Economia sem makas: Presidente João Lourenço reuniu-se esta semana no Palácio Presidencial, com a direcção da banca comercial que opera no país
A banca angolana é constituída pelo Banco Angolano de Investimentos (BAI), Banco de Fomento de Angola, Banco BIC, Banco de Poupança e Crédito (BPC), Banco Millennium Atlântico, Banco Económico, Banco Sol, Standard Bank Angola, Banco Keve, Banco de Negócios Internacional e Banco de Comércio e Indústria (BCI).
O ano passado (2023), o Banco Nacional de Angola (BNA) aumentou para 11 o número de bancos obrigados a constituir uma reserva para evitar riscos sistémicos.
A criação desta reserva de capital adicional para bancos de importância sistémica (conhecida pela sigla inglesa DSIB) foi aplicada no ano passado a oito instituições bancárias, com montantes de reserva entre 1 e 2 por cento, conforme publicou o Jornal de Angola.
Entretanto, o governador do BNA afirmou, recentemente, no Lubango, que os bancos comerciais devem estar disponíveis para prestar apoios com serviços e financiamentos.
Manuel Dias sublinhou, na altura, que a banca comercial tem a missão de apoiar projectos de investimentos, visando o aumento da produção, diversificação da economia, redução das importações e aumento das exportações.
O governador do BNA destacou, ainda, o papel dos bancos comerciais como catalisadores do desenvolvimento das actividades económicas das diferentes regiões do país.
O encontro ocorre uma semana depois de o Chefe de Estado ter convocado o Conselho da República, seu órgão de consulta, para avaliar a segurança alimentar, assim como o trabalho do Executivo, empresários do ramo da agropecuária, pescas e das comunidades, no âmbito da agricultura familiar.
Na ocasião, foi informado que, para a campanha agrícola prestes a arrancar, está disponível, via banca comercial, o Crédito Agrícola de Campanha e foi já regulamentado o mecanismo de garantias soberanas para apoio à produção.
O objectivo é garantir à população o acesso regular e permanente a alimentos de qualidade e em quantidade suficiente.
Apesar de não ter atingido, ainda, o limite desejado, o Presidente João Lourenço deu a conhecer que o país já está a produzir bastantes alimentos, tendo assegurado que uma das metas do Executivo passa por criar as condições para que os produtos da cesta básica e da Reserva Estratégica Alimentar sejam constituídos, essencialmente, com bens produzidos, transformados e embalados no país.
“Se estivermos determinados, com objectivos e metas bem definidas, e o Executivo, empresários, famílias camponesas organizadas e apoiadas, transportadores e comerciantes juntarem as mãos para esta causa comum do combate à fome e à pobreza e do aumento da produção interna de bens alimentares, sairemos vitoriosos”, vaticinou o Titular do Poder Executivo.
O Presidente da República destacou o papel das famílias camponesas neste processo e adiantou que o Executivo vai continuar a apoiar a agricultura familiar, com os diferentes programas concebidos e em plena execução, por acreditar na capacidade já demonstrada pelo sector.
“O Executivo, os partidos políticos, as igrejas e a sociedade civil devem repudiar o discurso negativista e tomar a dianteira no encorajamento às famílias camponesas pelos bons resultados do trabalho que a agricultura familiar apresenta em todas as províncias do nosso país”, exortou o Estadista angolano.