A Hora da Amcham, edição de 31 de Agosto de 2022
Rubrica “A Embaixada dos EUA na Hora da AmCham”
Cynthia Day
Secretária de Imprensa, Cultura e Educação
To be aired on August 31, 2022, at 10:00 am on Radio LAC 95:5 FM
(Recorded on August 30 at 11:00 pm via Teams.
Teams Link Invite: TBC
Host: Bom dia ouvintes do programa a Hora da AmCham, em especial aos da rubrica da Embaixada dos EUA. Este é o espaço radiofónico, que leva ao conhecimento do público as mais recentes notícias sobre o que de mais importante se faz e acontece na Embaixada dos EUA em Angola.
Hoje, temos o prazer de receber no programa, pela segunda vez, a senhora Cynthia Day, Secretária de Imprensa, Cultura e Educação da Embaixada dos Estados Unidos da América.
Como tem sido hábito desde o início da pandemia da Covid-19, mantemos esta conversa por via das novas tecnologias de informação em observância ao distanciamento social.
Host: Bom dia, senhora Cynthia Day, e seja bem-vinda, de volta, à rubrica Embaixada dos EUA na Hora da AmCham!
Answer (Cynthia):
Bom dia, senhor Joel Costa!
Bom dia aos ouvintes da Rubrica Embaixada dos EUA na Hora da AmCham. Agradeço o convite para, mais uma vez, estar nesta rubrica, que trata da promoção dos laços bilaterais entre os Estados Unidos da América e Angola.
- Host: Nesta edição referente ao mês de Angola, estaremos, basicamente, a abordar como tema principal a boa governação e democracia, mas teremos outros assuntos de interesse para Angola e os Estados Unidos da América.
A primeira pergunta está ligada as últimas movimentações do senhor embaixador Tulinabo Mushingi.
Angola vive um momento particular com a organização das quintas eleições no país. Como tem sido o envolvimento dos Estados Unidos nesta fase?
Answer (Cynthia):
Joel Costa, Os Estados Unidos observaram a ampla participação dos Angolanos nas eleições de 24 de Agosto. Anseamos trabalhar juntos no caminho por uma Angola mais segura, com mais segurança e próspera para todos.
Continuaremos a acompanhar de perto o processo eleitoral.
Apelamos a todas as partes para que se expressem pacificamente e que resolvam quaisquer reclamações de acordo com os proceitos legais aplicáveis ao abrigo da lei Angolana.
os Estados Unidos apoiam o processo democrático por meio dos nossos programas de democracia e de governação em curso, bem como observando as eleições. As observações eleitorais promovem a participação e a confiança do público no processo eleitoral.
Os Estados Unidos e Angola compartilham uma forte parceria.
Continuaremos a trabalhar em conjunto com o governo escolhido pelo povo Angolano para aprofundar a nossa cooperação em torno das prioridades compartilhadas, quee incluem democracia, crescimento económico e investimento, segurança de saúde global e saúde pública, e metas sobre o clima e energia para criar um futuro melhor para todos os Angolanos.
Os Estados Unidos elogiam o povo Angolano pela sua participação no processo democrático e esforços para fortalecer as instituições democráticas que fornecerão a base para um futuro seguro, próspero, saudável e inclusivo para ambos os nossos países.
- Host: Como tem sido a relação da Embaixada e os actores políticos Angolanos nesta fase eleitoral?
Answer (Cynthia):
Obrigado pela pergunta, Joel. De facto, nas últimas duas semanas, o embaixador dos EUA em Angola e São Tomé e Príncipe, Dr. Tulinabo Mushingi manteve encontros separados com as cinco forças políticas com representação parlamentar.
Nós, os Estados Unidos, trabalhamos, há muito tempo, para fortalecer as democracias e promover o respeito aos direitos humanos em todo o mundo.
Por este motivo, o embaixador reuniu-se com cada uma das presidências da coligação CASA CE, FNLA, PRS, MPLA e a UNITA, no sentido de saber mais sobre a sua visão para Angola. Em democracia, ouvimos todas as vozes para entender as diversas perspectivas que cada partido trouxe para a mesa.
Acreditamos que democracias fortes resultam em nações mais pacíficas, prósperas e estáveis. É nosso entendimento que as democracias também tornam os parceiros mais fortes para os Estados Unidos, à medida que trabalhamos juntos visando enfrentar os desafios internacionais mais prementes do mundo, desde o combate à crise climática até a prevenção de uma provável pandemia.
- Host: Senhora Cynthia Day, o que se tem feito para o fortalecimento da parceria bilateral?
Answer (Cynthia):
Americanos e Angolanos têm trabalho lado a lado para alcançar resultados e os EUA continuam engajados como um parceiro comprometido com a promoção da segurança, prosperidade e boa governança em Angola.
Tendo celebrado recentemente 246 anos de independência, os Estados Unidos não são estranhos ao processo democrático e à vigilância contínua necessária para garantir que todos os cidadãos tenham a oportunidade de eleger os seus representantes num clima livre de violência e intimidação.
No nosso apoio por uma Angola democrática, os Estados Unidos têm e continuarão a envolver todos os partidos políticos, bem como a sociedade civil Angolana. Os Estados Unidos orgulham-se de apoiar as reformas democráticas de Angola por meio de formação disponível para todos os partidos políticos e a sociedade civil na busca de um objectivo comum: abraçar a democracia plena com eleições livres, justas e credíveis.
Finalmente, como parceiro para o progresso, continuaremos a trabalhar com representantes do governo Angolano escolhidos pelo povo Angolano, sociedade civil Angolana e o sector privado em benefício do povo Angolano e Americano.
- Host: Nourta vertente, sabemos que está agora sob responsabilidade pela missão diplomática dos EUA em São Tomé e Príncipe, a Embaixada dos EUA em Angola.
O que estará na base desta decisão?
Answer (Cynthia):
Ora, o Dr. Mushingi apresentou as suas cartas credenciais ao Presidente Carlos Vila Nova de São Tomé e Príncipe no dia 10 de Agosto. Deste modo, a representação dos EUA em São Tomé e Príncipe muda-se para a Embaixada dos EUA em Luanda, Angola, de Libreville, no Gabão, devido aos laços culturais, linguísticos e económicos de longa data entre São Tomé e Príncipe e Angola.
O Embaixador Mushingi e os funcionários da Embaixada dos EUA em Luanda esperam trabalhar com o povo de São Tomé e Príncipe para avançar os nossos objectivos comuns nos domínios de paz, prosperidade e boa governação.
Também estamos ansiosos em fazer parceria com São Tomé e Príncipe nos nossos objectivos regionais mútuos, como a conservação dos oceanos e a segurança marítima.
- Host: Ouvintes da rubrica Embaixada dos EUA na Hora da AmCham, reiterados os votos de muito bom dia. Obrigado pela vossa companhia. Falamos hoje com a senhora Cynthia Day, Secretária de Imprensa, Cultura e Educação da Embaixada dos EUA.
Continuemos … Ainda no domínio da parceria. Quais sãos os pontos mais altos da nova a estratégia do Presidente Biden para a África Subsahariana, que foi recentemente apresentada pelo Secretádio de Estado Anthonly Blinken, na África do Sul?
Answer (Cynthia):
De facto Joel. Os Estados Unidos definiram já a sua nova. No princípio do mês, o secretário de Estado, Antony Blinken, disse que os Estados Unidos e a África devem “trabalhar juntos como parceiros iguais” para enfrentar alguns dos problemas mais prementes do mundo.
O Secretário Blinken destacou esses desafios num importante discurso proferido na Universidade de Pretória, na África do Sul, enquanto delineava uma nova estratégia dos EUA para fazer avançar metas compartilhadas com as nações Africanas.
Nesta nova estratégia dos EUA, o Secretário Blinken sublinhou que “os Estados Unidos não ditarão as escolhas de África. Nem mais ninguém deveria. O direito de fazer essas escolhas pertence aos Africanos, e somente aos Africanos”.
Ele lembrou que os Africanos também defendem a ideia de que o clima está ligado à saúde e que a desigualdade ameaça a segurança.
A verdade é que os Estados Unidos e as nações Africanas não podem alcançar nenhuma das nossas prioridades compartilhadas, seja se recuperar da pandemia, criar oportunidades económicas amplas, enfrentar a crise climática, expandir o acesso à energia, revitalizar democracias, fortalecer a livre e aberta ordem internacional — não podemos fazer nada disso se não trabalharmos juntos como parceiros iguais.
- Host: No âmbito desta nova estratégia, em que se baseia a idea de que os Estados Unidos pretendem continuar a promover a abertura?
Answer (Cynthia):
Joel, os Estados Unidos manterão as regras internacionais que permitem que pessoas e nações escolham os seus caminhos e moldem o seu mundo.
Para o Secretário Blinken, as parcerias dos EUA em África estão a expandir o acesso à internet para permitir o livre fluxo de ideias, informações e investimentos. Por isso, a Corporação Financeira de Desenvolvimento Internacional dos EUA financiou 300 milhões de dólares em 2021 para construir e operar centros de dados a fim de melhorar a conectividade em África.
Por outro lado, um projeto de 600 milhões de dólares construirá cabos de telecomunicações submarinos que fornecem internet confiável de alta velocidade para países de África, Europa, Sudeste Asiático e Médio Oriente.
- Host: E a democracia, claro, deverá ser o motor conductor desta nova estratégia?
Answer (Cynthia):
A esmagadora maioria dos Africanos é a favor da democracia. No entanto, garantir que as democracias produzam resultados para os cidadãos é um desafio enfrentado por países em todo o mundo. Para o Secretário Blinken, os Estados Unidos e os parceiros Africanos estão a combater a desinformação e a corrupção, e a fortaler as forças de segurança Africanas.
Blinken disse ainda que o governo dos EUA está a autorizar um investimento de 200 milhões de dólares por ano para promover sociedades pacíficas, inclusivas e estáveis em todo o mundo nos próximos dez anos, incluindo países como Moçambique e as nações costeiras da África Ocidental. o Benin, Costa do Marfim, Gana, Guiné e Togo.
Blinken disse ainda que as transições pacíficas de poder são vitais para as democracias. Por isso, Ele elogiou os líderes Africanos, incluindo os Presidentes do Gana e da Nigéria, agora nos seus segundos mandatos, que apoiam a proibição de terceiros mandatos presidenciais.
- Host: Os Estados Unidos são o maior financiador da luta contra a Covid-19 no mundo. Nesta estratégia, este apoio vai continuar?
Answer (Cynthia):
A pandemia da Covid-19 levou mais de 55 milhões de Africanos à pobreza. A guerra do Presidente Russo, Vladimir Putin, contra a Ucrânia está a piorar a escassez de alimentos em muitas nações africanas.
Por isso, o Secretário de Estado disse que os Estados Unidos e os parceiros internacionais já forneceram até agora quase 174 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 para 44 países de África. E este ano, os Estados Unidos forneceram 6,6 mil milhões de dólares em assistência humanitária e alimentar aos países Africanos.
As parcerias dos EUA com as nações Africanas também estão a construir sistemas de saúde e a capacitar profissionais de saúde a fim de melhor resistir a futuras crises e apoiar o desenvolvimento sustentável. A iniciativa Alimentar o Futuro, que trabalha para desenvolver a agricultura, investirá 11 mil milhões de dólares em cinco anos em 20 países, incluindo 16 países de África.
- Host: Cá em Angola, há um grande investimento dos EUA em energias limpas em prol do ambiente. Como esta questão se enquadra nesta nova perspectiva dos EUA?
Answer (Cynthia):
A África está a sofrer os efeitos da crise climática, incluindo fortes tempestades e inundações. No entanto, a África Subsaariana contribuiu com apenas 3% das emissões globais que impulsionam as mudanças climáticas.
Os Estados Unidos estão a trabalhar para corrigir esse desequilíbrio, disse Blinken, apoiando um maior acesso à energia limpa e tornando os países mais vulneráveis mais resilientes.
Blinken afirmou ainda que os Estados Unidos e parceiros no Gana estão a construir a primeira central híbrida solar-hídrica da África Ocidental que melhorará a confiabilidade, reduzirá custos e reduzirá as emissões. Os investimentos em energia verde no Quênia ajudaram a criar mais de 40 mil empregos.
Construir parcerias para melhor lidar com os desafios de hoje ajudará a enfrentar os obstáculos que ainda estão por vir, disse Blinken. Para ele, “Há muito mais para as nações Africanas e os Estados Unidos fazerem juntos em tantos campos, incluindo alguns que talvez nem tenhamos descoberto ainda. Como parceiros, cabe-nos construir esse horizonte.”
- Host: Ouvintes da rubrica Embaixada dos EUA na Hora da AmCham, mais uma vez, bom dia. Obrigado pela vossa companhia. Falamos hoje com a senhora Cynthia Day, Secretária de Imprensa, Cultura e Educação da Embaixada dos EUA.
Há alguma novidade sobre cidadãos Americanos ou tutores de crianças com nacionalidade Americana?
Answer (Cynthia):
Pois, gostaríamos de lembrar os cidadãos dos EUA e os pais de crianças cidadãs dos EUA para garantir que o seu passaporte americano esteja válido. Recomendamos sempre ter um passaporte Americano válido e renová-lo vários meses antes da caducidade.
Recomendamos que estejam cientes de que, a partir de Julho deste ano, os cidadãos dos EUA não podem usar um passaporte expirado para regressar aos Estados Unidos. Para renovar o passaporte, ou o passaporte do seu filho cidadão americano, ou qualquer outro serviço consular, visite o nosso site: ao.usembassy.gov.
- Host: Nesta fase do ano, a Embaixada anuncia o programa de mini-bolsas Mandela Wasington Fellowship. Em que pé está este processo?
Answer (Cynthia):
De facto, Joel, a Embaixada dos Estados Unidos da América em Angola anunciou a abertura, de 16 de Agosto a 13 de Setembro de 2022, do período de inscrição para a mini-bolsa Mandela Washington Fellowship 2023, que faz parte da Iniciativa para Jovens Líderes Africanos (YALI), lançada em 2010.
Para o ano de 2023, serão selecionados 14 jovens talentosos Angolanos para o Mandela Washington Fellowship, que é um programa de intercâmbio para apoiar jovens líderes Africanos, visando promover o crescimento, prosperidade, fortalecimento da governação democrática, consolidar a paz e a segurança em África.
A bolsa Mandela Washington Fellowship para 2023 levará aos Estados Unidos, de Junho a Agosto de 2023, por seis semanas, 700 jovens Africanos para cursos académicos e formação em liderança em Universidades locais, bem como à uma cimeira em Washington D.C. Os bolseiros devem ter entre 25 e 35 anos de idade, proficiência em Inglês e liderança demonstradas no domínio da administração pública, empreendedorismo e engajamento cívico.
Os 14 bolseiros de Angola, a serem seleccionados, participarão numa formação intensiva sobre administração pública, empreendedorismo e liderança cívica. Com esses 14 participantes a serem selecionados, aumentará para mais de 100 o número total de bolseiros YALI- Mandela Washington Fellowship em Angola.
- HOST: Caros ouvintes, chegamos ao fim de mais uma rubrica a Embaixada dos EUA na Hora da AmCham. Hoje, tivemos a senhora Cynthia Day, Secretária de Imprensa, Cultura e Educação da Embaixada dos Estados Unidos da América. Para já, muito obrigado por esta entrevista!
Answer (Cynthia):
Joel Costa, obrigado pelo convite. Espero voltar a este programa mais vezes.
Como sempre diz o senhor embaixador Mushingi … A Nossa Amizade Está Sempre a Subir.
Estamos juntos!!!