Economia sem makas: Ainda não será na presidência angolana na SADC que Angola entra na Zona de Comércio Livre da organização
Ao intervir no segundo Fórum do Comércio Internacional “Angola-2024”, realizado esta quinta-feira, Carlos Rodrigues defendeu a criação de um quadro estável para a integração regional comercial, apoiando as empresas angolanas a tirarem proveito dos acordos comerciais.
Salientou que o Governo angolano continua a trabalhar de forma redobrada para a sua entrada na Zona de Comércio Livre da SADC, com a estratégia de alargar os horizontes da diversificação económica, e também porque Angola é parte do sistema de comércio internacional.
Recordou que, a 21 Março de 2018, Angola assinou o acordo que cria a Zona do Comércio Livre Continental Africana, na décima Cimeira de Chefes de Estado e Governo da União Africana, proporcionando acesso ao maior mercado livre do mundo, com 1,4 milhões de consumidores e 2,6 triliões de dólares de consumo.
Por seu lado, a secretária de Estado para o Comércio e Serviço, Augusta Fortes, apontou o excesso de documentos solicitados para a exportação, como uma das principais preocupações do mercado angolano, tendo revelado que o Governo tem tomado medidas de simplificação e desburocratização dos processos, como a implementação, para breve, da plataforma Janela Única do Comércio Externo, que vai diminuir a intervenção humana, passando para a digitalização.
Adiantou que a medida foi tomada em sede do Comité de Facilitação, com apresentação e aprovação de um modelo, faltando ser apreciada pelo Conselho de Ministros.
O representante da Organização Mundial do Comércio (OMC), Dalâ Martim, disse que a facilitação do comércio é essencial para atingir vários objectivos a que Angola se propôs, sobretudo o da diversificação das exportações e de mercados.
Recordou que todos os países, independentemente do seu desenvolvimento, têm a possibilidade de simplificar os seus procedimentos relativos ao comércio exterior.
Sob o lema “Os desafios para a facilitação do comércio em Angola”, os participantes ao segundo Fórum do Comércio Internacional “Angola-2024” reflectiram sobre o actual contexto do comércio externo do país e a eliminação de barreiras ao comércio externo.
Organizado pelo Ministério da Indústria e Comércio, em parceria com a Academia Nova Aduaneira e Tributária (ANAT), o fórum contou com a participação de um perito da Organização Mundial do Comércio, membros do Governo e representantes dos mais variados sectores ligados ao comércio.