JORNAL DA NOITE

 Terça-feira, 08 de Julho de 2025

Apresentação: Horeb dos Reis

Edição: Claudimer Costa

Técnica: René Agostinho

Coordenação Geral: Horácio dos Reis

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POLÍTICA NACIONAL

▶ João Lourenço e o Terceiro Mandato

• Debate em torno da possibilidade de terceiro mandato presidencial volta a ganhar força após declarações de Adalberto Costa Júnior, líder da UNITA.

• Este alega ter sido aliciado a aceitar uma revisão constitucional para permitir novo mandato de João Lourenço.

• Em resposta, a Presidência da República exige provas e ameaça com responsabilização civil e criminal.

“Governar em 10 anos é pouco”, disse João Lourenço em 2022 — interpretado como desejo de permanecer além do limite constitucional.

▶ Críticas do Jurista Tchipileke Eduardo

• Classifica o comunicado da Presidência como “terror psicológico e discurso intimidatório”.

• Aponta para ausência de espaço para o contraditório, censura na imprensa pública e perseguição de vozes dissonantes.

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TRÊS ANOS SEM JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS

 08 de Julho de 2022 – 08 de Julho de 2025

• Hoje assinalam-se 3 anos desde a morte de José Eduardo dos Santos, antigo Presidente da República.

• Faleceu em Barcelona, onde residia após deixar o poder em 2017.

• Os seus restos mortais repousam no Mausoléu Agostinho Neto, em Luanda.

▶ Queixas e Críticas

• Familiares e amigos denunciam impedimentos para visitar a sepultura sem autorização da Presidência.

• A ex-esposa Maria Luísa Brandes (Milux) e a mãe do falecido manifestam indignação com o tratamento dado ao corpo e com as atitudes do actual Presidente, João Lourenço.

“Nunca irei perdoá-lo, nem como cidadão.” — Milux

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REFLEXÕES SOBRE O PODER

▶ Albino Pakisi, Analista Político

• Considera José Eduardo dos Santos um “preso político do próprio MPLA”.

• Ressalta que, apesar dos erros, fez mais pelo partido do que qualquer outro dirigente.

“O poder é passageiro. Em 2028, os actuais líderes estarão como ele: sem poder.”

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VOZES DO POVO

• População dividida: uns elogiam JES por garantir estabilidade e preços baixos no passado; outros lembram o autoritarismo e a falta de progresso.

“Naquele tempo o arroz era barato, hoje um pneu custa 100 mil kwanzas.”

“Foi ditador, mas também fez pelo povo.”