Economia sem makas: Mercados acalmam depois de uma segunda-feira negra
Segunda-feira dramática no Japão, com o pior resultado em bolsa desde 1987. Em linha com a forte queda das bolsas asiáticas, seguiram também com perdas as praças europeias e os índices norte-americanos.
Uma queda histórica em Tóquio e uma sangria de perdas em Wall Street — esta segunda-feira foi marcada pelo vermelho em diversas bolsas, um pouco por todo o mundo, devido ao medo de uma recessão nos Estados Unidos. A Fed, Reserva Federal dos EUA, tentou acalmar os mercados, dizendo que irá resolver o que for preciso resolver.
Assim, os índices norte-americanos abriram a semana no vermelho, em linha com as perdas sofridas nas praças europeias e depois de um arranque trágico das negociações na Ásia. O Dow Jones fechou com perdas de 2,6%, o Nasdaq perdeu 3,43% e o S&P 500 caiu 3%, para 5.186,33 pontos.
Em Lisboa, o índice de referência nacional, o PSI, desceu quase 2%, em linha com as principais praças europeias. Fechou a cair 1,87%, com 14 das 16 cotadas em perda.
Segundo a Reuters, várias plataformas de negociação online ficaram inacessíveis para milhares de utilizadores.
Já o Japão registou a maior queda desde a “segunda-feira negra” de 1987: o Nikkei 225 desvalorizou 12,4%, o que obrigou a recorrer a um mecanismo travão que suspende as negociações. No entanto, o mote já tinha sido dado, e as perdas em Tóquio alastraram-se rapidamente a todas as praças asiáticas e determinaram a abertura no vermelho na Europa.
As criptomoedas desvalorizaram cerca de 250 mil milhões, e a bitcoin atingiu o valor mais baixo dos últimos 5 meses.
As empresas do setor tecnológico também registam fortes perdas: Microsoft (-4,6%), Alphabet (-6%), Tesla (-12%), Meta Platforms (-6,8%), Amazon (-8,3%), Nvídia (-10%). Quedas que chegam a outros grandes grupos, como a Goldman Sachs (-6,6%) ou o Citigroup (-7,3%).
O principal índice do México abriu a cair 1%.
Nos Estados Unidos, os futuros norte-americanos abriram a perder mais de 4%.