Economia sem makas: Mobilidade na CPLP a duas velocidades
- Mobilidade na CPLP a duas velocidades: Isenção de vistos em Angola enquanto Portugal esta a ser processado pela União Europeia por querer facilitar residência a lusófonos
Comissão Europeia iniciou um “procedimento de infracção” contra Portugal por causa das novas autorizações de residência para cidadãos da Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP), lançadas em março do ano passado.
- Sete bancos reprovam nos testes do BNA
Após dois anos sem divulgar os testes, o banco central voltou a testar a banca, criando um cenário em que há deterioração da carteira de crédito, depreciação do kwanza, perda de activos, fuga de depósitos e movimentos da taxa de juro. O curioso é que alguns cenários criados aquando da realização do teste estão a verificar-se este ano, como a depreciação e a subida da inflação.
O teste de esforço (stress test na língua inglesa) feito aos 23 bancos da praça nacional, consistiu em avaliar a capacidade das instituições bancárias em resistirem a um cenário macroeconómico adverso projectado para um período de 12 meses. Este cenário baseou-se em quatro riscos, nomeadamente, o risco de crédito, de mercado, operacional e o risco da taxa de juro da carteira bancária. O BNA não divulgou a identidade dos bancos que falharam no teste, alegando que isso poderia prejudicar a sua reputação e confiança dos clientes.
- Desvalorização do Kwanza inflaciona crédito
As previsões feitas por várias instituições internacionais apontam a um forte abrandamento do crescimento económico que pode ir até à recessão. Cenário marcado pela depreciação do kwanza, retirada dos subsídios à gasolina, alta da inflação e dificuldades de financiamento.
O quadro macroeconómico deteriorou-se face ao que estava projectado no início do ano e as instituições internacionais e nacionais já estão a rever em forte baixa as previsões de crescimento económico da economia nacional. O Governo é o mais optimista, o FMI é moderado, enquanto o BFA e vários especialistas apontam já a uma recessão económica. O cenário negativo para a economia angolana é marcado sobretudo pela queda das receitas fiscais que resultaram da quebra da produção petrolífera, já que foram produzidos menos 17 milhões de barris no I semestre face ao período homólogo.
- Políticas do FMI sob fogo cruzado dos defensores dos direitos humanos
A organização internacional de defesa dos direitos humanos critica o Fundo Monetário Internacional (FMI), considerando que tem de dar prioridade aos direitos humanos e não à austeridade.
“Apesar das suas promessas de aprender com os erros do passado, o FMI está a promover políticas que têm um longo historial de exacerbação da pobreza, de desigualdade e de enfraquecimento de direitos”, acusa a Human Rights Watch (HRW).
O relatório, denominado “Bandage on a Bullet Wound: IMF Social Spending Floors and the Covid-19 Pandemic” (“Ligadura num Ferimento de Bala: Os Gastos Sociais da FMI e a Pandemia de Covid-19”, em tradução livre) analisa os empréstimos aprovados entre março de 2020 – no início da pandemia de Covid-19 – e março deste ano em 38 países, concluindo que “a grande maioria está condicionada a políticas de austeridade, que reduzem as despesas públicas ou aumentam os impostos de uma forma passível de prejudicar os direitos” das 1,1 mil milhões de pessoas em causa. A avaliação da HRW constata ainda que as promessas anunciadas pelo FMI no início da pandemia de mitigar estes impactos “falharam ou foram ineficazes”.
- Desacerto de contas na ordem dos contabilistas