A Hora da Amcham Angola, Rubrica “A Embaixada dos EUA na Hora da AmCham”
Rubrica “A Embaixada dos EUA na Hora da AmCham”
- Host: Bom dia, ouvintes do programa a Horada AmCham, em especial os da rubrica da Embaixada dos EUA. Este é o espaço radiofónico, que leva ao conhecimento do público as mais recentes notícias sobre o que de mais importante se faz e acontece na Embaixada dos EUA em Angola.
Hoje, temos o prazer de receber no programa, os senhores Logan Council, Adido Político e Pedro Tavares, Especialista Político, ambos, da Embaixada dos EUA em Angola.
Esta é uma edição cujo ponto alto é a celebração do Mês da História Negra, ou seja, o Black History Month, que é uma comemoração anual originada nos Estados Unidos, onde também é conhecida como Mês da História Afro-Americana. Esta celebração tem reconhecimento oficial dos governos dos Estados Unidos e Canadá e, mais recentemente, na Irlanda, Países Baixos e Reino Unido.
Recordo que continuamos a manter esta conversa por via das novas tecnologias de informação em observância ao distanciamento social apesar de uma fase menos impactante da Covid-19.
Senhor Logan Council, Adido Político, bom dia, e seja bem-vindo à rubrica a Embaixada dos EUA na Hora da AmCham.
Answer (Logan):
- Bom dia, Joel Costa, bom dia aos ouvintes do programa. Estou grato pelo convite para estar nesta rubrica pela segunda vez.
- Host: Senhor Pedro Tavares, Especialista Político da Embaixada dos Estados Unidos, os nossos cumprimentos e seja bem-vindo a esta rubrica!
Answer (Pedro):
- Bom dia, Joel! Obrigado pelo convite. Os meus cumprimentos aos ouvintes da AmCham.
- Host: Fevereiro é o Mês da História Negra nos EUA. Qual é a lógica desta celebração?
Answer (Logan):
- Durante o Mês Nacional da História Negra, celebramos o legado dos negros Americanos cujo poder de liderar, superar e expandir o significado e a prática da democracia Americana ajudou a nossa nação a tornar-se numa sociedade mais justa e equilibrada. O nosso país foi estabelecido com base na ideia profunda, mas simples, de que todas as pessoas são criadas iguais e devem ser tratadas igualmente ao longo das suas vidas.
- Trata-se de uma ideia que a América nunca viveu totalmente, mas é uma ideia da qual também nunca nos afastamos totalmente. As lutas e sucessos dos negros americanos para encontrar uma forma de ultrapassar a nossa difícil história são destacados este mês, e os nossos esforços contínuos para combater os problemas sociais que ainda enfrentamos também fazem frequentemente parte da discussão.
- De acordo com a proclamação do Presidente Biden para Fevereiro de 2023, as lutas dos negros Americanos pela liberdade, igualdade de tratamento e direito ao voto; por igualdade de oportunidades em educação, moradia e local de trabalho; para oportunidades económicas, igualdade de justiça e representação política; e muito mais reformaram a nossa democracia muito além da sua fundação.
- Os negros Americanos abriram um caminho não apenas para si mesmos, mas também ajudaram a construir uma estrada para milhões de mulheres, imigrantes, outras comunidades historicamente marginalizadas e todos os Americanos experimentarem mais plenamente os benefícios da nossa sociedade.
- Host: Pedro Tavares, como tem sido encarada esta celebração no resto do mundo?
Answer (Pedro):
- Pois Joel, antes demais, permita-me que apresente um historial sobre o tema. O precursor do Mês da História Negra foi criado em 1926 nos Estados Unidos, quando o historiador Carter Woodson e a Association for the Study of Negro Life and History anunciaram que a segunda semana de Fevereiro seria a “Semana da História Negra” (Negro History Week). Esta semana foi escolhida porque coincidia com o aniversário dos Presidentes Abraham Lincoln em 12 de Fevereiro e de Frederick Douglass em 14 de Fevereiro, datas que as comunidades negras celebravam juntas desde o final do século XIX, pelo papel destes líderes na abolição da escravatura.
Actualmente, depois de receber o reconhecimento oficial dos governos dos Estados Unidos e do Canadá, mais recentemente, também aconteceu na Irlanda, Países Baixos e Reino Unido.
Desde o seu início, o Mês da História Negra expandiu-se além da sua aceitação inicial em estabelecimentos de ensino. Em 2018, o Instagram criou o seu primeiro programa do Mês da História Negra com a ajuda do seu então Chefe de Comunicação Global de Música e Cultura Juvenil, SHAVONE. O programa Mês da História Negra do Instagram apresentou uma série de iniciativas inéditas, incluindo uma parceria #BlackGirlMagic com o Spotify e o lançamento do programa #CelebrateBlackCreatives, que alcançou mais de 19 milhões de seguidores.
Em 2020, o Mês da História Negra tornou-se um foco além das escolas. O jornal The Wall Street Journal descreve-o como “um momento em que a cultura e as contribuições dos afro-americanos ocupam o centro do palco” numa variedade de instituições culturais, incluindo teatros, bibliotecas e museus.
- Host: Ouvintes da Hora da AmCham, reiterados os votos de uma boa quarta-feira. Estamos a conversar com os senhores, Logan Council e Pedro Tavares, ambos da Secção de Política e Económica da Embaixada dos EUA em Angola e São Tomé e Príncipe.
Como tem sido encarada a celebração do Black History Month desde a chegada ao poder da Administração Biden?
Answer (Logan):
- Desde o início, o governo Biden-Harris comprometeu-se a usar o poder do governo federal para lidar com as disparidades de longa data que dificultam o progresso das comunidades negras.
No primeiro dia da Presidência, Joe Biden emitiu uma ordem executiva para promover a equidade e a justiça racial em todas as políticas que adotamos. Ele começou nomeando o governo mais diversificado da história Americana; nomeou um número histórico de juízes negros para o tribunal federal, incluindo a juíza Ketanji Brown Jackson, a primeira mulher negra a servir no Tribunal Supremo.
- Host: Mudando de assunto, senhor Pedro Tavares. Recentemente, esteve em Angola um alto responsável da Casa Branca. Quais foram os propósitos desta visita?
Answer (Pedro):
- Pois bem, o Coordenador Presidencial Especial dos EUA para Infra-Estruturas Globais e Segurança Energética, Amos Hochstein, visitou Angola para conversações com o Governo Angolano visando o reforço da cooperação bilateral na sequência da Cimeira EUA-África de Líderes realizada em Washington D.C. em Dezembro último.
- Durante a visita, o Coordenador Especial Presidencial Hochstein reuniu-se com líderes Angolanos, incluindo o Presidente João Lourenço, e os Ministros da Energia e Águas; Transporte; e Telecomunicações, Tecnologia de Informação e Comunicação Social para discutir formas de aumentar a parceria EUA-Angola e como alcançar o progresso e criar prosperidade e segurança para os povos Angolano e Americano.
- Nas reuniões, o Coordenador Especial Presidencial discutiu os esforços para acelerar uma transição energética justa e aprofundar o investimento dos EUA em infra-estruturas. Ele destacou o papel vital que Angola desempenha na construção de um futuro seguro e próspero.
- O senhor Hochstein também se reuniu com líderes empresariais Americanos da Sun Africa e Africell para ouvir os seus caminhos visando o sucesso que ajudarão Angola a atingir as suas metas de telecomunicações e energia limpa.
- Como é sabido, a Cimeira EUA -África de Líderes em Washington D.C., em Dezembro, baseou-se na Estratégia do Presidente Biden para a África. Esta estratégia tem tudo a ver com parceria, pois nem os Estados Unidos nem qualquer nação Africana podem resolver os grandes desafios que enfrentamos sozinhos – mas podemos resolvê-los se trabalharmos juntos.
- Host: Em termos prácticos. O que de novo, os Estados Unidos estão a trazer para Angola no domínio da energia?
Answer (Pedro):
- Ora, apraz-me informar que uma equipa de especialistas dos EUA em geração e distribuição de eletricidade esteve em Angola por vários dias em Fevereiro para trabalhar com os reguladores dos serviços públicos Angolanos.
- Durante a sua estada, esta equipa desenvolveu padrões para expandir o fornecimento de energia em Angola. A visita fez parte da cooperação contínua entre os Estados Unidos e Angola, à medida que o país adiciona energia solar e outras fontes de energia renovável e expande o acesso à eletricidade para o povo angolano.
- Host: Muito obrigado Pedro Tavares por esta boa-nova. Ouvintes da Hora da AmCham, está também connosco o senhor Logam Council, Adido Político da Embaixada.
Senhor Logan, actualmente existe algum programa de financiamento na Embaixada para organizações da sociedade civil?
Answer (Logan):
- De facto Joel, a Secção de Diplomacia Pública da Embaixada dos EUA em Luanda lançou um Pedido de Declarações de Interesse de organizações interessadas em candidatar-se ao financiamento de propostas de programas que reforçam os laços entre o povo dos Estados Unidos, Angola e São Tomé e Príncipe através de programas culturais e de intercâmbio que realçam os nossos valores comuns e promovem a cooperação bilateral.
- Esta é uma Declaração Anual do Programa, que delinea as nossas prioridades de financiamento e os procedimentos para a apresentação de pedidos de financiamento.
- Para tal, os candidatos devem primeiro submeter um Pedido de Declarações de Interesse, que é uma nota conceptual concisa, de uma a duas páginas em Inglês, concebida para comunicar claramente uma ideia de programa e os seus objectivos antes do desenvolvimento de uma proposta completa.
- A finalidade do processo do Pedido é dar aos candidatos a oportunidade de submeterem ideias de programas para avaliação antes de requererem o desenvolvimento de candidaturas a propostas completas. Após análise do Pedido elegível, a Secção de Diplomacia Pública convidará os candidatos seleccionados a expandir as suas ideias para candidaturas a propostas completas.
Answer (Pedro):
- Queria, Joel Costa, acrescer que os objectivos do programa são de que estas pequenas subvenções reforcem os laços e construam relações entre os Estados Unidos, Angola, e São Tomé e Príncipe através de actividades que realcem valores partilhados, objectivos e cooperação.
- Sublinha-se que todas as propostas devem ter um forte elemento cultural Americano, ou uma ligação com peritos Americanos, organizações, ou instituições num campo específico que promoverá uma maior compreensão da política e perspectivas dos EUA.
- Exemplos de programas financiados incluem, mas não estão limitados a
palestras académicas e profissionais, seminários, e programas de oradores;
programas artísticos e culturais, performances conjuntas, e exposições envolvendo o trabalho de artistas Americanos ou temas Americanos;
programas de conservação e preservação do património cultural;
programas que expandem as actividades dos American Corners e Espaços Americanos; intercâmbios e programas profissionais e académicos; formação para jornalistas; programas desenvolvidos por um ex-aluno de um programa de intercâmbio educacional ou profissional patrocinado pelo governo dos EUA; actividades de aprendizagem experimental, por exemplo, ONU Modelo, Governo Modelo, dentre outras actividades.
- Os programas propostos podem ter lugar virtualmente ou pessoalmente com protocolos de saúde pública em vigor, ou uma combinação de ambos.
- A data limite para a apresentação de candidaturas é 28 de Março de 2023.
- Noutra vertente, todos os anos, nesta época, a Embaixada dos EUA anuncia o programa de bolsas Fulbright. Qual é o estado dessas bolas?
Answer (Logan):
- De facto, a Embaixada dos Estados Unidos da América em Luanda está a anunciar a abertura, a partir de 23 de Janeiro de 2023, o período de candidatura para o programa de mestrado Fulbright Foreign Student, destinado a estudantes estrangeiros e para o programa Fulbright African Research Scholar, que visa pesquisa e desenvolvimento Curricular, ao abrigo da iniciativa J. William Fulbright, referente ao ano académico 2024/2025.
A data-limite para submissão da candidatura completa online é 1 de Março de 2023, e habilita os seleccionados da bolsa Fulbright Foreign Student, a frequentarem em regime presencial, e a tempo integral, cursos de mestrado em universidades nos EUA, e no caso do Programa Fulbright African Research Scholar, a realizarem investigações em qualquer disciplina académica ou profissional nos Estados Unidos da América, assim como a desenvolverem currículos acádemicos.
Para o programa de mestrado Fulbright Foreign Student, destinado a estudantes estrangeiros, os candidatos têm de ser Angolanos, residentes em Angola, terem fluência em Inglês, e possuírem o diploma de licenciatura.
Answer (Pedro):
Logan, deixa-me dizer que a bolsa destina-se às áreas de administração pública, análise e gestão de política pública, ciências políticas, desenvolvimento económico, direito e direitos humanos, economia agrícola, finanças e banca, gestão do meio ambiente, jornalismo/comunicação, planeamento educacional, regional e urbano, saúde pública, entre outras.
No entanto, a bolsa Fulbright Foreign Student para estudantes estrangeiros não abrange a frequência de cursos de Teologia e Medicina que envolvam intervenções em seres humanos.
Por outro lado, os candidatos para o programa Fulbright African Research Scholar devem igualmente ter nacionalidade Angolana e residência permanente e proficiência em Inglês para realização de projectos de pesquisa.
As candidaturas devem ser submetidas online através do site da Embaixada e na nossa página do Facebook.
O site dá acesso ao formulário de candidatura e esta deve ser enviada somente por via electrónica.
As bolsas de estudo Fulbright Foreign Student e Fulbright African Research Scholar visam fortalecer as relações entre o povo norte-americano e os povos de outros países.
- Host: Por outro lado, os Estados Unidos são tidos como campeões na prevenção do tráfico humano. Que acções recentes os Estados Unidos têm levado a cabo nesta frente?
Answer (Logan):
- Como sabe, o tráfico humano é um crime que priva milhões de pessoas da sua dignidade e liberdade. Estima-se que 27,6 milhões são actualmente vítimas de tráfico em todo o mundo e, infelizmente, muitas delas estão escondidas mesmo diante de nós.
- Em Janeiro, o Secretário de Estado, Antony Blinken, anunciou que para combater adequadamente este crime, será necessário o compromisso de cada um de nós para acabar com o tráfico humano. Ele advoga que consciencialização direccionada e esforços de assistência são essenciais.
- Por isso, no Mês Nacional de Prevenção do Tráfico Humano, é um momento para pessoas, organizações, comunidades e órgãos federais se unirem aos esforços para combater todas as formas de tráfico humano, incluindo o tráfico sexual e trabalho forçado.
- O Secretário Blinken advogou que envolver sobreviventes – indivíduos que passaram pela experiência do tráfico humano – como parceiros é necessário para desenvolver políticas e programas anti-tráfico eficazes que sejam centrados na vítima e no sobrevivente.
Answer (Pedro):
- Permita-me Joel, acrescentar que o Secretário Blinken anunciou o compromisso do Departamento de Estado com estes esforços que permanece inabalável e, este mês, deu as boas-vindas à nossa nova Embaixadora Geral para a Monitorização e Combate ao Tráfico Humano, Cindy Dyer.
- A Embaixadora Dyer vai liderar os esforços globais do Departamento de Estado para avançar na luta contra o tráfico humano.
- Para esse fim, o Departamento financia projectos em todo o mundo, incluindo Angola, para promover a prevenção e o combate ao tráfico humano e apoia organizações que lidam com este problema de maneiras novas e criativas.
- O Secretário afirmou que elevamos regularmente a questão do tráfico humano nas nossas conversas com os governos estrangeiros, bem como através do nosso relatório anual sobre tráfico humano, coordenação inter-institucional, engajamento multilateral, parcerias com a sociedade civil e o sector privado e através da implementação da nossa parcela do Plano Nacional de Acção de Combate ao Tráfico Humano.
- Finalmente, o Secretário de Estado Antony Blinken sublinhou que através de todas estas etapas e outras, estamos determinados a combater este flagelo em todas as suas formas.
- Host: Caros ouvintes, chegamos ao fim de mais uma rubrica a Embaixada dos EUA na Hora da AmCham. Hoje, tivemos, os senhores Logan Council, Adido Político e Pedro Tavares, Especialista Político da Embaixada dos EUA em Angola.
Para já, muito obrigado por se juntarem a nós!
Answer (Logan):
Obrigado pelo convite. Quero reiterar o compromisso da Embaixada dos EUA de continuar a apoiar o programa a Hora da AmCham, para reforçar o entendimento sobre a cooperação entre os EUA e Angola.
Answer (Pedro):
Joel Costa e ouvintes da Hora da AmCham, em particular da rubrica da Embaixada dos EUA, obrigado por nos ter no programa.
Host: Ouvintes, obrigado pela atenção dispensada. A rubrica a Embaixada dos EUA na Hora da AmCham regressa no final do mês de Março.
Bom dia!