Edição 13 de Maio 2022
PROGRAMA KWENDA ESTENDIDO ATÉ 2025
GOVERNO E O BANCO MUNDIAL ASSINAM NOVO ACORDO DE FINANCIAMENTO AVALIADO EM 500 MILHÕES DE DÓLARES
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DESENVOLVIMENTO
PROGRAMA KWENDA ESTENDIDO ATÉ 2025
A ministra de Estado para a Área Social, Carolina Cerqueira, anunciou, esta terça-feira, em Luanda, o alargamento do Programa de Fortalecimento da Protecção Social “Kwenda” até 2025, ao invés de Outubro de 2023 como estava inicialmente previsto.
O programa prevê, até 2023, atender um milhão 608 mil agregados familiares.
Dados disponíveis indicam que, até ao final de 2021, o Kwenda beneficiou 314 mil agregados familiares, numa primeira fase, com transferências monetárias. Cada uma das famílias recebeu, trimestralmente, 25 mil 500 kwanzas.
Dos actuais beneficiários, de um total de 650 mil agregados cadastrados no país, 62 por cento são chefiados por mulheres, que foram cadastrados em seis mil 500 aldeias, de 42 municípios e 158 comunas, das 18 províncias do país. O programa prevê, até 2023, atender um milhão 608 mil agregados familiares.
De acordo com a ministra, que falava na 5ª edição do Café CIPRA, de princípio o programa estava desenhado para três anos (até 2023), mas devido ao impacto positivo, o Banco Mundial decidiu estender o financiamento para até 2025.
Carolina Cerqueira avançou ainda que com esse procedimento do Banco Mundial, será ampliado o número de famílias alvo do programa, bem como o aumento dos valores monetário que cada agregado familiar recebe actualmente, que é na ordem de oito mil e 500 Kwanzas, por mês.
Segundo a ministra, os valores monetários atribuídos as famílias, na sua maior parte, são aplicados em actividades económicas e produtivas, facto que demonstra o seu impacto junto das comunidades abrangidas.
“As famílias estão a utilizar esses rendimentos para a inclusão e a produtividade”, referiu.
Por sua vez, a secretária de Estado para o Orçamento e Investimento Público, Aia-Eza da Silva, sublinhou que o programa “Kwenda” tem quatro componentes principais, a transferência monetária, a inclusão produtiva, a municipalização da acção social e o cadastro social único.
Aia-Eza da Silva referiu ainda que o programa sempre contou com o apoio do Banco Mundial, sendo que o projecto estava orçado a princípio no valor de 200 milhões de dólares norte-americano, e actualmente foi dobrado em reconhecimento do impacto positivo a nível das comunidades.
Segundo a secretária de Estado, em 2021 o programa registou um gasto na ordem de 8.9 mil milhões de Kwanzas, já para 2022 se pretende alcançar aproximadamente os 22 mil milhões de Kwanzas.
*ANGOP
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GOVERNO E O BANCO MUNDIAL ASSINAM NOVO ACORDO DE FINANCIAMENTO AVALIADO EM 500 MILHÕES DE DÓLARES
O Governo de Angola e o Banco Mundial assinaram, nesta terça-feira, 10 de Maio, no edifício sede do Ministério das Finanças, um acordo de financiamento referente à terceira Operação de Apoio Orçamental, para apoiar a tesouraria nacional e a implementação de reformas económicas.
O acordo, avaliado em 500 milhões de Dólares foi rubricado pela Ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa e pelo Director Regional do Banco Mundial para Angola, Burundi, RDC e São Tomé e Principe, Jean-Christophe Carret.
Durante o evento, Vera Daves de Sousa agradeceu o apoio e reiterou que o Banco Mundial tem sido um parceiro imprescindível para Angola, tendo manifestado que o Governo continua interessado na cooperação com esta importante instituição financeira em diversos domínios.
Adiantou, de igual modo, que os recursos que serão disponibilizados com a assinatura desse acordo, servirão para dar seguimento à construção dos alicerces necessários à um crescimento incluso sustentado e sustentável com impacto real na vida dos cidadãos.
“À semelhança dos dois primeiros DPO`s, esta nova operação de apoio orçamental que hoje assinamos é mais do que dinheiro, na medida em que reflecte o contínuo engajamento do Executivo na realização das reformas com que se comprometeu e cujos primeiros efeitos positivos já os sentimos e outros, sem dúvida, sentiremos e que gerarão um importante impacto a médio e longo prazos”, destacou.
Ao contextualizar os eventos que culminaram no referido acordo de financiamento, Vera Daves de Sousa lembrou que o Governo de Angola começou, desde o ano de 2018, a implementar um conjunto de reformas económicas com vista a restaurar a sustentabilidade externa e fiscal e a lançar as bases para uma diversificação económica sustentável preferencialmente liderada pelo sector privado que contou com o apoio de instituições multilaterais “Dentre as quais destacamos o Banco Mundial, com o qual dentre várias iniciativas, celebrámos o Development Policy Operation (DPO).
Até aqui, registámos três actos de assinatura, sendo o primeiro em 2019, no montante de 500 milhões de Dólares, o segundo em 2021, no montante de 700 milhões de Dólares e o terceiro, o que nos traz aqui hoje, de 500 milhões de Dólares, perfazendo um total de US 1,7 mil milhões”.