No programa Economia Sem Macas, o economista Carlos Rosado de Carvalho reflete sobre o impacto dos feriados prolongados no turismo e na economia nacional.

Carlos Rosado de Carvalho inicia a sua análise observando que, teoricamente, os feriados prolongados deveriam beneficiar o sector do turismo, pois proporcionam oportunidades para as pessoas viajarem e dinamizarem a economia local. No entanto, com base na sua experiência pessoal durante um feriado prolongado, ele relata que não percebeu um grande movimento turístico, seja no aeroporto, nos hotéis ou nas estradas.

Principais pontos abordados:

1. Baixo movimento turístico

   • No aeroporto, os voos não estavam especialmente cheios.
   • Nos hotéis, havia poucos hóspedes, evidenciado pelo reduzido número de pessoas no pequeno-almoço.

2. Custos elevados e dificuldades de deslocação

   • Passageiros relataram dificuldades nas estradas e elevado tempo de viagem.
   • O preço das passagens aéreas é elevado, rondando os 200 mil kwanzas.

3. Impacto económico dos feriados

   • Existe um debate sobre se um país em desenvolvimento como Angola deve ter muitos feriados, pois isso afecta a produção e o crescimento económico.
   • Apesar do potencial para impulsionar o turismo, a crise económica faz com que muitas pessoas evitem gastos adicionais.

4. Conclusão

   • Os feriados prolongados podem ser benéficos para o turismo, mas a actual situação económica do país leva as pessoas a conterem despesas, limitando assim os impactos positivos no sector.

Carlos Rosado de Carvalho conclui que, embora os feriados prolongados possam ajudar o turismo, a crise económica e os elevados custos de deslocação reduzem significativamente esse efeito.