Economia sem macas: Governo injetou mais 148 milhões de dólares na TAAG em 2023, apesar da companhia continuar a perder dinheiro, só no ano passado prejuízos atingiram 132 milhões de dólares
Em
2023, com destaque para o prejuízo de 90 mil milhões de kwanzas (aproximadamente 132 milhões de dólares). Apesar do aumento de 44% no número de passageiros transportados, os custos operacionais da empresa continuam a exceder as receitas, levando a prejuízos contínuos. A TAAG transportou 1,004 milhões de passageiros em 2023, comparado a 918 mil em 2022, mas a empresa registrou receitas de 288 mil milhões de kwanzas, enquanto os custos operacionais atingiram 377 mil milhões de kwanzas, resultando num prejuízo operacional de 88,9 mil milhões de kwanzas.
O Estado angolano, na tentativa de manter a companhia em operação, injetou 121,4 mil milhões de kwanzas (cerca de 148 milhões de dólares) em 2023, somando-se a um investimento total de mais de 1,2 mil milhões de dólares desde 2017, e 2,2 mil milhões de dólares desde 2002. Mesmo com esse suporte financeiro, os prejuízos operacionais da TAAG duplicaram em relação ao ano anterior.
Os auditores independentes apontam que a sobrevivência da TAAG depende de injeções contínuas de capital do Estado. Eles reforçam que a empresa não apresentou um plano claro sobre quando atingirá o “break even” (ponto de equilíbrio), o que traz incerteza sobre o futuro da companhia.
Portanto, mesmo com um aumento na atividade e vários planos de recuperação, a TAAG continua a ser deficitária, e o Estado deverá continuar a injetar dinheiro público para garantir a operação da companhia. Este cenário cria uma dependência contínua do Estado e levanta preocupações sobre a sustentabilidade financeira da empresa a longo prazo.