Café da Manhã com Alberto Correia Neto
Alberto Correia Neto. Foi o último chefe do Estado Maior das Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA), de 1991 a 1992, onde exerceu os cargos de Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República de Angola no Brasil 2000 a 2006 e na Alemanha 2011 a 2019, bem como o cargo de Comissário Político da FAPA/ DAA.
Alberto Correia Neto foi General reformado no Instituto de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas (ISSFAA). Nasceu no dia 08 de Julho de 1949, em Quimbele, província do Uíge.
Em 06 de Janeiro de 1970 foi preso pela polícia portuguesa (PIDE – DGS) sendo no mesmo ano deportado para Cabo Verde – Campo de Concentração do Tarrafal onde só foi libertado a 1 de Maio de 1974 após o 25 de Abril em Portugal.
Em Junho de 1974, via Portugal, parte para Luanda para juntar-se aos guerrilheiros do MPLA. Neste mesmo ano participa na Conferência Inter-Regional de Militantes do MPLA e ingressa nas FAPLA (Forças Armadas Populares de Libertação de Angola). É colocado no CIR – Kalunga (Centro de Instrução Revolucionária) como estagiário.
Pouco tempo depois passa a monitor político do mesmo CIR em Malungo Nzau. A seguir já com o CIR em Belize é nomeado pelo Estado-maior da 2ª Região Político-Militar como Director do referido CIR, funcionando como tal até Agosto de 1975, altura em que é nomeado Coordenador Provincial da JMPLA (Juventude do Movimento Popular de Libertação de Angola).
Bureau Político do MPLA lamenta falecimento do General Alberto Neto.
O Bureau Político do MPLA reagiu com profunda dor e consternação ao falecimento do general Alberto Correia Neto, ocorrido terça-feira, aos 75 anos, em Madrid, Espanha, por doença.
Nascido em Quimbele, na província do Uige, aos 8 de Julho de 1949, Alberto Correia Neto foi militar, político e diplomata.
Numa nota de condolências, o Bureau Político sublinha que o estudante pertenceu a um grupo clandestino do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que apoiava a luta armada levada a cabo no norte e leste de Angola, conhecido como “Comité Regional de Luanda”, que reunia operários, intelectuais e estudantes.
Preso, em 1969, foi-lhe aplicada, em Abril de 1970, uma medida administrativa de fixação de residência por seis anos, em Cabo Verde, no Campo Prisional de Tarrafal, de onde saiu a 1 de Maio de 1974.
Indica que enquanto político exerceu funções nas estruturas do MPLA, que ajudou a implantar nos centros urbanos, e participou de forma determinada na luta de libertação nacional e de resistência popular generalizada contra as forças que pretendiam a todo custo impedir a independência nacional e a soberania de Angola.
A nota refere, ainda, que pela sua entrega e desempenho político, o Bureau Político do MPLA, em 1977, indicou-o para integrar a Comissão de Reestruturação da JMPLA, função que exerceu com brio.
Foi, igualmente, membro do Comité Central e do Bureau Político do MPLA e deputado da Assembleia do Povo.
Como militar, serviu a força aérea, tendo sido comissário político, comandante da FAPA- DAA, bem como chefe do Estado Maior das FAPLA. Foi, ainda, chefe do Estado Maior General das FAA.
Enquanto diplomata, foi embaixador de Angola no Brasil (2000 a 2006) e na Alemanha (2011 a 2019).
À data do falecimento, Alberto Correia Neto era membro do Comité Central do MPLA.
Neste momento de dor e luta para a família, o Bureau Político do Comité Central do MPLA, endereça em nome dos seus militantes, simpatizantes e amigos, os mais profundos sentimentos de pesar.