Em Angola a desorganização que se deu na aplicação do fim do subsídio da gasolina teve a primeira repercussão a nível ministerial.
O Presidente angolano demitiu o ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, nomeando para o seu lugar o governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José Lima Massano.
O presidente João Lourenço justificou a demissão como sendo por “conveniência de serviço”, mas a medida surge depois do caos gerado através do país na emissão de cartões aos taxistas para poderem continuar a receber a gasolina ao preço subsidiado.
Manifestações e distúrbios ocorreram um pouco por todo país e no Huambo várias pessoas foram mortas e feridas confrontos com a polícia o que levou a organização de direitos humanos Human Rights Watch a pedir uma investigação e responsabilização dos responsáveis
Políticos e fazedores de opinião qualificam de “incompetentes e irresponsáveis” as entidades que assumiram a planificação e a gestão da remoção parcial do subsídio ao preço de venda da gasolina e da atribuição de cartões de consumo aos taxistas.
Em causa o facto do fim dos subsídios ter sido anunciado e posto em prática antes da emissão dos cartões para os taxistas.
José de Lima Massano, que até quinta-feira ocupava o cargo de governador do Banco Nacional de Angola (BNA), afirmou já depois da sua nomeação que vai fazer uma reapreciação do processo de emissão de cartões para o subsídio à gasolina a taxistas, moto-taxistas e embarcações de pesca artesanal.