Conversas 4.1, edição com o Octávio Capita
Conversas 4.1, edição com a médica dentária, Cláudia Cohen
Conversas 4.1, edição com o arquitecto Adélio Chitekulu
Conversas 4.1, edição com a master coaching, Ana Sofia Fernandes
Conversas 4.1, edição com Dra. Júlia Ornelas
Conversas 4.1, edição com Emerson Lucas
Conversas 4.1, edição com Pacheco Francisco
Conversas 4.1, edição com Elsa Barber
Elsa Bárber Dias dos Santos
É natural de Luanda.
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Licenciada em Direito, pela Universidade António Agostinho Neto;
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Pós-graduação em Direito e Gestão de Empresas, pela Angola Busines School em parceira com a Universidade Nova Lisboa.
É membro da ordem dos advogados, ativista social e, como tal, abraça e apoia causas como albinismo, pessoas com deficiência, pessoas em situação de vulnerabilidade, liderança e empreendedorismo.
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Advogada (Membro 119 da Ordem dos Advogados de Angola);
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Directora do Gabinete de Literacia Financeira da Comissão do Mercado de Capitais (2014 – 2016);
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Sub-Directora do Museu da Moeda do Banco Nacional de Angola;
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Consultoria Jurídica às seguintes instituições: Federação Internacional da Cruz Vermelha, (Empresa de comercialização e Derivados de Petróleos, Halliburton, Transhex, Empresa Exploradora de Diamante Sul Africana (2000 – 2005);
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Técnica de Recursos Humanos, Chefe de Departamento, Directora, Inspectora-Geral do Comércio e Directora do Instituto Nacional de Defesa do Consumidor no Ministério do Comércio (1982-1999).
Conversas 4.1, edição com Teresa Matoso Victor
Tópicos(s): Faculdades Internacionais, Importância de registo dos projectos científicos
Conversas 4.1, edição com Cesário Zalata
Conversas 4.1, edição com Rosa Roque
Conversas 4.1, edição com Agostinho Francisco Cardoso Kingwaya
Conversas 4.1, edição com Carlos Tomé
Conversas 4.1, edição com José Carlos de Almeida
Conversas 4.1, edição com Professor Nvuala Pedro
Leccionou por três anos na Escola do Ensino Geral Mutu-ya-kevela antigo Liceu Salvador Correia. Foi Professor da cadeira de MIC (Metodologias de Investigação Científica) no Instituto Superior Politécnico Kangonjo.
Como Técnico de Recursos Humanos, participou da equipa cooperativa da Coordenação do Projecto Tecnology Mastery, que se dedicou ao desenvolvimento do modelo Educativo da Sonangol, coordenou a implementação do projecto na MSTelcom, tendo sido durante 5 anos consecutivos responsável pelo processo de formação e desenvolvimento das competências técnicas de telecomunicações dos técnicos da MSTelcom, utilizando a ferramenta Learning Management System (LMS).
Conversas 4.1, edição com Dra. Vanessa Pinto
Conversas 4.1, edição com Emerson Lucas
Conversas 4.1, edição com Tânia Tomé
Nascida em Maputo, Moçambique no dia 11 de Novembro de 1981. É uma oradora pública, empreendedora, autora, coach, economista, personalidade de TV, poetisa, romancista, activista, filantropa, artista e letrista.
Tânia Tomé é uma figura pública e palestrante motivacional que defende a mudança social positiva, o empreendedorismo e o ecossistema de liderança. Ganhou vários prémios internacionais, incluindo o Diploma de Honra que lhe foi concedido pelo Presidente de Moçambique. Fundou a empresa Ecokaya e atualmente dirige o conselho de diretores da organização. Iniciou sua própria sessão de coaching inspirador com um conceito que desenvolveu, denominado “Succenergy”, para capacitar pessoas, empreendedores e líderes que a levaram à palestra TED e também ao lançamento de seu livro.
Trabalhou na indústria bancária por mais de catorze anos e como catalisadora social, activista e empresária por mais de vinte anos.
Conversas 4.1, edição com Augusto Cury
Augusto Jorge Cury (Colina, 2 de outubro de 1958) é um psiquiatra, professor e escritor brasileiro. Augusto é autor da Teoria da Inteligência Multifocal[1] e seus livros foram publicados em mais de 70 países, com mais de 25 milhões de livros vendidos somente no Brasil.[2]
Biografia
Nasceu em Colina, São Paulo, no dia 2 de Outubro de 1958. Formou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e concluiu O seu doutorado internacional em Psicologia Multifocal[3] pela Florida Christian University, no ano de 2013, com a tese “Programa Freemind como ferramenta global para prevenção de transtornos psíquicos”.[4] Na carreira, dedicou-se à pesquisa sobre as dinâmicas da emoção.[5] É pós-graduado na PUC de São Paulo.[6] Cury é professor de pós-graduação e conferencista em congressos nacionais e internacionais.[7] Foi conferencista no 13.° Congresso Internacional sobre Intolerância e Discriminação da Universidade Brigham Young, nos Estados Unidos.[8] É um dos raros brasileiros que tem sua teoria utilizada em pós-graduações Stricto Senso, hoje adotada na Universidade de São Paulo. Segundo algumas editoras é o psiquiatra mais lido da atualidade. Recebeu o prêmio de melhor ficção, no ano de 2009, da Academia Chinesa de Literatura, pelo livro O Vendedor de Sonhos, que foi adaptado para o cinema em 2016, numa produção brasileira com direção de Jayme Monjardim.[9]
Teoria da inteligência multifocal
Pesquisador na área de qualidade de vida e desenvolvimento da inteligência, Cury desenvolveu pesquisas, sem vínculo com universidades, voltadas à teoria da Inteligência Multifocal. A teoria visa explicar o funcionamento da mente humana e as formas para exercer maior domínio sobre a nossa vida por meio da inteligência e pensamento.[10] Publicou “Inteligência Multifocal”, em 1999, onde apresenta mais de 30 elementos essenciais para a formação da inteligência humana, como o processo de interpretação e o fluxo vital da energia psíquica.[10]
É uma metodologia utilizada nas escolas Menthes, a qual promove o desenvolvimento emocional de crianças, adolescentes e adultos.[11] Desenvolveu o projeto Escola da Inteligência que tem como principal objetivo a formação de pensadores através do ensino das funções intelectuais e emocionais mais importantes para crianças e adolescentes, tais como o pensar antes de reagir, a proteção de sua emoção, o colocar-se no lugar dos outros, expor e não impor as suas ideias. Também elaborou o Programa Freemind, para contribuir em conjunto com as casas de acolhimento de usuário de drogas, clínicas, ambulatórios e escolas no desenvolvimento de uma emoção saudável, para a prevenção e tratamento da dependência de drogas.[carece de fontes]
Quando desafiado pelo escritor Paulo Coelho a comprovar os números da sua vendagem de livros, Augusto Cury declarou: “A preocupação com o primeiro lugar é sintoma típico de uma sociedade doente e sedenta de fama”.[12]
Apesar do sucesso de vendas, Cury é alvo de críticas, principalmente em relação à Teoria da Inteligência Multifocal, rejeitada por psicólogos.[13] A teoria não tem aceitação científica pois, apesar do que seu nome faz parecer, não há uma metodologia clínica ou referência bibliográfica, entre outros pontos[14]
Livros
- Ficção
Série Vendedor de Sonhos
- O Vendedor de Sonhos: O Chamado – Dezembro de 2008
- O Vendedor de Sonhos e a Revolução dos Anônimos – Janeiro de 2009
- O Semeador de Ideias – 2009
Livro relacionado
- De Gênio e Louco Todo Mundo Tem um Pouco – Novembro de 2009
Série Petrus Logus
- Petrus Logus – O Guardião do Tempo (Editora Saraiva, 2014)
- Petrus Logus – Os Inimigos da Humanidade (Editora Saraiva, 2016)
A série é a estreia do autor na literatura juvenil. Uma distopia totalitarista que mescla fantasia com crítica social.[15]
Série do Júlio Verne
- O Colecionador de Lágrimas – Holocausto Nunca Mais – 2012
- Em busca do sentido da vida – (Outubro 2013, Planeta do Brasil) ISBN 9788542201628.
Série do Marco Polo
- O Homem Mais Inteligente da História – (Sextante, 2016)
- O Homem Mais Feliz da História – (Sextante, 2017)
- O Maior Líder da História – (Sextante, 2020)[16]
Prequela
- O Futuro da Humanidade – (Sextante, 2005). Em Portugal: A Saga de um Pensador – (Bertrand Editora, 2008)
Spin-offs
- Armadilhas da mente – (Sextante, 2013)
- Prisioneiros da Mente: Os Cárceres Mentais – (HarperCollins, 2018)
- O Médico da Emoção – (Sextante, 2022)
Outro
- O Caçador de Corruptos (Planeta, 2022)
- Do Zero ao Gênio: O Garoto Que Lutou Pelos Seus Sonhos – (2016)
- Não-Ficção
Série Brilhantes e Fascinantes
- Pais Brilhantes, Professores Fascinantes – Setembro de 2003
- Filhos Brilhantes, Alunos Fascinantes – Setembro de 2007
- Jovens Brilhantes, Mentes Fascinantes (Editora Pergaminho – Portugal – 2013)
Livro relacionado
- Pais brilhantes – Ferramentas Para Gestão da Emoção (Principis – 2023)
Coleção Análise da Inteligência de Cristo
-
- O Mestre dos Mestres vol. 1 (Todos Março de 2006)
- O Mestre da Sensibilidade vol. 2
- O Mestre da Vida vol. 3
- O Mestre do Amor vol. 4
- O Mestre Inesquecível vol. 5
Série O Código Da Inteligência
- O Código da Inteligência – Maio de 2008
- O Código da Inteligência: Guia de Estudo – Janeiro de 2009
- O Código da Inteligência e a Excelência Emocional – Janeiro de 2011
- As Quatro Armadilhas da Mente e a Inteligência Multifocal – Abril de 2015 – Traz os capítulos 1 a 9 do O Código de Inteligência
- Como Administrar Seu Intelecto – Abril de 2015 – Traz os capítulos 10 a 11 do O Código de Inteligência
- Desenvolvendo a Excelência Profissional – – Traz os capítulos 12 a 15 do O Código de Inteligência
- Bons Profissionais e Excelentes Profissionais – Abril de 2015- Traz os capítulos 16 a 19 do O Código de Inteligência
Série Ansiedade
- Ansiedade – Como Enfrentar o Mal do Século – Dezembro de 2013
- Ansiedade – Como Enfrentar o Mal do Século, para Filhos e Alunos – 2015
- Ansiedade 2 – Autocontrole – Como Controlar o Estresse e Manter o Equilíbrio – 2016
- Ansiedade 3 – Ciúme – O medo da perda acelera a perda – 2016
Série Pai-Nosso
- Os Segredos do Pai-Nosso – Fevereiro de 2007
- A Sabedoria Nossa de Cada Dia: Os Segredos do Pai-Nosso 2 – Maio de 2007
Outros
- Inteligência Multifocal – 16 de Abril de 1999
- A Pior Prisão do Mundo – 2000
- Escola da Vida: Harry Potter no Mundo Real – 1 de Janeiro de 2002
- Você é Insubstituível – 22 de Abril de 2002
- Revolucione Sua Qualidade de Vida (em Portugal: Revolucione a Sua Qualidade de Vida) – 8 de Novembro de 2002
- Dez Leis para Ser Feliz – Fevereiro de 2003
- Seja Líder de Si Mesmo (em Portugal: Seja Líder de Si Próprio) – Outubro de 2004
- Nunca Desista de Seus Sonhos (em Portugal: Nunca Desista dos Seus Sonhos) – Dezembro de 2004
- A Ditadura da Beleza e a Revolução das Mulheres (em Portugal: A Ditadura da Beleza) – Fevereiro de 2005
- Superando o Cárcere da Emoção (em Portugal: Liberte-se da Prisão das Emoções – Lua de Papel – Fevereiro de 2019) – Dezembro de 2006
- Doze Semanas para Mudar uma Vida – Janeiro de 2007
- Maria, a maior educadora da História – Maio de 2007
- Treinando a emoção para ser feliz – Dezembro de 2007
- Mentes Brilhantes, Mentes Treinadas – Julho de 2010
- A fascinante construção do Eu – Novembro de 2010
- Mulheres Inteligentes, Relações Saudáveis – 2011
- Manual para jovens estressados, mas muito inteligentes! – 2012
- Proteja sua emoção – Aprenda a ter a mente livre e saudável – 2014
- Controle o estresse – Saiba como encontrar equilíbrio – 2014
- Vá mais longe – Treine sua memória e sua inteligência – 2014
- Sonhos e disciplina – Transforme seus projetos em realidade – 2014
- Pais Inteligentes formam sucessores, não herdeiros – Abril 2014
- Bíblia King James Atualizada Freemind – (Abba Press, Junho 2014)
- Felicidade roubada – 2014
- As Regras de Ouro dos Casais Saudáveis – 2014
- Superação – Seja forte e resiliente e vença as dificuldades – 2015
- Autocontrole – Vença os fantasmas da emoção – 2015
- Lidere sua mente – Seja autor(a) da própria história – 2015
- Pais e filhos – Sem diálogo, as famílias morrem – 2015
- Antiestresse Para Todos – Controlando A Ansiedade, Colorindo A Vida – 2015
- Gestão da Emoção – 2015
- O Médico da Humanidade e a Cura da Corrupção – 2015
- O Funcionamento da Mente – 2016
- 20 Regras de Ouro Para Educar Filhos e Alunos – (Academia, 2017)
- Você Mais Inteligente – Técnicas de gestão da emoção para revolucionar sua vida (Amazon, E-Book, 2017)
- Treine o Seu Cérebro Para Provas – (Método, 2018)
- Socorro, Meu Filho Não Tem Limites! – (Academia, 2018)
- Inteligência socioemocional – (Sextante, 2019)
- Autocontrole em tempos de estresse (Amazon, E-book, 2020)
- As Poderosas Ferramentas de Gestão da Emoção para Relações Saudáveis (Dreamsellers, 2022)
- Como Educar Crianças e Jovens no Século XXI (Principis, 2022)
Conversas 4.1, edição com Yuri Simão
“De angolanos para angolanos”, esta citação tem vindo a marcar a vida de um homem que desde muito cedo gostou de organizar eventos. Trata-se de Yuri Simão. Apaixonado pelo trabalho que faz, é uma pessoa extremamente sonhadora, adora viver as emoções de fazer e ver acontecer
Quando criança dizia que queria ser engenheiro. Fez o teste de admissão na Faculdade de Engenharia, ficou aprovado, mas nunca foi lá para estudar. Entrou para a Televisão Pública de Angola aos 14 anos, onde colaborava no programa infantil Carrossel, fazendo reportagem e apresentação. Mas nunca gostou de fazer jornalismo porque, segundo disse, “achava que os jornalistas eram pobres”. E mais, não gostava dos colegas “caça cocktails”, nem de usar coletes. Fez também programas radiofónicos, mas mesmo assim não se sentiu realizado.
Por ser um sonhador, Yuri Simão gosta de correr atrás do que mais lhe dá prazer. Depois de terminar o ensino médio ingressou no Instituto Superior Privado de Angola (ISPRA), onde se tornou num dos primeiros estudantes licenciados em Comunicação Social, na área de Marketing, Relações Públicas e Comunicação Institucional.
Yuri Simão gosta de organizar eventos e este dom faz parte do seu “eu”, porque na sua família ninguém organiza ou organizava eventos. Amigos seus e alguns familiares confirmam que desde criança sempre teve espírito de liderança, de comandar grupos.
Desde muito pequeno gostava de fazer parte do grupo de organizadores. E com os amigos já realizava algumas actividades. Em conjunto com os amigos Álvaro Fernandes, Lucas Guimarães e Vladimir Passos realizava pequenos eventos para ganhar dinheiro. Mas os amigos não continuaram no projecto e é assim que surge a empreendedora Yuma Simão, que se uniu a Yuri Simão e formalizaram legalmente a marca “Nova Energia”, que é hoje a gigantesca empresa de eventos culturais.
Nova Energia e Show do Mês
Show do Mês é um projecto de produção e realização de eventos ligados à música. Em cada mês é realizado um show especial com um ou vários convidados.
Yuri Simão ganhou áreas, mas o “Show do Mês” dá uma visibilidade maior. “Dá orgulho fazer o “Show do Mês”. Construímos um produto forte de angolanos para angolanos. É o espectáculo mais popular do país, que nunca atrasou nos seis anos da sua existência. Damos qualidade, trazemos o espectáculo às redes sociais para que o público possa ver. Não temos receio de perder dinheiro para dar um espectáculo de qualidade”.
No palco do “Show do Mês” já passaram nomes como Filipe Mukenga, Pedrito, Calabeto, Dom Caetano, Robertinho, Carlos Burity, Gabriel Tchiema, Selda, Totó, Kyaku Kyadaff, Yola Semedo, Rui Mingas, Irmãos Almeida, e, recentemente, Grace Évora.
“Bilar” o funge
Na senda da sua criatividade, os mentores da Nova Energia apostam também na comercialização de produtos ou acessórios associados às suas marcas, nomeadamente sacolas, bolsas e canecas pintadas por artistas plásticos angolanos. “É uma forma de fazer com que as ideias pintadas em tela saiam dos museus”, explica Yuri Simão.
Como mais uma prova de que tem no seu DNA a organização de eventos, Yuri Simão criou o Funge do Show do Mês, um produto do Sohw do Mês, dentro da Nova Energia. A ideia surgiu de um simples funge, batido em sua casa pelo cantor Ricardo Lemvo. “Nós convidamos o Ricardo Lemvo para ir a nossa casa. Estando ele em Angola, não queria deixar de comer funge. Ele mesmo bateu o funge. Filmei e o vídeo viralizou. Meses depois aconteceu com Kiaku Kyadaff e daí não mais parou, passou a ser uma mania: o músico tinha de ir bater o funge, pensando em satisfazer a comunidade de pessoas que defendem a sua marca”.
Yuri tem enorme respeito pelo público, pelas pessoas que quase religiosamente vão assistir as suas produções. “Essas pessoas são os nossos fiéis parceiros. São ferrenhos, não faltam a nenhum espectáculo. Sãos os nossos primeiros porta-vozes”.
A Nova Energia é também detentora da marca Show Piô, um evento que traz aos palcos estrelas da música infantil e que tem proporcionado momentos ímpares aos espectadores.
Yuri considera-se um homem solidário. Não se preocupa com a posição social das pessoas mas com o bem-estar do próximo. “Um tempo atrás pensamos em acabar com a Nova Energia. Mas percebemos que o projecto deixou de ser nosso. São mais de 50 pessoas que trabalham directa ou indirectamente com a empresa. Já não depende só de nós. O projecto está a ajudar muitos jovens. Temos meninas que terminaram e outras que estão a terminar as suas licenciaturas com o que ganham na Nova Energia. É gratificante para a nossa empresa”.
Agente FIFA
Director da Nova Energia, responsável pelo espectáculo músico-cultural Show do Mês, além de ser um jornalista emprestado ao empresariado, é também agente FIFA. Gosta da informação desportiva e, por esta via, é também uma voz autorizada para dar opinião sobre o que tem sido, ao longo dos anos, o desempenho do sector desportivo no país.
A sua paixão pelo desporto começou na rua. A paixão aumentou na escola e com os amigos, quando, pela primeira vez, foi a um campo assistir a um jogo. Como amante do desporto acredita que o marketing desportivo é o caminho para a saída da crise que vive o desporto angolano.
Yuri Simão, que esteve ligado ao Afrobasket 2007 (Luanda), Campeonato Africano de Andebol (Angola 2008) e CAN 2010, tem certificação pela Associação Brasileira de Anunciantes (ABA), Conferência de Marketing Desportivo (Soccerbox), FIFA Master – FGU (Gestão de Marketing e Direito Desportivo) e pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), do Brasil.
País precisa de “serenidade
Yuri Simão é único rapaz de sete irmãos. Nasceu aos 2 de Julho de 1980. Casado com Yuma Simão, é pai do Yuan. Amigo dos amigos, tem uma personalidade forte, não é de mau carácter, mas não sabe digerir as suas mágoas.
Não se considera mimoso, sendo o segundo filho e único rapaz dos seus pais. “Nunca me considerei mimoso, sempre gostei de pagar as minhas contas, porque a cada sol que nasce surge uma nova oportunidade”.
É teimoso e persistente. “Sou teimoso e defendo a minha teimosia correndo atrás daquilo que quero, sem passar por cima do próximo”.
Para ele, família é sagrada e estar com a família é uma prioridade da qual não abre mão. Também gosta de estar na companhia de uma boa leitura de Jaime Bunda, de Pepetela, mas tem igualmente paixão pelas obras de Uanhenga Xitu, que é o seu escritor preferido. Não gosta de ir ao cinema mas adora assistir um bom filme em casa. O brasileiro Lima Duarte é o seu actor predilecto.
“Tem um prato preferido?”, perguntamos-lhe. Ele foi rápido a responder: “Não tenho um prato preferido, como de tudo um pouco, acompanhado de um bom sumo de limão”.
Yuri Simão confessa que, devido às suas muitas actividades profissionais, quase não tem tempo livre. Apesar de não pensar em voltar ao jornalismo, quer emprestar a sua voz a um programa de rádio.
Questionado sobre a situação actual do país, ele afirmou que considera “tudo turvo” e que acredita que Angola “precisa de serenidade e silêncio, para nos ouvirmos mais uns aos outros”. E disse mais: “não almejo e não me revejo em cargos políticos”. Mas dá um voto de confiança a quem lidera a Nação.
PERFIL
Yuri Watayua Leopoldo Simão.
Data de nascimento? 2 de Julho de 1980.
Calçado? 42.
Naturalidade? Luanda.
Filhos? Dois. O Yuan e o Toto (cão).
Sente-se realizado? Não.
Tem carro próprio? Sim.
Que importância têm as mulheres para si? Mulher é vida.
Como se veste de segunda a sexta-feira? Visto o que me dá vontade. Salvo algumas situações em que vou a uma reunião.
Aos fins-de-semana? Se não for trabalhar, t-shirts, uns “croques” também batem.
Usa roupa de marca? A que me der vontade.
Cor preferida? Azul. Dizem que fica bem.
Qual é a marca de perfume que usa? Azarro.
Acredita em forças ocultas? Não, mas respeito.
Como reage a elas? Sou um homem de fé. Reajo com tranquilidade.
Onde passa as férias? Dificilmente tiro férias. Mas gostaria de conhecer Kinshasa.
Cidade predilecta? Belo Horizonte, uma grande cidade.
Virtudes? Solidário e generoso.
Defeito? Teimosia.
Vício? Trabalhar.
Ídolo? Papa Francisco.
Livro? Jaime Bunda, Agente Secreto.
Conversas 4.1, edição com Inês Martins
Conversas 4.1, edição com Antónia Pungo
Conversas 4.1, edição com Carlos Seabra
● Auditor da Humaitá Auditores Independentes Ltda.
● Docente de cursos de Master Business Administration e Avançados de Pós-graduação de diversas Instituições, entre as quais a Fundação Getúlio Vargas, a Fundação Dom Cabral, o IBMEC e a Universidade Federal do Rio de Janeiro.
● Atua nas áreas de Logística e Supply Chain, Distribuição, Trade Marketing, Gestão do Conhecimento e Mobilidade Urbana.
● Ph.D. em Business Administration pela Florida Christian University e Mestre em Administração pela EGN, com Pós-Graduação em Eletrônica
● Engenheiro Mecânico e Bacharel em Ciências Navais.
● Autor do livro “Estratégia de Distribuição e Gestão de Canais” e dos cursos online (EAD) de “Estratégia de Distribuição e Gestão de Canais” e de “Logística do Varejo”, da Fundação Getúlio Vargas.
● Atuação nas áreas de Estratégia, Administração, Produção, Operações, Auditoria, Telecomunicações e Logística.
● Vivência na área de RH, incluindo planejamento e gerenciamento de carreiras e implantação e gestão de equipe multidisciplinar.
● Palestrante e consultor, com experiência internacional, tendo atuado em mais de 19 países das Américas, Europa e África, e na Antártica.
Conversas 4.1, edição com Neusa Gourgel
Conversas 4.1, edição com Narciso Panzo
Conversas 4.1, edição com Santos Morais Nicolau
Conversas 4.1, edição com Miguel Fernando
Conversas 4.1, edição com Lino Piedade
Conversas 4.1, edição com Lina Moscoso
Conversas 4.1, edição com Augusto Baptista
Conversas 4.1, edição com Ana Cristina Cangombe
Ana Cangombe nasceu na província do Bié, no mês de Novembro de 1973, com a pele morena, lisa e sem manchas. O tempo passou, e à medida que crescia, tornava-se cada vez mais atraente, dona de traços finos e de um corpo esbelto.
Veio a adolescência e, depois, a juventude, altura em que a biena formou-se em Engenharia de Sistemas Informáticos, arranjou emprego, casou e fez dois filhos. Até à essa altura, a pele de Ana continuava linda.
Mas, como o corpo humano é uma “caixinha de surpresas”, a bela morena não sabia que, afinal, o seu organismo já tinha uma predisposição genética para desenvolver o vitiligo de forma tão rápida, muito embora, até ao momento, fosse a única na família a ter a patologia.
Aos 35 anos, Ana Cangombe viu, pela primeira vez, o surgimento de uma mancha clara no pescoço, parecendo-se a um cordão, que não dava dores nem causava grande incómodo. E a pinta ficou aí intacta sem se alastrar durante alguns anos.
Por isso, ela não recorreu a tratamento algum. Só entre Agosto de 2019 e Abril de 2020 que o corpo de Ana começou a descolorar (despigmentar), problema que afectou o rosto, com manchas escuras também.
E, assim, ela descobriu a patologia. Depois dessa fase, em menos de um ano, o vitiligo atingiu quase 100 por cento do corpo de Ana Cangombe. “Aquilo foi um choque tão grande para mim, porque sabia pouco sobre a doença. Eu me negava a aceitar que a minha pele morena tinha se transformado nisso que sou hoje”.
Mas, não só ficou chocada com o problema da despigmentação. A reacção dos colegas de serviço, vizinhos e pessoas com as quais cruzava na rua era, igualmente, surpreendente. Isso a deixava ainda mais frustrada e ansiosa ao ponto dela desenvolver uma depressão profunda.
“Por duas vezes, já pensei em jogar-me do 12º andar do edifício onde trabalho (na Mutamba), só para acabar com o sofrimento…era muita discriminação”, lamentou em prantos.
Por conta dessa depressão e ansiedade, além do dermatologista, que atenua as manifestações da doença da pele, Ana é, também, acompanhada por um psicoterapeuta e psiquiatra. Estes profissionais têm ajudado bastante para reduzir os níveis de depressão, stress, ansiedade e fazer ela aceitar a doença.
Aliás, é por causa dos níveis elevados de stress e ansiedade que o vitiligo de Ana despoletou de forma tão agressiva, segundo a médica que a acompanha. Nessa altura, ou seja, em 2019, a jovem tinha sido submetida a uma cirurgia delicada no fígado, em França.
“A médica disse que eu já tinha uma predisposição genética e, apesar da doença nunca se ter manifestado na infância, o meu vai e vem entre Angola e França, e, por causa do fígado, que podia desenvolver um cancro, provocou-me transformações emocionais e despoletou o que estava escondido”, explicou.
Hoje, com 48 anos, Ana Cangombe aceitou a doença e faz tratamento dermatológico para voltar à coloração normal da pele. Essa batalha a levou a criar a Associação das Pessoas Portadoras de Vitiligo, onde ela dá a cara sem preconceito, no sentido de ajudar mais indivíduos a atenuar os efeitos da doença.
Com vista a voltar a ter a pele pigmentada, Ana usa o “protopik”, loção indicada para o combate do vitiligo, mas, também, apanha sol a certas horas do dia conforme recomendação médica, recorre ao protector solar e a sabonetes específicos de protecção da pele, que, por falta da melanina, se torna vulnerável a infecções.
Sofrer por discriminação
Se no corpo de Ana, as primeiras manchas de vitiligo começaram a aparecer já adulta, em Nelma Mucacava, os sinais iniciais surgiram aos oito anos. A mãe quando viu uma coloração diferente nos lábios da menina levo-a ao médico.
Depois de uma biopsia, diagnosticou-se o vitiligo. Dessa essa altura, deu início à medicação, para cortar ou diminuir a velocidade da propagação da doença. Mas, em 2018, as pontas dos dedos das mãos e dos pés de Nelma foram abrangidas pela despigmentação de forma tímida.
Por isso, procurou um dermatologista, em Portugal, que reconfirmou a presença do vitiligo no corpo. Apesar da mediação, em 2020, a perda da pigmentação passou a ter uma velocidade mais intensa, estando hoje em cerca de 70% do corpo da jovem.
Nelma Mucacava, que sofre de vitiligo, há 20 anos, é jurista e trabalha num dos tribunais de Luanda. Apesar do apoio do marido e dos dois filhos, a senhora não conseguiu controlar de todo a ansiedade e a depressão.
“Por isso, quando me senti fortemente discriminada, por exemplo, pela ignorância de uma constituinte no tribunal, que se assustou com a minha actual imagem e de forma tão grosseira na presença de tanta gente, meu mundo desabou. Na hora, deixei tudo que tinha a fazer e voltei para casa, fechei-me no quarto e não queria ver nem ouvir ninguém, durante uma semana completa”.
Recorda que era um misto de emoções negativas na sua mente. A situação ficava mais complicada quando, até, a filha menor se assustasse ao ver a quantidade de manchas no corpo em alta progressão.
O peso da conexão com Deus
Nelma conta que só conseguiu voltar a encarar as pessoas e o trabalho, graças ao apoio que recebeu da igreja. “A minha conexão com Deus ajudou-me a ver que é uma doença e qualquer um de nós pode desenvolver isso, basta ter disposição genética para o efeito”, salientou.
A senhora realça que é, igualmente, a única a sofrer de vitiligo no seio da família, que mais a apoia e de forma incondicional.
Dada a sua simpatia nas relações, uma psicóloga, que lhe prestou apoio emocional, apresentou-a à presidente da Associação das Pessoas com Vitiligos e, actualmente, Nelma desempenha as funções de secretária no grupo.
Nelma faz a medicação de vitiligo com protopic, dermovate, usa protector solar e tem sabonete específico para os banhos. Também já foi submetida a várias sessões de fototerapia, no Hospital Américo Boavida, para devolver a pigmentação à pele.
“Fui acusado de feiticeiro”
Se Nelma e Ana conheceram o vitiligo já crescidos, tudo indica que Lívio Semedo tenha nascido com a doença. Quando nasceu, tinha uma mancha, que, por falta de conhecimento sobre a patologia, dizia-se apenas que era “marca de nascença”.
Quando foi crescendo, a partir de 1997, enquanto estudante em Portugal, Lívio deu conta que as manchas claras do pé estavam a alastrar-se, o que aumentou a sua preocupação.
A irmã mais velha levou-o ao médico e, depois de alguns exames, o jovem recebeu a informação de que as manchas tinham a ver com vitiligo. E, também, soube que a doença não tem cura.
Com o passar do tempo, as manchas atingiram o rosto de Lívio, mas, convencido de que a doença não cura, contentou-se e aceitou a enfermidade.
Um dia, foi dar um passeio à Espanha e conheceu uma jovem que o aconselhou a visitar Cuba, numa altura em que esteve naquele país o cientista que descobriu a medicação para o vitiligo.
“Em Cuba, fui medicado com Melagenina Plus, que é o fármaco de topo, indicado para o tratamento do vitiligo. Além deste líquido, uso o protector solar, sabonete e outros cuidados para que a pele volte a pigmentar ou atenuar os afeitos da doença”, disse.
Aos 43 anos , Lívio Semedo vive com a doença em 40% do corpo. Graças à medicação que faz há 25 anos, a velocidade do alastramento das manchas tem sido reduzida. Mas, as mãos estão completamente descoloradas.
“Um dia, cumprimentei uns jovens no prédio onde eu vivia, na Maianga, e um dos meninos, depois disso, limpou as mãos como se eu tivesse uma doença contagiosa”, queixou-se do caso de discriminação.
No interior do país, nessas andanças da associação, quando parasse para comprar alguma coisa, disse que as pessoas olham-no com desdém e uns fogem. “Já me disseram que sou feiticeiro e, por isso, se afastam de mim. É uma situação muito dolorosa”, desabafou Lívio, actual vice-presidente da Associação dos Vitiligos.
Causas ainda por esclarecer
O médico dermatologista Juliano Isaías definiu o vitiligo como uma doença caracterizada pela perda da coloração da pele, em que as lesões se formam devido à diminuição ou ausência de melanócitos (células responsáveis pela formação da melanina, pigmento que dá cor à pele) nos locais afectados.
Juliano Isaías, que é director dos Serviços de Dermatologia do Hospital Américo Boavida, explicou que as causas da doença ainda não estão claramente estabelecidas, uma vez que pode ser desencadeada por factores genéticos, quando alguém na família tem a doença há possibilidade de uma outra vir a desenvolvê-la.
Mencionou, ainda, factores imunológico e auto-imune, quando o próprio corpo, através de seu sistema de defesa, degrada o pigmento da pele, bioquímico relacionado ao metabolismo humano.
Também estão na base da doença os oxidativos, que têm a ver com os danos celulares e envelhecimento da pele e, por último, os factores ambientais, que podem causar o stress emocional, depressão e transtornos de ansiedade.
O médico realçou que a diabetes milites, problemas na tiróide e outras doenças auto-imunes podem, igualmente, influenciar o surgimento do vitiligo, caso haja predisposição genética para tal.
O dermatologista frisou que a doença é caracterizada por lesões cutâneas de hipopigmentação da cor (diminuição da cor), com manchas brancas de tamanho variável na pele.
Juliano Isaías avançou que existem dois tipos da doença: o segmentar ou unilateral e o não segmentar ou bilateral. O primeiro se manifesta apenas em uma parte do corpo, geralmente ocorre quando o paciente ainda é jovem. Já o segundo, é o mais comum dos vitiligos e actua em dois lados do corpo, ou seja, pode afectar, simultaneamente, as duas mãos, dois pés, dois joelhos.
O dermatologista explicou que as manchas de vitiligo surgem inicialmente nas extremidades como mãos, pés, nariz e boca. “Existem épocas em que a doença se desenvolve, e depois há períodos de estagnação. Isso acontece durante toda a vida, sendo que as áreas despigmentadas tendem a se tornar maiores com o tempo”.
O médico realçou que o vitiligo não é contagioso e não causa prejuízos à saúde física. Mas, as manchas têm um grande impacto na qualidade de vida e na auto-estima do paciente. Por isso, muitos doentes também são acompanhados por psicológicos e, em alguns casos, por psiquiatras mesmo.
Realidade no país
Em Angola, não existem muitos casos de vitiligo, disse o médico Juliano Isaías. Por exemplo, no Hospital Américo Boavida, a única unidade pública que assiste pacientes com este problema, são recebidos, em média, quatro a cinco pacientes, seguidos durante um ano.
“Mas, é possível que o número seja um pouco maior, porque é uma doença muito estigmatizada e, em algumas zonas do país, associam à feitiçaria, talvez, por isso, muitas famílias escondem os pacientes com medo de serem marginalizados ao chegarem aos hospitais”, disse o médico.
Nesse hospital, o diagnóstico da doença é feito por meio de exames clínicos, que podem durar duas semanas para se ter os resultados. Por norma, realiza-se uma biopsia para determinar se é vitiligo ou outra doença.
“Também podemos recorrer à lâmpada de Wood, uma técnica utilizada para se determinar o grau de extensão da lesão dermatológica, bem como para avaliar as suas características”, avançou o médico.
Quanto à medicação para atenuar os efeitos do vitiligo, Juliano Isaías referiu-se à fototerapia, que dependendo do nível das lesões, tem de ser feita em 35 sessões no máximo, por conta dos raios que são emitidos. Ou pode se recorrer aos corticoides, ultravioleta B de banda estreita (UVB) ou psoraleno e algumas como o Protopic, Dermovate.
Prevenção versus histórico familiar
O dermatologista explicou que não existe formas para prevenir o vitiligo. Para desenvolver a doença, é preciso ter disposição genética para efeito. Estudos indicam que por detrás de cerca de 30% dos casos há um histórico familiar da doença.
“Por isso, as famílias que tenham alguém com vitiligo devem realizar vigilância periódica da pele e recorrer ao dermatologista, caso surjam lesões de hipo-pigmentação, a fim de detectar a doença precocemente e iniciar o tratamento”, alertou.
Para os pacientes com vitiligo, o especialista aconselha a evitarem os factores que possam precipitar o aparecimento de novas lesões ou acentuar as já existentes, com destaque para o uso de roupas apertadas ou que provoquem atrito ou pressão sobre a pele, exposição ao sol, stress e a ansiedade.
Apoio psicológico é fundamental
O psicólogo Pedro Viegas esclareceu que o vitiligo está muito ligado a questões emocionais, devido à modificação que a pele sofre.
Pedro Viegas reconhece que se está diante de uma sociedade altamente preconceituosa, e as pessoas com vitiligo são fortemente estigmatizadas. “Por isso, muitas delas se isolam, se sentem estranhas, diferentes, irritam-se com facilidade e desenvolvem uma tristeza contínua”.
Em função disso, o especialista chamou a atenção para a necessidade de um acompanhamento com psicólogo ou psiquiatra, tendo em conta que os pacientes acabam por desenvolver depressão profunda, que pode levar ao suicídio.
“A sociedade deve, também, tomar consciência das várias doenças que existem e ser mais solidária com as pessoas acometidas por elas. Qualquer um de nós pode ser afectado por essas enfermidades”, realçou.
Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) refere que um por cento da população mundial sofre de vitiligo. E o Dia Mundial de Combate ao vitiligo foi escolhido pela Sociedade Médica Internacional para alertar e consciencializar a população a respeitar a doença, especialmente para acabar com as manifestações de preconceito.
Conversas 4.1, edição com Júlia dos Santos
Psicóloga clínica com experiencia profissional no âmbito cognitivo e comportamental há 12 anos. Nascida em Angola, Luanda e concluiu a sua licenciatura clínica em 2004 no Instituto Superior de Ciências de Saúde Sul Egas Moniz.
Foi orientadora em Portugal do 1º curso de formação de gerontologia em 2004, no mesmo ano trabalhou para diversas instituições dando consultas externas de psicologia clínica, aconselhamento em VIH, atendimento a tóxico dependentes e apoio psicológico a gestantes em sala de espera. Em 2005 foi convidada a lecionar na Faculdade de Letras na cadeira de Distúrbios Comportamentais e Emocionais e posteriormente as disciplinas de psicopatologia geral, psicopatologia da criança e do adolescente.
Em 2007 participou no curso de aperfeiçoamento em psicologia hospitalar na Universidade UniSãoPaulo, no Brasil, motivando – a trabalhar no âmbito da psicologia hospitalar. Em 2012 coordenou e participante do 1º curso de pré-Congresso da Clínica Girassol, intitulado “Estresse, doença e saúde mental”. E no mesmo ano foi convidada a assinar a página de comportamentos da revista Caras tendo elaborado mais de 400 artigos no âmbito comportamental.
Conversas 4.1, edição com a Médica Dentista Cláudia Cohen
- Licenciada em medicina dentária na FMDUL em 1994
- Prática exclusiva em Ortodontia há 12 anos
- Membro fundador da comissão organizadora da Ordem dos Médicos Dentistas de Angola
Nacionalidade: Angola
Conversas 4.1, edição com Noelma Viegas de Abreu
Natural de Luanda, filha de mãe do Cuanza-Sul e pai de Benguela, Noelma Viegas D’Abreu é hoje resultado das suas vivências. Admite relembrar os seus tempos de infância a partir do pé de café que plantou no jardim, em memória da sua avó, fazendeira de café. A angolana explica que a adolescência foi «sem grandes sobressaltos» e com «histórias engraçadas», mas a partir dos 17 anos tudo mudou. Os estudos foram ocupando o centro da sua vida e, anos mais tarde, licenciou-se em Psicologia, com especialização em Psicologia Clínica. Sempre com vista a melhorar a vida das pessoas, Noelma resolve dedicar-se a uma outra abordagem, ocupando, atualmente, o cargo de administradora executiva da Academia BAI.
Sabemos que é natural de Luanda. Fale-nos das suas vivências e lembranças de infância/adolescência.
Sou natural de Luanda, filha de mãe do Cuanza-Sul e de pai de Benguela. Sou neta de fazendeiros de café e, embora não sejam longas, as memórias são muito boas e permitem-me tanto uma sensação de infância feliz como o desejo de preservar o cheiro do café. Já por isso plantei um pé de café no meu jardim, em memória da minha avó. Às vezes, acho que muitas das memórias são mais contadas do que vividas.
Relativamente à adolescência, foi uma vivência normal, sem grandes sobressaltos, mas com histórias engraçadas de convívios em grupos e idas a festas de quintal. Era levada pelo meu pai ou por alguns dos pais de amigas. Eles tinham de se revezar para nos levarem às festas, pois não havia táxis, Uber ou transportes públicos para nos deslocarmos. Além disso, ainda havia recolher obrigatório, isto é, um horário de proibição de circulação nas ruas, sendo apenas permitidas exceções a quem tivesse um livre-trânsito. Deste modo, só alguns pais podiam circular, acabando por serem esses os encarregados de ficarem acordados para nos irem «recolher». Mais tarde, fui viver para fora, aos 17 anos, e tudo mudou. O objetivo era estudar e, de facto, com a devida dedicação, consegui alcançar o meu desejo e o resultado que os meus pais esperavam.
Sempre gostou de ouvir histórias. Foi uma das razões que a levou a seguir Psicologia Clínica?
Gosto de ouvir e contar histórias, mas também gosto de as ler e, de facto, comecei a ler desde muito cedo. Interessava-me pelas histórias das famílias antigas e assuntos da sociedade, e claro que os livros brasileiros de Jorge Amado e José Mauro de Vasconcelos podem ter contribuído para o crescimento da curiosidade e da vontade de perceber alguns acontecimentos da vida. Mas a razão para a escolha da Psicologia Clínica teve que ver com uma curiosidade muito precoce de querer entender os comportamentos das pessoas, as suas angústias, frustrações e medos. A isto alio outra característica em mim, que é uma vontade grande de melhorar a vida das pessoas. Então, essas são as motivações que, naturalmente, fazem com que hoje continue a querer contribuir para essa melhoria. Mesmo não exercendo clínica há mais de dez anos, procuro ser útil na prossecução da melhoria, por via da educação. Assim, cheguei à consultoria e gestão de recursos humanos e à gestão de empresas, onde me enquadro hoje. Enquanto gestora, aproveito muito do que aprendi em Medicina e em Psicologia Clínica, pondo-me ao serviço da gestão, sobretudo na gestão da relação entre as pessoas nas organizações. De qualquer modo, para poder gerir, tive também de fazer um percurso muito dedicado à aprendizagem da gestão estratégica de empresa, contabilidade e finanças. Aliás, tive de fazer formação mais diferenciada nesses domínios, senti necessidade.
Exerceu Psicologia em Portugal e em Berlim. Depois, decidiu seguir para Luanda. Notou alguma diferença na recetividade a essa área por parte dos angolanos, em comparação ao exterior?
Creio que fui surpreendida por duas grandes diferenças. Uma relacionada com a solidariedade e altruísmo magnânimo, de amigos que se juntaram para apoiar pessoas amigas a fazerem psicoterapia. Nunca tinha visto tal coisa a acontecer noutro contexto; apenas me apercebi desse apoio, nos outros países, em contexto muito restrito de família nuclear ou até de organizações não-governamentais, como aquela em que trabalhei em Berlim. A outra diferença, mas menos positiva, foi o encontro com pacientes em lugares públicos e perceber a dificuldade destes em lidar com a situação, quase como se estivessem em falta. Neste último caso, acredito que seja o receio da divulgação ou da falta de sigilo a maior preocupação entre nós. O sigilo e a preservação do segredo profissional são basilares, pelo que este deve ser um cuidado e um dos principais valores dos profissionais da área, visto que devem zelar pelas pessoas de modo que confiem e se sintam seguras. Só assim o psicólogo clínico pode ajudar de forma efetiva e ser valorizado. No geral, foram sempre experiências diferentes nos diversos contextos de países e sociedades, mas muito gratificantes. Gosto imenso do exercício de clínica. Embora tenha um desgaste emocional muito grande, fui muito feliz sempre que fiz bem aos outros.
«É NECESSÁRIO ELEVAR A EDUCAÇÃO AO NÍVEL DE UMA MASCULINIDADE POSITIVA E DE UMA PATERNIDADE CONSCIENTE»
Atualmente, as doenças mentais ainda são tabus?
Penso que já não tanto como foram no passado, mas, ainda assim, continuam a ser difíceis de aceitar e de lidar para algumas pessoas e famílias que preferem não assumir que existem e são reais. Para muitos, no que concerne a dependências químicas, desde o alcoolismo à toxicodependência de drogas pesadas, é custoso porque acham que podem não ser aceites socialmente. Estes são temas aos quais não estamos a dar a devida atenção e o assunto é muito sério e grave. De resto, a medicina psiquiátrica e a psicologia clínica evoluíram muito e há recursos muito bons. Não podemos esquecer que se deixaram de fazer os internamentos que se faziam no passado, sendo substituídos por medicação e psicoterapia que libertou os doentes mentais dos ditos manicómios. Contudo, em países como o nosso, onde há um inconsciente coletivo com memórias de guerra e traumas tão profundos, a saúde mental deve ser uma preocupação digna de dedicação especial, ao nível mais alto, quer na criação de políticas que possam suportar a criação de soluções, como centros de apoio, quer na formação de profissionais para servirem em áreas-chave a sociedade.
Os valores da sociedade angolana têm sofrido mudanças? Se sim, de que forma?
A nossa sociedade tem vivido momentos conturbados, desde a guerra à deslocalização de famílias, transumância das populações e ao aumento da população de forma acentuada e descontrolada. Estes aspetos têm forte impacto na sociedade que temos atualmente. Todos são aspetos a ter em consideração. Precisamos de dar uma séria atenção à harmonia, saúde psicológica e enquadramento social das famílias. A transmissão de valores exige coerência, consistência, muita dedicação e afetos positivos. Ora, mudanças têm sido vivenciadas em todos os lugares, o mundo tem mudado de forma acelerada e dificilmente a velocidade irá abrandar. O mais importante para mim não é a mudança, mas sim o que está a mudar, como está a mudar e como estamos a saber lidar com elas na nossa sociedade. Precisamos de perceber se as mudanças nos têm trazido benefícios ou apenas o caos. É muito importante que consigamos entender e valorizar a importância do sentido de pertença forte, dos egos equilibrados, das emoções bem geridas e o respeito pelo próximo, com crenças que estimulam o desenvolvimento e objetivos ponderados e coerentes.
Ainda que continuando a lidar com pessoas, a Noelma adapta-se a um outro contexto, gerindo, hoje, a Academia BAI. O que é que a Academia dá à comunidade angolana?Gostamos de acreditar que é o lugar onde se dá e partilha conhecimento. Se cada uma destas pessoas que veio, escutou, participou, levou para sua casa um conceito, uma experiência, uma capacidade de questionar «verdades», interiorizou o que foi transmitido e, a seguir, partilhou, então influenciamos outros tantos que estão nas suas casas. Assim, indiretamente, disseminamos o conhecimento, potenciando a máxima de Mandela: «A educação é a melhor arma para mudar o mundo».
Jim Collins, Professor americano da Universidade de Stanford e estudioso de comportamentos de grandes empresas, no seu livro Good to Great afirma que «não temos escolas ótimas, principalmente porque temos boas escolas. Não temos um governo excelente, sobretudo porque temos um bom governo. Poucas pessoas vivem vidas ótimas, em grande parte porque é mais fácil construir uma vida boa… A grande maioria das empresas não se torna excelente, só porque já é bastante boa – e este é o principal problema.» Extrapolando esta abordagem para Angola e, particularmente, para a Academia BAI, procuramos ser mais do que um bom projeto e sim uma instituição que privilegia a qualidade como uma condição natural, uma característica, uma cultura e um «ethos» que nos distingue dos outros. Perseguimos objetivos com um foco permanente na qualidade e podemos salientar que esta filosofia ou cultura da organização é válida, quer para o bem-estar interno, quer para a forma como servimos os nossos clientes. Temos certificações de qualidade como o Great Place to Work e a ISO 9001. A principal preocupação que temos é o desenvolvimento de competências para ajudar a criar líderes e sucessores com uma visão, uma estratégia e imbuídos de um sentido patriótico, de compromisso, rigor e princípios e, portanto, capazes de contribuir para que as empresas, as organizações e o Estado sejam mais eficientes, competitivos e, consequentemente, para que o nosso país se torne num lugar com mais pessoas educadas, qualificadas, éticas e com boas práticas de gestão e de utilização otimizada dos recursos, para garantir um desenvolvimento sustentável.
E quais os planos futuros da Fundação e da Academia BAI?
Quando questionamos colaboradores e outros stakeholders, estes acabam por considerar que a Academia é feminina. Acreditamos que sim, a fecundidade que se traduziu em tantas realizações e crescimento é feminina. Quando falo de feminilidade é no sentido da continuidade da vida que todos conhecemos. Felizmente, isso traduz-se no que colaboradores e outros stakeholders reconhecem como a jovem maturidade de uma organização que implementou, desenvolveu ações e concretiza todos os dias exercícios para reduzir e eliminar formas de discriminação, desde a paridade de género, diversidade de etnias e nacionalidades, assim como a aceitação, respeito pela orientação sexual e respeito pelas diferenças. Espero que este «Ser», chamado Academia BAI, continue a dar vida, luz e alma ao conhecimento, seja não só guardião de livros e de sonhos, mas também perseguidor do bem-estar, do bom clima organizacional, de boas práticas e ideias inovadoras e da procura incessante de transformar vidas, por via da formação técnica e comportamental, da qualificação académica e da cultura, para que estas, por sua vez, transformem bairros, cidades, a sociedade e a economia. Tendo por base este princípio, que representa também a possibilidade da continuidade da vida e da sucessão natural, o que até aqui se construiu poderá continuar com outros, em funções críticas e funções que permitam que a Academia BAI seja efetivamente vida e prevaleça muito para além destes dez anos já percorridos. Por esse motivo, não ficaremos « prisioneiros» das realizações, mas precisamos de manter o olhar orientado para a frente e traçar objetivos, assumindo «um compromisso com o futuro», com as pessoas, a educação, Angola, a lusofonia e o mundo.
Hoje, temos também a responsabilidade de gerir a Fundação BAI. Este carater fundacional que assumimos leva-nos a ter de desenhar uma estratégia que contribua para o alcance e promoção de maior bem-estar social e que sirva para transformar vidas por via da educação, sendo os nossos pilares de atuação justamente a educação, cultura, saúde e o desporto. Neste sentido, a nossa visão é ser uma instituição de referência, contribuindo para a construção de uma sociedade justa e solidária, disseminando valores de cidadania ativa, de consciência coletiva e de inclusão.O nosso lema é de compromisso com o futuro, pois somos a «Academia BAI, uma academia de vida e para a vida».
«INQUIETA-ME A FALTA DE EMPREGO E A CONSEQUENTE POBREZA E DESIGUALDADE SOCIAL»
O que a motivou a escrever o livro Entre Sonhos e Delírios?
Ter coisas para partilhar e a memória da recomendação recorrente. E, também, a influência de uma boa referência para mim, traduzida em altruísmo e sabedoria. Falo no Monsenhor Cachadinha, o antigo Diretor da Biblioteca da Universidade Católica, onde trabalhei por alguns anos como professora, mas, também, como Diretora Executiva do Centro de Estudos e Investigação Científica. Ele foi das pessoas que mais vezes me disse: «Noelma, artigos e textos publicados em revistas e jornais perdem-se na história, pois são datados e deitamos fora a revista daquela semana ou mês. Os seus artigos não se podem perder dessa forma». Então, depois de bastante ponderação, achei que era tempo de deitar mãos ao trabalho, organizá-los de modo a fazerem sentido, criando um fio condutor. Decidi compilar, pelo menos, um conjunto deles. Mas tenho muitos.
Esclareça-nos, onde acaba o sonho e começa o delírio?
O sonho manifesta-se como arte ou exercício de guardar o sono, mas também como desejo de realização de sonhos, que, quando bem «sonhados», quando têm um bom conceito, fundamento e se envolvem as pessoas certas, conseguem ser implementados. O delírio é a fuga à realidade. O meu livro, na verdade, espelha o crescendo das temáticas, pois foram organizadas evoluindo das neuroses para as psicoses e são estas que representam a fuga à realidade. Então, começo com artigos relacionados com a própria história da psicoterapia, as suas práticas, ética deontológica dos psicoterapeutas e metodologias utilizadas. Passa, portanto, pelas perturbações psicológicas mais neuróticas, temas existenciais e termina com um artigo sobre o suicídio. Foi um trabalho muito gratificante porque, para escrever os artigos, tive de ler ou reler muitos livros, não só técnicos, mas também de literatura. Utilizava como exemplos ou ilustração de sintomas algumas personagens da literatura e de histórias de livros. Ao escrever sobre incesto, por exemplo, utilizei as personagens dos Maias, de Eça de Queiroz – Maria Eduarda e Carlos Eduardo – para abordar o tema da angústia, frustração e maldade. Enfim, são mais de 300 páginas que permitem uma viagem pela literatura e pelo mundo da psicologia.
Enquanto mulher angolana, o que considera não ter sido feito para minorar os efeitos da desigualdade de género?
Considero que ainda temos um trabalho árduo em domínios como a luta pelo planeamento familiar, assim como a gravidez precoce e gravidez não planeada e indesejada, que causam morte, doenças e potenciam a diminuição de frequência escolar e a pobreza. Por outro lado, a violência doméstica contra as mulheres, a violação de menores e a penalização séria dos autores destas práticas. Também é necessário elevar a educação ao nível de uma masculinidade positiva e de uma paternidade consciente.
Considero que a paridade de género, já representativa em órgãos decisivos do Estado, é muito importante, e tenho esperança de que represente maior atenção e ações na solução dos problemas referidos anteriormente.
O que a inquieta relativamente ao futuro do país e do mundo?
Inquieta-me a falta de emprego e a consequente pobreza e desigualdade social, assim como a necessidade de mais educação, mais formação, mais capacitação de quadros e a sua inclusão nos lugares certos para a promoção do desenvolvimento económico e social. Angola evoluiu, mas a uma velocidade relativamente mais lenta do que seria desejável e do que precisamos. A população de Angola está a crescer de forma exponencial. A nossa taxa de fertilidade está entre as mais altas do mundo, mas a nossa capacidade de produção e de autossustentação alimentar e os principais índices de desenvolvimento continuam nos mais baixos do mundo, quando os nossos recursos naturais são dos mais elevados. Então, significa que ainda não fomos capazes de trabalhar estes recursos e de os pôr ao nosso serviço, beneficiando toda a sociedade. Mesmo quando tivemos taxas de crescimento elevadas, os recursos não foram eficientemente investidos, não tendo havido a tão desejada diversificação da economia.
Inquieta-me também a falta de informação de qualidade e o papel da desinformação que as redes sociais têm vindo a desempenhar no nosso país. Fomentam a intriga e a difamação; maltrata-se e vilipendia-se, sem qualquer consequência legal ou criminal, o bom nome das pessoas. Este é mais um aspeto educacional, de gestão da informação e dos dados pessoais e de segurança, que me preocupa e que considero que temos de saber cuidar melhor.
Celebramos o 13.º aniversário da revista Villas&Golfe, em Angola. O que representaram, para si, estes últimos anos na sua vida e no país?
Para a minha vida, representaram anos de aprendizagem de muitas matérias e de experiência de vida, de crescimento e de maturidade, assim como de contribuição social para o desenvolvimento das organizações em que trabalhei. Para o meu país, também considero que foi de evolução em vários sentidos, desde o seu crescimento às mudanças significativas, mas ainda aquém do que necessitamos e da velocidade que seria desejável. Contudo, mantenho a esperança na preocupação com o bem comum e que, cada um, possa diariamente contribuir para a melhoria da vida dos angolanos.
Conversas 4.1, edição com Dr. Moreira Lopes
Conversas 4.1, edição com Moreira Lopes Licenciado em Direito pela faculdade de Direito da Universidade catedrática de Angola, Mestre em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, atualmente docente de Direito Administrativo da Faculdade de Direito da Universidade católica de Angola.
Conversas 4.1, edição com Dra. Carmen dos Santos
Conversas 4.1, edição com Carmen dos Santos, Ministra das Pescas e Recursos Marinhos, professora catedrática, bióloga marinha. Nascida em Luanda, na década de 60, é a segunda filha de 4 irmãos. Filha de uma enfermeira e de um funcionário público, Carmen dos Santos formou – se na Universidade de Lisboa.
Professor(a) Catedrático(a) é a categoria mais elevada da carreira docente de um professor universitário.
Biólogo(a) Marinho(a) é um profissional dedicado ao estudo e à compreensão dos ecossistemas e organismos aquáticos.
Os biólogos marinhos trabalham de várias maneiras para explorar e compreender os ecossistemas marinhos. Eles realizam pesquisas científicas, coletam dados e amostras em diferentes ambientes aquáticos.
Conversas 4.1, edição com Dra. Marla Galiano
Conversas 4.1, edição com Marla Galiano, Fiscalista, Empresária, Contabilista.
Conversas 4.1, edição com Melani Neto Gonzalez
Conversas 4.1, edição com Melani Neto Gonzalez, Medica especialista em Endocrinologista.
Endocrinologia é uma especialidade médica que estuda as ordens do sistema endócrino e suas secreções específicas, chamadas de secreções fisiológicas.
As principais áreas de atuação do especialista, que é denominado endocrinologista, são o tratamento de: diabetes, obesidade, doenças da tireoide, desordens da glândula hipófise, distúrbios da menstruação, entre outros.
A endocrinologia possui vários ramos de estudo, como a neuroendocrinologia, tireoide, obesidade e diabetes, adrenais, endocrinologia feminina e masculina, metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas, tumores neuroendócrinos e síndromes poliglandulares.
Conversas 4.1, edição com Ana Sofia
Conversas 4.1, edição com Ana Sofia, Master coach.
Conversas 4.1, edição com Paula de Nascimento
Conversas 4.1, edição com Paula de Nascimento, Consul Geral de Angola em Houston
desde de 2019 esta efectivada a minha creditação como Cônsul Geral de Angola em Houston, Texas, Junto do Departamento de Estado (U.S. Departament of State Office of Foreign Mission). Fui encarregue de representar os interesses do Estado Angolano nos E.U.A. , nas àrea sob jurisdição deste Consuldo Geral.
Lembrar que esta Missão Diplomática foi aberta em 2001, no seguimento da decisão do Governo Angolano de alargar a sua representação nos Estados Unidos da América.
O Consulado de Houston tem a missão de prestar assistência consular aos cidadãos angolanos residentes na área sob a sua jurisdição, conceder vistos de entrada no território angolano aos cidadãos americanos, bem como aos estrangeiros residentes nos respectivos países sob a nossa jurisdição, desde que apresentem para o efeito o atestado de residência. Para além disso, este Consulado presta diversos serviços consulares aos cidadãos angolanos , com realce para a emissão de Passaporte Ordinário e Salvo-conduto, em caso de perda ou extravio do passaporte nacional, devidamente justificado, serviço de registo e notariado, serviço de reconhecimento e legalização de documentos, cumprindo obviamente com as normas e regulamentos exigidos. No âmbito da protecção e responsabilidade do Sector Consular de Houston, este da protecção a pessoa física ou jurídica angolana com residência, de passagem ou com sede na circunscrição consular, aqueles em caso de falecimento, acidente ou doença grave, prisão ou detenção, crime violento, repatriamento ou prestação de socorros e perda ou extravio de documento.
Neste contexto, o Consulado Geral de Angola em Houston, tem sob a sua jurisdição 19 Estados no território Americano a partir do sudeste dos E.UA. nomeadamente: Califórnia, Nevada, Utah, Oregon, Washington State, Alaska, Hawaii, Colorado, Arizona, Texas, Flórida, Geórgia, Alabama, Mississípi, Arkansas, Oklahoma, Louisiana e New México, assim como tem a missão colaborar com as organizações locais do Sector Público e Privado para concretizar as prioridades do Ministério das Relações Exteriores.
O Consulado é Chefiado pelo Cônsul Geral e apoiado por um corpo de diplomatas, nomeadamente Vice-Cônsules, Agentes Consulares, funcionários administrativos e pessoal do recrutamento local, que prestam vários serviços consulares, tais como: a Emissão de vistos, serviços notariais, incluindo autenticação de documentos, emissão de passaporte, procurações, realização de casamento, transcrição de assentos de nascimento e de casamento, e certidões de óbito.
Ao assumir as minhas funções quero expressar a minha inteira disponibilidade em trabalhar em prol do desenvolvimento e de uma diplomacia económica eficaz que o pais leva acabo.
Esta página não e um projecto fechado, deste modo sintam-se todos vocês a vontade para nos enviarem os seus comentários e sugestões, que serão muito ùtéis e valiosos para este Consulado.
Ana Paula do Nascimento
Conversas 4.1, edição com Dala Ambrosio Calueto
Conversas 4.1, edição com Dala Ambrosio Calueto.
Conversas 4.1, edição com Beatriz Alonso de Soto Veiga
Conversas 4.1, edição com Beatriz Alonso de Soto Veiga
Conversas 4.1, edição com Adalberto Tamura
Conversas 4.1, edição com Adalberto Tamura. Brasileiro ligado a área de contabilidade, Professor.
Conversas 4.1, edição com Maria de Fátima
Conversas 4.1, edição com Maria de Fátima
Conversas 4.1, edição com Lídia Nunes
Conversas 4.1, edição com Lídia Nunes. Formada em Construção Civil Industrial.
Conversas 4.1, edição com Rafael Oliviere Neto
Conversas 4.1, edição com Rafael Olivieri Neto.
Idealizador do Programa Carreira Sem Fronteiras/ CEO da Competency do Brasil/ Prof. da FGV/ Coord. e Prof. Florida Christian University, Especialista em gestão de carreira nacional/internacional e finanças empresariais.
Conversas 4.1, edição com Aurea Regina de Sá
Conversas 4.1, edição com Aurea Regina de Sá. Especialista em comunicação pessoal desde 2001, treina pessoal que quer parar de sofrer ao falar em público e ganhar mais confiança, Jornalista, Pós-graduada em comunicação pública, especialista no que faz. A experiência de 15 anos como jornalista deu o conhecimento técnico. Foi repórter de TV, editora de texto, apresentadora de radiojornal e chefe de reportagem. Actuou nas emissoras Globo, Manchete, Bandeirantes, Rede Cultura e SBT, e entrevistou muita gente para hoje orientar quem vai estar à frente do microfone e da câmera. Também dirigiu uma Assessoria de Imprensa e vivi o outro lado da moeda, ajudando empresas a se posicionarem melhor no mercado a partir dos espaços gratuitos concedidos pela mídia. No ano 2000, abriu a Treinamento de Mídia, empresa especializada em Media Training;
Tópicos(s): Agostinho Neto, Damba, faculdade de Ciência Sociais, Faculdade de Economia da Universidade Agostinho Neto
Conversas 4.1, edição com Professor Minguiedi Nzinga
Conversas 4.1, edição com Professor Minguiedi Nzinga. Nasceu a 24 de abril de 1958, na Damba, Licenciado em Filosofia, Mestre em Filosofia e doutor em Demografia, é professor associado, leciona a cadeira de filosofia antiga e a cadeira de Demografia na faculdade de Ciência Sociais e na Faculdade de Economia da Universidade Agostinho Neto desde 2003. É chefe do Departamento de Ciências Humanas da faculdade de Letras e Ciências Sociais desde 2009-2021, e de 2009, é chefe de Departamento de Ciências auxiliares e praticas profissionais. Atualmente desempenha a função de chefe do departamento de Geodemografia na faculdade de ciências sociais da Universidade Agostinho Neto, e têm participação em várias catividades como jornadas cientificas colóquios, palestras e muito mais.
Tópicos(s): Agostinho Neto, Damba, faculdade de Ciência Sociais, Faculdade de Economia da Universidade Agostinho Neto
Conversas 4.1, edição com Dra. Paula Lopes
Conversas 4.1, edição com Dra. Paula Lopes, mulher da ciência e para a ciência.
Conversas 4.1, edição com Ana Quituta
Conversas 4.1, edição com Ana Quituta
Conversas 4.1, edição com Dra. Ana Mamede
Conversas 4.1, edição com Dra. Ana da Conceição dos Passos Mamede Graça, diretora o Instituto Nacional de Luta Anti-Drogas.
Conversas 4.1, edição com Adelio Chiteculo
Conversas 4.1, edição com Adelio Chiteculo. Arquiteto, especialista em Urbanismo e Mobilidade Urbana.
Conversas 4.1, edição com João Serôdio
Conversas 4.1, edição com João Serôdio, médico-veterinário veterinário.
Conversas 4.1, edição com Josefa Mije
Conversas 4.1, edição com Josefa Mije. Professora.
Conversas 4.1, edição com Julia Ornelas
Conversas 4.1, edição com Julia Ornelas.
Conversas 4.1, edição com Victor do Espírito Santos
Conversas 4.1, edição com Dr. Victor do Espírito Santos
Conversas 4.1, edição com Vilmaria Santos
Conversas 4.1, edição com Dra. Vilmaria Santos. Jornalista, Fotógrafa e doutoranda em ciências da comunicação pela Universidade do Minho.
Conversas 4.1, edição com Dra. Abiude Ferreira
Conversas 4.1, edição com Dra. Abiude Ferreira – Psicóloga Clínica de formaçã. Também têm a Especialização de Terapia Ocupacional pela Academia do Autismo no Brasil, o mestrado de Neurologia pela faculdade Unileia, e também têm o Mestrado de Fonodialogia pela faculdade Unileia – Brasil.
Conversas 4.1, edição com Dr. Nuno Pimpão
Conversas 4.1, edição com Dr. Nuno Pimpão, licenciado em Psicologia, docente universitário e dirigente da associação Angolana de Psicoligia.
Conversas 4.1, edição com Isabel Filardis
Isabel Cristina Teodoro Fillardis (Rio de Janeiro, 3 de agosto de 1973) é uma atriz, cantora e ex-modelo brasileira.
Biografia
Em 1988, aos 15 anos, Isabel começou a carreira profissionalmente como modelo e assinou com a agência Ford Models, mudando-se para a Itália para trabalhar. Em 1993 passou nos testes da Rede Globo para integrar a telenovela Renascer como Ritinha, desistindo da carreira fora do país para focar-se na atuação e realização de trabalhos de modelagem apenas no Brasil. No mesmo ano o produtor musical Alexandre Agra escutou-a cantando durante os bastidores de um ensaio fotográfico e convidou-a para integrar, ao lado de Karla Prietto e Lilian Valeska, o girl group As Sublimes, inspirada no sucesso do R&B que levou ao estrelado grupos femininos internacionais como TLC, En Vogue e Salt-N-Pepa, tendo o nome inspirado no trio The Supremes, sendo um dos primeiros girl groups brasileiros de destaque. Ela integrou a formação do primeiro disco do trio, que lançou canções de sucesso como “Boneca de Fogo”, “Tyson Free” e “Menina Mulher da Pele Preta”, desfazendo-se em 1998.
Em novembro de 1996 posou nua para a revista Playboy em um ensaio fotografado no Marrocos. Durante sua carreira como atriz Isabel esteve no elenco de diversas novelas como A Lua Me Disse, Começar de Novo, A Padroeira, Força de um Desejo, Corpo Dourado, A Indomada, O Fim do Mundo, A Próxima Vítima e Pátria Minha. No cinema, Isabel atuou em Orfeu, Navalha na Carne e O Homem Nu. Em 2007, Isabel esteve no elenco da novela Sete Pecados, de Walcyr Carrasco, e, em 2008, integra o elenco do seriado Malhação. Em 2011 fez uma pequena participação no último capítulo da telenovela Insensato Coração, e também interpretou a advogada Mônica na novela Fina Estampa. Em 2012 foi demitida da Rede Globo após vinte anos contratada. Em 2014 estrelaria a minissérie Plano Alto, na RecordTV, porém precisou desistir do trabalho por conta de uma cirurgia de emergência. Em 2018, Isabel participou da terceira temporada do talent show Dancing Brasil que é exibido pela RecordTV, na qual acabou ficando em 9.º lugar na competição.
Em 2019 retorna às novelas após oito anos em Topíssima, interpretando a professora de medicina Vera, que desconfia do tráfico de metanfetamina dentro da universidade onde dá aula. Em 2021, voltou a investir na carreira musical lançando um single solo:O meu lugar, o primeiro do EP Bel, muito prazer.
Vida pessoal
Em 2000 se casou com o engenheiro Júlio César Santos, com quem teve três filhos: Analuz, nascida em janeiro de 2001, Jamal Anuar, nascido em 2003 e Kalel, nascido em 28 de dezembro de 2013, em um parto prematuro, onde o menino ficou hospitalizado por algumas semanas. A atriz revelou que teve muitas complicações na gravidez de seu terceiro filho, precisando fazer uma cirurgia no quinto mês de gestação para segurar o bebê. Aos cinco meses de vida descobriu que seu filho Jamal Anuar nasceu portador da Síndrome de West, um tipo epilepsia que altera o desenvolvimento mental. O menino, apesar de constantes crises epiléticas na infância, atualmente está bem. O mesmo vive em uma cadeira de rodas e faz acompanhamento com psicólogo e fonoaudiólogo, já que possui restrição na fala. A atriz contou em entrevistas ter se distanciado bastante da família, incluindo da filha, para se dedicar integralmente aos cuidados intensivos do filho, que passou por muitas internações, mas que atualmente, após a filha fazer terapia e a saúde do filho se estabilizar, as duas se reaproximaram e se dão muito bem. Em 2015, após quinze anos de casamento, Isabel se divorciou de seu marido de forma amigável. Após a separação, é vista esporadicamente em eventos sociais com algum namorado novo. A atriz é muito discreta e pouco fala de sua vida pessoal.
A atriz é portadora de tireoidite de Hashimoto, adquirida depois do parto do segundo filho. Nesta época enfrentou um melanoma, um tipo agressivo de câncer de pele, mas felizmente se curou após quimioterapia. A atriz acredita que o estresse por ter perdido o emprego e também ter que lidar com a deficiência do filho abalou muito seu lado emocional e produziu as doenças. Atualmente a atriz se trata com medicações fortes para a tireoidite, e faz tratamentos semanais a laser na pele para o câncer não voltar. Muito ligada ao lado subjetivo da vida, a atriz e cuida do seu emocional fazendo terapia.
Conversas 4.1, edição com Carlos Pedro Dias
Conversas 4.1, edição com Professor Carlos Pedro Dias. Homem de comunicação. Hoje com uma conversa em torno das mais variadas vertentes da comunicação.
Conversas 4.1, edição com Ivete Josina Pinto Ribeiro
Conversas 4.1, edição com Dra. Ivete Josina Pinto Ribeiro, Engenheira de produção de Petróleo.
Conversas 4.1, edição com Helder Felix
Conversas 4.1, edição com Helder Felix, Arquiteto.
Conversas 4.1, edição com conversa solta
Conversas 4.1, edição com conversa solta
Conversas 4.1, edição com Monica Quinas
Monica Quinas, Empreendedora, consultora Empresarial de Negócios.
Ajuda Empresas a Entregarem-se em Portugal ou em outras partes do Mundo.
Conversas 4.1, edição com Cidra Adriana
Cidra Adriana. Brasileira do Rio de Janeiro, de 36 anos de idade, deficiente visual, vem partilhar a sua história de vida.
Conversas 4.1, edição com Octávio Capita
Edição com Octávio Capita. Docente, Formado em direito.
Conversas 4.1, edição com Anthony Portigliatti
Edição com Anthony Portigliatti
A admiração que o norte-americano Anthony Portigliatti diz ter por Angola trouxe-o, em 2016, ao país, aonde regressou mais três vezes, arrastado pela curiosidade de acompanhar o desenvolvimento de um “país que pode fazer coisas maravilhosas, por ter uma enorme potencialidade e pessoas sedentas de conhecimento e inteligentes”. Doutorado em Psicologia, Educação e Administração, Anthony Portigliatti orientou, nas quatro visitas a Angola, a convite de empresas, seminários sobre o “Soar”, uma ferramenta que estuda, com uma “base científica profunda”, os perfis de personalidade.
O que é, afinal, o perfil individual “Soar”?
É uma ferramenta, com uma base científica profunda, que estuda o perfil de personalidade de cada pessoa. O perfil é descoberto através do comportamento de cada indivíduo e da forma como se comunica. Existem quatro estilos de perfil de personalidade cientificamente comprovados: analítico, extrovertido, dominante e paciente.
Aponte, pelo menos, três razões que fazem com que o “Soar” seja um importante recurso para organizações ou indivíduos?
Em todas as equipas de trabalho deve existir um conjunto de pessoas com personalidade diferente, para que o trabalho desenvolvido seja completo, equilibrado e coeso. Os responsáveis das áreas de recrutamento de quadros nas instituições devem contratar pessoas que têm o seu próprio perfil de personalidade. Mas é inteligente que se faça um equilíbrio de personalidades. O analítico tem o poder de coordenar um conjunto de trabalhos, o paciente de ser bom gestor, o extrovertido de cuidar da parte comercial da empresa e o dominante de estabelecer um novo paradigma.
Quem tem maior propensão de ser perfeccionista?
É o analítico, porque está focado em fazer as coisas correctamente. O analítico acha que está sempre a fazer as coisas certas. É muito cauteloso, organizado ao extremo, detalhista e valoriza muito o planeamento. O paciente tende a colocar as necessidades dos outros antes das suas próprias e, às vezes até, prejudica-se a si mesmo. Demonstra capacidade de ouvir os que estão ao seu redor. Prima pela segurança e harmonia, é um óptimo planeador e evita entrar em conflitos. O extrovertido, por ter as emoções à flor da pele, busca sempre por novas ideias e emoções. O dominante precisa de estar no controlo, por demonstrar capacidade de desenvolver habilidades excepcionais. É competitivo, determinado, visionário, gosta de desafios e está sempre à procura da próxima grande ideia e projectos inovadores. As instituições e organizações têm apenas a ganhar se tiverem funcionários com os quatro estilos de perfil de personalidade. O “Soar” é uma ferramenta que tem por finalidade chegar à alma das pessoas.
Como identificar o perfil de uma pessoa numa simples conversa?
É, sim, possível identificar em alguns minutos de perguntas e respostas específicas e poderosas. Mesmo numa simples conversa com o parceiro, é possível descobrir o estado da relação e os motivos que originam brigas.
Uma vez que, por via do perfil “Soar”, se pode fazer uma análise comportamental da pessoa, seria interessante a popularização da ferramenta como método de auto-ajuda para as famílias. Concorda?
Estou plenamente de acordo consigo. Temos recebido o maior número de solicitações de instituições académicas e empresariais, que procuram beber mais do nosso conhecimento em matéria de consultoria, liderança executiva e de treinamento de pessoal e corporativo. Aí está a bênção do “Soar”. Dá também ferramentas aos pais, para conhecerem o perfil de cada filho, de modo a estabelecerem formas de lidar e tratar com cada um. Muitos pais exigem muito dos filhos sem conhe-cê-los bem, uma situação que gera conflitos, em vez de aproximação. É possível também analisar as características de uma esposa e as razões por que defende uma imagem do esposo. O perfil “Soar” permite-nos fazer uma leitura mais abrangente da dinâmica de cada membro de uma família, de uma empresa ou de uma Nação.
Através dos perfis de personalidade pode-se fazer com que as pessoas, sobretudo em organizações, tenham melhor rendimento?
Os líderes de instituições devem perceber, além de gestão, de psicologia, a fim de conhecerem bem os perfis de personalidade de cada um dos subordinados, para que estes sejam colocados nas áreas em que podem render mais e tirar melhor proveito. Os líderes de instituições devem ter ainda conhecimento de como reage cada colaborador a determinadas situações.
As organizações de polícia no mundo podem utilizar o perfil “Soar”no trabalho de prevenção da criminalidade?
Qualquer organização profissional pode utilizar o perfil “Soar”. Por exemplo, o sector da Educação. É necessário que os professores conheçam o perfil de personalidade de cada aluno, para poder dar tratamento diferenciado e equilibrado. Ninguém deve ser tratado como deficiente. O que importa é a sua personalidade. Uma criança normal é activa, impaciente e extrovertida. Mas o professor pode achar que ela tem défice de atenção ou que é doente. Se não conhecer os perfis de personalidade, o professor nunca vai conseguir lidar bem com os alunos.
“Angola é país com marcas históricas de sobrevivência”
Nos últimos anos, tem havido um recrudescimento da violência em muitos lares em Angola. Com a ajuda do “Soar” é possível travar esse fenómeno social?
A violência pode ser resultante de fracturas emocionais que as pessoas carregam nas suas vidas. Várias pessoas que cometem crimes carregam uma linguagem de dor, por terem sido vítimas no passado de algum tipo de abuso emocional, físico ou psicológico e acabam por ferir o próximo por não terem procurado ajuda de um psicólogo. Angola é um país sofrido, com marcas históricas de guerras e de sobrevivência. Em Angola, há pais que viram os filhos morrer nos seus braços e também presenciaram abusos de todo o tipo. Essas feridas e emoções não foram saradas. Com o perfil de personalidade é possível detectar a linguagem de dor, algo que pude perceber nos seminários e consultas que já orientei em Angola.
A dor de que fala pode ser “transferida” para os filhos?
A dor que as pessoas receberam e viram durante a guerra e os abusos que sofreram inconscientemente pode ser transferida para quem estiver por perto, porque quem viu muita violência não importa fazer violência. Angola é um país de dor. Não digo isso como crítico, mas como um homem que aprendeu a amar Angola, desde a primeira visita que fez ao país. Preocupado estou também com as próximas gerações de filhos de pais separados e alcoólatras, factos que podem criar um ambiente de violência. Os mais próximos podem ser as potenciais vítimas. Existem estudos científicos sobre o que leva as pessoas a serem agressivas. Há maior probabilidade de cometimento de abusos ou doutro tipo de crimes no seio familiar por quem foi vítima no passado.
Em Angola, há empresas e órgãos da administração do Estado que já estão a usar o perfil “Soar”?
Muitas empresas usam o perfil “Soar” e têm sido bem-sucedidas. Entre as empresas que usam está, por exemplo, a UNITEL. As empresas angolanas que nos procuram têm estado a usar os conhecimentos transmitidos em seminários realizados dentro de um programa de formação, visando o sucesso empresarial.
Tem saído de Angola satisfeito com o resultado das formações?
Na verdade, o perfil “Soar” oferece um conjunto de ferramentas para municiar pessoas colectivas e individuais. Com o perfil “Soar”, as instituições criam equipas competitivas, equilibradas e bem geridas.
Qual é a particularidade do perfil “Soar” em comparação com outros?
Existem muitas ferramentas para a identificação de um perfil de personalidade. O grande diferencial do “Soar”, em comparação com os demais, é a sua assertividade. Temos uma universidade que está ligada ao desenvolvimento do perfil “Soar”, que é a Florida Christian University, de que sou reitor. A universidade usa há 23 anos o perfil “Soar” como uma ferramenta de desenvolvimento. Através do Instituto Global Soar, o corpo docente usa a comunicação e o perfil de personalidade em todos os cursos. Nós transformamos as pessoas que passam pelo Instituto Global Soar em especialistas de perfis de personalidade, independentemente da carreira que sigam.
Quantas vezes já esteve em Angola e qual é a impressão que tem do país?
É a quarta vez que venho a Angola e considero-me um filho desta terra. Aprendi a amá-la. É um país em desenvolvimento e que pode fazer coisas maravilhosas. Vejo Angola com uma riqueza enorme, além do petróleo e dos diamantes. Angola tem uma potencialidade enorme e pessoas sedentas de conhecimento, inteligentes e que procuram se superar diariamente. Tenho um certo conhecimento de Angola, um país que está em transformação. As pessoas estão a tentar libertar-se do sofrimento e das marcas do passado, e à procura de novas alternativas de vida.
Os angolanos que se formaram pela Florida Christian University não viram até hoje os seus diplomas reconhecidos pelo Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, porque os estudos feitos à distância e em regime semi-presencial não são validados no país por falta de legislação. Sempre que vem a Angola tem contactado o departamento ministerial que trata da avaliação, acreditação e reconhecimento dos estudos do ensino superior?
Estamos em contacto permanente com o Ministério do Ensino Superior, Ciências, Tecnologia e Inovação para a validação dos diplomas da Florida Christian University, que, até agora, formou mais de 200 mestres e doutores angolanos, entre os quais pessoas que ocupam cargos relevantes em ministérios e empresas públicas. Estamos interessados em estabelecer parcerias em várias áreas do conhecimento, sobretudo nos cursos de Sociologia, Psicologia e Gestão e Administração de Empresas. Queremos estabelecer com universidades angolanas programas de intercâmbio para professores e estudantes, por ser importante a internacionalização do ensino e das carreiras.
Os resultados dos encontros mantidos são animadores?
São, sim, animadores, mas há ainda uma série de questões burocráticas por analisar. Mas estamos expectantes de que o nosso interesse em estabelecer parcerias com universidades angolanas vai ser considerado. Angola está a abrir-se para um mercado global, razão pela qual deve acompanhar a dinâmica dos países mais desenvolvidos, por via da preparação contínua dos seus quadros.
Quando é que regressa a Angola?
Pretendo regressar em breve para uma conferência internacional, na qual vão ser abordados temas ligados à violência.
Conversas 4.1, edição com Professora Leocádia Ramalheira
Edição com Professora Leocádia Ramalheira
Conversas 4.1, edição com Dr. Kiala Cristovão
Dr. Kiala Cristovão, Especialista em Saúde Pública.
Conversas 4.1, edição com Ligia Matos
Ligia Matos, antiga funcionária da TPA
Conversas 4.1, edição com Fernanda Renne
A Fernanda Renné Samuel, é uma Jovem angolana de 24 anos, formada em Engenharia Química pela Universidade Jean Piaget. É uma das Fundadoras do Fórum da Energia e o Clima de Africa e tem mais, a Fernanda ainda na faculdade deu vida á um Projeto de grande relevância na Sociedade, que foi o Sabão Repelente.
O Sabão Repelente que a Fernanda René criou, acaba por ser um Protetor contra os mosquitos, reduzindo assim, as chances da população sofrer com as doenças proliferadas pelos mosquitos e que assolam o nosso sistema de saúde, como o Paludismo e a Malária.
De certo que, foi com esse projeto que a jovem Fernanda chamou atenção mediática e das Instituições, nacionais e internacionais, que catapultaram a brilhante jovem ao Fórum da União Africana.
Com um reconhecimento, público por sinal, a Fernanda tem se espelhado na atual Comissária de Angola na União Africana, a Engenheira Josefa Sacko… que também não tem poupado elogios para a Jovem Fernanda, que de facto tem merecido e pela positiva pelos seus pares da mesma área de atuação.
Mas onde é que entra essa conversa dos Mangais ?
Pois é, a Fernanda não parou por aí e decidiu ir mais longe, criando a OTCHIVA. Mesmo com os seus anseios e desejos de ver uma Angola mais Verde e ecologicamente saudável, e mesmo que tenha desafios e obstáculos do tamanho de um Ministério. Para que possamos todos entender minimamente o trabalho da OTCHIVA com os Mangais, teremos de elucidar os nossos leitores sobre o assunto.
O que são Mangais e o que eles Representam para nós ?
Com ajuda da minha amiga Érica Tavares, que além de ser Engenheira Ambiental tem trabalhado afincadamente na Direção do EcoAngola, vou dar respostas mais concisas sobre o tema.
Os mangais são ecossistemas naturais tropicais, compostos por espécies de plantas que toleram água salgada geralmente localizados em áreas costeiras. Os mangais são considerados “ecossistemas de carbono azul”, bem como ervas marinhas e pântanos de sal, porque são 10 vezes mais eficientes em absorver e armazenar grandes quantidades de carbono a longo termo, em comparação com ecossistemas terrestres. Isto, torna-os essenciais para o combate às mudanças climáticas, mas mesmo assim, estes encontram-se sobre enorme risco de destruição devido às actividades humanas mundialmente.
Em 2014, o cálculo do Programa da ONU para o Meio Ambiente, foi divulgado em relatório:
– Mangais de São Tomé e Príncipe e de Angola com potencial de serem um dos ecossistemas mais ricos de carbono do mundo.
O Programa da ONU para o Meio Ambiente, Pnuma, divulgou um estudo sobre os benefícios económicos e sociais dos mangais. O relatório foi lançado na capital do Peru, Lima, durante a Cimeira da ONU sobre Mudança Climática, COP 20.
Segundo o Pnuma, 90% dos mangais são encontrados nos países em desenvolvimento e a maioria está sob ameaça. Os custos económicos da destruição de tais ambientes, ricos em carbono, pode chegar a US$ 42 mil milhões por ano.
E esse relatório destaca particularmente os mangais da região da África Central, que podem estar entre os ecossistemas mais ricos em carbono no mundo. Da sub-região são lançadas cerca de 1,2 mil toneladas de dióxido de carbono por hectare em mangais intactos.
O Pnuma cita os mangais de Angola, dos Camarões, do Gabão, da República Democrática do Congo e de São Tomé e Príncipe como exemplos desses ricos ecossistemas.
Fernanda Renné e a OTCHIVA têm feito um trabalho esplêndido, naquilo que é a Reflorestação dos Mangais em Luanda e que agora, estendem as suas ações para Benguela, levando consigo agora um número maior de Voluntários engajados e disponíveis para fazer a sua missão Ecológica.
Recentemente, a Fernanda Renné em nome e representação da OTCHIVA recebeu das mãos da Vice Presidente da República da Gâmbia, o Certificado de Reconhecimento da União Africana.
Em nome da Juventude angolana, desejo muita Força e Sucessos a Fernanda Renné Samuel.
Por Angola e pelos Angolanos.
Conversas 4.1, edição com Professora Sandra Luz
Professora Sandra Luz
Conversas 4.1, edição com Dr. José Ricardo
Dr. José Ricardo, Cardiologista.
Conversas 4.1, edição com Marcelina Kiala
Marcelina Kiala, Nasceu em Luanda, 9 de novembro de 1979 é foi handebolista profissional Angolana.
Ela representou Angola, em 2000/2012.
Conversas 4.1, edição com Né Gonçalves
NÉ GONÇALVES
Advogado de formação, mas músico de coração, Né Gonçalves iniciou cedo a sua ligação aos acordes e à viola. Aos nove anos, já quase um perito, Né Gonçalves integrou a banda musical infantil Os Mini Craques, tocando violão. Contudo, foi necessário esperar até 1974 para o músico participar na gravação da música A Independência está chegando, de Mirol, uma música que se tornou um hino mobilizador para a independência.
20 anos depois, Né Gonçalves surgia com o lançamento do seu primeiro álbum, Luanda Meu Semba, que teve tal impacto em Angola, que lhe valeu a atribuição do Prémio Revelação da União Nacional dos Artistas e Compositores.
Na altura, Menino de Rua, música que integra o álbum, foi considerada pela Rádio Nacional de Angola, Música do Ano em 1994. Após o lançamento do álbum, um filme angolano vencedor do Prémio Nacional de Cultura e Artes, teve música original de Né Gonçalves, sendo que o CD foi incluído numa colectânea de música africana editada na Áustria.
O amor pela música de Né Gonçalves levou-o, mais tarde, a criar o projecto Ensarte Musical e a contribuir para promover a música angolana no mundo.
Em 2012 surge com um novo álbum, LUANDA MEU SEMBA – Instrumental, descendente do primeiro, com novos arranjos e a mesma paixão de sempre.
SEMBAMAR, lançado em 2016, é o novo CD do Cantautor. Verdadeira obra de arte criada sob a direcção artística de Jorge Cervantes, reputado produtor musical de origem peruana e tão presente na reinterpretação da música popular angolana nas duas últimas décadas. Gravado sem pressas, em Luanda, Lisboa, Madrid, Los Angeles, Miami, Nova York, Rio de Janeiro e Lima, os quinze temas de SEMBAMAR têm a participação de 67 músicos de virtuosismo reconhecido, de 14 diferentes nacionalidades, que deixam marca própria numa grande diversidades de estilos.
Conversas 4.1, edição com Douglas De Matteu
Douglas Mateo;
Conversas 4.1, edição com Beatriz Alexandra Neto Francisco
Beatriz Alexandra Neto Francisco
Professora, Atleta de Alta competição
Comunicação Empresarial – Redefinição de Marca
Conversas 4.1, edição com Nataniel Domingos
Edição com Nataniel Domingos, natural de Benguela, Engenheiro de Construção de Aeroportos, Docente na Disciplina de Aeródromos na Universidade Agostinho Neto e treinador de Basquetebol.
Conversas 4.1, edição com Manuela Sande
Manuela Sande, médica Endocrinologista