Jornal das 12h, edição de 08 de Novembro de 2024
CONTINUA O BRAÇO DE FERRO ENTRE CAMIONISTAS ANGOLANOS E CONGOLESES. EM CAUSA, A EXIGÊNCIA DE VISTO MIGRATÓRIO PARA ENTRADA EM TERRITÓRIO DA RDC;
– VOOS DE PASSAGEIROS NO NOVO AEROPORTO INTERNACIONAL DE LUANDA COMEÇAM ESTE DOMINGO;
– PROPOSTA DO OGE PARA 2025 VAI À DISCUSSÃO E VOTAÇÃO, NO PARLAMENTO, NA PRÓXIMA QUINTA-FEIRA;
– CINCO MORTOS E MAIS DE 60 FERIDOS, NO CONFRONTO ENTRE POLÍCIA E MANIFESTANTES, EM MOÇAMBIQUE;
POR CÁ, ACTIVISTAS ANGOLANOS FORAM DETIDOS DURANTE MANIFESTAÇÃO DE APOIO AOS PROTESTOS EM MAPUTO;
– NÚMERO DE MORTOS NAS INUNDAÇÕES EM ESPANHA SOBE PARA 219, AINDA HÁ 93 DESAPARECIDOS.
JINGLE MIX & PUBLICADE
Jornal ao meio dia de oito de Novembro de 2024. Coordenação de Alves Fernandes, técnica de Edmundo Simões e Paulo Miranda Filho, edição de Zacarias Congo, numa apresentação de Manuel Vieira.
JINGLE MV
Continua o braço de ferro entre camionistas angolanos e congoleses, depois da República Democrática do Congo ter rejeitado um pedido do consulado angolano naquele país, para a entrada provisória de camiões saídos de Angola.
Na sequência, camionistas angolanos bloquearam a fronteira do Nóqui, na província do Zaire, impedindo a entrada em Angola de transportadores congoleses.
O bloqueio é uma forma de retaliação à decisão do Governo da República de Democrática do Congo (RDC) de voltar a impedir os camionistas angolanos de entrar, exigindo vistos migratórios, tal como esclareceu à MFM o presidente da ATROMA, Associação dos Transportadores Rodoviários de Mercadorias de Angola, António Gavião.
ANTÓNIO GAVIÃO 01 – 56’’ 12H 08 11 2024
António Gavião tranquiliza que já não têm sido registados actos de agressão contra camionistas angolanos, nem de vandalismos às viaturas.
ANTÓNIO GAVIÃO 02 – 31’’ 12H 08 11 2024
António Gavião, presidente da ATROMA, Associação dos Transportadores Rodoviários de Mercadorias de Angola. Continua o braço de ferro entre camionistas angolanos e congoleses.
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É já neste domingo, 10 de Novembro, que iniciam os voos domésticos de passageiros no novo Aeroporto Internacional de Luanda “Dr. António Agostinho Neto”.
Numa primeira fase, os voos terão como destino a província de Cabinda, com quatro frequências diárias, pela companhia de bandeira nacional TAAG.
Serão transportados entre 450 e 600 passageiros por dia, tal como fez saber o Presidente da Comissão Executiva da TAAG, Nelson Pedro de Oliveira.
NELSON PEDRO DE OLIVEIRA – 34” 12H 08 11 2024
Nelson Pedro de Oliveira, Presidente da Comissão Executiva da TAAG, e o início dos voos domésticos de passageiros no novo Aeroporto Internacional de Luanda “Dr. António Agostinho Neto”.
E o novo aeroporto internacional já está certificado.
A ANAC, Autoridade Nacional da Aviação Civil entregou esta quinta-feira o certificado que autoriza o gestor do novo aeroporto Internacional a operar os voos de passageiros domésticos e internacionais.
Em conferência de imprensa, a presidente do Conselho de Administração da ANAC, Amélia Kuvíngua, avançou que, assim, o país passa a contar com dois aeroportos internacionais certificados, nomeadamente o “4 de Fevereiro” e o “Dr. António Agostinho Neto”.
AMÉLIA KUVÍNGUA – 44” 12H 08 11 2024
Amélia Kuvíngua, presidente do Conselho de Administração da Autoridade Nacional da Aviação Civil, e a certificação do novo Aeroporto Internacional de Luanda “Dr. António Agostinho Neto.”
E esta quinta-feira começou a circulação ferroviária regular da estação do Bungo ao novo Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto.
De acordo com o porta-voz do Caminho-de-Ferro de Luanda, Augusto Osorio, o bilhete diário custa entre 1300 a 5 mil kwanzas por cada viagem.
AUGUSTO OSÓRIO – 01′ 09” 12H 08 11 2024
Augusto Osorio, porta voz do Caminho-de-Ferro de Luanda, começou esta quinta-feira a circulação ferroviária da estação do Bungo ao Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto.
PONTO ECONOMIA
A proposta do Orçamento Geral do Estado para 2025 vai à discussão e votação, na generalidade, no Parlamento, na próxima quinta-feira, 14 de Novembro.
Já para o dia 28 deste mês a Reunião Plenária da 3.ª Sessão Legislativa da V Legislatura da Assembleia Nacional deve discutir e votar, na generalidade, outros diplomas, como a Lei da Provedoria de Justiça, a Lei Geral da Eletricidade e a Lei do Cofre Geral dos Tribunais, tal como fez saber o primeiro secretário da mesa do Parlamento, Manuel Lopes Dembo.
MANUEL LOPES DEMBO – 01′ 18” 12H 08 11 2024
Deputado Manuel Lopes Dembo, primeiro secretário da mesa da Assembleia Nacional, no final da conferência dos líderes dos Grupos Parlamentares realizada esta quinta-feira.
A proposta de Orçamento Geral do Estado para 2025 prevê receitas e despesas avaliadas em 34,6 biliões de kwanzas.
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O UNICEF saúda aumento nominal das verbas para o sector social na proposta do OGE para o próximo ano, no nosso país.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância alerta que as acções de Finanças Públicas para Crianças deve continuar a ser uma função primordial do estado. Segundo o UNICEF, deve-se promover uma alocação mais eficiente e uma gestão mais transparente do OGE, com foco nas áreas sociais e com os direitos das crianças no centro das prioridades.
A análise do UNICEF deste ano abrange os domínios da Educação, Saúde, Água e Saneamento, Protecção Social, Proteção da Criança, Inclusão e Deficiência e Igualdade de Género.
O analista MFM, Carlos Rosado de Carvalho diz que é pertinente esta posição da UNICEF;
CARLOS ROSADO DE CARVALHO 12H
Carlos Rosado de Carvalho, analista MFM para os assuntos económicos, e o facto do UNICEF ter saudado o aumento nominal das verbas para o sector social na proposta do OGE para 2025 em Angola.
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E as perspectivas em torno do novo Orçamento Geral do Estado acontecem numa altura em que a REDE TERRA voltou a manifestar a sua preocupação quanto à fome no país.
As zonas rurais e peri urbanas são as que mais se destacam com relatos de falta de alimentação.
ANGOLA tem sido assolada por secas severas, como as que ocorreram entre 2012 e 2016 no sul do país. O aquecimento global agrava os períodos de seca, o que pode levar à seca.
O coordenador da REDE TERRA, Bernardo Castro apela às autoridades a mais empenho, para contornar a situação.
BERNARDO CASTRO 12H
Bernardo Castro, coordenador da REDE TERRA, manifestando a sua preocupação quanto à fome no país.
PONTO
Pelo menos cinco pessoas morreram e 66 ficaram feridas, esta quinta-feira, no confronto entre polícias e manifestantes, na sequência dos protestos convocados pelo candidato presidencial, Venâncio Mondlane, aumentando o número de vítimas mortais para 34 desde o início das manifestações em Moçambique.
De acordo com o Centro para a Democracia e os Direitos Humanos, várias outras pessoas foram detidas, durante os protestos.
Enquanto o governo de Moçambique permanece em silêncio quanto à onda de violência no país, Venâncio Mondlane, que acompanha tudo a partir do exterior, após ter cancelado a sua presença em Maputo devido a questões de segurança, reafirmou que as manifestações vão até que se reponha o que considera como verdade eleitoral.
Entretanto, aqui em Angola quatro ativistas foram detidos, esta quinta-feira, durante uma manifestação em apoio aos protestos que estão a decorrer em Moçambique, junto à Embaixada daquele país.
Houve abuso da autoridade e agressão por parte da polícia durante a detenção, tendo os activistas sido libertados quatro horas, tal como confirmou à MFM, M´banza Hamza, um dos manifestantres.
MBANZA HAMZA 01 – 01′ 21” 12H 08 11 2024
Apesar disso, Mbanza Hamza adianta que os protestos continuarão até que se repuser o que chama de verdade eleitoral em Moçambique.
MBANZA HAMZA 02 – 50” 12H 08 11 2024
Mbanza Hamza, um dos activistas detidos ontem pela Polícia em Luanda, durante a manifestação de solidariedade ao povo de Moçambique.
Também em Lisboa, vários cidadãos, entre portugueses e africanos, exigiram em protesto justiça eleitoral em Moçambique.
Sobre este assunto, o primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, disse que acompanha “com preocupação” a situação em Maputo, palco de intensas manifestações para contestar os resultados das eleições gerais, e garantiu esforços diplomáticos de Portugal para retorno à calma.
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O Serviço de Investigação Criminal esclareceu o assassinato de um cidadão norte-americano, morto há mais de uma semana, na província da Huíla.
Segundo o porta-voz SIC, Superintendente-chefe Manuel Halaiwa, o crime terá sido planeado pela própria esposa, de 44 anos, também de nacionalidade norte-americana.
MANUEL HALAIWA 1
O porta-voz do SIC disse não haver dúvidas de que Jacqueline Shroyer é a principal suspeita da autoria da morte do seu esposo, terndo contratado o seu próprio segurança com quem supostamente mantinha uma relacao.
MANUEL HALAIWA 3
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25 pessoas morreram, esta semana, em consequência de afogamentos, acidentes de viação e incêndios.
Os dados foram avançados pelo porta-voz do Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros, Superintende Bombeiro Wilson Baptista.
WILSON BAPTISTA 12H
Superintende Bombeiro Wilson Baptista, porta-voz do Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros, e o resumo das ocorrências registadas esta semana.
PONTO INTERNACIONAL
E em Espanha, o número de mortos confirmados nas inundações de 29 de outubro subiu para 219 e as autoridades têm registo de 93 pessoas desaparecidas, segundo os balanços oficiais mais recentes.
Os dados anteriores eram de 217 mortos e 89 desaparecidos.
A maioria das vítimas mortais é da região autónoma da Comunidade Valenciana, no leste de Espanha, onde estão confirmados 211 mortos.
As autoridades admitam que o número de desaparecidos possa ser maior.
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A comunicação social angolana volta a estar de luto, morreu esta quinta-feira o jornalista da RNA, Silva Júnior, vítima de doença aos 64 anos.
“Mukongo”, como era carinhosamente tratado por amigos e colegas, exerceu, entre outros, os cargos de chefe dos sectores da redação económica e laboral dos departamentos de realização e de programas especializados.
Entre 2012 e 2028, Silva Júnior desempenhou igualmente o cargo de assessor no Conselho de Administração da RNA, tendo sido reformado em 2019.
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Também esta semana, faleceu o juiz conselheiro do Tribunal Supremo Agostinho Santos, vítima de doença, no Brasil, onde recebia tratamento médico.
O magistrado judicial tornou-se célebre depois de ter sido posto de parte no concurso à presidência da CNE, em vésperas das eleições de 2022, sendo afastado oito meses depois da magistratura judicial.
PONTO
Na ponta final deste jornal falamos sobre o “bullying escolar”, uma realidade presente em muitas instituições de ensino angolanas.
Apesar de ainda não existir em Angola estatísticas sobre o fenômeno, a sociedade pede mais empenho no combate a este mal.
O trabalho da Isabel Culembe, na voz da jornalista Maria Humba.
MARIA HUMBA – BULLYING – 03′ 20” 12H 08 11 2024