Jornal 12h, edição de 06 de Junho de 2023
TUMULTOS NO HUAMBO TERMINAM EM CINCO MORTES. TAXISTAS E POLICIAS EM BRAÇO DE FERRO DEVIDO AO AUMENTO DO PREÇO DOS COMBUSTIVEIS.
DEZ EDIFICIOS EM RISCO DE DESABAMENTO NO KILAMBA KIAXI. ADMINISTRAÇAO LOCAL LANÇA O ALERTA.
AGÊNCIA CONTRA BRANQUEAMENTO DE CAPITAIS APELA A MAIS TRANSPARENCIA DAS AUTORIDADES ANGOLANAS NA GESTAO DO DINHEIRO PUBLICO.
SUPREMO TRIBUNAL ELEITORAL DO BRASIL PREPARA LEI QUE PODE IMPEDIR BOLSANARO DE VOLTAR A SER CANDIDATO A PRESIDENTE.
JINGLE MIX
Noticias com coordena Alves Fernandes, técnica de Edmundo Simões e Edson Machado.
JINGLE MV
Cinco pessoas perderam a vida, esta segunda-feira, na província do Huambo, depois de protestos causados por moto-taxistas e taxistas.
Como consequência dos desacatos à ordem pública registaram-se, também, actos de vandalização no edifício onde funcionam os Gabinetes locais do Ambiente e do Urbanismo e Habitação.
De acordo com outra fonte, os protestos foram motivados pela incompreensão dos operadores de transporte face ao processo em curso de licenciamento e da emissão de cartões.
Os municípios do Huambo e Caála, foram alvo de vandalização de bens públicos, destruição de componentes de viaturas e colocação de barricadas em algumas vias de acesso.
O director dos transportes do Huambo, Joaquim Salinga deu a versão dos factos…
JOAQUIM SALINGA 8H 1
Num comunicado chegado a nossa redação a polícia no Huambo confirma cinco mortes, oito feridos, quebra de autocarros de transportes públicos e uma ambulância. Forma detidos 34 indivíduos, 29 motorizadas apreendidas. Todos os detidos serão responsabilizados criminalmente, segundo a polícia nacional, segundo o comunicado.
Na província do Huambo, os populares falaram aos microfones da MFM sobre os momentos vividos.
RD: VOX POP
No entanto o porta-voz da Polícia Nacional no Huambo, intendente Martinho Kavita, disse que os tumultos iniciaram quando as duas classes de transportadores barraram estradas, queimando pneus e colocando pedras nas principais vias de acesso.
Segundo Martinho Kavita, houve necessidade de acionar a Polícia de Intervenção Rápida, “para poder repor a situação da ordem na cidade”, salientando que foram arremessadas pedras contra muitas estruturas.
Martinho Kavita confirmou a detenção de manifestantes, a apreensão de veículos e motorizadas, bem como danos materiais de bens públicos e privados, não confirmando os relatos de mortos e feridos.
O porta-voz da polícia no Huambo realçou que os tumultos foram registados em toda a cidade do Huambo, incluindo o município da Cáala.
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Reclamações de taxistas também nas províncias da Huila e Zaire, deixou ainda vários feridos e várias dependências publicas destruídas.
Segundo informações, os manifestantes, na sua maioria motoqueiros e taxistas saíram às ruas para se manifestarem por estarem a pagar o litro de gasolina ao preço de 300 kwanzas.
Os actos de vandalização, foram protagonizados por taxistas e mototaxistas, que se mostram descontentes com a falta de cartões para terem acesso ao preço subvencionado da gasolina.
Na reacção do presidente da AMOTRANG diz que tomou conta da situação com preocupação.
BENTO RAFAEL 1 HUAMBO
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O presidente da AMOTRAG, Bento Rafael disse a MFM que a sua organização apela a tranquilidade em todo o país mesmo neste clima de crispação entre taxistas e agentes da polícia nacional.
BENTO RAFEL 2
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Contactado pela MFM, o presidente da ANATA, Francisco Paciente, repudiou as manifestações. Mas, afirma ser uma situação que devia ser acautelada pelo estado.
O líder da ANATA apela por isso a calma aos seus filiados.
RD: FRANCISCO PACIENTE 1
Para Francisco Paciente, o atraso na emissão dos cartões, também, esta a contribuir para o desgaste e a perca de esperança dos taxistas. Acrescentado que, a o seu órgão tem contabilizado 400 cartões ate ao momento.
RD: FRANCISCO PACIENTE 2
PONTO
O Estado de degradação, dos mais de 10 edifícios do bairro, Avô Kumbi, no Distrito Urbano do Golfe, no município do Kilamba Kiaxi, está a preocupar a administração local.
O Caçosso Domingos traz mais dados.
CASSOSO DOMINGOS 12H
PONTO ECONOMICO
Angola já tem um plano para colmatar deficiências identificadas no combate ao branqueamento de capitais e manter-se fora da lista cinzenta de países do GAFI, que inclui alterações à lei e revisão da regulamentação bancária.
No entanto, Angola esta à espera do exame ao sistema de combate ao branqueamento de capitais, tal como refere Carlos Rosado de Carvalho
CARLOS GAFI 12H
O organismo intergovernamental do grupo de países da África Austral e Oriental, criado para avaliar o progresso dos países relativamente ao cumprimento e implementação das Recomendações do Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI), tem como objetivo desenvolver e promover políticas de combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo.
É constituído por 17 países com destaque para Angola, Botsuana, Etiópia, África do Sul, Namíbia, Tanzânia.
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O Primeiro-Ministro português, António Costa, visitou esta manha, algumas instituições em Luanda, com destaque para o Banco Caixa Angola, Fortaleza de São Francisco do Penedo e a Escola Portuguesa.
António Costa, que está em Angola desde segunda-feira, no quadro do reforço da cooperação entre os dois países, deixa Luanda ainda hoje, com destino a África do Sul, para as comemorações do Dia de Portugal, de Camões com comunidades portuguesas residentes na África do Sul.
INTERNACIONAL
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil marcou para 22 de junho o início do julgamento que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível.
Em comunicado divulgado na segunda-feira à noite o TSE divulgou o cronograma da ação movida pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) e apoiada pelo Ministério Público Eleitoral contra Bolsonaro e o seu candidato a vice-presidente, o general Walter Braga Netto.
A Ação de Investigação Judicial Eleitoral, que “discute a prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, será iniciada na sessão plenária do dia 22 de junho”, explicou o tribunal.
Jair Bolsonaro está a ser acusado de ter lançado ataques contra o sistema de votação em 2022, quando ainda era presidente, sendo que o Ministério Público Eleitoral, após pedido do PDT, manifestou-se a favor da perda dos direitos políticos por oito anos.