Edição de 20 de Maio 2022
 

Ministra Vera Daves de Sousa anuncia crescimento económico de 2,7% para este ano

https://expansao.co.ao/economia/interior/ministra-vera-daves-anuncia-crescimento-economico-de-27-para-este-ano-108156.html

Retirada gradual dos subsídios aos combustíveis arranca em Janeiro

https://expansao.co.ao/angola/interior/retirada-gradual-dos-subsidios-aos-combustiveis-arranca-em-janeiro-108091.html

Cerca de 460 mil cidadãos retirados do desemprego nos últimos quatro anos

https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/cerca-de-460-mil-cidadaos-retirados-do-desemprego-nos-ultimos-quatro-anos/

 

Taxa de emprego sobe 2,0% no I Trimestre

https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/taxa-de-emprego-sobe-2-0-no-i-trimestre/

 

Powell diz que o Fed não hesitará em continuar aumentando as taxas até que a inflação caia

https://www.cnbc.com/2022/05/17/powell-says-the-fed-will-not-hesitate-to-keep-raising-rates-until-inflation-comes-down.html
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DESENVOLVIMENTO

1-Ministra Vera Daves anuncia crescimento económico de 2,7% para este ano

PREÇOS ALTOS DO BARRIL DE PETRÓLEO

“Sim, revimos a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano para 2,7%, considerando o mesmo ritmo de 1,14 milhões de barris de petróleo por dia e um preço a rondar os 100 dólares”, disse Vera Daves de Sousa, quando questionada durante a conferência da Bloomberg sobre África.

A ministra das Finanças de Angola confimou esta terça-feira que o Governo reviu em alta a previsão de crescimento económico para este ano, antecipando agora uma expansão de 2,7% do PIB, contra os 2,4% previsto no OGE, devido ao aumento do preço do petróleo.

Na entrevista concedida durante a conferência ‘Bloomberg Invest: Focus on Africa’, a ministra das Finanças foi também questionada sobre a possibilidade de Angola aumentar as exportações de petróleo e gás para a Europa, compensando a quebra nas vendas à Rússia.

“Sim, temos a vontade política e abertura para o fazer, mas precisamos de muito trabalho de casa para conseguir dar resposta a essa necessidade da União Europeia”, respondeu Vera Daves de Sousa, salientando que entre o investimento e o retorno passam anos.

“Nós viemos de um cenário de queda da produção, estamos a motivar as companhias a fazerem mais investimentos, através de reformas, e estamos a ver os primeiros resultados, mas demora tempo, entre os investimentos que começam agora e os resultados, demora entre dois e cinco anos, por isso sim, queremos e estamos preparados (para aumentar as exportações para a Europa) mas vai demorar tempo para conseguirmos corresponder às expetativas”, explicou a governante.

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2-Retirada gradual dos subsídios aos combustíveis arranca em Janeiro

METAS ACORDADAS ENTRE GOVERNO E BANCO MUNDIAL

É ponto assente que a subsidiação aos combustíveis tem de acabar. Falta saber como. Em cima da mesa já se discute a forma como será feita essa retirada, que será sempre feita de forma gradual: se ocorre num espaço curto de tempo, que terá maior impacto social, ou num prazo mais alargado a vários anos.

O Governo acordou com o Banco Mundial o arranque da eliminação gradual dos subsídios estatais aos combustíveis a partir do início de 2023, de acordo com um documento da instituição multilateral a que o Expansão teve acesso.Este documento é relativo ao financiamento de 500 milhões USD acordado e assinado esta semana entre o Banco Mundial e o Executivo naquela que será a terceira tranche a desbloquear pelo BM, no âmbito do programa de Desenvolvimento de Políticas de Crescimento e Inclusão (Growth and Inclusion Development Policy Financing). Inserido no programa de financiamento a Angola entre o FMI e o Banco Mundial, sobe para 1,7 milhões USD o montante desbloqueado pela instituição multilateral no âmbito deste programa específico de apoio orçamental, que pressupõe o cumprimento de 12 metas até 2023.

Uma dessas metas é relativa à obrigatoriedade dos preços de energia serem baseados em custos de mercado e tarifas de serviços públicos baseadas no princípio da recuperação de custos, sistematicamente ajustados. É aqui que se enquadra o fim da subsidiação aos combustíveis, uma medida que estaria acordada para 2021, mas que tem sido sucessivamente adiada. “Já ninguém acreditava que isso iria acontecer este ano em que há eleições no país”, admite um economista.
Mas, segundo o documento sobre o desbloqueio dos 500 milhões USD, agora a nova meta para aquele que será o início do fim da subsidiação aos combustíveis aponta a 2023.

“Dada a necessidade de gerir melhor a pobreza e os impactos sociais, especialmente a crise induzida pela Covid-19, o Governo decidiu preparar-se mais profundamente para esta reforma, com a assistência do Banco Mundial e do FMI, o que exigiu um atraso na eliminação gradual dos subsídios aos combustíveis até ao início de 2023”, pode ler-se.

“Para uma reforma sustentável dos preços dos combustíveis, é essencial um compromisso muito forte do Governo a longo prazo, uma vez que a reforma dos preços não tem um fim bem definido e exige uma vigilância constante para acompanhar os movimentos dos preços do mercado”, refere o documento.

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3-Cerca de 460 mil cidadãos retirados do desemprego nos últimos quatro anos

O presidente do MPLA revelou, este sábado, na cidade do Huambo, que o Executivo, por si liderado, garantiu a retirada do desemprego, em todo o país, desde 2018 até ao momento, cerca de 460 mil cidadãos, que se encontram, agora, a operar nos mais variados sectores da economia nacional.

João Lourenço, que falava no acto de massas que juntou, no largo adjacente ao Aeroporto Albano Machado, cerca de 100 mil pessoas, entre militantes, amigos e simpatizantes do MPLA, reconheceu que o trabalho é um direito que cabe a todos, mas sublinhou que não é, por si só, a grande solução para fazer face aos principais problemas das famílias.

“É preciso que aqueles que têm trabalho e a ganhar grande ou pequenos salários consigam ter, também, o poder de compra e satisfazer, minimamente, as principais necessidades”, realçou, referindo que é esta a razão que levou o Executivo a tomar medidas que, combinadas, estão a reduzir o custo de vida das populações.

João Lourenço destacou, entre as medidas, a redução do IVA, de 14 por cento para 7 por cento, o aumento do Salário Mínimo Nacional e da Função Pública (aumentando mais aos que menos ganham), bem como a criação da Reserva Estratégica Alimentar.

Referiu que, além de estar preocupado em garantir melhor educação, saúde, condições de habitação, maior oferta de água potável e energia eléctrica para os cidadãos, o Governo  também está atento para assegurar maior oferta de emprego para os cidadãos.

Entretanto, disse que, enquanto este quadro não se efectiva, o Estado vai continuar, ainda, a ser o maior empregador, uma situação que ainda vai levar algum tempo: “Estamos a fazer admissões na Função Pública em números consideráveis, particularmente nos sectores sociais da Educação e da Saúde”.

O presidente do MPLA destacou o anúncio das sete mil vagas para a Educação, feito, há dias, pela ministra do sector, Luísa Grilo, salientando que essas admissões vão continuar, sobretudo, na Saúde, onde estimou terem sido admitidos, nos últimos anos, números nunca inferiores a cinco e sete mil profissionais.

Esclareceu que a ideia é permitir que as admissões, nos sectores da Saúde e da Educação, acompanhem o ritmo de construção das infra-estruturas que estão a nascer em todo o país: “Haverá, cada vez mais, emprego garantido, não apenas pelo sector público, mas também, pelo privado, que cresce, todos os dias, com a abertura de novas unidades industriais, agrícolas, das pescas, enfim, e de outros sectores da nossa economia”.

JA

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4-Taxa de emprego sobe 2,0% no I Trimestre

A taxa de emprego em Angola apresentou, no I Trimestre deste ano, uma subida de 2,0 por cento, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) a que o Jornal de Angola teve acesso.

Os dados do levantamento trimestral revelam também que, no mesmo período, se registou um recuo de 6,5 por cento na taxa de desemprego na população com 15 ou mais anos de idade.

Esta mesma tendência decrescente também se verificou na taxa de informalidade, que apresentou um recuo de 0,2 por cento.

O levantamento do Instituto Nacional de Estatística tomou em consideração uma amostra de 10.944 agregados familiares pelo País, dos quais 6.036 na área urbana e 4.908 na área rural. Deste modo, indica o INE, a população desempregada, estimada em 5,3 milhões no final de 2021, passou agora a 4,9 milhões.

 

Medidas resultam

As medidas que têm sido tomadas pelo Governo visando à protecção do emprego, apesar do ambiente adverso gerado pela Covid-19, estão a surtir efeito, tendo-se um registo recente de mais de 460 mil empregos criados ao longo dos últimos quatro anos.

Só o Plano de Acção para a Promoção da Empregabilidade (PAPE), coordenado pelo Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS), em 2021, garantiu mais de 83 mil empregos directos e outros 250 mil indirectos. Dados apontam ainda que nos três primeiros meses deste ano foram gerados mais de sete mil empregos, mantendo-se as perspectivas iniciais do Governo de alcançar uma cifra de 500 mil postos de trabalho gerados na economia nacional.

Relativamente ao PAPE, esta iniciativa deverá proporcionar, na sua implementação global, 10 mil microcréditos concedidos, 42 mil kits profissionais distribuídos, 30 mil jovens inseridos no mercado formal e 1.500 formados no nível 3 e 4 de formação profissional, no âmbito dos acordos de estágios profissionais.

JA

Jerome Powell boss da Reserva Federal dos Estados Unidos diz que o Fed não hesitará em continuar aumentar as taxas até que a inflação caia

Data de Emissão: 20-05-2022 às 00:00
Género(s): Economia
 

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