Edição de 17 de Fevereiro de 2022

Governo arrecadou mais de 27 mil milhões de dólares com a exportação de petróleo em 2021.

Presidente da República defende necessidade do país deixar de importar carne bovina e apostar na indústria de curtume.

Antigo chefe de estado moçambicano Armando Guebuza comparece em tribunal como declarante no processo dívidas ocultas.

Ponto

Hoje é quinta-feira, dia 17 de Fevereiro de 2022. A edição noticiosa é de, Albina Dias. A técnica de António dos Santos e final de emissão de, Emanuel Catilina. Ao microfone estou eu, Sílvio de Abreu.

Ponto

Boa Tarde,

A exportação de petróleo angolano rendeu mais de 27 mil milhões de dólares ao Estado, com a china a reafirma-se como o principal destino das ramas nacionais.

Os dados foram apresentados hoje a imprensa pelo secretário de Estado para os petróleos, que revelou que o montante representa um aumento de 51.4 porcento com relação a 2020.

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José Barroso, esclareceu que a pandemia, efeitos climáticos e a decisão da opep de aumentar a produção de forma gradual, impactou no preço do crude a nível internacional.

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Quanto ao gás natural, as receitas com a exportação cresceram mais de três vezes comparativamente ao ano de 2020, fixando-se em mais de 3,1 biliões de dólares.

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José Barroso, secretário de estado para os petróleos.

Durante o terceiro trimestre do ano passado, Angola gastou mais 625 milhões de dólares com a importação de derivados de petróleo, para atender o aumento da demanda.

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Presidente do Conselho Executivo da Sonangol, Luís Manuel.

A exportação de petróleo angolano, rendeu mais de 27 mil milhões de dólares, a ásia e os Estados Unidos da América, foram os principais destinos durante o ano passado.

Ainda sobre o sector energético, a Sonangol garante distribuir, quarenta e quatro mil e trezentas e setenta e sete toneladas métricas de gás, para consumo no país, e colocar proximamente no mercado mais botijas. O repórter LAC, Fortunato Cabina tem mais dados sobre esta matéria.

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Repórter LAC Fortunato Cabina e a garantia feita hoje pela Sonangol EP em disponibilizar para consumo no mercado nacional 44 mil e 377 toneladas métricas de gás.

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O presidente da República, defendeu hoje em Luanda que o país não pode continuar a importar carne bovina, porque possui condições para o desenvolvimento da pecuária.

João Lourenço que falava à imprensa na Zona Económica Especial Luanda Bengo, onde inaugurou uma fábrica de charcutaria e enchidos, orçada em 25 milhões de dólares, disse ser necessário apostar na criação de gado bovino para se alcançar a auto suficiência.

Avançou que a importação de gado do Tchad vai prosseguir mas de forma diferente da anterior.

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Lançou um repto aos investidores privados para apostarem na indústria dos curtumes.

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O presidente da República deu a entender que tem de haver proporcionalidade entre a produção no campo e a indústria ligeira.

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Presidente da República, João Lourenço em declarações hoje à imprensa, à margem da cerimónia de inauguração de uma fábrica de enchidos e charcutaria na Zona Económica Luanda Bengo.

Ponto

Começou hoje em Luanda a reunião bilateral entre os ministérios do interior e da segurança e ordem pública do Congo.

O encontro junta responsáveis dos órgãos de defesa e segurança dos dois países que abordam questões relacionadas com a fronteira comum, e o reforço da cooperação em matéria de segurança e ordem pública.

Na abertura do encontro o comandante geral da polícia nacional, Arnaldo Manuel Carlos, destacou a relação existente entre Angola e República do Congo.

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Comandante geral da polícia nacional, Arnaldo Manuel Carlos, destacou a relação existente entre Angola e República do Congo.

Por sua vez, Philippe Obara, administrador geral da central de inteligência e documentação da República do Congo, disse que o seu país está disponível na busca de soluções para os eventuais problemas na fronteira comum.

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Tradução das palavras de Philippe Obara, administrador geral da central de inteligência e documentação da República do Congo, hoje na abertura da reunião bilateral entre Angola e a República do Congo.

Ponto

Na política, a Unita vai impugnar o concurso público realizado pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), que elegeu a empresa espanhola Indra para a aquisição e gestão da solução tecnológica e logística, para as eleições gerais de AQgosto próximo.

Anúncio feito ontem à imprensa em Luanda pelo líder da bancada parlamentar daquele partido, Liberty Chiaca, que alega que há indícios no passado, de participação em fraudes eleitorais.

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Liberty Chiaca avançou que a Unita vai apresentar no parlamento iniciativas para enriquecer o processo eleitoral.

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Liberty Chiaca líder da bancada parlamentar da Unita que vai impugnar o concurso público  realizado pela CNE, que escolheu a empresa espanhola Indra para a aquisição e gestão da solução tecnológica e logística, das eleições gerais de Agosto próximo.

Escolha também contestada por outros partidos políticos e nove organizações da sociedade civil que através de uma carta se mostram preocupados com a falta de transparência neste processo e dizem mesmo que prejudica a sã convivência.

Entretanto a empresa espanhola garantiu esta semana uma gestão transparente da tecnologia no processo eleitoral angolano.

Luís Jimbo, do Observatório Eleitoral disse hoje à Comercial que as contestações fazem sentido, porque deve haver transparência e verdade eleitoral.

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Por outro lado, Luís Jimbo realçou que parte da logística eleitoral poderia ser produzida em Angola, em condições de confiança entre as várias forças políticas e lembrou que a Indra já participou em pleitos eleitorais anteriores em que se registaram suspeições de fraude.

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Luís Jimbo do Observatório Eleitoral de Angola.

Ponto

Da Actualidade Internacional,

O antigo Presidente moçambicano Armando Guebuza é ouvido hoje em tribunal como declarante, no julgamento do caso das dívidas ocultas, tornando-se no primeiro ex-chefe de Estado a depor na história do país.

Guebuza, vai prestar declarações depois de ter sido autorizado pelo Conselho de Estado, que atendeu a um pedido do Tribunal Supremo (TS), conforme manda a lei, quando se trata de ouvir um antigo Presidente da República.

O Ministério Público arrolou Armando Guebuza como declarante porque na qualidade de Presidente da República e chefe do Governo, que emitiu garantias que permitiram as Empresa Moçambicana de Atum (Ematum),  Proindicus e à Mozambique Asset Management (MAM) contraírem dívidas em bancos estrangeiros no valor de, 2,7 mil milhões de dólares.

Recorde-se que o filho primogénito do antigo chefe de estado moçambicano, Ndambi Guebuza, que é arguido neste processo disse ao tribunal que o atual Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, também devia ser ouvido pela justiça, porque na altura dos factos, era ministro da Defesa Nacional e coordenador do comando operativo das FDS que aprovou o Sistema Integrado de Monitoria e Proteção (SIMP) da zona económica exclusiva.

As dívidas ocultas foram contraídas entre 2013 e 2014 pelas empresas estatais moçambicanas Proindicus, Ematum e MAM para projetos de pesca de atum e proteção marítima.

Mais de 40 civis foram mortos no Mali, nos últimos três dias, na sequência de vários ataques rebeldes à aldeias na região de Gao, no norte do país, soube-se de fontes locais.

As fontes atribuem a responsabilidade destes ataques ao Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (JNIM, leal à al-Qaida) e aos ‘jihadistas’ leais ao Estado Islâmico, que recentemente multiplicaram as ações deste tipo com o objetivo de se posicionarem na zona, após a anunciada retirada das tropas francesas.

Até agora, o governo central ainda não comentou os ataques.

Cerca de 80 chefes de Estado e de Governo participam, entre hoje e amanhã, na  6.ª Cimeira UE/UA, em Bruxelas.

Estão previstas sete mesas redondas nas quais vão participar chefes de Estado, e representantes do FMI ou do Banco Mundial, para debaterem questões ligadas ao financiamento do crescimento, segurança e governação, mas também migração, saúde, transição energética, educação e integração económica. 

O que se pretende é ultrapassar aspectos que opõem os dois continentes, em questões de migração, clima, segurança e governança. 

Esta semana, durante a deslocação ao Senegal, a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, anunciou que a União Europeia vai investir 150 mil milhões de euros em África através do programa Global Gateway de formas a concorrer com a China na construção de infra- estruturas na saúde, transportes, educação e ciência. 

O vice -presidente, Bornito de Sousa chefia a delegação angolana na cimeira.

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Fecho

 

Data de Emissão: 17-02-2022 às 12:30
Género(s): Noticiário
 

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