Economia sem makas: Com a inclusão do BCI na lista cerca de 50% dos bancos de Angola são considerados sistémicos pelo BNA

O Banco Nacional de Angola (BNA) actualizou para 11 a lista de grupos bancários identificados como instituições de importância sistémica ao incluir o Banco de Comércio e Indústria (BCI) na lista de bancos que estão obrigados a constituir uma reserva adicional para evitar riscos sistémicos. Mas mais responsabilidades também garantem mais benefícios e um deles é que o banco central fica mais macio na hora de mandar fechar os bancos, como acontece com o Banco Económico.

Dentro desta lista existem uns bancos mais sistémicos que outros, já que BAI, BFA e BIC estão obrigados a constituir uma reserva de capital constituída por fundos próprios de nível 1 de 2,00% do montante total dos activos ponderados pelo risco. Os activos ponderados pelo risco (RWA na sigla em inglês) são uma medida dos riscos subjacentes às carteiras de um banco, reflectindo o quanto arriscados são os seus activos. Geralmente, os activos de um banco incluem empréstimos concedidos a clientes, assim como numerário, ou seja, tudo o que o banco possui.

Por um lado, o facto de serem identificados como banco sistémico coloca os bancos no “olho da serpente”, já que na prática o BNA irá mantê-los sob uma vigilância mais apertada. Mas uma coisa é a teoria e outra é a prática e, para isso, basta olhar para o Banco Económico que está há dez anos com problemas que tardam em ser resolvidos. Na prática, tem sobrevivido porque o BNA o mantém “ligado à máquina” por ser, lá está, um banco sistémico cuja falência teria um impacto negativo no todo que é o sistema financeiro nacional.

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