Café da Manhã da LAC, Edição 16 de Julho de 2024, com José Rodrigues
Em celebração ao 12 de Julho, data da independência de São Tomé e Príncipe, o programa de hoje revisita a trajectória histórica do país, por via de uma entrevista com uma figura central dessa jornada.
Manuel Pinto da Costa, ex-presidente da República de São Tomé e Príncipe, nasceu durante o período colonial. Educado na Alemanha Oriental, sendo fluente em alemão e português. Presidiu São Tomé e Príncipe de 1975 a 1991, sob um regime socialista, e manteve extensas relações com Angola, também socialista, presidida por José Eduardo dos Santos, seu amigo de juventude.
Com a democratização e instauração do multipartidarismo em 1991, Manuel Pinto da Costa não se candidatou à presidência devido à forte oposição liderada por Miguel Trovoada, que foi eleito seu sucessor. No entanto, em 1996, concorreu novamente de forma democrática, mas foi derrotado por Trovoada, que foi reeleito com 47,26% dos votos. Liderou o MLSTP entre Maio de 1998 e Fevereiro de 2005, quando renunciou.
Nas eleições de 2011, o estadista santomense concorreu como independente. Ele obteve a maioria dos votos no primeiro turno, mas não a maioria necessária.
Venceu no segundo turno contra Evaristo Carvalho (ADI) e reassumiu a presidência em 7 de Agosto de 2011, com 53% dos votos. Durante sua campanha, prometeu estabilidade política e combate à corrupção generalizada.
A sua candidatura teve o apoio de muitos políticos importantes, como a ex-primeira-ministra Maria das Neves, que afirmou: “O plano de Pinto da Costa pode trazer mais esperança ao nosso país”.
No entanto, alguns analistas expressaram preocupações de que a vitória do ex-presidente pudesse desencadear um retorno ao regime autoritário de seu período anterior no poder. Ele assumiu o cargo em 3 de Setembro de 2011.
Em 2015, foi noticiado que ele pertence à Maçonaria, sendo membro da Loja Olhar Fraterno, integrada na Grande Loja Legal de Portugal. Tentou se reeleger nas eleições de 2016, concorrendo novamente com Evaristo Carvalho, mas renunciou à sua reeleição e a oposição venceu.