Café da Manhã da LAC, edição 14 de Outubro de 2024, com José Rodrigues.

Rui Felipe Ramos, nascido em 1945, foi um renomado jornalista e activista literário angolano, conhecido por sua incansável dedicação à preservação da história e promoção da leitura em Angola. Ao longo de uma carreira exemplar, tornou-se uma das vozes mais influentes no jornalismo angolano, destacando-se não só por seu trabalho nas redações, mas também pelo seu empenho em disseminar o conhecimento através da criação de bibliotecas e do incentivo à leitura em comunidades remotas do país.

Ramos desempenhou um papel fundamental na formação de jovens jornalistas, ajudando a moldar novas gerações de talentos, e também foi um dos principais responsáveis por promover o acesso à cultura e educação em áreas isoladas. Um dos seus feitos mais notáveis foi a criação de mais de 150 bibliotecas em todo o território angolano, impactando de forma duradoura as comunidades e fomentando o hábito de leitura entre milhares de angolanos.

Reconhecido pela sua capacidade analítica e pelas suas reflexões profundas sobre a cultura e o futuro de Angola, Ramos mantinha a popular coluna “Caminhos da Vida” no Jornal de Angola, onde partilhava com os seus leitores visões sobre questões culturais e históricas. O impacto da sua coluna foi notório, tornando-se uma das secções mais apreciadas do jornal e imortalizando seu nome na imprensa angolana.

Rui Felipe Ramos faleceu aos 79 anos, em Outubro de 2024, deixando uma lacuna irreparável no cenário jornalístico e intelectual de Angola. Seu legado, no entanto, permanece vivo nas mentes de todos aqueles que tiveram o privilégio de conhecer sua obra e sua paixão pela promoção do conhecimento.