Edição 22 de Abril 2022
- Executivo anuncia medidas “mais duras” contra quem gere mal o dinheiro do estado
- Dívida pública desce para menos de 60% do pib diz FMI
§ Economia angolana deve crescer 2,9% este ano
- FMI melhora crescimento na áfrica subsaariana para 3,8%
- Executivo anuncia medidas “mais duras” contra quem gere mal o dinheiro do estado
A ministra das Finanças, Vera Daves, anunciou nesta Terça-feira, em Luanda, que o Executivo vai aplicar medidas “mais duras” para quem gere mal o dinheiro do Estado, sublinhando que, as regras definidas para o orçamento em execução são para serem cumpridas à risca.
A ministra falava na abertura do seminário sobre “as regras de execução orçamental” dirigidos aos gestores de unidades orçamentais dos órgãos da Administração Central e Local do Estado.
“As regras de execução orçamental são aperfeiçoadas todos os anos em função dos contributos que vamos recebendo de quem tem a responsabilidade de as aplicar”, esclareceu citada pela Rádio Nacional de Angola (RNA).
De acordo com Vera Daves, a disciplina e o rigor que se exige a todos os gestores públicos são incompatíveis com qualquer atitude de facilidade ou facilitismo.
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- DÍVIDA PÚBLICA DESCE PARA MENOS DE 60% DO PIB DIZ FMI
Angola deverá manter a trajectória de descida da dívida pública que iniciou no ano passado, depois de em 2020 ter atingido o recorde de 136,8% do PIB.
A dívida pública de Angola deverá descer de 86,3% do Produto Interno Bruto (PIB), no ano passado, para 59,7% este ano, de acordo com as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI).
De acordo com o Jornal de Angola, no relatório “Fiscal Monitor” no âmbito dos Encontros da Primavera, que decorrem esta semana em Washington, Angola deverá manter a trajectória de descida da dívida pública que iniciou no ano passado, depois de em 2020 ter atingido o recorde de 136,8% do PIB.
O relatório, que apresenta apenas os quadros com os valores, sem explicações, prevê que no próximo ano as autoridades de Angola consigam manter a trajectória de redução da dívida pública em função do PIB, que passará de 57,9%, este ano, para 54,6% em 2023 e continuará a reduzir-se até chegar a 36,1%, em 2027, o último ano de previsões do Fundo.
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§ ECONOMIA ANGOLANA DEVE CRESCER 2,9% ESTE ANO
A economia da África Subsaariana deve crescer 3,6% este ano, abaixo dos 4,0% em 2021, disse o Banco Mundial nesta quarta-feira, alertando que o aumento dos preços de alimentos e energia alimentados pela guerra da Rússia na Ucrânia pode desencadear distúrbios civis na região.
A economia angolana deverá crescer, em 2022, 2,9%, afirma o Banco Mundial (BM) no relatório “Africa’s Pulse” publicado esta quarta-feira, a partir de Washingtown, nos Estados Unidos da América.
A região Subsaariana fica nos 3,6%, contra a previsão inicial de 4,0 %, numa desaceleração justificada em consequência do conflito Rússia – Ucrânia.
De acordo com o documento do Banco Mundial, a África do Sul cresce 2,1% e a Nigéria 3,8%, sendo a Costa do Marfim a economia da África Ocidental de mais rápido crescimento, em previsão, com 5,7%.
A maior economia da África Oriental, no caso o Quénia, deve expandir-se 5,0%.
O Banco Mundial disse que a estimativa de crescimento actualizada para o ano passado foi impulsionada por aumentos de 1,2 e 0,3% nos números de 2021 para Nigéria e África do Sul, embora tenha alertado para um crescimento “lento” em andamento na Nigéria, África do Sul e Angola.
Conforme refere a Reuters, a guerra na Ucrânia pioraria os factores que impedem a recuperação da África da pandemia de coronavírus, apesar das pequenas ligações económicas directas, disse, devido aos preços mais altos das commodities, à política monetária global mais apertada e à queda nos fluxos financeiros estrangeiros.
“A economia da África Subsaariana deve crescer 3,6% este ano, abaixo dos 4,0% em 2021, disse o Banco Mundial nesta quarta-feira, alertando que o aumento dos preços de alimentos e energia alimentados pela guerra da Rússia na Ucrânia pode desencadear distúrbios civis na região”, lê-se.
Embora tenha actualizado a previsão para este ano em 0,1 ponto percentual e dito que o crescimento do ano passado superou as previsões iniciais, o banco sublinha que a inflação na região deve acelerar para 6,2% este ano, ante 4,% em 2021.
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- FMI MELHORA CRESCIMENTO NA ÁFRICA SUBSAARIANA PARA 3,8%
O Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou esta terça-feira ligeiramente a previsão de crescimento económico para a África subsariana em 0,1 pontos percentuais, para 3,8%, mantendo a estimativa de 4% para 2023, face às previsões de Janeiro.
De acordo com as Previsões Económicas Mundiais, divulgadas no âmbito dos Encontros da Primavera, as economias da região vão crescer 3,8% este ano, registando-se uma expansão de 3% em Angola e de 6,1% na Guiné Equatorial, que assim interrompe vários anos de recessão, embora deva voltar a um crescimento negativo no próximo ano.
Segundo o documento, a Nigéria, a maior economia da região, deverá registar uma expansão económica de 3,4% e de 3,1% neste e no próximo ano, o que representa uma melhoria de 0,7 e 0,4 pontos percentuais, respectivamente, face à actualização de Janeiro das Previsões Económicas Mundiais divulgadas em Outubro do ano passado.
“Na África subsariana, os preços mais altos dos alimentos vão prejudicar o poder de compra dos consumidores, principalmente entre as famílias com menores rendimentos, o que vai influenciar negativamente a procura interna; a agitação social e política, principalmente na África Ocidental, também influencia a perspectiva de evolução” das economias da região, lê-se no relatório divulgado ontem.
Ainda assim, a subida dos preços do petróleo, que tem estado acima dos 100 USD um ponto positivo para os principais exportadores de petróleo na região, como a Nigéria e os lusófonos Angola e Guiné Equatorial, que, no conjunto deverão crescer 3,4% e 3,1% em 2022 e 2023.
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