Edição 5 de Agosto 2022
 
  • Cinco países dominam investimento estrangeiro na economia angolana

 

  • Focus economics prevê crescimento da economia angolana acima dos 3%

 

  • Sociedade mineira do lulo extrai diamante de 170 quilates cor-de-rosa

 

  • EUA entra em recessão técnica

 

 

Em relação ao saldo do investimento directo, no I trimestre deste ano, o mesmo foi deficitário em 1 358,3 milhões USD, contra um défice de 1 480,8 milhões USD registado no trimestre precedente, justificado pela redução da recuperação dos investimentos no sector petrolífero.

 

Estados Unidos da América, França, Itália, China e o Reino Unido foram os países que, no I trimestre deste ano, se destacaram no que se refere à origem do investimento directo estrangeiro do sector petrolífero em Angola, segundo o relatório do Banco Nacional de Angola (BNA).

Relativamente ao sector não petrolífero, a mesma fonte diz que o destaque recai para a África do Sul e a Bielorrússia.

 

Em relação ao saldo do investimento directo, no I trimestre deste ano, o mesmo foi deficitário em 1 358,3 milhões USD, contra um défice de 1 480,8 milhões USD registado no trimestre precedente, justificado pela redução da recuperação dos investimentos no sector petrolífero.

No relatório sobre a Balança de Pagamentos e a Posição do Investimento Nacional, o BNA diz que os fluxos do investimento directo estrangeiro em Angola foram avaliados em 1 509,4 milhões de USD, sendo maioritariamente do sector petrolífero, com cerca de 99,6% do valor total.

Do lado das saídas, importa realçar a recuperação das despesas de investimento do sector petrolífero que se situaram em 2 866,2 milhões USD, contra os 4 294,3 milhões USD do trimestre anterior.

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2-FOCUS ECONOMICS PREVÊ CRESCIMENTO DA ECONOMIA ANGOLANA ACIMA DOS 3%

 

O crescimento previsto de 3,2% para este ano, 3,4% para 2023 e 3,6% para 2024 fica sempre abaixo da média prevista para os países da região, que deverão crescer 3,6% este ano, 3,7% em 2023 e 3,9% em 2024.

 

A consultora FocusEconomics antevê que a economia de Angola cresça 3,2% este ano e acelere para até 3,6% em 2024, mas prevê também uma expansão sempre abaixo da média dos países da África subsaariana.

“O crescimento deve acelerar significativamente este ano, num contexto em que o abrandamento das restrições relacionadas com a pandemia potencia a subida da procura interna, ao passo que o sector externo beneficia dos preços elevados das matérias-primas”, escrevem os analistas da FocusEconomics, na análise mensal das economias da África subsaariana.

No relatório, esta consultora sediada em Barcelona escreve que os preços elevados do petróleo e a vontade de os países europeus diversificarem as fontes energéticas, afastando-se do gás russo, são positivos para Angola, que beneficia também de boas condições externas, melhorando as contas públicas.

Ainda assim, o crescimento previsto de 3,2% para este ano, 3,4% para 2023 e 3,6% para 2024 fica sempre abaixo da média prevista para os países da região, que deverão crescer 3,6% este ano, 3,7% em 2023 e 3,9% em 2024.

 

3- SOCIEDADE MINEIRA DO LULO EXTRAI DIAMANTE DE 170 QUILATES COR-DE-ROSA

 

Descoberto maior diamante rosa na mina do Lulo

A mina do Lulo, na província da Lunda-Norte, voltou, hoje, a fazer história ao ter descoberto o maior diamante rosa, que “acredita ser o maior descoberto nos últimos 300 anos”, denominado “Rosa do Lulo”.

 

Num comunicado conjunto, enviado ao Jornal de Angola, a A ENDIAMA E.P., a Lucapa Diamond Company Limited e a Rosas & Pétalas, sócios da Sociedade Mineira do Lulo (“SML”) avançam, também, que o diamante é o 5º maior e o 27º com mais de 100 quilates descoberto na concessão do Lulo.

Segundo o comunicado, o referido diamante será comercializado, brevemente, em leilão organizado pela SODIAM em conformidade com as Política de comercialização de Diamantes.

“A concessão do Lulo orgulha-se pela recuperação dos dois maiores diamantes registados em Angola, sendo o maior deles a pedra de 404 quilates conhecida por “Pedra 4 de Fevereiro”, lê-se no documento.

Para o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás de Angola, Diamantino Azevedo, citado no mesmo comunicado, “este recorde e espectacular diamante cor-de-rosa recuperado do Lulo continua a mostrar que Angola é um actor importante à escala mundial na extracção de diamantes e demonstra o potencial e as recompensas do compromisso e investimento feito na nossa florescente indústria diamantífera”.

 

A mesma está localizada em Capenda Camulemba, província da Lunda Norte.

Atribui-se à mesma sociedade, uma facturação de 34 milhões de dólares só no primeiro semestre do ano passado, valor, equivalente a 21,5 mil milhões de kwanzas, resulta de uma produção e comercialização de 23 mil quilates de diamantes,

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4-EUA ENTRA EM RECESSÃO TÉCNICA

Maior economia do planeta encolheu pelo segundo trimestre consecutivo, a definição técnica de uma recessão.

 

O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA encolheu 0,9% no segundo trimestre a um ritmo anualizado, o segundo trimestre consecutivo de contracção económica (ajustando os dados à inflação, a queda foi de 0,2%).

A informação foi revelada esta quinta-feira pelo Departamento do Comércio norte-americano.

Esta contracção coloca a maior economia do mundo numa recessão técnica, um dia depois de a Fed ter promovido uma nova subida dos juros de 75 pontos base para tentar controlar a inflação.

Ainda assim, na quarta-feira, o presidente do banco central, Jerome Powell, defendeu que os indicadores económicos disponíveis ainda não sinalizam que o país esteja mesmo em recessão.

A definição clássica de recessão indica que esta ocorre quando há dois trimestres consecutivos de contracção económica. Porém, na prática, uma recessão representa um período em que a fraca actividade económica leva à subida do desemprego e redução do consumo, o que gera quebras nos resultados das empresas e dificuldades financeiras para as famílias mais expostas.

Ora, na conferência de imprensa desta quarta-feira, Jerome Powell disse que o mercado laboral nos EUA continua pujante. Aliás, a incerteza é tal que a Fed vai aguardar por mais dados económicos para decidir se será adequada outra subida de 75 pontos base na próxima reunião, ainda que o presidente tenha afirmado que, a certa altura, será necessário reduzir o ritmo das subidas.

Data de Emissão: 05-08-2022 às 00:00
Género(s): Economia
 
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