Café da Manhã com a artista plástica Zita Sandão

Programa Café da Manhã da LAC, edição de 07 de Maio de 2024, com José Rodrigues

A conversa desta edição é com a artista plástica Zita Sandão, que é natural do Cuanza-Sul, nasceu a 25 de Junho de 1943 e tem uma carreira profissional ligada à banca até 1986, altura em que decide fazer formação em vários ramos da Arte como em Ikebana na Academia de Arranjo Floral Sanguetsu em 1988, em Lisboa, e em Arte Floral pela Escola Espanhola de Arte Floral, em 1992.

Em Outubro de 2023 a artista brindou o público com uma interessante exposição de uma obra, na ex- Casa de Cultura Brasil-Angola, no “instituto Guimarães Rosa”, em Luanda.

A obra, inaugurada no Instituto Guimarães Rosa, comportava 14 peças de artes inspiradas nas danças, gritos e indumentárias dos bailarinos mascarados Tchinganges.

“Memórias Guardadas” é a quarta exposição individual da artista plástica e ficou patente naquele espaço cultural até o dia 8 de Novembro do ano 2023.

A cerimónia de inauguração foi prestigiada pela presença da Primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço, que durante cerca de 30 minutos visitou a exposição, tendo ficado admirada com as obras expostas e recebido explicações detalhadas sobre algumas obras.

Entre as obras exposta destacam-se “Lágrimas”, “Maternidade Sagrada”, “Tchinganges Chefe Nganga”, “Tchinganges Terrível 1”, “Tchinganges Terrível 2”, “Minha Janela”, “Tchinganges Rei Sol”, “Tchinganges Nganga Colorido”, “Tchinganges Upiluca”, “Kora” e “Tchingange Soberano”.

A peça “Maternidade Sagrada” foi produzida com uma técnica mista, onde a artista utilizou flor, múcua fatiada, pau de café, entre outros elementos, numa clara homenagem da artista Zita Sandão a família.

Durante a apresentação, a artista explicou que em todas as suas exposições individuais produz uma obra de forma a enaltecer o papel da família na sua vida. Quanto a exposição, a artista explicou foi idealizada por conta de uma situação que viveu há muitos anos.

“Aos dez anos confrontei-me com uma dança horrível. Estava muito doente a caminho do hospital, vi umas figuras a dançarem, com roupas e máscaras estranhas e, desde aí, cresci com um desgosto por essas figuras. Nos dias actuais já percebo a beleza do trabalho dos Tchinganges ao ponto de me inspiraram a fazer uma exposição”, explicou.

Esse é precisamente, esclareceu, o motivo do título da exposição. “O ser humano regista tudo, sobretudo os piores momentos, por isso fui buscar uma experiência do passado para vos brindar com essa exposição”, disse.

Zita Sandão aproveitou o ensejo para agradecer a toda família e amigos pela presença, sobretudo pela participação da Primeira-Dama da República.

Data de Emissão: 07-05-2024 às 07:00
Género(s): Entrevista
 
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