Conversa à Sombra da Mulemba, edição com Com Atelier D'Artes Lucengomono

A Conversa à Sombra da Mulemba com Atelier D’Artes Lucengomono e Maria João Teles Grilo.

Sobre o Atelier D’Artes Lucengomono

Para educar e crescer, senti a necessidade de uma actividade, onde seja possível desenvolver através de experiências, um lugar para sonharprojectar, um espaço de narrativas, de convívio íntimo e familiar: onde as diferenças se tornem férteis potencialidades, onde o intercâmbio de conhecimentos e práticas multipliquem as possibilidades de interação e de crescimento criativo entre artistas e tradições culturais diversas, adquirindo novas experiências.

Por este motivo, nasceu o Atelier D’Artes Lucengomono, inspirado pelo Núcleo Nacional de Recolha e Pesquisa da Literatura Oral.

 

Sobre a Maria João Teles Grilo

Nascida em Lubango, Angola, no ano de 1960. Seu pai, João Teles-Grilo, fez parte da equipe que projectou a Estrada da Serra da Leba, uma das 7 maravilhas naturais ex-libris de Angola. Foi seu notável percurso que influenciou o carácter dos trabalhos da arquitecta. Entre 1979 e 1984, estudou arquitectura na Universidade de Lisboa. 

Entre os anos de 1994 e 2010, foi professora da disciplina de Projecto de Arquitectura em universidades de Luanda e Lisboa. Ela é membro da União Internacional de Arquitectos (UIA), União Africana de Arquitectos (AUA), Ordem dos Arquitectos de Angola (OAA), Ordem dos Arquitectos Portugueses (OA) e do Conselho Internacional dos Arquitectos de Língua Portuguesa (CIALP).

Carreira

Em 1981, ainda estudante universitária, ela ganha o Concurso Internacional de Projectos de Estudantes de Arquitectura da União Internacional de Arquitectos que aconteceu em Varsóvia. No último ano da licenciatura, em 1984, fica em 3.º lugar no concurso “Monumento ao 25 de Abril”, em Lisboa.

Anos mais tarde, em 1994, Barcelona, foi co-autora do livro “Arquitectura del Movimiento Moderno, 1925-1965: Registro Docomomo Ibérico”, publicado pela Fundação Mies van der Rohe. No mesmo ano, começa a dar palestras nos encontros da CIALP e ingressa como assistente convidada na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias – onde permanece até os anos 2000.

A lista de participações nos Encontros CIALP vai além da edição de 1994 (Lisboa), conta também com os anos de 1995 (Salvador), 1997 (Luanda), 2003 (Rio de Janeiro) e 2015 (Goa). Já o tão importante Congresso Mundial de Arquitectura da União Internacional de Arquitectos, Maria João Teles Grilo participou das edições de 2002 (Berlim), 2005 (Istambul) e 2008 (Turim).

Em 2002, ganha o prémio Globo de Ouro com o projecto do stand da Angola Telecom em Luanda. Entre os anos de 2003 e 2006, foi professora na Universidade Privada de Angola. Logo em seguida, ela funda seu próprio atelier onde até os dias actuais é arquitecta-directora, faz projectos e presta consultorias em diversas áreas da arquitectura e planeamento.

Ainda em 2004, junta-se a Universidade Lusíada de Angola, onde lecciona por 2 anos. Entre os anos 2005 e 2007, foi professora na Universidade Agostinho Neto, e de 2009 a 2010 na Universidade Metodista de Angola.

Lançou em co-autoria com Isabel Maria Silva Martins e Roberto Severino López Machado o livro “Arquitecturas de Luanda” no ano de 2010. Ao fim deste ano, participou da Trienal de Arquitectura, em Lisboa, que deu origem ao livro “Falemos de Casas – entre o Norte e o Sul” e conta com sua colaboração.

Em 2011, foi co-autora no livro “La Modernidad Ignorada: Arquitectura Moderna de Luanda” publicado pela Universidade de Alcalá, Madrid. No ano seguinte, participa como oradora na conferência internacional EWV – Exchanging worlds visions.

Nos anos de 2013 e 2014, respectivamente, foi co-autora dos livros “Arquitetura Moderna em África: Angola e Moçambique”, Lisboa, e “Ilha de São Jorge”, Veneza.

No ano de 2016, em julho, foi oradora na conferência internacional TEDx, em Luanda e no Hybrid Architecture: Case Studies on the African Continent, em Lisboa. Ao fim deste ano, concedeu entrevista no programa Conversas ao Sul do canal televisivo RTP África.

No primeiro semestre de 2018, integrou a mesa redonda do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa sobre o tema Angola – Repatriamento de Capitais. No semestre seguinte, palestrou no II Simpósio e Workshop Internacional da Universidade de Uberaba, em Minas Gerais, e na exposição colectiva de arquitectura Emerging Architecture Studios Based in Luanda, em Luanda.

 

 

 

Data de Emissão: 16-07-2023 às 14:00
Género(s): Entrevista, Informativo
 
PARTICIPANTES

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