Debate informativo: Como garantir o acesso do cidadão aos serviços de saúde de qualidade a luz da inauguração de grandes unidades hospitalares?

Debate Informativo edição de 24 de Agosto de 2024, o espaço de análise aos principais temas que marcaram o território nacional de Angola. 

Tema: Como garantir o acesso do cidadão aos serviços de saúde de qualidade a luz da inauguração de grandes unidades hospitalares?

O debate desta edição aborda a relação da qualidade de saúde e inauguração de grandes unidades hospitalares, tendo em vista o melhoramento do sistema de saúde de Angola, com os novos activos e novas infra-estruturas.

Estas medidas visam reduzir e responder as grandes preocupações existentes no país, como as altas taxas da malária, doenças diarreicas agudas e subnutrição, sendo estas as doenças as principais causadoras de morte no país.

O acesso dos cidadãos aos serviços de saúde de qualidade em Angola tem sido um foco significativo do governo, especialmente à luz da inauguração de novas unidades hospitalares. Nos últimos cinco anos, o sector da saúde foi fortalecido com a construção de 177 novas unidades sanitárias em todo o país.

Este processo aumentou a capacidade hospitalar em 8.492 novas camas e permitiu a contratação de mais de 33.000 profissionais de saúde, contribuindo para uma melhoria substancial nos serviços de saúde disponíveis para a população.

A inauguração de grandes unidades hospitalares, como o Hospital Geral de Cacuaco, faz parte de uma estratégia mais ampla para aliviar a pressão sobre os hospitais da capital, Luanda. Este plano inclui também novos hospitais em Viana, Caxito, Sumbe e N’dalatando, com o objetivo de descentralizar os serviços de saúde e garantir que as populações fora do centro urbano tenham acesso a cuidados de alta qualidade, reduzindo assim a necessidade de deslocamento para a capital.

Estes investimentos não só aumentam a acessibilidade, mas também melhoram a qualidade do atendimento, com o foco em especialidades médicas complexas e a introdução de serviços que anteriormente requeriam evacuações médicas para o exterior.

O número de pacientes enviados para tratamento fora do país diminuiu significativamente, graças ao aumento da capacidade interna de tratamento.

Esses avanços mostram um compromisso claro com a expansão e humanização dos serviços de saúde em Angola, proporcionando aos cidadãos um melhor acesso e cuidado, alinhando-se ao crescimento das necessidades da população.

Com a continuidade desta estratégia, espera-se que o acesso aos serviços de saúde de qualidade seja ainda mais abrangente e eficiente no futuro próximo​.

 

Fala sobre o assunto:

 Luzia Dumbo, docente universitária e especialista em política social, representante do Instituto Superior João Paulo II;

Carlos Alberto, médicos especialista em gestão hospitalar, actual director do Hospital de Doenças Cardiovascular “Dom Alexandre do Nascimento”, representante do Ministério da Saúde;

Vitória da Assunção Batista, médica do Hospital Divina Providência, representante da Pastoral da Saúde da Arquidiocese de Luanda.

 

Debate de Sábado da Rádio Ecclésia, 24 de Agosto de 2024. Coordenação técnica de Frei António Estêvão e Nsiona Júnior, com Simtombua Bento.

Data de Emissão: 24-08-2024 às 10:00
Género(s): Debate
Tópicos(s): Ministério do Ensino Superior, PIIM

Relacionados