A inflação tem sido o principal inimigo do Kwanza, refletindo-se na perda do seu valor tanto no mercado interno como no externo. Entre dezembro de 2015 e dezembro de 2017, os preços aumentaram 290%, o que significa que um conjunto de bens que custava 57,76 Kwanzas passou a custar 225,06 Kwanzas. A taxa de câmbio também se agravou, passando de 165,9 Kwanzas por dólar, em 2017, para os atuais 912 Kwanzas por dólar.
A recente inauguração da nova Casa da Moeda poderá melhorar a distribuição de moeda física e facilitar o controlo monetário pelos bancos. No entanto, sem um controlo efetivo da inflação, o valor do Kwanza continuará a cair, aumentando a incerteza na economia e dificultando a vida dos cidadãos.
O Banco Nacional de Angola tem um papel essencial no combate à inflação, mas o governo também precisa de criar condições para um ambiente económico favorável que estimule a produção nacional. Sem esse aumento da oferta de bens e serviços, os preços continuarão a subir e o poder de compra da população a diminuir.
A moeda nacional representa a soberania do país, mas, para que tenha um valor estável, é necessário um esforço conjunto entre as autoridades monetárias e económicas.