Economia sem Makas, Nobel da Economia premeia destruição criativa
Economia sem Makas
Data: 14 de Outubro de 2025
Emissora: Rádio MFM
Apresentação: Manuel Vieira
Comentador Residente: Carlos Rosado de Carvalho
Tema: “Nobel da Economia premeia destruição criativa”
Síntese do Programa:
Nesta edição, Carlos Rosado de Carvalho comenta o Prémio Nobel da Economia 2025, atribuído a Joel Mokyr (Northwestern University), Philippe Aghion (Collège de France / London School of Economics) e Peter Howitt (Brown University).
Os laureados foram distinguidos por explicarem o crescimento económico impulsionado pela inovação, conceito associado à “destruição criativa”, processo em que novos produtos e tecnologias substituem os antigos, elevando a produtividade e o bem-estar social.
Pontos Principais:
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A inovação é apresentada como o motor do crescimento económico, tendo sido responsável pelo salto registado nos últimos 200 anos, sobretudo após a Revolução Industrial.
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O prémio reconhece o papel da “destruição criativa”, onde o progresso tecnológico cria novas oportunidades, mas elimina indústrias obsoletas.
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A abertura das sociedades à inovação e a existência de instituições fortes são condições essenciais para sustentar este ciclo criativo.
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Carlos Rosado sublinha que a resistência dos interesses instalados — elites e grupos económicos que beneficiam do sistema rentista — constitui a principal barreira à inovação em países como Angola.
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O economista compara três formas de lidar com os problemas económicos:
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Tradição (respostas baseadas nos antepassados);
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Autoridade (decisões centralizadas no poder);
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Mercado (interação livre entre agentes económicos).
A solução ideal, diz, é mista, combinando regras, liberdade e inovação.
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Rosado critica ainda políticas protecionistas, como as de Donald Trump, que travam o comércio internacional e dificultam o avanço científico e tecnológico.
Mensagem Final:
O economista conclui que Angola precisa de romper com as resistências internas à inovação para permitir o florescimento da “destruição criativa” e, com isso, impulsionar o desenvolvimento económico sustentável.