Economia sem makas: Receios sobre a procura fazem o petróleo Brent descer para perto dos 70 dólares por barril
Os contratos futuros de petróleo fecharam os negócios do dia praticamente estáveis, após chegarem a subir 2% pela manhã, com a confirmação de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) adiou para dezembro os planos de aumentar a produção, enquanto a procura continua fraca.
O petróleo Brent – referência mundial – para novembro teve uma ligeira variação negativa de 0,01%, a 72,69 dólares por barril, e o petróleo WTI – referência americana – para outubro esteve em terreno negativo, com uma queda de 0,07%, a 69,15 dólares.
A OPEP diz, em comunicado, que os seus membros concordaram em estender os cortes voluntários adicionais de produção de 2,2 milhões de barris por dia por dois meses. Os cortes serão gradualmente eliminados mensalmente a partir de dezembro, com a flexibilidade de pausar ou reverter os ajustes conforme necessário.
“No entanto, tal anúncio não é necessariamente favorável para os preços, pois o mercado pode apontar para a persistente e grande capacidade de produção excedente”, aponta o banco Julius Baer, em relatório.
Segundo o banco, o cenário geral não mudou. “A procura está parcialmente estagnada, a produção cresce nas Américas e o mercado de petróleo provavelmente entrará em excesso de oferta no próximo ano”, diz. O Julius Baer prevê que os preços permaneçam em cerca de 70 dólares por barril a longo prazo.
Além disso, houve uma redução significativamente maior do que a esperada nos stocks de petróleo dos Estados Unidos. O Departamento de Energia do país reportou uma queda de 6,9 milhões de barris na semana passada, face a uma projeção de descida de 700 mil, refletindo importações menores, enquanto os stocks de gasolina aumentaram em meio a um declínio na procura.