Economia sem makas: Visita do Primeiro-Ministro português revela a importância que Angola tem na agenda económica externa portuguesa
O Primeiro-Ministro de Portugal, Luís Montenegro, é esperado, em Luanda, na próxima semana, para participar na Feira Internacional de Luanda (FILDA), que vai decorrer de 23 a 28 de Julho, na Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo. São esperados expositores de mais de dez países.
A informação sobre a vinda a Angola do Primeiro-Ministro português foi avançada ontem, em Luanda, pela secretária de Estado do Comércio e Serviços, Augusta Fortes, durante a conferência de imprensa de lançamento da 39.ª edição da FILDA, na qual participaram, também, o ministro angolano do Comércio e Indústria, Rui Miguêns, e o presidente do Conselho de Administração da Eventos Arena, Bruno Albernaz.
O Primeiro-Ministro português vai estar presente num fórum, denominado “Angola-Portugal”, que vai decorrer no segundo dia da 39.ª edição da Feira Internacional de Luanda, que, para este ano, foi escolhido o lema “Segurança alimentar e parceria internacional: o binómio da diversificação económica”.
Augusta Fortes referiu que, no dia 26, vai ser realizado o fórum “Macau e os países de língua portuguesa”, assim como vai ser assinado um memorando entre a Associação Industrial de Angola (AIA) e a Confederação Empresarial de Portugal.
“Haverá temáticas voltadas para o licenciamento das actividades comercial e industrial”, acentuou a secretária de Estado do Comércio e Serviços, anunciando que vai ser, também, discutida a importância do turismo na diversificação da economia e os desafios da segurança alimentar.
Augusta Fortes disse que vão ser, igualmente, abordados temas relacionados com os sectores da Agricultura e Florestas, Pescas e Recursos Marinhos.
“Em suma, teremos nesta feira muitas novidades”, garantiu a secretária de Estado do Comércio e Serviços.
Plataforma de união
O presidente do Conselho de Administração da Eventos Arena declarou que a FILDA é “uma plataforma de união entre os empresários que queiram investir no país e que tenham a vontade de estar em Angola, acreditando e investindo, como nós, para que, dos investimentos, haja uma melhoria das condições sociais de todos os angolanos e, também, melhoria do parque empresarial” do país.
O gestor da empresa organizadora da FILDA, numa parceria com o Estado, declarou que, para esta edição, “as nossas expectativas são altas” e confirmou que “as inscrições ainda decorrem”, admitindo que “o número final de expositores vai surpreender-nos”. O primeiro dos seis dias de duração da 39.ª edição da Feira Internacional de Luanda vai ser destinado a cerimónias oficiais, informou Bruno Albernaz.
O gestor da Eventos Arena revelou que, para este ano, a FILDA vai ter duas praças de alimentação, sendo que numa vão estar disponíveis ao público pratos quentes e noutra fast-food, expressão usada para denominar refeição preparada e servida com rapidez.
“Queremos também oferecer a melhor qualidade de Internet e qualidade do serviço de voz durante os dias da Feira Internacional de Luanda”, garantiu Bruno Albernaz.
O responsável confirmou que foram feitos contactos com operadoras de Transportes Colectivos Urbanos de Luanda para a criação de rotas especiais para o transporte de pessoas que queiram visitar a Feira Internacional de Luanda. As rotas já foram planeadas com as operadoras e estão em locais de maior concentração da população, informou Bruno Albernaz.
As linhas são directas para a FILDA, com ponto de desembarque à entrada principal da Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo, onde o evento é realizado desde 2011.
No ponto de desembarque, segundo Bruno Albernaz, vai ter um ponto de embarque, de onde vão sair os autocarros para o transporte de visitantes até ao local da Feira.
Antigo espaço vai ser reaproveitado
O ministro o Comércio e Indústria, Rui Miguêns, revelou que o Departamento Ministerial está a trabalhar para encontrar uma melhor utilização do espaço onde se realizava a Feira Internacional de Luanda, no município do Cazenga.
“Queremos que o espaço seja utilizado para actividades económicas, como a nível da indústria, quer seja a nível de distribuição ou de formação dos nossos empresários”, adiantou o ministro do Comércio e Indústria.
Sobre a edição deste ano, o ministro Rui Miguêns disse esperar que a Feira Internacional de Luanda seja um espaço de negócios e que venha a atrair um número considerável de visitantes.
“A Feira Internacional de Luanda é festa dos cidadãos angolanos”, acentuou o ministro do Comércio e Indústria, garantindo que “o espaço está a ser criado para que todos se possam sentir confortados e usufruir do serviço que vai oferecer”.
Rui Miguêns disse estar confiante no êxito da 39ª edição da Feira Internacional de Luanda.
Uma fonte ligada à organização disse, ontem, ao Jornal de Angola, que, entre os mais de dez países que vão estar presentes, estão Portugal, Brasil, Alemanha, Estados Unidos da América, Japão e Coreia do Sul.