Muito boa tarde. Seja bem-vindo a esta emissão referente a este domingo, dia 10 de agosto de 2025. (0:05) Começa aqui este espaço, que ficará aconselhado, sensivelmente, durante hora e meia para passar em revista (0:10) alguns factos noticiosos e também merecedores de alguma reflexão e que marcaram a atualidade internacional (0:14) na semana fina.

É o que faremos, justamente, até muito perto das 13h30, pouco depois das 13h30, (0:20) com os nossos comentadores residentes deste espaço, habituais. Estamos a falar de Carlos Soares,(0:24) Faustino Henrique e ainda Luís Terim. (0:27) Aqui em estúdio estão Gilberto Fortunato, que é o nosso responsável pela técnica, (0:31) e ao microfone está o Pedro Fernandes.

Vamos começar por África, sempre a proximidade, (0:35) as questões da proximidade a serem curiosidades. Vamos falar, primeiramente, do nosso continente, (0:38) de algumas situações relacionadas com a política continental africana, e depois vamos para o resto do mundo. (0:45) Por falar em África, vamos falar sobre o anúncio feito pelas novas autoridades da República da Guiné, (0:51) que anunciaram algumas semanas o referendo em relação à criação de uma nova Constituição.

(0:58) É um assunto que decorre depois do Golpe de Estado que atingiu este país, (1:05) e que agora está a preparar-se para realizar um referendo sobre uma nova Constituição, (1:11) agendado esse referendo para setembro deste ano, e que está a suscitar debates e também(1:17) preocupações na sociedade guineense. De facto é uma situação que ocorre depois da transição, (1:25) do afastamento fruto de um Golpe de Estado perpetrado em 2021, e de lá para cá a Guiné (1:33) tem estado nas atenções das nossas, da União Africana, e agora este anúncio para setembro, (1:41) a realização do novo referendo. Vamos ver o que é que poderá sair daí.

(1:44) Está muito em causa a questão de, digamos que a homologação de uma nova realidade,(1:52) as questões golpistas no continente africano. Será que esta nova ordem constitucional(1:57) que vai sair deste referendo em setembro de 2025 vai afastar-se ou aproximar-se dessa vontade (2:03) por parte muita da classe política africana de que realmente os poderes suscitados (2:08) ou decorrentes das eleições democráticas pluralistas nem sempre correspondem aos reais interesses (2:14) das nações africanas. Vamos saber o que é que pensam sobre isto os nossos comentadores.

(2:20) Vamos também falar do anúncio feito pelo Ruanda de que está em negociações com os Estados Unidos (2:24) da América para receber imigrantes. São centenas de imigrantes ilegais que estão a ser expulsos (2:29) dos Estados Unidos da América depois da instituição da nova administração de Donald Trump, (2:34) e está eminente então a chegada até ao país do presidente Kagan de 250 imigrantes ilegais (2:45) expulsos, digamos assim, dos Estados Unidos da América. (2:48) Ainda por falar no continente africano, soube-se também muito recentemente do anúncio feito (2:51) pelo antigo candidato presencial, o que foi o segundo mais votado nas eleições de 2018 (2:56) nos Camarões, estamos a falar de Maurice Cantot, que foi excluído de participar (3:01) nas próximas eleições presidenciais marcadas para outubro deste ano nos Camarões.

(3:06) Fora do continente africano, neutralmente, o anúncio do encontro na próxima semana(3:09) no Alasca, uma antiga posição russa que os americanos adquiriram e muito rica (3:14) do ponto de vista mineral, vão ao local escolhido para que Donald Trump e Vladimir Putin (3:19) se reúnam na próxima semana para discutir a guerra na Ucrânia, depois de expirado (3:23) o ultimato feito pela administração norte-americana relativamente às reais intenções (3:27) e ao fim da guerra exigido pela administração de Trump relativamente ao presidente (3:31) da Federação Russa, Vladimir Putin. Vamos ver o que é que será desse encontro. (3:35) Ainda hoje ouvia-se Donald Trump a dizer que provavelmente os dois líderes vão discutir (3:40) a questão das trocas da partilha de territórios, portanto, ucranianos, (3:47) uma possibilidade já foi rejeitada pelo próprio presidente Vladimir Zelensky (3:50) que diz que não aceita que o ocupante fique com qualquer possessão territorial (3:55) do seu país e os países europeus, nomeadamente aqueles que fazem parte (3:59) da União Europeia, já disseram que toda uma solução futura para a Ucrânia (4:02) tem que incluir a presença e a vontade política de Kiev.

(4:07) Ainda, naturalmente, a guerra no Médio Oriente, soube-se na semana passada (4:13) o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu anunciou que o Israel vai ocupar militarmente (4:19) a faixa de Gaza na Palestina, uma situação que tem rejeitado pelas Nações Unidas (4:23) e até por muita da oposição israelita de que esta situação poderá significar (4:28) ainda o gravamento e terá consequências negativas para as próprias pretensões (4:31) de Benjamin Netanyahu. (4:34) Continua o drama humanitário, as situações de fome e de acusações de genocídio (4:40) por parte de muitos países e de muita da opinião pública internacional (4:43) relativamente àquilo que Israel faz nesta altura na faixa de Gaza. (4:46) Uma semana ficou também marcada pela apresentação pública aqui em Luanda (4:49) no memorial do Dr. António Custinho Neto, na passada quinta-feira, (4:52) do intelectual, escritor angolano José Mano Abrantes (4:54) que publicou e apresentou publicamente o seu livro Genocídio em Gaza.