar um processo de transição para a formalidade sustentável.

 “Espera-se de vós, a máxima dedicação enquanto órgão de consulta e auscultação da comissão multissectorial de execução da estratégia de formalização da economia, e que dos trabalhos regulares do OEI resultem a produção de dados e conhecimentos que contribuam para a melhoria contínua da eficácia do PREI, com a geração regular de propostas fundamentadas e relatórios”, augurou.

O OEI é o primeiro órgão no país, instituído pelo Governo, que obedece os preceitos do plano de acção para implementação da estratégia de formalização.

O Observatório Económico Informal é composto por 40 membros, dos quais, 17 entidades públicas e as restantes 23, personalidades e organizações representantes da economia informal, como associações sindicais, empresariais, organizações não-governamentais, instituições académicas, além dos organismos do sistema das nações unidas.

 

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SUBSÍDIO PARA INVESTIGAÇÃO E INOVAÇÃO VALE 22% DO SALÁRIO BASE DOS DOCENTES UNIVERSITÁRIOS

GOVERNO CRIA INCENTIVO À INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

Para a promoção e incentivo à cultura de investigação científica nas universidades, o Governo aprovou e publicou a nova tabela de subsídios, dando 22% do salário base à inovação pedagógica e à investigação científica. Docente universitário diz que o problema está no salário base.

A nova tabela de subsídios, publicada em Diário da República, traz o subsídio de apoio à inovação pedagógica e à investigação científica com uma percentagem de 22% do salário base dos docentes universitários, um incentivo que não existia e que visa “estimular a investigação nas universidades” nacionais.

O subsídio de apoio à inovação pedagógica e à investigação científica é atribuído a todos os professores do ensino superior e corresponde a 22% do salário base dos docentes. Por exemplo, o professor catedrático terá um subsídio de 22% que corresponde a 103 mil kz, valor que somado ao seu salário base pode fazer com que o ordenado suba para os 574 mil Kz sem juntar os outros subsídios descriminados na tabela abaixo.

Para o docente associado o subsídio à inovação pedagógica e à investigação científica corresponde a 94 mil Kz, para o auxiliar são 88 mil kz, assistentes 83 mil Kz e assistente estagiário 70 mil Kz, de acordo com os respectivos vencimentos base. Foram também criados o subsídio de regente para professor regente de curso ou cadeira, a diuturnidade para docentes com mais de cinco anos de serviço, e o subsídio de risco relacionado com a higienização da instituição e atavio para todos os docentes.

Além de ser um dos pontos do caderno reivindicativo do Sindicato dos Professores do Ensino Superior de Angola (SINPES), Emanuel Catumbela, director nacional para Formação Pós-graduada, explica que o subsídio à investigação é parte de um conjunto de incentivos para estimular a produção de investigação científica.

“Este é só um dos elementos, porque há muito mais em termos de incentivo à investigação científica. Por exemplo, temos a Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNDECIT), que vai lançar os editais para financiar projectos de investigação e o projecto de desenvolvimento de ciência e tecnologia que tem outros incentivos”. Emanuel Catumbela admite que estes esforços não vão resolver o problema sobre a cultura de investigação científica, mas vão minimizar as condições em que os docentes fazem as suas investigações científicas.

Para o decano da Faculdade de Ciências Económicas da Universidade Lusíada de Angola (ULA), Eurico Ngunga, esta é uma boa iniciativa. O problema reside no salário base, porque os próprios salários não atendem à realidade do académico, professor, investigador, já que ainda são “salários miseráveis”, mesmo com esses 20% ou 22%. “Não se pode aceitar que um professor que é doutorado, que gastou uma vida toda a estudar e a investigar aufira o salário que é atribuído agora. E mesmo com esses salários, acrescentando esses 22% ainda não são atractivos para que os pesquisadores e professores desenvolvam esse pesquisas e vamos continuar na perspectiva do faz de conta, pensando que aumentar o subsídio resolve o problema”.

O decano acrescenta que, para investigar, é necessário que o professor tenha um salário digno, à altura da realidade económica, financeira e social do país e haja infra-estruturas que garantam qualidade.

NA CÚPULA DO BRICS, CHINA PREPARA PALCO PARA DIVULGAR SEU MODELO DE GOVERNANÇA

Xi Jinping se reunirá virtualmente com líderes de Brasil, Rússia, Índia e África do Sul para promover seu modelo econômico em meio a instabilidade mundial

Por Da Redação 22 jun 2022, 15h36

Com um cenário global cada vez mais complexo devido à guerra na Europa e o afastamento entre Pequim e Washington, a cúpula é momento perfeito para que o Partido Comunista Chinês possa promover sua visão geopolítica – 28/06/2019 Alan Santos/PR

China irá sediar na próxima quinta-feira, 23, a 14ª edição da Cúpulas dos BRICS, que reúne os países de mercado emergente, e enxerga a situação como uma boa oportunidade para promover seu modelo de governança e desenvolvimento em um momento de instabilidade global. 

O presidente chinês, Xi Jinping, irá se reunir de maneira virtual com os líderes de BrasilRússiaÍndia e África do Sul, que completam os BRICS, para discutir questões de interesse mútuo da cúpula, que tem como tema inaugurar uma “nova era” para o desenvolvimento do planeta. 

+ China reafirma apoio à Rússia por preocupações com ‘segurança e soberania’

Antes do evento em Pequim, a mídia estatal chinesa elogiou as cinco economias emergentes, que juntas representam cerca de um quarto da economia global, por impulsionar a “cooperação multilateral com estilos, formas e princípios não ocidentais” e ressaltou a importância da união destes países em um momento em que os Estados Unidos estão “induzindo seus aliados ocidentais a se rebelarem contra a globalização”. 

Em maio, Xi já havia pedido ao grupo que rejeite a “mentalidade de Guerra Fria para que seja possível trabalhar em conjunto para construir uma comunidade global de segurança para todos”. 

Apesar de diferenças substanciais nas relações com os americanos, todas as cinco nações mantêm certa distância da ordem liberal liderada pelos Estados Unidos. Um exemplo disso ocorreu no início do ano, quando líderes do Brasil, Índia, China e África do Sul se recusaram a condenar abertamente o presidente russo, Vladimir Putin, pela invasão à Ucrânia. 

Com um cenário geopolítico cada vez mais complexo devido à guerra na Europa e o crescente afastamento econômico entre Pequim e Washington, especialistas apontam que a cúpula é o momento perfeito para que o Partido Comunista Chinês possa promover sua visão de como as relações internacionais devem ser conduzidas. 

Data de Emissão: 24-06-2022 às 00:00
Género(s): Economia
 
Edição 17 de Junho 2022
 

ANGOLA QUER FAZER DESCER A INFLAÇÃO PARA UM DÍGITO ATÉ 2024

BCE DÁ TIRO DE PARTIDA PARA SUBIDAS CONSECUTIVAS DE JUROS

RESERVA FEDERAL AUMENTA JUROS EM 75 PONTOS BASE, A MAIOR SUBIDA DESDE 1994

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ANGOLA QUER FAZER DESCER A INFLAÇÃO PARA UM DÍGITO ATÉ 2024

O objectivo foi assumido pelo governador do Banco Nacional de Angola, José de Lima Massano, numa conferência organizada pela CCIPA.

MERCADO /

LUANDA /

09 JUN 2022 

O governador do Banco Nacional de Angola (BNA) disse, ontem, numa intervenção na conferência em Carcavelos, que o principal objectivo da política monetária da instituição é garantir que a inflação desça para um dígito até 2024, de acordo com o Jornal de Negócios.

“Estamos a migrar para um regime de metas de inflação, temos assistido a uma queda da inflação em Angola, e os dados de Abril sobre a evolução dos preços em Luanda mostram o valor mais baixo desde Julho de 2015”, disse José de Lima Massano na intervenção que fez esta manhã no seminário ‘Novo Ciclo da Economia Angola’, na Universidade Nova, em Carcavelos, organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Portugal Angola (CCIPA).

“O objectivo é um dígito de inflação, esta semana o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga os valores de Maio, e a perspectiva é uma queda ainda mais acentuada do que em Abril, e prevemos que a inflação termine o ano nos 18%, e temos o objectivo de que seja um crescimento a um dígito em 2024”, acrescentou o governador do banco central.

A moeda nacional, o kwanza, tem registado uma apreciação nos últimos meses, valendo agora 430 kwanzas por dólar, no seguimento dos elevados preços dos combustíveis, o que ajuda a aliviar a subida da inflação no País, que é muito dependente das importações.

José de Lima Massano disse que o kwanza valorizou 30% face ao dólar desde o início do ano, e vincou que já no ano passado a moeda se tinha apreciado 18% face ao dólar, recuperando das fortes quedas que tinha registado desde 2017.

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BCE DÁ TIRO DE PARTIDA PARA SUBIDAS CONSECUTIVAS DE JUROS

ECONEWS

*Significado de juro; Juros são, o valor do dinheiro no tempo. Ou seja, funcionam como se fossem o aluguer de dinheiro. Os bancos e outras instituições financeiras fazem a intermediação entre quem tem dinheiro (poupador ou investidor) e quem precisa de dinheiro (tomador ou devedor).

A taxa é uma compensação paga por quem pede o empréstimo para ter o direito de usar o dinheiro até o dia do pagamento. O credor, por outro lado, recebe uma compensação por não poder usar esse dinheiro até o dia do pagamento e por correr o risco de não receber o dinheiro de volta (risco de inadimplência).

Ciclo de subida de juros do BCE vai começar em Julho e taxa dos depósitos sai de terreno negativo em Setembro.

Lagarde vai dar pistas sobre o ritmo de agravamento e o que é expectável depois do Verão.

A escalada da inflação a nível global levou os bancos centrais em todo o mundo ao aperto de política monetária mais abrangente desde 2000. Contas do Financial Times mostram que 55 bancos centrais subiram os juros ao longo dos últimos três meses. Muitos já estão a acelerar o ritmo, mas ainda não é esta quinta-feira que o Banco Central Europeu (BCE) vai integrar este grupo. Contudo, falta pouco para a primeira subida de juros na Zona Euro em 11 anos.

É dado como certo que o Conselho do BCE vai hoje pré-sinalizar uma subida da taxa dos depósitos, actualmente em -0,5%, na próxima reunião agendada para 21 de Julho. A outra decisão muito provável, esta quinta-feira em Amesterdão, passa pelo anúncio do fim do programa de compra de activos (APP) nos primeiros dias do próximo mês. Um marco no fim

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RESERVA FEDERAL AUMENTA JUROS EM 75 PONTOS BASE, A MAIOR SUBIDA DESDE 1994

André Veríssimo

15 Junho 2022

ECONEWS

O banco central dos EUA elevou as taxas de juro em 75 pontos base, colocando-as no intervalo entre 1,5% e 1,75%. Próxima reunião poderá trazer um novo aumento da mesma dimensão, admite Powell.

Ocomité de política monetária da Reserva Federal anunciou hoje um aumento de 75 pontos base na taxa de referência, o que não acontecia desde 1994, colocando-a no intervalo entre 1,5% e 1,75%. Jerome Powell espera uma subida entre 50 e 75 pontos base na próxima reunião.

A inflação permanece elevada, refletindo desequilíbrios na oferta e procura relacionados com a pandemia, preços mais elevados de energia e pressões mais amplas sobre os preços”, assinala o comunicado divulgado pela Reserva Federal.

“A invasão e os acontecimentos relacionados estão a criar uma pressão adicional sobre a inflação e estão a pesar sobre a atividade económica global. Além disso, os bloqueios relacionados com a covid-19 na China deverão exacerbar os constrangimentos na cadeia de abastecimento. O comité está muito atento aos riscos inflacionários”, acrescenta a instituição liderada por Jerome Powell.

Na reunião de política monetária anterior a Reserva Federal tinha realizado a primeira subida de 50 pontos em mais de duas décadas, colocando a taxa de referência no intervalo entre 0,75% e 1%.

As previsões para a economia foram revistas em baixa, com a Fed a apontar agora para um crescimento de 1,7% este ano, mantendo-se abaixo de 2% até 2024. A taxa de desemprego deverá subir para 3,7% no final do ano e 4,1% em 2024.

O banco central dos EUA atualizou também as previsões para a inflação e as projeções para o rumo futuro da taxa diretora. A Fed antecipa agora que o índice de preços esteja acima dos 5% no final do ano e os juros de referência deverão atingir um pico de 3,8% em 2023, descendo em seguida. A inflação deverá depois aliviar para 2,6% no final do próximo ano e para 2,2% em 2024.

A taxa de inflação homóloga atingiu os 8,6% em maio, um novo máximo em quatro décadas, num sinal de que o pico na subida do nível de preços poderá ainda não ter sido atingido. O número foi divulgado na sexta-feira e provocou fortes perdas nas ações já esta semana, como o S&P500 a perder perto de 7% e a entrar num ciclo de perdas (bear market). As taxas implícitas das obrigações também dispararam.

Além da subida do índice de preços no mês passado, também as expectativas dos consumidores sobre a inflação futura (no prazo de cinco a 10 anos) galgaram para o valor mais elevado desde 2008, ano em que o petróleo atingiu uma cotação recorde.

Próxima reunião pode trazer nova subida de 75 pontos base

Na conferência de imprensa após a reunião do comité de política monetária, o presidente da Reserva Federal afirmou que “novos aumentos nas taxas serão apropriados” e que o banco central continuará a “reduzir de forma agressiva o balanço”.

Embora tenha dito que o aumento de 75 pontos base decidido hoje é “invulgarmente elevado” e não seja esperado que “mexidas desta dimensão sejam comuns”, Jerome Powell afirmou que tendo em conta a perspetiva atual, “o mais provável na próxima reunião é um aumento de 50 ou 75 pontos base”. “Tomaremos a decisão reunião a reunião e tentaremos tornar o nosso pensamento o mais claro possível”, acrescentou, repetindo que a Fed terá de ser “ágil na resposta”.

Acho que podemos conseguir uma aterragem suave [da economia], mas os acontecimentos aumentaram o grau de dificuldade. As flutuações nos preços das matérias-primas podem tirar essa possibilidade das nossas mãos.

Jerome Powell

Presidente da Reserva Federal

O responsável pelo banco central garantiu que a Fed não está a tentar provocar uma recessão e considerou que “a economia americana é muito forte e está em condições de enfrentar uma política monetária mais restritiva”. Ainda assim, gostava de “ver a procura a moderar”. Por ora, não está a existir uma espiral de subida nos salários.

Jerome Powel reconheceu, no entanto, que a tarefa de baixa a inflação para 2%, mantendo a robustez no mercado de trabalho não será fácil. “Acho que podemos conseguir uma aterragem suave [da economia], mas os acontecimentos aumentaram o grau de dificuldade. As flutuações nos preços das matérias-primas podem tirar essa possibilidade das nossas mãos. O contexto é de elevada incerteza”, afirmou.

“Não queremos tirar o emprego às pessoas, mas não podemos ter o mercado de trabalho que queremos sem estabilidade de preços”, sublinhou.

“Vamos reagir aos dados de forma apropriada. Em breve veremos progressos na [descida] da inflação. Não vamos declarar vitória até termos provas convincentes de que está a baixar“, garantiu o presidente da Fed.

Os principais índices acionistas dos EUA moderaram os ganhos após o anúncio da decisão, mas voltaram a subir após a conferência de imprensa. O S&P500 seguia há pouco a ganhar 1,4%, o Dow Jones perto de 1% e o Nasdaq 2,5%. Já os juros das obrigações com maturidade a 10 anos recuavam 13 pontos base para os 3,346%.

Data de Emissão: 17-06-2022 às 00:00
Género(s): Economia
 
Edição 10 de Junho 2022
 

1-TAXADEJURO BNA DEVE CAIR ESTE ANOPARA 19%

 

 

2-“NÃO HAVERÁ MAIS DINHEIRO PÚBLICO PARA O BANCO ECONÓMICO”, AFIRMA JOSÉ DE LIMA MASSANO

 

3-CAFÉ CIPRA ABORDA ELECTRIFICAÇÃOE O IMPACTO NA ATRACÇÃODE INVESTIMENTO

 

4- OCDE CORTA PREVISÕES DO CRESCIMENTO MUMDIAL

 

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DESENVOLVIMENTO

1-TAXADEJURO BNA DEVE CAIR ESTE ANOPARA 19%

 

Não há dinheiro gratuito. Se pedir dinheiro emprestado, quem o empresta irá pedir-lhe de volta um pouco mais do que o que lhe emprestou. O pouco mais é a taxa de juro, calculada como uma percentagem do montante original.

Da mesma forma, se entregar o seu dinheiro a um prestador de serviços de poupança ou investimento, também pode esperar receber de volta uma taxa de juro.

 

A consultora Oxford Economics considerou esta segunda-feira que o Banco Nacional de Angola (BNA) deve fugir à tendência geral e cortar a taxa de juro de 20 por cento para 19%, prevendo uma descida da inflação para 14,9 por cento, em Dezembro.

“Em forte contraste com o resto do mundo, esperamos que o banco central angolano vá cortar a taxa de juro directora em 2022, já que a inflação continua a abrandar face aos actuais níveis elevados”, lê-se num comentário à decisão do BNA de manter a taxa de juro nos 20 por cento, na última reunião do Comité de Política Monetária, realizada na cidade do Lubango, província da Huíla.

De acordo com o comentário enviado aos investidores e a que a Lusa teve acesso, estes analistas consideram que “a taxa de juro será cortada em 100 pontos base para 19 por cento, no segundo semestre, para manter as taxas reais ligeiramente positivas, como é recomendado pelo Fundo Monetário Internacional”.

A moeda angolana, o Kwanza, tem registado uma apreciação nas últimas semanas e meses, valendo agora 430 kwanzas por dólar, no seguimento dos elevados preços dos combustíveis, o que ajuda a aliviar a subida da inflação no país, que é muito dependente das importações.

“O recente abrandamento no crescimento dos agregados monetários e creditícios deverá sustentar, ainda mais, uma moderação na inflação”, sublinham os analistas, lembrando as reduções nas taxas de IVA em produtos básicos como ovos, pão, água mineral e sabão, entre outros, e a suspensão das taxas alfandegárias para vários produtos alimentares de primeira necessidade, como factores de sustentação.

A previsão da Oxford Economics surge depois de o BNA ter considerado que a taxa de câmbio do Kwanza atingiu o ponto de equilíbrio e de ter dito que não antevia mudanças na política monetária.

Falando em conferência de imprensa, na Huíla, após a reunião do Comité de Política Monetária, aos 31 de Maio, o governador do BNA incentivou também os operadores económicos, sobretudo os que dependem de importações, a optar pelos câmbios a prazo.

José de Lima Massano disse que o Kwanza valorizou 36 por cento até Abril face ao dólar, desde o início do ano, e apesar de ter registado em Maio “uma certa pressão”, nada aponta para uma variação excessiva da moeda angolana no sentido da depreciação.

Também, a oferta de moeda não abrandou, já que em Maio foi superior a mil milhões de dólares, continuou, admitindo que possa ter havido “um momento de acerto”, sendo provável que a estabilidade seja mantida. “Aliás, nos últimos dias, a taxa de câmbio praticamente não se mexeu, teremos aí um indicador do que de positivo estará a acontecer”, sublinhou.

*JA

 

“NÃO HAVERÁ MAIS DINHEIRO PÚBLICO PARA O BANCO ECONÓMICO”, AFIRMA JOSÉ DE LIMA MASSANO

 

O governador do Banco Nacional de Angola, José de Lima Massano, disse esta quarta-feira que não haverá nenhuma injecção de capitais públicos no Banco Económico, assegurando que a reestruturação estará pronta ainda este ano.

 

“Queremos, até final deste ano, que as medidas mais impactantes sejam concluídas, esperamos ver isso acontecer até final do ano”, disse José de Lima Massano, governador do Banco Nacional de Angola (BNA), à margem de um seminário em Carcavelos, nos arredores de Lisboa, em Portugal.

Segundo José de Lima Massado, não haverá esforço adicional de fundos públicos para que o banco possa continuar a sua operação, para quem foi a opção que seguida e por isso, com o que está desenhado, “não esperamos que outras perdas relevantes venham a acontecer, o sentido desta operação é proteger os depositantes e, dentro do possível, os investidores”.

Ao dissertar à margem do seminário “Novo Ciclo da Economia Angola”, na Universidade Nova, em Carcavelos, organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Portugal Angola, acrescentou: “Queremos implementar as medidas mais impactantes até final do ano, e depois teremos um período em que o banco vai continuar a fazer as suas correcções, já numa lógica mais estratégica, mas do ponto de vista de equilíbrio das suas contas e adequação dos capitais, [o processo de reestruturação] tem de ficar pronto até final do ano”.

 

*JA

CAFÉ CIPRA ABORDA ELECTRIFICAÇÃO E O IMPACTO NA ATRACÇÃO DE INVESTIMENTO

 

A sexta edição do CaféCIPRA analisa esta terça-feira, 7, em Luanda, “A electrificação do país e o seu impacto na atracção de investimentos” às 15 horas, no Centro de Imprensa da Presidência da República (CIPRA), soube o Jornal de Angola.

 

Para esta edição, serão os facilitadores o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, presidente do Conselho de Administração (PCA) da Rede Nacional de Transportes de Electricidade (RNT), Rui Gourgel, PCA da Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE), Hélder Adão, e o PCA da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportação, António Henriques da Silva.

O subsector de electricidade foi dos que maior crescimento registou nos últimos cinco anos, quer na qualidade do serviço, quer na quantidade de investimentos. Desde 2017, registou um incremento de 44,5 por cento, ao atingir uma potência de 5,9 giga watts.

O desempenho deste indicador decorre da entrada em funcionamento da sexta unidade geradora de Laúca, da Central do Ciclo Combinado do Soyo, da instalação de novas Centrais Térmicas no Luena, Saurimo, Cuito e Lubango, bem como da instalação e entrada em serviço de Novas Centrais Híbridas, localizadas nas províncias de Cabinda, Benguela, Huambo, Namibe, Cunene e Uíge.

Para o combate às assimetrias regionais, foi concluída a interligação entre os sistemas norte e centro, com a integração no sistema eléctrico nacional das províncias de Benguela, Bié e Huambo.

Em complemento a estes investimentos, foram realizados outros que permitiram a ampliação das ligações domiciliares em várias cidades e vilas do país, e o crescimento do número de beneficiários em mais de 472.000 famílias. Actualmente, o número de ligações é superior a 1.700.000 clientes, contra cerca de 1.200.000 clientes existentes em 2017.

*JA

 

OCDE CORTA PREVISÕES DO CRESCIMENTO MUMDIAL

 

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) está mais pessimista devido à guerra na Ucrânia e cortou em 1,5 pontos percentuais a perspectiva de crescimento económico mundial para 3% este ano, mantendo-se num nível similar em 2023.

No relatório com as previsões económicas mundiais divulgado, a OCDE prevê uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 3% este ano e 2,8% em 2023.

A organização com sede em Paris justifica que os choques económicos associados à guerra na Ucrânia têm impacto nos mercados globais de ‘commodities’, comércio e finanças.

“Antes da eclosão da guerra, as perspectivas pareciam amplamente favoráveis em 2022-23, com o crescimento e a inflação irão regressar à normalidade à medida que a pandemia de covid-19 e as restrições do lado da oferta diminuírem”, refere no relatório.

A OCDE explica que o corte nas perspectivas reflecte, em parte, as profundas recessões na Rússia e na Ucrânia, mas o crescimento deve ser consideravelmente mais fraco do que o esperado na maioria das economias, especialmente na Europa, onde o embargo ao petróleo e as importações de carvão da Rússia estão incorporados nas projecções para 2023.

“Os preços das ‘commodities’ subiram substancialmente, reflectindo a importância do fornecimento da Rússia e da Ucrânia em muitos mercados, pressões inflaccionistas e atingiu receitas e gastos reais, particularmente para as famílias vulneráveis”, refere.

A OCDE assinala ainda que em muitas economias de mercados emergentes, os riscos de escassez de alimentos são altos, dada a dependência sobre as exportações agrícolas da Rússia e da Ucrânia, enquanto as pressões do lado da oferta também se intensificaram como resultado do conflito, bem como as paralisações na China.

Antecipa ainda que a pressão nos preços ao consumidor deverá permanecer elevada, com uma média de cerca de 5,5% nas principais economias avançadas em 2022 e 8,5% na OCDE como um todo, antes de recuar em 2023, à medida que as pressões da cadeia de suprimentos e dos preços das ‘commodities’ diminuem e o impacto de condições monetárias mais apertadas começa a ser sentida.

Ainda assim, a OCDE acredita que a inflação ‘core’, embora em desaceleração, deve, no entanto, continuar dentro ou acima dos objectivos de médio prazo em muitas das principais economias no final de 2023.

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MESMA NOTÍCIA

“O mundo já está a pagar o preço da agressão da Rússia”, nas palavras da economista-chefe da OCDE, Laurence Boone. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico reduziu as previsões de crescimento do PIB mundial em 2022 de 4,5% para 3%, em consequência da guerra na Ucrânia.

A taxa de inflação deverá atingir os 8,5% entre os países membros da OCDE, o maior valor desde 1988.

O relatório publicado esta quarta-feira revela também que os custos da guerra variam consideravelmente segundo a área geográfica. A previsão do crescimento na Zona Euro cai dos 4,3% apontados em dezembro para 2,6% e, por toda a Europa, os valores do crescimento serão ainda inferiores em 2023 em comparação com este ano.

E a OCDE está particularmente preocupada com os efeitos nos países mais pobres.

Laurence Boone, economista-chefe da OCDE:“A guerra está realmente a enviar ondas de choque até África e ao Médio Oriente. E aquilo a que assistimos agora é quão dependentes da Rússia e da Ucrânia são muitos dos países do Médio Oriente e de África, do Líbano ao Egito, Tunísia ou Iémen.”

Na Europa, as projeções para 2023 incorporam o embargo ao petróleo e às importações de carvão da Rússia e as perturbações nas cadeias de abastecimento também são fonte de grande preocupação.

O relatório alerta que uma inflação descontrolada pode conduzir a fortes subidas nas taxas de juro, ameaçando uma recuperação económica já em dificuldades no período pós-pandemia.

Data de Emissão: 10-06-2022 às 00:00
Género(s): Economia
 
Edição de 03 de Junho 2022
 
Data de Emissão: 03-06-2022 às 00:00
Género(s): Economia
 
Edição de 20 de Maio 2022
 

Ministra Vera Daves de Sousa anuncia crescimento económico de 2,7% para este ano

https://expansao.co.ao/economia/interior/ministra-vera-daves-anuncia-crescimento-economico-de-27-para-este-ano-108156.html

Retirada gradual dos subsídios aos combustíveis arranca em Janeiro

https://expansao.co.ao/angola/interior/retirada-gradual-dos-subsidios-aos-combustiveis-arranca-em-janeiro-108091.html

Cerca de 460 mil cidadãos retirados do desemprego nos últimos quatro anos

https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/cerca-de-460-mil-cidadaos-retirados-do-desemprego-nos-ultimos-quatro-anos/

 

Taxa de emprego sobe 2,0% no I Trimestre

https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/taxa-de-emprego-sobe-2-0-no-i-trimestre/

 

Powell diz que o Fed não hesitará em continuar aumentando as taxas até que a inflação caia

https://www.cnbc.com/2022/05/17/powell-says-the-fed-will-not-hesitate-to-keep-raising-rates-until-inflation-comes-down.html
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DESENVOLVIMENTO

1-Ministra Vera Daves anuncia crescimento económico de 2,7% para este ano

PREÇOS ALTOS DO BARRIL DE PETRÓLEO

“Sim, revimos a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano para 2,7%, considerando o mesmo ritmo de 1,14 milhões de barris de petróleo por dia e um preço a rondar os 100 dólares”, disse Vera Daves de Sousa, quando questionada durante a conferência da Bloomberg sobre África.

A ministra das Finanças de Angola confimou esta terça-feira que o Governo reviu em alta a previsão de crescimento económico para este ano, antecipando agora uma expansão de 2,7% do PIB, contra os 2,4% previsto no OGE, devido ao aumento do preço do petróleo.

Na entrevista concedida durante a conferência ‘Bloomberg Invest: Focus on Africa’, a ministra das Finanças foi também questionada sobre a possibilidade de Angola aumentar as exportações de petróleo e gás para a Europa, compensando a quebra nas vendas à Rússia.

“Sim, temos a vontade política e abertura para o fazer, mas precisamos de muito trabalho de casa para conseguir dar resposta a essa necessidade da União Europeia”, respondeu Vera Daves de Sousa, salientando que entre o investimento e o retorno passam anos.

“Nós viemos de um cenário de queda da produção, estamos a motivar as companhias a fazerem mais investimentos, através de reformas, e estamos a ver os primeiros resultados, mas demora tempo, entre os investimentos que começam agora e os resultados, demora entre dois e cinco anos, por isso sim, queremos e estamos preparados (para aumentar as exportações para a Europa) mas vai demorar tempo para conseguirmos corresponder às expetativas”, explicou a governante.

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2-Retirada gradual dos subsídios aos combustíveis arranca em Janeiro

METAS ACORDADAS ENTRE GOVERNO E BANCO MUNDIAL

É ponto assente que a subsidiação aos combustíveis tem de acabar. Falta saber como. Em cima da mesa já se discute a forma como será feita essa retirada, que será sempre feita de forma gradual: se ocorre num espaço curto de tempo, que terá maior impacto social, ou num prazo mais alargado a vários anos.

O Governo acordou com o Banco Mundial o arranque da eliminação gradual dos subsídios estatais aos combustíveis a partir do início de 2023, de acordo com um documento da instituição multilateral a que o Expansão teve acesso.Este documento é relativo ao financiamento de 500 milhões USD acordado e assinado esta semana entre o Banco Mundial e o Executivo naquela que será a terceira tranche a desbloquear pelo BM, no âmbito do programa de Desenvolvimento de Políticas de Crescimento e Inclusão (Growth and Inclusion Development Policy Financing). Inserido no programa de financiamento a Angola entre o FMI e o Banco Mundial, sobe para 1,7 milhões USD o montante desbloqueado pela instituição multilateral no âmbito deste programa específico de apoio orçamental, que pressupõe o cumprimento de 12 metas até 2023.

Uma dessas metas é relativa à obrigatoriedade dos preços de energia serem baseados em custos de mercado e tarifas de serviços públicos baseadas no princípio da recuperação de custos, sistematicamente ajustados. É aqui que se enquadra o fim da subsidiação aos combustíveis, uma medida que estaria acordada para 2021, mas que tem sido sucessivamente adiada. “Já ninguém acreditava que isso iria acontecer este ano em que há eleições no país”, admite um economista.
Mas, segundo o documento sobre o desbloqueio dos 500 milhões USD, agora a nova meta para aquele que será o início do fim da subsidiação aos combustíveis aponta a 2023.

“Dada a necessidade de gerir melhor a pobreza e os impactos sociais, especialmente a crise induzida pela Covid-19, o Governo decidiu preparar-se mais profundamente para esta reforma, com a assistência do Banco Mundial e do FMI, o que exigiu um atraso na eliminação gradual dos subsídios aos combustíveis até ao início de 2023”, pode ler-se.

“Para uma reforma sustentável dos preços dos combustíveis, é essencial um compromisso muito forte do Governo a longo prazo, uma vez que a reforma dos preços não tem um fim bem definido e exige uma vigilância constante para acompanhar os movimentos dos preços do mercado”, refere o documento.

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3-Cerca de 460 mil cidadãos retirados do desemprego nos últimos quatro anos

O presidente do MPLA revelou, este sábado, na cidade do Huambo, que o Executivo, por si liderado, garantiu a retirada do desemprego, em todo o país, desde 2018 até ao momento, cerca de 460 mil cidadãos, que se encontram, agora, a operar nos mais variados sectores da economia nacional.

João Lourenço, que falava no acto de massas que juntou, no largo adjacente ao Aeroporto Albano Machado, cerca de 100 mil pessoas, entre militantes, amigos e simpatizantes do MPLA, reconheceu que o trabalho é um direito que cabe a todos, mas sublinhou que não é, por si só, a grande solução para fazer face aos principais problemas das famílias.

“É preciso que aqueles que têm trabalho e a ganhar grande ou pequenos salários consigam ter, também, o poder de compra e satisfazer, minimamente, as principais necessidades”, realçou, referindo que é esta a razão que levou o Executivo a tomar medidas que, combinadas, estão a reduzir o custo de vida das populações.

João Lourenço destacou, entre as medidas, a redução do IVA, de 14 por cento para 7 por cento, o aumento do Salário Mínimo Nacional e da Função Pública (aumentando mais aos que menos ganham), bem como a criação da Reserva Estratégica Alimentar.

Referiu que, além de estar preocupado em garantir melhor educação, saúde, condições de habitação, maior oferta de água potável e energia eléctrica para os cidadãos, o Governo  também está atento para assegurar maior oferta de emprego para os cidadãos.

Entretanto, disse que, enquanto este quadro não se efectiva, o Estado vai continuar, ainda, a ser o maior empregador, uma situação que ainda vai levar algum tempo: “Estamos a fazer admissões na Função Pública em números consideráveis, particularmente nos sectores sociais da Educação e da Saúde”.

O presidente do MPLA destacou o anúncio das sete mil vagas para a Educação, feito, há dias, pela ministra do sector, Luísa Grilo, salientando que essas admissões vão continuar, sobretudo, na Saúde, onde estimou terem sido admitidos, nos últimos anos, números nunca inferiores a cinco e sete mil profissionais.

Esclareceu que a ideia é permitir que as admissões, nos sectores da Saúde e da Educação, acompanhem o ritmo de construção das infra-estruturas que estão a nascer em todo o país: “Haverá, cada vez mais, emprego garantido, não apenas pelo sector público, mas também, pelo privado, que cresce, todos os dias, com a abertura de novas unidades industriais, agrícolas, das pescas, enfim, e de outros sectores da nossa economia”.

JA

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4-Taxa de emprego sobe 2,0% no I Trimestre

A taxa de emprego em Angola apresentou, no I Trimestre deste ano, uma subida de 2,0 por cento, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) a que o Jornal de Angola teve acesso.

Os dados do levantamento trimestral revelam também que, no mesmo período, se registou um recuo de 6,5 por cento na taxa de desemprego na população com 15 ou mais anos de idade.

Esta mesma tendência decrescente também se verificou na taxa de informalidade, que apresentou um recuo de 0,2 por cento.

O levantamento do Instituto Nacional de Estatística tomou em consideração uma amostra de 10.944 agregados familiares pelo País, dos quais 6.036 na área urbana e 4.908 na área rural. Deste modo, indica o INE, a população desempregada, estimada em 5,3 milhões no final de 2021, passou agora a 4,9 milhões.

 

Medidas resultam

As medidas que têm sido tomadas pelo Governo visando à protecção do emprego, apesar do ambiente adverso gerado pela Covid-19, estão a surtir efeito, tendo-se um registo recente de mais de 460 mil empregos criados ao longo dos últimos quatro anos.

Só o Plano de Acção para a Promoção da Empregabilidade (PAPE), coordenado pelo Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS), em 2021, garantiu mais de 83 mil empregos directos e outros 250 mil indirectos. Dados apontam ainda que nos três primeiros meses deste ano foram gerados mais de sete mil empregos, mantendo-se as perspectivas iniciais do Governo de alcançar uma cifra de 500 mil postos de trabalho gerados na economia nacional.

Relativamente ao PAPE, esta iniciativa deverá proporcionar, na sua implementação global, 10 mil microcréditos concedidos, 42 mil kits profissionais distribuídos, 30 mil jovens inseridos no mercado formal e 1.500 formados no nível 3 e 4 de formação profissional, no âmbito dos acordos de estágios profissionais.

JA

Jerome Powell boss da Reserva Federal dos Estados Unidos diz que o Fed não hesitará em continuar aumentar as taxas até que a inflação caia

Data de Emissão: 20-05-2022 às 00:00
Género(s): Economia
 
Edição 13 de Maio 2022
 

PROGRAMA KWENDA ESTENDIDO ATÉ 2025

 

GOVERNO E O BANCO MUNDIAL ASSINAM NOVO ACORDO DE FINANCIAMENTO AVALIADO EM 500 MILHÕES DE DÓLARES

 

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DESENVOLVIMENTO

 

PROGRAMA KWENDA ESTENDIDO ATÉ 2025

 

A ministra de Estado para a Área Social, Carolina Cerqueira, anunciou, esta terça-feira, em Luanda, o alargamento do Programa de Fortalecimento da Protecção Social “Kwenda” até 2025, ao invés de Outubro de 2023 como estava inicialmente previsto.

O programa prevê, até 2023, atender um milhão 608 mil agregados familiares.

Dados disponíveis indicam que, até ao final de 2021, o Kwenda beneficiou 314 mil agregados familiares, numa primeira fase, com transferências monetárias. Cada uma das famílias recebeu, trimestralmente, 25 mil 500 kwanzas.

Dos actuais beneficiários, de um total de 650 mil agregados cadastrados no país, 62 por cento são chefiados por mulheres, que foram cadastrados em seis mil 500 aldeias, de 42 municípios e 158  comunas, das 18 províncias do país. O programa prevê, até 2023, atender um milhão 608 mil agregados familiares.

De acordo com a ministra, que falava na 5ª edição do Café CIPRA, de princípio o programa estava desenhado para três anos (até 2023), mas devido ao impacto positivo, o Banco Mundial decidiu estender o financiamento para até 2025.

Carolina Cerqueira avançou ainda que  com esse procedimento do Banco Mundial, será ampliado o número de famílias alvo do programa, bem como o aumento dos valores monetário que cada agregado familiar recebe actualmente, que é na ordem de oito mil e 500 Kwanzas, por mês. 

Segundo a ministra, os valores monetários atribuídos as famílias, na sua maior parte, são aplicados em actividades económicas e produtivas, facto que demonstra o seu impacto junto das comunidades abrangidas.

“As famílias estão a utilizar esses rendimentos para a inclusão e a produtividade”, referiu.

Por sua vez, a secretária de Estado para o Orçamento e Investimento Público, Aia-Eza da Silva, sublinhou que o programa “Kwenda” tem quatro componentes principais, a transferência monetária, a inclusão produtiva, a municipalização da acção social e o cadastro social único.

Aia-Eza da Silva referiu ainda que o programa sempre contou com o apoio do Banco Mundial, sendo que o projecto estava orçado a princípio no valor de 200 milhões de dólares norte-americano, e actualmente foi dobrado em reconhecimento do impacto positivo a nível das comunidades.

Segundo a secretária de Estado, em 2021 o programa registou um gasto na ordem de 8.9 mil milhões de Kwanzas, já para 2022 se pretende alcançar aproximadamente os 22 mil milhões de Kwanzas.

*ANGOP

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GOVERNO E O BANCO MUNDIAL ASSINAM NOVO ACORDO DE FINANCIAMENTO AVALIADO EM 500 MILHÕES DE DÓLARES

 

O Governo de Angola e o Banco Mundial assinaram, nesta terça-feira, 10 de Maio, no edifício sede do Ministério das Finanças, um acordo de financiamento referente à terceira Operação de Apoio Orçamental, para apoiar a tesouraria nacional e a implementação de reformas económicas.

O acordo, avaliado em 500 milhões de Dólares foi rubricado pela Ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa e pelo Director Regional do Banco Mundial para Angola, Burundi, RDC e São Tomé e Principe, Jean-Christophe Carret.

Durante o evento, Vera Daves de Sousa agradeceu o apoio e reiterou que o Banco Mundial tem sido um parceiro imprescindível para Angola, tendo manifestado que o Governo continua interessado na cooperação com esta importante instituição financeira em diversos domínios.

Adiantou, de igual modo, que os recursos que serão disponibilizados com a assinatura desse acordo, servirão para dar seguimento à construção dos alicerces necessários à um crescimento incluso sustentado e sustentável com impacto real na vida dos cidadãos.

“À semelhança dos dois primeiros DPO`s, esta nova operação de apoio orçamental que hoje assinamos é mais do que dinheiro, na medida em que reflecte o contínuo engajamento do Executivo na realização das reformas com que se comprometeu e cujos primeiros efeitos positivos já os sentimos e outros, sem dúvida, sentiremos e que gerarão um importante impacto a médio e longo prazos”, destacou.

Ao contextualizar os eventos que culminaram no referido acordo de financiamento, Vera Daves de Sousa lembrou que o Governo de Angola começou, desde o ano de 2018, a implementar um conjunto de reformas económicas com vista a restaurar a sustentabilidade externa e fiscal e a lançar as bases para uma diversificação económica sustentável preferencialmente liderada pelo sector privado que contou com o apoio de instituições multilaterais “Dentre as quais destacamos o Banco Mundial, com o qual dentre várias iniciativas, celebrámos o Development Policy Operation (DPO).

Até aqui, registámos três actos de assinatura, sendo o primeiro em 2019, no montante de 500 milhões de Dólares, o segundo em 2021, no montante de 700 milhões de Dólares e o terceiro, o que nos traz aqui hoje, de 500 milhões de Dólares, perfazendo um total de US 1,7 mil milhões”.

Data de Emissão: 13-05-2022 às 00:00
Género(s): Economia
 
Edição 6 de Maio 2022
 

COMISSÃO EUROPEIA PROPÕE EMBARGO TOTAL AO PETRÓLEO RUSSO

 

A META DE CRIAR EMPREGOS; 16 EMPRESAS AMERICANAS INTERESSADAS EM INVESTIR EM ANGOLA COM

 

16 EMPRESAS AMERICANAS INTERESSADAS EM INVESTIR EM ANGOLA COM A META DE CRIAR EMPREGOS

 

 

POSSÍVEL TRIBUTAÇÃO DOS DÍZIMOS E OFERTAS PREOCUPA EVANGÉLICOS

 

REGRESSO DA TAAG AO UÍGE CONTRIBUI PARA O PROGRESSO

 

FED AUMENTA JUROS EM 50 PONTOS, A MAIOR SUBIDA DESDE 2000

 

A Reserva Federal norte-americana decidiu na reunião desta quarta-feira subir os juros em 50 pontos base para combater a aceleração da taxa de inflação nos Estados Unidos.

Para contrariar a aceleração da taxa de inflação nos Estados Unidos, a Reserva Federal norte-americana decidiu esta quarta-feira subir os juros em 50 pontos base, tal como esperavam os analistasEsta é a maior subida dos juros desde 2000 e a segunda subida este ano, após ter começado a aumentar os juros em março. O foco está agora na conferência de imprensa que Jerome Powell, presidente da Fed, dará depois da reunião.

Com esta subida, a taxa de referência da Fed passa para entre 0,75% e 1%. O objetivo é chegar a um juro entre 2% e 3% — uma estimativa confirmada por Powell, apesar de salientar a incerteza –, o qual é visto como tendo um efeito “neutral” na economia norte-americana, pelo que nas reuniões de junho e julho deverá haver mais subidas. A taxa de inflação dos EUA está neste momento acima dos 8%, em máximos de 40 anos.

O comité decidiu aumentar o seu intervalo de objetivo para a taxa dos fundos federais para entre 0,75% e 1% e antecipa que aumentos contínuos desse intervalo serão apropriados“, afirma a Reserva Federal norte-americana no comunicado divulgado esta quarta-feira.

Isto significa que, tal como esperado pelos analistas, os juros deverão continuar a subir nas reuniões de junho e julho. Na conferência de imprensa a seguir à reunião, Jerome Powell confirmou que é do entendimento do comité que “aumentos de 50 pontos base devem estar em cima da mesa nas próximas reuniões”, em particular “nas próximas duas”.

A segunda novidade também prevista pelos analistas e agora confirmada pela Fed é que o balanço do banco central dos Estados Unidos de nove biliões de dólares vai começar a encolher. Num comunicado separado, o Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC) revela que todos os participantes na reunião concordaram que essa redução gradual dos ativos (principalmente dívida pública) arrancará a 1 de junho. Powell admitiu que não há certezas sobre os efeitos deste passo.

Após a decisão da Reserva Federal norte-americana, os mercados financeiros reagiram em alta. Em Wall Street, tanto o Dow Jones como o S&P 500, que tinham arrancado a sessão em terreno positivo, atingiram máximos intradiários, valorizando mais de 0,8% cada.

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REGRESSO DA TAAG AO UÍGE CONTRIBUI PARA O PROGRESSO

 

Vinte e três anos depois, a TAAG, companhia aérea de bandeira nacional, voltou, desde esta segunda-feira (2), a voar para a província do Uíge. O secretário de Estado para os sectores da Aviação Civil, Marítimo e Portuário, Carlos Borges, que testemunhou o acto, disse que o regresso dos voos da TAAG ao Uíge vai contribuir no desenvolvimento económico daquela província.

 

Em declarações à imprensa, Carlos Borges pediu aos empresários e pessoas singulares que façam desta ligação da TAAG uma via, não só para o desenvolvimento local, mas também para a promoção do turismo interno, arte e cultura.

O governante disse esperar que, além da rota Luanda- Uíge, retomada ontem, surjam novas, a partir do Aeroporto Manuel Quarta Punza, para Cabinda e a República Democrática do Congo, destinos onde os empresários do Uíge mantêm relações económicas.

Considerou que, para sustentar a rota, a TAAG vai precisar de um esforço suplementar, razão pela qual solicitou a afluência dos populares aos serviços da companhia. Por sua vez, o governador do Uíge, José Carvalho da Rocha, disse que o regresso dos voos à província se enquadra na materialização das promessas feitas pelo Presidente da República, durante a visita que efectuou àquela parcela do país, em Outubro do ano passado.

José Carvalho da Rocha destacou o facto de a província do Uíge estar localizada numa região em que se realizam vários negócios. “O retomar dos voos da TAAG, interrompidos há mais de dez anos, constitui um momento importante para todos aqueles que recorrem a este meio para se deslocar de Luanda à sede da província”, disse.

O presidente do Conselho Executivo da TAAG, Eduardo Fairem, disse que a retoma desta rota se enquadra na estratégia do Conselho de Administração da companhia de apostar no fortalecimento e intensificação das conexões nacionais e internacionais.

Informou que a TAAG passa a ter dois voos semanais para o Uíge, às segundas e sextas-feiras, com duração de 45 minutos. O bilhete de ida custa 9.000 kwanzas.

Data de Emissão: 06-05-2022 às 00:00
Género(s): Economia
 
Edição 29 de Abril 2022
 
  • REFORMA TRIBUTÁRIA EM ANGOLA EM ALIMHAMENTO COM OS OBJECTIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
  • EXECUTIVO REDEFINE LEI GERAL DO TEABALHO

 

 

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  • REFORMA TRIBUTÁRIA EM ANGOLA EM ALIMHAMENTO COM OS OBJECTIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

 

As reformas tributárias têm permitido ao país alcançar um desenvolvimento económico estável, em benefício da população, disse, terça-feira(26), em Luanda, a secretária de Estado para o Orçamento e Investimento Público, Aia-Eza Gomes da Silva.

 

 

A governante fez este pronunciamento, via Zoom, durante o Simpósio sobre Tributação e Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), organizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em parceria com os governos da Finlândia e da Noruega, que decorreu sob o lema “Tributação e Objectivos de Desenvolvimento Sustentável e Lançamento da Iniciativa Tributária”.

De acordo com Aia-Eza Gomes da Silva, o Governo tem vindo a implementar algumas estratégias de tributação, no âmbito dos ODS, para a fortificação da economia nacional. Referiu que estas estratégias de tributação têm a ver com a implementação do Imposto Especial de Consumo, da aposição de selos fiscais de alta segurança em bebidas e líquidos alcoólicos, tabacos e seus sucedâneos manufacturados, da Lei do Mecenato, dos incentivos fiscais aplicáveis às empresas nacionais na indústria petrolífera, assim como da lei que aprova os benefícios fiscais.

A governante disse que o Executivo, no quadro da sua política de governação, tem em carteira a implementação de outras estratégias de tributação, como a regulação do comércio electrónico, a execução a longo prazo da factura electrónica, o Imposto Único sobre a Micro Actividade Empresarial (IUMEAE) e a criação, a curto prazo, de um imposto neutro.

 

 

  • EXECUTIVO REDEFINE LEI GERAL DO TEABALHO

 

 

Executivo redefine Lei Geral do Trabalho

O Conselho de Ministros, reunido, quarta-feira(27), sob orientação do Presidente da República, João Lourenço, apreciou, para envio à Assembleia Nacional, uma proposta da Lei Geral do Trabalho, na qual redefine o conteúdo das disposições referentes à constituição, modificação e extinção das relações jurídico-laborais, a fim de conferir maior equilíbrio entre os sujeitos do contrato de trabalho.

A proposta tem, ainda, como fim, a melhoria do diploma, bem como a adequação à Constituição da República, às convenções internacionais ratificadas pelo Estado angolano e à realidade socioeconómica do país.

A proposta de diploma consagra, entre outros aspectos, a obrigatoriedade de justificar a necessidade da celebração do contrato de trabalho por tempo determinado, a redução a escrito e o limite de duração, a introdução nos contratos especiais da figura dos contratos de teletrabalho e de trabalho em comissão de serviço.

O diploma elege, ainda, a eliminação da distinção das empresas em função da  dimensão quanto à duração do contrato de trabalho por tempo determinado, a reconfiguração do critério de fixação das remunerações adicionais, além da determinação das indemnizações e compensações.

Em declarações à imprensa, no termo da reunião, a ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS), Teresa Rodrigues Dias, disse que essa matéria já constava da Lei 2/20, mas acabou por conhecer um recuo na actual Lei Geral do Trabalho.

“Este recuo não foi satisfatório e, também, não abonava a favor daquilo que são as políticas da Organização Internacional do Trabalho (OIT)”, referiu. Avançou que a outra novidade constante na proposta pretende a distinção entre pequenas, médias e grandes empresas no que toca à indemnização e compensação, no caso de o trabalhador vir a perder o seu posto.

Salientou que a nova Lei vem pôr termo a essa distinção, partindo do princípio que são todos, à luz da Lei, trabalhadores e, de acordo com os regimes, devem merecer a indemnização ou compensação sem discrepância de estar afiliada a uma pequena, média ou grande empresa.

“Essa dinâmica fazia muito ruído em termos das entidades sindicais e dos grandes conflitos jurídicos ou laborais”, frisou a ministra, para quem o diploma também traz, como novidade, a possibilidade da mo-bilidade dentro do mesmo grupo empresarial, sem, no entanto, precisar-se cessar o vínculo laboral, tal como já se dá na Função Pública.  

Actividade de Moto-Táxi

No domínio dos transportes públicos, o Conselho de Mi-nistros aprovou o Regime Jurídico da Actividade de Moto-Táxi. Este diploma é virado para o exercício da actividade de transporte remunerado individual ou colectivo de passageiros e de mercadorias em veículos ciclomotor, motociclo, triciclo e quadriciclo.

O diploma responde à necessidade da formalização do exercício e ordenamento desta actividade, permitindo que seja exercida com o conforto e segurança exigidos, facilitando as deslocações dos cidadãos, sobretudo, nas zonas de difícil acesso dos meios de transportes regulares.

O ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, esclareceu que, na prática, este regulamento visa garantir a organização, ordenamento e a fiscalização da actividade de moto-táxi no país, uma actividade que teve início no Sul, em finais da década de 90, e que, agora, se encontra em toda a parte do país.

“Precisávamos de dar forma a nível da sua organização, ordenamento e, também, protecção, quer aos operadores, quer aos próprios passageiros”, aclarou Ricardo de Abreu, para quem a iniciativa passa por formalizar a actividade de moto-táxi.

“Para além disso, está garantido, também, a protecção social desses operadores e profissionais”, esclareceu, reforçando que a ideia, com a iniciativa, é reduzir o nível de sinistralidade no seio dessa classe e o de informalidade. Disse que a responsabilidade para o ordenamento, organização, licenciamento e fiscalização desta actividade vai estar a cargo dos órgãos do poder local.

Nova entidade para Águas

A sessão de ontem do Conselho de Ministros apreciou, também, para envio à Assembleia Nacional, a proposta de Lei que cria a Entidade Reguladora dos Serviços de Electricidade e do Abastecimento de Água e Saneamento de Águas Residuais.

Trata-se de uma entidade administrativa independente que, em substituição do Instituto Regulador dos Serviços de Electricidade e do Abastecimento de Água e Saneamento de Águas Residuais, passa a exercer as actividades de regulação e de supervisão dos subsectores eléctrico e de águas.

O surgimento da nova entidade passa por promover a eficiência, proteger os consumidores, assegurar o auto-financiamento do serviço prestado, concretizar as políticas públicas do sector e assegurar um serviço robusto e sustentável.

 

 

Data de Emissão: 29-04-2022 às 00:00
Género(s): Economia
 
Edição 22 de Abril 2022
 
  • Executivo anuncia medidas “mais duras” contra quem gere mal o dinheiro do estado

 

  • Dívida pública desce para menos de 60% do pib diz FMI

 

§  Economia angolana deve crescer 2,9% este ano

 

  • FMI melhora crescimento na áfrica subsaariana para 3,8%

 

 

  • Executivo anuncia medidas “mais duras” contra quem gere mal o dinheiro do estado

 

 

A ministra das Finanças, Vera Daves, anunciou nesta Terça-feira, em Luanda, que o Executivo vai aplicar medidas “mais duras” para quem gere mal o dinheiro do Estado, sublinhando que, as regras definidas para o orçamento em execução são para serem cumpridas à risca.

 

A ministra falava na abertura do seminário sobre “as regras de execução orçamental” dirigidos aos gestores de unidades orçamentais dos órgãos da Administração Central e Local do Estado.

“As regras de execução orçamental são aperfeiçoadas todos os anos em função dos contributos que vamos recebendo de quem tem a responsabilidade de as aplicar”, esclareceu citada pela Rádio Nacional de Angola (RNA).

De acordo com Vera Daves, a disciplina e o rigor que se exige a todos os gestores públicos são incompatíveis com qualquer atitude de facilidade ou facilitismo.

 

In Mercado

 

  • DÍVIDA PÚBLICA DESCE PARA MENOS DE 60% DO PIB DIZ FMI

 

Angola deverá manter a trajectória de descida da dívida pública que iniciou no ano passado, depois de em 2020 ter atingido o recorde de 136,8% do PIB.

 

A dívida pública de Angola deverá descer de 86,3% do Produto Interno Bruto (PIB), no ano passado, para 59,7% este ano, de acordo com as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI).

De acordo com o Jornal de Angola, no relatório “Fiscal Monitor” no âmbito dos Encontros da Primavera, que decorrem esta semana em Washington, Angola deverá manter a trajectória de descida da dívida pública que iniciou no ano passado, depois de em 2020 ter atingido o recorde de 136,8% do PIB.

O relatório, que apresenta apenas os quadros com os valores, sem explicações, prevê que no próximo ano as autoridades de Angola consigam manter a trajectória de redução da dívida pública em função do PIB, que passará de 57,9%, este ano, para 54,6% em 2023 e continuará a reduzir-se até chegar a 36,1%, em 2027, o último ano de previsões do Fundo.

 

In Mercado

 

 

§  ECONOMIA ANGOLANA DEVE CRESCER 2,9% ESTE ANO

 

A economia da África Subsaariana deve crescer 3,6% este ano, abaixo dos 4,0% em 2021, disse o Banco Mundial nesta quarta-feira, alertando que o aumento dos preços de alimentos e energia alimentados pela guerra da Rússia na Ucrânia pode desencadear distúrbios civis na região.

 

A economia angolana deverá crescer, em 2022, 2,9%, afirma o Banco Mundial (BM) no relatório “Africa’s Pulse” publicado esta quarta-feira, a partir de Washingtown, nos Estados Unidos da América.

A região Subsaariana fica nos 3,6%, contra a previsão inicial de 4,0 %, numa desaceleração justificada em consequência do conflito Rússia – Ucrânia.

De acordo com o documento do Banco Mundial, a África do Sul cresce 2,1% e a Nigéria 3,8%, sendo a Costa do Marfim a economia da África Ocidental de mais rápido crescimento, em previsão, com 5,7%.

A maior economia da África Oriental, no caso o Quénia, deve expandir-se 5,0%.

O Banco Mundial disse que a estimativa de crescimento actualizada para o ano passado foi impulsionada por aumentos de 1,2 e 0,3% nos números de 2021 para Nigéria e África do Sul, embora tenha alertado para um crescimento “lento” em andamento na Nigéria, África do Sul e Angola.

Conforme refere a Reuters, a guerra na Ucrânia pioraria os factores que impedem a recuperação da África da pandemia de coronavírus, apesar das pequenas ligações económicas directas, disse, devido aos preços mais altos das commodities, à política monetária global mais apertada e à queda nos fluxos financeiros estrangeiros.

“A economia da África Subsaariana deve crescer 3,6% este ano, abaixo dos 4,0% em 2021, disse o Banco Mundial nesta quarta-feira, alertando que o aumento dos preços de alimentos e energia alimentados pela guerra da Rússia na Ucrânia pode desencadear distúrbios civis na região”, lê-se.

Embora tenha actualizado a previsão para este ano em 0,1 ponto percentual e dito que o crescimento do ano passado superou as previsões iniciais, o banco sublinha que a inflação na região deve acelerar para 6,2% este ano, ante 4,% em 2021.

In Mercado

 

  • FMI MELHORA CRESCIMENTO NA ÁFRICA SUBSAARIANA PARA 3,8%

 

O Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou esta terça-feira ligeiramente a previsão de crescimento económico para a África subsariana em 0,1 pontos percentuais, para 3,8%, mantendo a estimativa de 4% para 2023, face às previsões de Janeiro.

De acordo com as Previsões Económicas Mundiais, divulgadas no âmbito dos Encontros da Primavera, as economias da região vão crescer 3,8% este ano, registando-se uma expansão de 3% em Angola e de 6,1% na Guiné Equatorial, que assim interrompe vários anos de recessão, embora deva voltar a um crescimento negativo no próximo ano.

Segundo o documento, a Nigéria, a maior economia da região, deverá registar uma expansão económica de 3,4% e de 3,1% neste e no próximo ano, o que representa uma melhoria de 0,7 e 0,4 pontos percentuais, respectivamente, face à actualização de Janeiro das Previsões Económicas Mundiais divulgadas em Outubro do ano passado.

“Na África subsariana, os preços mais altos dos alimentos vão prejudicar o poder de compra dos consumidores, principalmente entre as famílias com menores rendimentos, o que vai influenciar negativamente a procura interna; a agitação social e política, principalmente na África Ocidental, também influencia a perspectiva de evolução” das economias da região, lê-se no relatório divulgado ontem.

Ainda assim, a subida dos preços do petróleo, que tem estado acima dos 100 USD um ponto positivo para os principais exportadores de petróleo na região, como a Nigéria e os lusófonos Angola e Guiné Equatorial, que, no conjunto deverão crescer 3,4% e 3,1% em 2022 e 2023.

In Mercado

Data de Emissão: 22-04-2022 às 00:00
Género(s): Economia
 
Edição 8 de Abril 2022
 

Este é um espaço de análise sobre as políticas económicas e os seus efeitos sobre as famílias e as empresas, numa responsabilidade do Centro UFOLO para a boa governação.

“O Estado da Economia” é emitido todas as Sextas-feiras entre às 9 e às 10 horas aqui na Rádio Ecclesia.

vamos aos temas para esta edição;

 Governo traça estratégia para transitar a país de rendimento médio

 Angola sai da recessão económica e cresce 0,7% em 2021

 Sector energético condiciona a expansão da indústria

 Dólar perdeu 23% a favor do kwanza

 Unctad: economias menos avançadas são mais afetadas pela guerra na Ucrânia 

Data de Emissão: 08-04-2022 às 00:00
Género(s): Economia
 
Edição 01 de Abril 2022
 

Este é um espaço de análise sobre as políticas Públicas  e os seus efeitos sobre as famílias e as empresas, numa responsabilidade do Centro UFOLO para a boa governação

“O Estado da Economia” é emitido todas as Sextas-feiras entre às 9 e às 10 horas aqui na Rádio Ecclesia

-Crédito à habitação mais facilitado

-BNA vai emitir novo aviso para a concessão de crédito em Abril

-Nova moeda de 200 kz entra em circulação no dia da paz

-Plano nacional de desenvolvimento executado a 65,75%

-Moscovo insiste que a Europa vai ter de pagar gás Russo em rublos

Data de Emissão: 01-04-2022 às 00:00
Género(s): Economia
 
Edição 25 de Março 2022
 

Estimado ouvinte, seja bem-vindo à 6ª edição do programa “O Estado da Economia”, referente a 25 de Março de 2022.

Este é um espaço de análise sobre as políticas e os seus efeitos sobre as famílias e as empresas, numa responsabilidade do Centro UFOLO para a boa governação.

“O Estado da Economia” é emitido todas as Sextas-feiras entre às 9 e às 10 horas aqui na Rádio Ecclesia.

A técnica deste programa é assegurada pela Vanda de Carvalho, coordenação do UFOLO-Centro de Estudos Para a Boa Governação; Realização e apresentação de Esmeralda Chiyaka e José de Belém. –

Atente já a seguir aos tópicos da presente edição do

“O ESTADO DA ECONOMIA”, em que temos como convidado residente, o economista Yuri Kixina, professor de macroeconomia leccionando no ISPTEC.

Lá para o fim vamos ter a sugestão de leitura, é geralmente uma obra pelo nosso convidado residente, sobre o tema em abordagem neste programa. Economia.

O pensamento do dia é uma frase para reflectir, igualmente deixada pelo professor Yuri Kixina em cada final das nossas edições.

Por enquanto, vamos aos temas para esta edição;

  • CEIC PREVÊ QUE CRISE SOCIAL VAI AGRAVAR-SE ATÉ FINAL DESTE ANO
  • VALORIZAÇÃO DO KWANZA PROTEGE ANGOLA DA SUBIDA DE PREÇOS DOS ALIMENTOS

E nesta última edição do mês vamos conversar com os nossos radio-ouvintes.

Se tiver alguma dúvida em relação a questões relacionadas com economia, não hesite, ligue para nós e fale com o professor Yuri Kixina.

Mas será apenas depois da abordagem dos temas em análise

A consultora Oxford Economics Africa considerou este sábado que a valorização do kwanza é a principal arma para compensar o aumento dos preços dos bens importados no país.

O aumento generalizado nos preços globais dos alimentos devido ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia vai ter um impacto indirecto em Angola devido à inflação no preço dos alimentos, mas felizmente a subida dos preços do petróleo fortaleceu o valor da moeda de Angola para cerca de 640 kwanzas por dólar, o valor mais alto desde Outubro de 2019, o que vai mitigar alguns dos custos acrescidos dos bens importados”, dizem os analistas.

Num comentário à evolução dos preços em Angola em Fevereiro, a Oxford Economics Africa alerta que “a guerra entre a Rússia e a Ucrânia pode ter um impacto directo em Angola se as importações de trigo e fertilizantes da Rússia foram afetadas de forma adversa”, mas aponta que o impacto na evolução dos preços será apenas indirecto.

Além do fortalecimento do kwanza face ao dólar nos últimos meses e do aumento das receitas fiscais por via do aumento do preço do petróleo, “os consumidores também estão a ser beneficiados pela decisão do Governo, em Outubro de 2021, de cortar a taxa de Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) dos bens essenciais de 14% para 7%”, apontam os analistas na nota, citada pela Lusa.

Participação dos ouvintes do EE.

  • 1-Fernando-equipa fraca coordenação
  • Mário Cassoma
  • Wilson-Moxico-governo candongueiro e desburocratizar as exportações
  • Manassés-fricção entre as pol´+iticas do bna e minfin

1-SUGESTÃO DE LIVRO

2-PENSAMENTO DO DIA

Colocámos assim ponto final à presente edição do programa “O Estado da Economia”, hoje são 25 de Março de 2022.

É um espaço que fala das políticas económicas e seus efeitos sobre as famílias e as empresas, numa responsabilidade do Centro UFOLO para a boa governação.

Recordamos que este espaço vai ao ar todas as Sextas-feiras entre às 9 e às 10 horas aqui na Rádio Ecclesia.

As despedidas são de Vanda de Carvalho na técnica, do UFOLO-Centro de estudos para a boa governação que coordenou; e da Esmeralda Chiyaka e o José de Belém que estiveram na realização e apresentação.

 

 

Data de Emissão: 25-03-2022 às 00:00
Género(s): Economia
 
Edição 18 de Março 2022
 

O Estado da Economia, este é um espaço de análise sobre as políticas e os seus efeitos sobre as famílias e as empresas, numa responsabilidade do Centro UFOLO para a boa governação.

Data de Emissão: 18-03-2022 às 00:00
Género(s): Programa de autor
 
Edição 11 de Março 2022
 

O Estado da Economia, este é um espaço de análise sobre as políticas e os seus efeitos sobre as famílias e as empresas, numa responsabilidade do Centro UFOLO para a boa governação.

Data de Emissão: 11-03-2022 às 00:00
Género(s): Programa de autor
 
Edição 25 de Fevereiro 2022
 

Este é um espaço de análise sobre as políticas e os seus efeitos sobre as famílias e as empresas, numa responsabilidade do Centro UFOLO para a boa governação. É emitido todas as Sextas-feiras entre às 9 e às 10 horas aqui na Rádio Ecclesia.

“O estado da economia”, tem como convidado residente, o economista Yuri Kixina.

Atente já a seguir aos tópicos em análise nesta edição

-Inflação cai para 19,9% este ano, valor mais baixo desde 2015, diz consultora Oxford Economics África

-Apenas um terço da receita bruta do petróleo ficou em Angola

-O balanço da cimeira união Europeia-União africana: nos próximos sete anos a estratégia de investimento global da Europa para a África está orçado em mais de 150 mil milhões de euros

-Consequências económicas da crise na Ucrânia

“Este ano haverá algum conforto para os consumidores, no seguimento da decisão de outubro do Governo de reduzir o IVA nalguns produtos essenciais de 14% para 7%”. A taxa prevista é de 19,9% este ano.

A consultora Oxford Economics África estima que o país vá ver a inflação reduzir-se de 25,8%, em 2021, para 19,9% este ano, interrompendo a trajectória de subida dos preços apesar da valorização do kwanza.

“Apesar das más condições económicas e do recente fortalecimento do kwanza, a inflação tem continuado numa trajectória crescente, principalmente devido aos efeitos da grande fraqueza da moeda nacional em 2019 e 2020, devido ao choque dos preços do petróleo originado pela pandemia da COVID-19 e pela fraca intervenção do banco central”, escrevem os analistas da Oxford Economics África.

Data de Emissão: 25-02-2022 às 00:00
Género(s): Economia
 
Edição 18 de Fevereiro 2022
 

Este é um espaço de análise sobre as políticas e os seus efeitos sobre as famílias e as empresas, numa responsabilidade do Centro UFOLO para a boa governação.

Data de Emissão: 18-02-2022 às 00:00
Género(s): Economia
 
Edição 11 de Fevereiro 2022
 

Esta é a primeira edição do programa “O ESTADO DA ECONOMIA”. E como estamos na primeira edição, julgamos ser importante trazer a definição de economia nos termos mais simples que encontramos, antes mesmo da intervenção do nosso convidado residente, o economista Yuri Kixina, nos dar a conhecer outros conceitos.

O que encontrámos é de que, a economia é uma ciência que estuda os processos de produção, distribuição, acumulação e consumo de bens materiais. É a contenção ou moderação nos gastos, é portanto uma poupança.

No sentido figurado, sabe-se que economia significa o controle para evitar desperdícios em qualquer serviço ou actividade.

A palavra “economia” deriva da junção dos termos gregos “oikos” (casa) e “nomos” (costume, lei) resultando em “regras ou administração da casa, do lar”.

Assim sendo, vamos então dizer que este programa contará sempre com a presença do economista Yuri Kixina

Data de Emissão: 11-02-2022 às 00:00
Género(s): Economia
 

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