Economia sem makas: Inflação voltou a acelerar em Outubro
Mesmo depois de rever em alta a meta de inflação para o final do ano, a taxa homóloga furou a meta do BNA que apontava a 14% até final do ano. Os preços subiram mais na educação, saúde, transportes e alimentação.
A taxa de inflação voltou a acelerar, ao registar um aumento de 1,47 pontos percentuais para 15,01% face ao mesmo período de 2022, de acordo com o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Com esta taxa, é ultrapassada a meta prevista pelo Banco Nacional de Angola (BNA) que se situava num intervalo entre 12% e 14%, meta reajustada em Junho, já que a janela inicial previa uma taxa entre 9% e 11%
Em termos mensais, o custo de vida dos angolanos registou um crescimento 2,10% de Agosto a Setembro, verificando-se a taxa de inflação mensal mais alta dos últimos 20 meses. Ou seja, seria necessário recuar até Dezembro de 2021 para encontrar uma taxa mensal neste nível. E os preços continuam a subir onde “dói” mais. A classe “Educação” foi a que registou o maior aumento de preços, com uma variação de 4,08%, seguida das classes “Transporte” com 2,70%,”, Saúde” com 2,39% e “Alimentação e bebidas não alcoólicas” com 2,25%.
O aumento dos preços que se tem verificado desde Maio (quando a taxa de inflação começou a crescer após 15 meses em queda) deve-se, sobretudo, à desvalorização do kwanza e aos efeitos da subida dos preços da gasolina. No entanto, há três meses que se verifica uma certa estabilidade na variação cambial, o que causa também uma expectativa de estagnação nos preços, que não se verificou.
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