"João2Pontos" com Manuel Videira
«João2Pontos» na Rádio MFM.
«Angola: um intelectual na rebelião» é o livro de memórias de Manuel Videira apresentado recentemente em Lisboa com o prefácio do historiador Jean-Michel Mabeko-Tali.
As memórias de Manuel Videira contam-se desde os seus tempos de liceu, as suas origens, passando pela sua participação na luta pela libertação do país, Angola, a sua prisão, o exílio até ao regresso a Luanda muitos anos depois.
Um dos mais influentes membros da revolta activa, o que lhe terá custado dois anos na cadeira logo a seguir a independência e um conflito ideológico com Nito Alves que viria a ser morto depois na chamada intentona golpista do 27 de maio de 1977.
Sobre política diz apenas que o MPLA, o seu partido, é ainda o partido mais forte em Angola em oposição aos outros partidos para quem falta-lhes consistência para chegar ao poder. E sobre o 27 de Maio de 1977 não gosta muito de falar.
 
 

A biografia, contada na primeira pessoa e sem censura, da luta por uma Angola livre, está retratada no livro “Angola, Um Intelectual na Rebelião” da autoria Manuel Videira, que foi lançado no dia 14 de outubro,  no auditório da UCCLA.
Com a chancela da Guerra e Paz Editores, a apresentação da obra estará a cargo de Adolfo Maria e Jean-Michel Mabeko-Tali.

Sinopse:


Quando a bota do colonialismo calcava Angola, jovens idealistas atreveram-se a ser livres. Manuel Videira foi um deles. Estudante de medicina na Universidade de Coimbra, vindo de barco da sua Angola natal, junta-se a outros africanos na mítica Casa dos Estudantes do Império e embarca na luta pela libertação da pátria. Sem olhar para trás. Da espectacular fuga de mais de cem estudantes africanos para França, passando pelo Congo recém-independente ou pela Argélia livre, Manuel Videira viu um país nascer em directo – e ajudou no parto.
Esta é a história, contada na primeira pessoa e sem censura, da luta por uma Angola livre. O exílio no Congo, as divergências entre os movimentos independentistas, as lutas de poder internas no MPLA, os treinos militares em campos secretos na Argélia, a guerrilha na Frente Leste, a Revolta Activa, o racismo, os dias alegres da independência e as desilusões e a repressão que se seguiram.
 

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