Grande Plano, edição com o tema: Gestão das Empresas Familiares
Grande Plano, edição de 23 de Agosto de 2024.
Tema: Gestão das Empresas Familiares
A gestão de empresas familiares é um tema de grande relevância, especialmente em economias onde essas empresas desempenham um papel central no desenvolvimento económico. Estima-se que, em muitos países, as empresas familiares representem cerca de 70% a 90% do total de empresas, sendo responsáveis por uma significativa parcela do Produto Interno Bruto (PIB) e dos empregos gerados.
Em Angola, embora os dados específicos sobre a participação das empresas familiares na economia sejam limitados, é inegável que essas organizações têm um impacto crucial na economia local, especialmente em sectores como comércio, agricultura e serviços.
Um dos maiores desafios na gestão das empresas familiares é equilibrar os interesses da família com as necessidades do negócio. Conflitos entre membros da família podem surgir em torno de decisões estratégicas, sucessão e distribuição de lucros. Estudos indicam que cerca de 30% das empresas familiares sobrevivem à segunda geração, e apenas 12% chegam à terceira, destacando a importância de uma gestão eficaz e de estratégias de sucessão bem planeadas para garantir a longevidade da empresa.
A governança corporativa desempenha um papel fundamental na gestão dessas empresas. Implementar estruturas de governança, como conselhos de administração que incluam membros externos, pode ajudar a mitigar conflitos familiares e trazer uma perspectiva imparcial para a tomada de decisões.
Dados mostram que empresas familiares que adoptam boas práticas de governança têm uma probabilidade 60% maior de sobreviver a transições geracionais, em comparação com aquelas que operam sem essas estruturas.
Além disso, a profissionalização da gestão é essencial para o sucesso das empresas familiares. Embora o envolvimento dos membros da família possa ser um trunfo, é crucial que esses membros sejam qualificados e possuam as habilidades necessárias para gerir a empresa.
A formação contínua e a contratação de gestores externos para cargos-chave são estratégias que podem aumentar a eficiência e a competitividade da empresa. De acordo com pesquisas, empresas familiares que investem em formação e profissionalização de seus gestores têm um desempenho 40% melhor em termos de crescimento e rentabilidade.
Por fim, a sucessão é um dos aspectos mais críticos da gestão das empresas familiares. Planear a sucessão de forma transparente e com antecedência é vital para evitar rupturas e garantir a continuidade do negócio.
Estudos indicam que 85% das empresas familiares não possuem um plano de sucessão formalizado, o que aumenta consideravelmente o risco de fracasso durante a transição de liderança.
Portanto, a elaboração de um plano de sucessão bem definido, que inclua a preparação do sucessor e o envolvimento de toda a família no processo, é fundamental para assegurar a sustentabilidade da empresa a longo prazo.
Convidados para a grande entrevista desta edição:
Silvia Patrícia Simões, que já faz parte do painel do Grande Plano, é empreendedora, faz terapias alternativas e abriu a sua Clínica “SPT-Vida Nova e Equilíbrio”;
Márcia Coelho, é gestora e consultora financeira, tem agora um livro também que fala sobre a “Gestão financeira para casais”, intitulado “Mais que dinheiro”, e é criadora do site “Kamba Rico”;
Por outra, Hélia Pimentel volta a antena da Comercial para a rubrica “Pequenas Dicas e Grandes Negócios”.